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aconselhamento espiritual
Escrito por: sol (IP registado)
Data: 26 de December de 2013 16:19

Boa tarde!

Antes de mais, votos de uma época natalícia feliz e abençoada a todos.

Fui confessar-me na semana passada e dei-me conta de que o padre que me ministrou o sacramento da reconciliação estava disposto a dar-me conselhos espirituais, responder a dúvidas e inquietações da fé e da prática religiosa.

A minha questão é: tendo e sendo muitas vezes interpolada com interrogações (sobretudo pessoais) sobre temas da fé, deverei solicitar a esse padre que se torne meu conselheiro espiritual? E se sim, posso ter sempre o mesmo confessor (alguém que já me conhece e às minhas questões), ou poderei cair em orgulho por não me sujeitar à humildade de me confessar sempre a desconhecidos?

Alguém tem conselheiros espirituais e consulta-os? Eu admito que foi uma agradável experiência, porque de forma muito simples e catequética o padre ajudou-me a compreender alguns mistérios da fé católica.

Cordialmente,

Sol.

Re: aconselhamento espiritual
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 26 de December de 2013 22:52

Sol, primeiro feliz natal :) Isso é algo comum na igreja, digo, o serviço de "aconselhamento espiritual". Que bom que teve a experiência, pq normalmente faz bem mas muitos católicos não a conhecem. Entretanto, convém chamar a atenção para alguns pontos:

# A confissão e o aconselhamento são "serviços" bem distintos. A confissão segue um rito bem específico, seu segredo está protegido pela lei canônica, o confessor está proibido de recordá-la da anterior etc. Já o aconselhamento é mais "livre", tb pode ser feito por leigos (existem ótimos acompanhantes leigos) e costuma se estender no tempo, pelo que é muito comum se falar na igreja de "acompanhamento espiritual" (remete a Emaús). É evidente que todo bom acompanhante espiritual vai sempre guardar segredo do que conversam, mas é importante que ao escolher seu acompanhante vc encontre um que tenha uma vida de oração rica (óbvio, se não como poderia te ajudar?) e tb seja da sua total confiança.

# Pelo descrito antes, é comum que os padres façam questão de separar esses dois tempos, marcando onde começa e termina a confissão, e onde se trata de aconselhamento. Por exemplo, um padre acompanhante pode te ajudar muito mais aconselhando se a conversa ocorre fora da confissão. O objetivo da confissão é outro, o perdão sacramental, logo não pode haver absolvição no aconselhamento. Durante a confissão o campo de ação do padre é muito delimitado: por exemplo, ele não poderia lhe dizer algo do tipo "lembra-se que da outra vez vc tb agiu assim? talvez devesse prestar mais atenção nesse sentimento". Por tudo isso, seria imprudência do padre se não separasse muito bem os dois tempos.

# Como deve ter notado, não é incomum que o acompanhamento espiritual acabe tomando ares de uma catequese personalizada, uma que inclua formação espiritual junto com a parte doutrinal. Contudo, o enfoque é sempre muito maior na parte espiritual, como vivência da doutrina. Claro, se vc teve uma boa experiência com o tal padre, nada impede que vc solicite que ele seja seu conselheiro espiritual. É assim mesmo que acontece o aconselhamento, que será mais proveitoso se se tornar acompanhamento mesmo. Claro, como dito, aconselhamento não vincula com a confissão, vc pode ter vários confessores, mas é comum ter somente um acompanhante espiritual.

Paz e Bem.



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