Agora que está a terminar o "ano catequético", seria interessante reflectir sobre o modo como fazemos catequese. Farão sentido as férias na catequese?
Se entendermos a catequese de iniciação como uma introdução orgânica e sistemática ao mistério de Cristo, poderá ela reduzir-se ao circunstancial, ocasional ou sazonal?

A catequese, na sua essência, deve levar o catequizando a conhecer, celebrar, viver e contemplar o mistério de Cristo. Mas, com as férias, sabemos perfeitamente que, pelo menos, o "conhecer" e o "celebrar" desaparecem. Se já é problemática a participação nas eucaristias dominicais no período catequético, quanto mais nas férias. Como inverter esta situação, para que a catequese não "entre de férias"?

Algumas paróquias têm apostado numa espécie de "prolongamento" ou ainda procurado fomentar a ligação entre catequese e acção litúrgica (dado que teoricamente os pais têm mais tempo livre). Outras organizam "campos de férias" ou actividades lúdicas (com uma semente de catequese). Que vos parece?

Caro Jacob.

Acho que faz sentido ter férias da catequese, como faz sentido termos férias da escola. Se bem me lembro, os próprios calendários são muito semelhantes (eram-no no meu tempo). Choca-me mais que a catequese seja apenas para crianças e adolescentes e seja, quase por completo, inexistente para os adultos.

Actividades como "campos de férias", entre outras, parecem-me ser uma boa aposta. Sobretudo estas devem cativar os jovens a querer participar e a gostar de o fazer.

É isso que normalmente não acontece nas missas. Se, como dizes, é problemática a participação na missa durante o período catequético, já lhes perguntaram porque não vão à missa? Será que não gostam de ir à missa, e se não gostam, porque não gostam?

Lembro-me de andar na catequese ao sábado, às 15h, e durante algum tempo houver uma missa às 16h, logo a seguir à catequese, e que estávamos sempre lá.

Obrigado,
Luís