eu sei, acho que o sacramento da confissão ou reconciliação devia ter muito maior atenção pastoral. Considero a situação actual muito prejudicial para o povo cristão. Apenas estou a tentar analisar, a procurar as razões, para o actual desleixo ou descuido a que este sacramento é sujeito nas nossas paroquias e comunidades.

Agora lembrei-me de outro santo: S. Leopoldo Mandic

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Santo Cura de Ars.

Não é isso que se faz no início da missa?

"- Confesso a Deus todo poderoso etc...

- Deus todo poderoso perdoe os vossos pecados e vos conduza à vida eterna."

Abraços

Um texto interessante no «El Mundo» de ontem: «En España no se confiesa ni Dios».

Não me surpreendeu o ligeiro toque «anti[-eclesiástico]» e mal informado (por exemplo, não é correcto dizer que a Confissão auricular se tenha introduzido apenas no século XII e há alguma imprecisão a propósito dos pecados ditos como reservados ao Papa), mas quase diria que me surpreenderam os números, porque me parecem bastante optimistas.

Por exemplo, diz-se que segundo uma sondagem apenas 15% dos católicos praticantes se confessa uma vez por mês. Pensei num percentagem mais baixa! Tenho a impressão de que nem nas paróquias mais rurais 15% das pessoas se confessem todos os meses.

Em muitas paróquias já nem existe a prática tradicional da confissão pela «Primeira Sexta-Feira», já que alguns párocos acham que só se confessam as «beatas» que não precisam... Isto são palavras do meu pároco...

É uma pena que se tenha «esvaziado» este sacramento, talvez por uma visão demasiado juridicista do pecado, talvez por excesso de trabalho dos padres, especialmente dos párocos, talvez por maior insensibilidade ao sentido do pecado, talvez porque se necessita de uma nova «roupagem», ou uma nova pastoral. Como quer que seja, com a perda deste sacramento na vida dos cristãos deixa-se de aproveitar um enorme tesouro, fundamental numa vida espiritual sólida, de qualidade.

Alef

[www.scielo.oces.mctes.pt]

Segundo este estudo apenas 20% dos espanhóis são católicos praticantes, 15% de 20% são 3% da população.

Do meu ponto de vista essas tentativas de mensurar "prática de catolicismo" não dizem muita coisa. Essa idéia de medir a qualidade da evangelização pela contagem de número de sacramentos distribuídos é herança de uma mentalidade medieval, e penso que já era hora de mudarem isso, especificamente isso de acharem (e não me refiro somente aos do clero) que algo vai bem ou mal segundo as igrejas estarem mais ou menos cheias e segundo a quantidade de sacramentos que alguém recebe. Isso só é compreensível ainda pelo fato de ninguém ter tido alguma idéia melhor para um "medidor de fé", mas a questão que coloco é essa: Precisa-se mesmo de uma idéia melhor? Afinal, precisa-se disso? Falo agora pensando na passagem do semeador, ele não vê nada mas sabe que a semente continua crescendo dentro da terra. Acho que o que ocorre é que alguém pode dizer sempre: "será que a semente está crescendo mesmo?". O problema é sempre que, para tudo que se pode pensar de positivo, alguém vai chegar e dizer: "ou não".

É compreensível que a hierarquia católica queria ter algum tipo de termômetro para saber a quantas anda a religiosidade dos fiéis. Mas, de fato, acredito que ela é bem mais prudente em considerar esses números do que fazem alguns da mídia, pelo teor de alguns dos comentários que lemos. Ao menos assim espero.

Sim, o mundo está hoje menos católico, e medido pelos critérios medievais isso não seria uma boa coisa? O mundo mudou um pouquinho, já não chegou a hora de alguém se dar conta? Existe algum problema de comunicação ou isso é só impressão minha?

Paz e Bem