Olá sou novo aqui no fórum, mas já há muito tempo o sigo como leitor.
A minha questão (reflexão) prende-se com o seguinte: não deveria ser a Eucaristia o cume da vida cristã, encarada como celebração de toda uma vida cristã? Pergunto isto porque parece-me que nos preocupamos muito com ao pormenores das celebrações, especialmente nas alturas mais especiais: Festas da catequese, Visitas Pastorais, etc., mas que dizer do dia-a-dia?
Ainda no outro dia tivemos uma Assembleia de Catequistas, em que se encontraram bastantes catequistas empenhados nas suas paróquias, com a presença do Senhor Bispo; era um dia de muito calor, suava-se em bica... No final, quando se entrava para os automóveis para voltar a casa, eis que um homem estava deitado no chão, possivelmente alcoolizado, com um sol terrível daqueles, concerteza desidratava-se… Muita gente havia sim, mas apenas uma pessoa tentou ajudar o homem a colocar-se na sombra, em local mais propício e por sinal essa pessoa nem catequista era! Contra mim falo e desde aí pensei: mas afinal o que fui / fomos lá fazer? Tanta formação, tanto apelo do Senhor Bispo para a evangelização, para sermos catequistas e parecemo-nos com «sepulcros caiados».
O que acham disto? O que podemos fazer para sermos melhores catequistas?
Cunha

Olá a todos! Sou nova por aqui mas já começo o site há algum tempo. Em resposta à memsagem do colega Cunha, peço desculpa por tratá-lo assim, pois também sou catequista. Ser bom catequista passa primeiro por ser pessoa e olhar com olhos de ver o que está à nossa volta. Nas nossas catgequeses é importante a existência de situações práticas, como visitar idosos, doentes, participar em actividades de solidariedade de modo a desenvolver nas nossas crianças e jovens a sensibilidade para com todos os irmãos e a importância de não nos encerrarmnos em nós mesmos. Fiquem bem!

A Susana Oliveira focou o essencial, em meu entender, que é não nos centrarmos em nós próprios, pois somos parte de uma comunidade, da Igreja de Jesus Cristo, com Cristo por Cabeça. O que anunciamos não é nosso, é a Palavra de Deus, mas também não esquecer que devemos ler os acontecimentos do dia-a-dia, das experiências concretas, com essa mesma Palavra, partindo da vida para a Vida (com v grande), para que o catequizando veja o que acontece à sua volta e a si próprio sob uma perspectiva cristã. Mas sabemos que nem sempre isso é fácil: no caso concreto que referi acima, não houve um bom testemunho, mas penso que não é por não querer ajudar, mas talvez por uma certa timidez (quiçá vergonha?) de nos afirmarmos cristãos em certas ocasiões. Se os meus catequizandos vissem essa situação que diriam? O que fazer para se vencer esse "acanhamento" de sairmos de nós próprios e ajudarmos o semelhante?
Cunha

Orar ....

Uma só palavra e tanto que nos diz… Orar… É a base de toda a nossa acção: «Tudo quanto pedirdes com fé, na oração, haveis de recebê-lo.» (Mt 21, 22). O cristão (e particularmente o catequista) deve orar sempre, sem desfalecer, a acção sem a oração é estéril, não dá fruto, o mesmo é dizer que toda a “nossa” catequese ficaria esvaziada de conteúdo.
Muitas vezes, sinto um pouco essa falta, essa carência: parece que tudo o que se faz fica sem sentido, sem rumo definido. Reconheço que à minha oração falta muito a profundidade que deveria ter, um encontro mais íntimo com o Senhor, sem pressas. Aqui é que está o problema: quantas vezes, por falta de tempo, não relego a oração para segundo plano?
Mas reconheço que sem o apoio do Senhor na oração nada germina, tudo estagna. Orar sempre é a prioridade, para daí partirmos para a vida, para as nossas comunidades, para todos os nossos ambientes. Contudo, ainda estou um pouco aqui: «Senhor, ensina-nos a orar». Só assim sairemos de nós próprios e voltar-nos-emos para os outros, para o Outro.
É comum dar-me conta dessa minha pequenez, em nada conseguir por nós próprios, pois como o Senhor nos diz: «Sem Mim, nada podeis fazer».
Orar é a palavra-chave, pois se um catequista não ora ou pouco ora, como poderá fazer com que os seus catequizandos orem? E quando o fazem, fazem-no de uma forma distraída, como que se fosse um fardo, quando se deveria transmitir que a oração é vida, é encontro com o Senhor vivo.

Ola
Sim orar e conversão...
Não adianta muito se rezamos e depois não arrepiamos caminho, ainda acontece como aquele Padre que pedia todos os dias ferverosamente na sua oração para que o Senhor Lhe fizesse sair o Euromilhões para poder concertar o telhado da igreja, fazer obras na Residência paroquial, construir o lar dos jovens, etc...
Nosso senhor tanto ouviu que um dia disse-lhe "ok eu faço sair o Euromilhões, mas tu ao menos vai regista-lo"...

Cumprimnetos

Sérgio Lopes

Olá, Bom dia:

Este site é a prova de que nos devemos actualizar e de que a catequese deve ser um transmitir do Amor de Deus com muita actualidade (sem exageros) e de acordo com as possibilidades das Comunidades. Tenho 45 anos e sou catequista desde os 18. Neste momento estou mais na rectaguarda por ter um doença crónica que me limita os movimentos (tenho escleros múltipla). Mas uma das colegas catequistas disse-me um dia: O bichinho está lá.
É bem verdade. Podemos colaborar na forma em que podermos. Aqui tenho encontrado material muito bom e tenho recolhido o que posso. É a minha maneira humilde de colaborar. Estamos a entrar em férias. Estou a viver em Mação e fico muito triste ao ver que a Igreja só tem crianças ou jovens nas Festas. Que podemos fazer para que as crianças e os jovens se comprometam mais?
Tenho algumas coisas que gostaria de partilhar mas não sei anexá-las à minha mensagem Se puderem ajudem-me.
Hoje deixo-vos um site que tem umas imagens lindíssimas. Como nasci em África acho que são maravilhosa para fazer pensar que Deus não tem cor, mas é de todas as cores.
Um abraço amigo em Cristo senhor,
Zé (Maria José)

[www.jesumafa.com]

Ola
Bem como todos vós também sou catequista e vou andando pelo país em formações de Catequistas e de Animadores de Pastoral Juvenil, pela experiência que vou adquirindo existem dois problemas: Catequese de pais (adultos, familiar) e o segundo iniciação Cristã.
Quanto ao primeiro problema as coisas são complicadas pois num tempo de Cristandade todos eram Cristãos catolicos, todos faziam a primeira comunhão e todos faziam um precurso mais ou menos eclesial, mas infelismente nunca houve verdadeira adesão a Jesus Cristo, ficando a grande parte pela rama, sem perceber a vida Sacramnetal e muito menos a vida eclesial. Daí termos tantos problemas de entendimento em relação aos sacramnetos.
O segundo problema tem a ver com a transformação ainda não operada nas nossas comunidades: de doutrina para catequese (iniciação Cristã) e isto faz toda a diferença, para se viver bem o Evangelho ha que o perceber, viver saborear, não nos podemos contenter com uma mera repetição de formulas. Só a vivência faz alterar a vida, se continuamos a celebrar com "guarda-chuva" a Graça de Deus não consegue penetrar no nosso intimo agindo em nós para transformar.

Cumprimentos

Sérgio Lopes

Maria José, o que puderes enviar para o meu email:

camiloparoquias@gmail.com

eu tentarei colocar aqui.

Se não conseguires enviar para o meu email manda-me uma mensagem privada.

Boas!
Tal como vós, também eu sou catequista (já há cerca de 26 anos..., numa paróquia da Diocese do Porto), e ao longo dos anos tenho tentado actualizar-me e estar activa e atenta aos sinais dos tempos. E claro que acho que "ninguém pode dar o que não tem". Daí, desde sempre um dos meus "motores" e grande luta se prende com a FORMAÇÃO de catequistas - uma formação plena e integral, pois a catequese parte da Comunidade, é da comunidade, feita na comunidade e para a comunidade.
Nesta altura, deparo-me com um "problema" que me parece urgente: estarão nas livrarias em Setembro mais 4 NOVOS catecismos (os do 1º, 7º, 8º e 10º anos), que se juntam ao do 9º que já "saíu" há 2 anos. O que me preocupa? A falta de (in)formação sobre os novos catecismos... O ano catequético começa daqui a nada (na minha paróquia a catequese começa no 1º fim de semana de Outubro), e ainda não encontrei ferramentas de trabalho para a preparação do novo ano.
O que mais urgente se me afigura é o 1º ano, pois não é só o facto do novo catecismo, porque um catecismo é somente uma ferramenta de trabalho, e quem usa os antigos que precisam de tanta criatividade e imaginação para que se adequem aos tempos actuais, muito mais facilmente utilizará com muito gosto os novos catecismos. «Os catecismos, são instrumentos para ajudar os Catequistas a fazer Catequese, mas não são tudo. O Catequista é mais que o Catecismo. Temos de ter a clara consciência de que o que é preciso é entusiasmar-nos e apostar na Catequese. Por isso, a formação contínua do Catequista é muito importante.Se o catequista está apto para fazer Catequese, enfrentará os novos desafios que se colocam hoje na nossa Catequese. O que é mais importante é levar os catequizandos ao encontro com Jesus Cristo. E os Catequistas bem formados e apaixonados por Jesus Cristo, serão o maravilhoso contributo que a catequese precisa...»
O que me "preocupa" é que o catecismo do 1º ano vem configurar uma nova ESTRUTURA da catequese:
Nas alterações, “reajustaram-se as fases da catequese” (actualmente situam-se em cinco fases de dois anos cada) e no futuro “manter-se-ão os mesmos anos mas reagrupados: na infância duas fases de três anos cada e na adolescência mantêm-se as duas fases de dois anos cada”.
Assim, pegando neste novo catecismo, vamos iniciar um novo ciclo: Todos os anos do processo catequético “sofrem alterações” mas as “mudanças mais profundas são nos três primeiros anos”. Como a realidade sociológica evoluiu, “tivemos em conta que a catequese contemple o primeiro anúncio” porque “há muitas crianças que chegam à catequese sem a chamada «catequese familiar»”. Com as revisões dos catecismos, os dois primeiros anos serão “mais introdutórios”.
Assim, toda a estrutura da catequese (incluindo as CELEBRAÇÕES ou FESTAS de cada ano catequético) serão, concerteza, alteradas. Sei que no 1º ano, a Festa do Pai Nosso será "substituída" pela Festa do Acolhimento - será esta a "meta" a alcançar e celebrar no 1º ano da catequese.
Mas... mais do que isto ainda não consegui "descobrir" nem que ninguém me ajudasse... Será que vocês me podem ajudar, dar alguma dica, indicar onde me poderei informar? (já tentei o SDEC Porto mas não consegui nenhuma informação nova).
Desde já agradeço a colaboração que possam oferecer-me.
E um bem-haja por este espaço!!
Um abraço em Cristo Ressuscitado para todos vós.
Paula Rocha

Ola a todos

Paula tenta as Edições Salesianas e a sua cooperativa de formação, sei que estão a preparar "pacotes" especiais para a aplicação dos "novos catecismos".

Saudações

Sérgio Lopes

Estamos no Tempo Comum... mas apetece-me gritar: "ALELUIA!"
...pois... perguntam-se voces: e porquê essa "euforia" toda?
É que finalmente, e após uma aturada pesquisa, só agora (com o ano catequético já mesmo a bater à porta, quando já quase tudo deveria estar programado/ preparado/estudado) consegui encontrar alguma informação sobre o novo catecismo do 1º ano! Por isso o meu "Aleluia"! sentido e gritante.

Para os interessados, partilho o que encontrei:
O novo catecismo do 1º ano será o último a aparecer nas livrarias. Por isso, e para que os catequistas possam começar a preparar as primeiras catequeses, está disponível o texto do guia do catequista para as cinco primeiras catequeses no seguinte endereço: [catequeseleiria.blogspot.com]

Vá lá... alguma informaçao! Uff... ;)

Já agora: ja dei uma "vista de olhos"... e adorei! A maior surpresa? Pois... A FESTA DO ACOLHIMENTO aparece na 4ª catequese... E esta??!!

Para todos um abraço em Cristo Ressuscitado (Aleluia!), e votos de um início de ano catequético com a Luz do Espírito Santo.

Paula Rocha

ola a todos

Paula

Ter novos catecismos não quer dizer que tenhamos bons catecismos...

mas pelo que vou sabendo, pelo menos estes (os novos) estão mais actualizados na linguagem e nas ideias...

mas como S. Tome ver pra crer...


Cumprimentos


Sérgio Lopes

Sérgio:

Pois...a necessidade de novos catecismos, mais em consonânica com os novos "sinais dos tempos", melhores metodologias e pedagogias, ou seja, uma roupagem actual para passar a mensagem (que, essa sim, é SEMPRE actual)... já todos tínhamos concluído que era uma necessidade. Ponto.
Pois... novos catecismos não pressupoem melhores catecismos... certo!
Por isso mesmo, é que só podemos "avaliar" após eles terem saído. (e foi o k fiz, mostrar o meu entusiasmo pelo - pouco - que já tive oportunidade de analisar).

A única coisa que me continua a "picar" e a nao perceber... é porque é que não há mais (IN)FORMAÇAO sobre estas ferramentas de trabalho, porque continua tudo nos segredo "dos deuses" (passo a expressao), sem dar possibilidades aos catequistas de PLANEAR e PREPARAR atempadamente o novo ano...(?)
´
Voltamos à velha, tradicional e tão portuguesa "pedagogia" do: "tudo em cima do joelho"... enfim...

Bj.

Paula

Ola a todos


Por haver tanto secretismo é que digo o que digo, repara que estamos quase no fim de Setembro e, quanto sei, os secretariados Diocesanos ainda não receberam os ditos catecismos. E ja se ouve nalguns corredores que estes que ainda nem sequer estão á disposição ja vão ser "alterados". Quando se começa a casa pelo telhado... (o primeiro a sair foin o do 9º ano)

Cumprimentos

Sérgio Lopes