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Falta de devoção dos sacerdotes pelo sacramento da confissão.
Escrito por: ivo (IP registado)
Data: 04 de December de 2006 19:55

_ Considero uma das coisas mais graves na igreja atual, a falta de devoçao dos sacerdotes pelo sacramento (de essencial importância q. tem) da confissão(auricular)
aqui em em belém do pará-BR, entre tantas paróquias, quase nao se encontra um padre p/ realizar confissao. Quem está salvando por aqui sao os PADRES barnabitas e os redentoristas...GRAÇAS A DEUS!!!!
_ O padres devem receber o dízimo... mas tmb devem fazer jus a isso!!!
_ q. Deus tenha miseric/ordia de todos nós!!!

Nota: [Luís Gonzaga] Editei o título para ficar mais pequeno sem se perder o sentido.

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Editado 1 vezes. Última edição em 04/12/2006 23:42 por Luis Gonzaga.

Re: Falta de devoção dos sacerdotes pelo sacramento da confissão.
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 06 de December de 2006 01:18

Depois escrevo algo mais detalhado. Agora apenas quero deixar a nota de que concordo com o ivo.
O sacramento da reconciliação, ou confissão, devia ter mais atenção por parte dos sacerdotes, muito mais.

Re: Falta de devoção dos sacerdotes pelo sacramento da confissão.
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 06 de December de 2006 12:16

1º Não há padres suficientes.

2º Penso que são mais necessários directores espirituais e pastores de almas do que propriamente confessores.

3º Não acho que o dizimo se relacione com o número de confissões ou batismos que um padre assiste ou realiza.

4º Acredito que há um vazio no acompanhamento espiritual dos crentes deixado pelo desuso da confissão. Acredito também que o sacramento da reconciliação é um sacramento necessário e importante, mas algo deveria ser feito para que o povo recomprenda a necessidade deste sacramento.

Em comunhão

Re: Falta de devoção dos sacerdotes pelo sacramento da confissão.
Escrito por: ivo (IP registado)
Data: 06 de December de 2006 18:23

- onde é q. existe um fórum onde exista um padre convidado????????...
- eles é q. precisam participar de fóruns como estes...
- p/ se defender.... ou p/ concordar com agente... ou ainda esclarecer qualquer coisa!!!!
- afinal somos um só povo!.. somos CATÓLICOS da Igreja estabelecida em ROMA...


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Re: Falta de devoção dos sacerdotes pelo sacramento da confissão.
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 06 de December de 2006 20:24

Ivo muitas vezes as pessoas usam a confissão para " fofocar" e arrumar alíbis para seus pecados de raiz.
Fazer um exame de onde precisa melhorar e acusar seus erros ... ou apenas dizer : Sou um pecador , me arrependo e peço o perdão...não será que apenas isto é necessário ?
Será que os fiéis não entendem o sacramento e querem ficar repetindo , se desculpando ou até culpando outras pessoas pelos seus defeitos?
como Adão que culpou Eva que culpou a serpente ....
Será que os padres faltam com devoção ou os fiéis não entederam o que é confessar realmente?



Editado 1 vezes. Última edição em 06/12/2006 20:27 por Chris Luz BR.

Re: Falta de devoção dos sacerdotes pelo sacramento da confissão.
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 07 de December de 2006 00:10

Diz quem sabe que muitas vezes a confissão é a psicanalise dos pobres.
pelo que sei muitas pessoas com problemas psicologicos, principalmente com depressões, usam a confissão para desabafar, ouvir uma palavra amiga. Os confessionarios ficam por vezes "entupidos" com estas pessoas.
Também é um trabalho pastoral relevante embora não seja esse o fim da confissão.

Tilleul, como pode existir uma orientação espiritual sem que o orientador conheça também as nossas fraquezas, os nossos pecados?

Re: Falta de devoção dos sacerdotes pelo sacramento da confissão.
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 07 de December de 2006 08:00

Um director espiritual mais que um ouvidor de pecados é aquele que orienta... pastoreia.

Em comunhão

Re: Falta de devoção dos sacerdotes pelo sacramento da confissão.
Escrito por: ivo (IP registado)
Data: 07 de December de 2006 17:47

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O IMPORTANTE!...é q. estejamos em Comunhao c/ a Doutrina da nossa Igreja, na qual temos os sacramento, q. são de valor infinito; c/ a confissao nao é diferente. todos os sacramentos tÊm respaldo bíblico, portanto q. possamos ser, ao menos,´BÍBLICOS!!!..
- " IDE!! A QUEM PERDOARDES OS PECADOS SERÃO PERDOADOS!.. A QUEM OS RETIVERDES SERÃO RETIDOS!..." E
- "EIS Q. EU ESTAREI C/ VCs TODOS OS DIAS ATÉ A CONSUMAÇAO DOS SÉCULOS!!"
- "..SOBRE TI FUNDAREI A'''MINHA'''IGREJA..."
- "..AS PORTAS DO INFERNO COMBATERAO CONTRA ELA MAS NAO VENCERAO!!"
- " EU OS ENVIO COMO CORDEIROS AO MEIO DE LOBOS "
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Re: Falta de devoção dos sacerdotes pelo sacramento da confissão.
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 08 de December de 2006 15:09

direção espiritual é diferente de sacramento da reconciliação ...

Re: Falta de devoção dos sacerdotes pelo sacramento da confissão.
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 10 de December de 2006 15:43

Qual o problema de uma "reconciliação colectiva"? Sem explicações do género: a Igreja diz.

É importante tentar encontrar boas explicações racionais.

Já agora: em todas as dioceses que conheço há aquilo que chamam "confissões colectivas", sobretudo na quarta-feira de cinzas. E, o mais interessante, é que as Igrejas estao cheias. Mesmo a abarrotar.


Abraço fraterno,

Miguel



Editado 1 vezes. Última edição em 10/12/2006 15:44 por rmcf.

Re: Falta de devoção dos sacerdotes pelo sacramento da confissão.
Escrito por: ivo (IP registado)
Data: 11 de December de 2006 18:38

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- BEM, SE VC É CATÓLICO, OU SEJA, SE VC MANTÉM COMUNHAO E OBEDIENCIA À SUCESSAO APOSTÓLICA DE S.PEDRO(PEDRO->PAPA).. ENTAO VC DEVE CRER ! É DOGMA DE FÉ !... ISTO É, É DOGMA DE FÉ PARA O POVO!... MAS O MAGISTÉRIO DA IGREJA ESTABELECE UM DOGMA DE FÉ A PARTIR DE UMA REALIDADE TEOLÓGICA COMPROVADA, LÓGICO, EM MEIOS RELIGIOSOS!!... E SOBRE ESSA KESTAO... EXISTEM DIVERSAS APARIÇOES E MILAGRES ATUAIS Q. RESPALDAM A CONFISSAO AURICULAR E DESCARTAM A COLETIVA!!
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Re: NAO É PERMITIDO ABSOLVER UMA MULTIDAO DE UMA SÓ VEZ!!!
Escrito por: ivo (IP registado)
Data: 11 de December de 2006 18:42

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Re: NAO É PERMITIDO ABSOLVER UMA MULTIDAO DE UMA SÓ VEZ!!!
Re: NAO É PERMITIDO ABSOLVER UMA MULTIDAO DE UMA SÓ VEZ!!!
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Re: NAO É PERMITIDO ABSOLVER UMA MULTIDAO DE UMA SÓ VEZ!!!
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 11 de December de 2006 21:22

Caro ivo:

Bem-vindo ao fórum. Se ainda não o fizeste, convido-te a ler as regras de funcionamento. Não se deve escrever em maiúsculas e são de evitar as repetições de mensagens e de «palavras de ordem» ou «slogans», como tens feito muitas vezes. É preferível escrever calmamente, expondo o ponto de vista próprio e justificando, da melhor forma possível.

Em relação a este tema, espero que o Miguel te responda, mas desde já te digo que estás a misturar coisas de nível muito diferente. Se pretendes dizer que a proibição de absolvição colectiva é um dogma de fé, então tenho a dizer-te que isso é um erro muito grande. Também dizes que «não é permitido absolver uma multidão de uma só vez». Pergunto: é uma proibição absoluta? Não há excepções a esta proibição?

Finalmente, não me parece que as aparições particulares sejam determinantes em questões teológicas. Nada decidem em matéria teológica. E muito menos quando se trata de visões não aprovadas pela Igreja...

Alef

Re: NAO É PERMITIDO ABSOLVER UMA MULTIDAO DE UMA SÓ VEZ!!!
Escrito por: ivo (IP registado)
Data: 12 de December de 2006 18:16

obrigado, Alef, por tudo!
...a absolvição colectiva não é um dogma de fé! é um regulamento eclesial! ("erro 'muito' grande", seria 'nao amaar o próximo'.. o resto é tudo figuraçao!)

"...Também dizes que «não é permitido absolver uma multidão de uma só vez». Pergunto: é uma proibição absoluta? Não há excepções a esta proibição?..."

...pela sua pergunta dá p/ perceber q. talvez vc conheca as excepções... elas sao licenciadas apenas em caso de emergência como por ex. absolviçao a um batalhao de guerra q. tem q. sair correndo p/ um confronto...

"...Finalmente, não me parece que as aparições particulares sejam determinantes em questões teológicas. Nada decidem em matéria teológica. E muito menos quando se trata de visões não aprovadas pela Igreja..."

...é verdade!...as aparições particulares... Nada decidem em matéria teológica. E muito menos quando se trata de visões não aprovadas pela Igreja... esse é um aspecto q. vai depender do grau de fé e discernimento de cada cristao!...

paz a esta 'casa'!

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sacramento, confissão, dogma
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 01:49

Olá,

Citação:
ivo
...a absolvição colectiva não é um dogma de fé! é um regulamento eclesial!

Acredito que vc esteja fazendo confusão. Nem a absolvição coletiva é dogma de fé, nem a absolvição individual é dogma de fé. Recomendo maior cuidado para não ir "dogmatizando" tudo, parece que muitos cristãos fazem isso. Se te interessar a história da igreja, pesquisando vai descobrir muitas coisas que te ajudarão a repensar a questão.

Em se tratando de "dogmas", um bom resumo é o Credo. Consta lá "... creio na remissão dos pecados". Tão somente isto, nada é dito de absolvições coletivas ou não. O mais é, pelas tuas palavras, "regulamento eclesial", e como tal sujeito às vicissitudes, seja de épocas ou de culturas ou de situações. No início da igreja, por exemplo, a confissão era pública, feita diante da assembléia, e o penitente se vestia de saco e se cobria de cinzas. Passou um tempo até que a confissão fosse feita em particular, com um padre. Na idade média, em casos em que havia perigo de vida, e não havia um padre por perto, era permitido confessar-se com qualquer outro cristão. Algo semelhante ao ocorrido com o batismo. De fato, vc não encontrará nenhuma passagem nas Escrituras obrigando a confissão dos pecados a ser feita em particular com um sacerdote. E todo cristão é profeta, sacerdote e rei, participa no ministério de Cristo, é isso que reza o catecismo. O ministério ordenado é característico na igreja católica, mas eu considero outros ministérios tb importantes. Pena que não se dê o devido valor e cuidado ao ministério da catequese, por exemplo.

Citação:
ivo
Citação:
Alef
Também dizes que «não é permitido absolver uma multidão de uma só vez». Pergunto: é uma proibição absoluta? Não há excepções a esta proibição?

...pela sua pergunta dá p/ perceber q. talvez vc conheca as excepções... elas sao licenciadas apenas em caso de emergência como por ex. absolviçao a um batalhao de guerra q. tem q. sair correndo p/ um confronto...

Os casos de emergência não são necessariamente segundo esse grau de estranheza, a presença de um grande número de fiéis que não poderiam ser atendidos individualmente já pode configurar uma situação de emergência. Claro que as recomendações frequentemente são para não se banalizar a confissão comunitária, mas os casos permitidos dependem das orientações do bispo local. Dê-se por satisfeito que tenha um padre na sua igreja, há muitos lugares em que o padre só aparece de tantos em tantos meses, quanto aparece. Mais cedo ou mais tarde isso vai ser motivo para mudanças radicais na nossa igreja - o tal "protagonismo dos leigos", incentivado no Vaticano II, já é uma pequena mostra.

Citação:
ivo
Citação:
Alef
Finalmente, não me parece que as aparições particulares sejam determinantes em questões teológicas. Nada decidem em matéria teológica. E muito menos quando se trata de visões não aprovadas pela Igreja

...é verdade!...as aparições particulares... Nada decidem em matéria teológica. E muito menos quando se trata de visões não aprovadas pela Igreja... esse é um aspecto q. vai depender do grau de fé e discernimento de cada cristao!

Conhecem as recomendações de S. João da Cruz sobre esses casos? Se interessar, transcrevo para cá.

Resumindo. O que queria com este post é recomendar paciência para não ir muito afoito julgando os outros, padres, religiosos ou laicos. Isso tb vale para mim, que as vezes passo da conta. Acho importante termos opinião, mas igualmente importante estarmos abertos para ouvir o outro. Isso constrói igreja.

Paz e Bem.

Re: Falta de devoção dos sacerdotes pelo sacramento da confissão.
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 02:03

Citação:
Firefox
Conhecem as recomendações de S. João da Cruz sobre esses casos? Se interessar, transcrevo para cá.

Não conheço e gostava de conhecer. Poderia divulgar, por favor?

pontosvista

Re: Falta de devoção dos sacerdotes pelo sacramento da confissão.
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 02:16

Citação:
pontosvista
Citação:
Firefox
Conhecem as recomendações de S. João da Cruz sobre esses casos? Se interessar, transcrevo para cá.

Não conheço e gostava de conhecer. Poderia divulgar, por favor?

A igreja católica normalmente não emite opinião sobre aparições pq considera isso assunto de devoção e fórum pessoal dos fiéis. Muitos católicos consideram que Deus lhes fala através de sinais, que podem ser sonhos, visões, impressões etc. Não se pode proibir isso, como não faz sentido proibir sonhos, mas a igreja está no papel de instruir e a instrução normalmente vai no sentido de os católicos não darem muita atenção a esse tipo de coisa, que uma fé amadurecida não precisa disso. São João da Cruz, doutor da igreja, é muito claro nesse aspecto:

Subida do Monte Carmelo

CAPÍTULO XI

Do impedimento e prejuízo que podem causar ao entendimento as apreensões apresentadas sobrenaturalmente aos sentidos corporais exteriores. Atitude da alma nesse caso.



1. (...) As pessoas espirituais podem e costumam ter representações de objetos sobrenaturalmente percebidos pelos sentidos: por exemplo, os olhos divisam formas e personagens do outro mundo, tal ou tal santo, bons ou maus anjos, luzes e esplendores extraordinários. O ouvido escuta palavras misteriosas, ora proferidas por essas aparições e outras vezes sem saber donde vêm. (...)

2. Ora, importa saber que, não obstante poderem ser obra de Deus os efeitos extraordinários que se produzem nos sentidos corporais, é necessário que as almas não os queiram admitir nem ter segurança neles; antes é preciso fugir inteiramente de tais coisas, sem querer examinar se são boas ou más. Porque quanto mais exteriores e corporais, menos certo é que são de Deus. Com efeito é mais próprio de Deus comuncar-se ao espírito, - e nisto há para a alma mais segurança e lucrio, - do que ao sentido, fonte de frequentes erros e numerosos perigos. (...) o sentido corporal é tão ignorante das coisas espirituais como um jumento é das coisas racionais, e mais ainda.

3. Quem estima esses efeitos extraordinários erra muito, e corre grande perigo de ser enganado, ou, ao menos, terá em si total impedimento para ir ao que é espiritual. Como já dissemos, os objetos corporais nenhuma proporção têm com os espirituais, por isso deve-se sempre pensar que, nos primeiros, mais se encontra a ação do mau espírito em lugar da ação divina. O demônio, possuindo mais domínio sobre as coisas corporais e exteriores, pode com maior facilidade nos enganar neste ponto, do que nas mais interiores e espirituais.

4. Quanto mais exteriores são esses objetos e formas corporais, menos proveito trazem ao interior e ao espírito, pela grande distância e desproporção que há entre o que é corporal e o que é espiritual. Embora comuniquem algum espírito, como acontece sempre que vêm de Deus, mesmo assim o proveito será menor do que se estas manifestações houvessem sido mais espirituais e interiores. São de natureza a produzir erro, presunção e vaidade; porque sendo tão paupáveis e materiais, movem muito os sentidos. A alma, levada por essas impressões sensíveis, dá-lhes grande importância, abandonando a luz da fé para seguir essa falsa luz que então parece a seus olhos o meio para elvá-la ao objetivo de suas aspirações, isto é, à união divina; entretanto, quanto mais se interessar por essas coisas, mais se afastará do caminho e se privará do meio por excelência que é a fé.

5. (...) É necessário, portanto, rejeitar sempre tais representações e sentimentos, porque ainda quando viessem de Deus a alma não o ofenderia agindo assim, nem deixaria de receber o efeito e os frutos que Deus tem em vista conceder-lhe.

6. Eis a razão: nas visões corporais e nas impressões sensíveis, ou mesmo nas comunicações mais interiores, quando são obra de Deus, o seu efeito se produz instantaneamente no espírito sem dar à alma tempo de deliberar para aceitá-las ou rejeitá-las. (...) as comunicações de Deus penetram intimamente o espírito e movem a vontade a amar, deixando seu efeito a alma, embora queira, não pode resistir mais do que o vidro ao raio de sal que o atravessa.

7. A alma, portanto, jamais há de atrever a querer admitir tais comunicações extraordinárias, mesmo mandadas por Deus. Porque daí resultam seus inconvenientes. Primeiro: a perfeição da fé, que a deve reger, vai diminuindo; pois tudo o que experimenta , sensivelmente, muito prejudica a fé, a qual ultrapassa todo o sentifo. E se a alma não fecha os olhos a essas coisas, afasta-se do meio que a leva à união divina. Segundo: as impressões sensíveis são impedimento para o espírito, quando não são recusadas: porque detendo-se nelas não pode viar o mesmo espírito ao que é invisível. Esta é uma das razões pelas quais declarou o Senhor a seus discípulos a necessidade de sua ausência para que descesse sobre eles o Espírito Santo. O mesmo motivo fez com que ele não deixasse Maria Madalena chegar-se a seus pés, depois de ressuscitado, para firmá-la, assim, na fé. Terceiro: a alma se prende com sentimento de propriedade a essas visões e não progride na desnudez do espírito e na verdadeira resignação.Quarto: o fruto interior dessas comunicações vai se perdendo, porque a alma conecntra a atenção no que elas têm de sensível, isto é, no menos importante. (...) Quinto: a alma vai perdendo as mercês divinas, porque as recebe com apego e não se aproveita bem delas. Recebê-las com apego e não se aproveitar é querer aceitá-las; e não é para issso que Deus as concede, pois o espiritual jamais se há de persuadir serem elas de origem divina. Sexto: querendo admitir esses favores de Deus, a alma abre porta ao demônio para enganá-la com outros semelhantes, pois, como disse o Apo'stolo, pode o inimigo transformar-se em anjo de luz (2Cor 11,14), e sabe muito bem dissimular e disfarçar as suas sugestões com aparências boas.

8. Convém, pois, a alma repelir de olhos fechados essas representações, venham de onde vierem. Se assim não fizesse, daria tanta entrada às do demônio, e a este tanta liberdade, que não somente teria visões diabólicas a par das divinas, mas aquelas iriam se multiplicando e estas cessando, de tal maneira que viria tudo a ser do demônio e nada de Deus. Assim tem acontecido a muitas pessoas incautas e ignorantes: julgam-se tão seguras nessas comunicações, que grandemente lhes custou a volta a Deus na pureza da fé. E muitas jamais puderam voltar, por terem as ilusões do demônio lançado nelas profundas raízes. Aí está porque é conveniente fechar a entrada de nossa alma a essas visões, negando-as todas. (...)



(...)

O capítulo segue, mas como exemplo o que veio aqui já deve ter sido suficiente. No que diz respeito a possibilidade de uma mensagem recebida expontaneamente por algum católico, pois é disso que o texto trata, a igreja não diz nem que é possivel, nem que é impossível. nem que é do demônio e nem que é de Deus. A regra de que se conhece a árvore pelos frutos ainda valeria; mas, as recomendações para que os católicos evitem dar atenção a essas coisas existem da parte de vários dos seus doutores. Embora ainda não como "ordem", mas como "conselho".

Paz e Bem.

Re: Falta de devoção dos sacerdotes pelo sacramento da confissão.
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 02:20

Pensando bem, até acho que o texto de S. João da Cruz merecia um tópico particular. Conheço muitos católicos com esse tipo de dúvida.

Re: Falta de devoção dos sacerdotes pelo sacramento da confissão.
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 13 de December de 2006 04:20

Firefox

Muito obrigado. Não conhecia o texto e é realmente interessante.

pontosvista



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