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Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 19 de January de 2005 01:07

Concordo inteiramente. Ninguém o pode excluir.Aliás ele não foi excluido da Igreja. Continua a fazer parte dela. Quando contraiu matrimónio soube que não há divorcio. Prometeu manter-se fiel, a não recorrer ao divorcio. Quebraram a alinça conjugal e faltaram ao prometido.
Todos os direitos implicam deveres. Quem não cumpre os deveres, perde os direitos. E foi o que aqui aconteceu. O nuno continua a fazer parte da Igreja enquanto comunidade de baptizados. Não pode é abeirar-se dos sacramentos porque não está em condições de o fazer.

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 19 de January de 2005 01:12

O Paroquias na secção Sacramentos diz isto:

"Cada criança nasce no seio duma família. O rosto do pai e da mãe representam o que a criança vê em primeiro lugar. No sorriso dos pais, a criança descobre os primeiros traços de humanidade. É pela mão dos pais que ela aprende a andar. Deles aprende a confiar no amor. Um ser humano que é privado desta experiência no início da sua vida, terá dificuldade em confiar nos outros, a acreditar que, no amor, é possível dar e receber.

É amando que o homem se torna plenamente o que ele é. Pois Deus - que é amor - criou-o à sua imagem: homem e mulher (Gn 1,27). Quando um homem e uma mulher se encontram, se amam, já não querem viver um sem o outro; então, prometem fidelidade para toda a vida. Ambos administram mutuamente o sacramento do Matrimónio. E porque não se trata somente do amor destas duas pessoas, mas também do amor de Deus, fazem esta promessa em público, diante do padre que representa a Igreja e das testemunhas. A sua união é selada por um dom mútuo entre ambos: tornam-se "um só corpo e uma só alma" encontrando assim a sua plenitude e a felicidade. Do seu amor pode nascer uma nova vida: o homem e a mulher tornam-se pai e mãe. A sua vida dilata-se. Cada criança é um dom de Deus, mas também uma responsabilidade. Por isso é bom que os esposos projectem a sua vida diante de Deus e da sua consciência.

O Matrimónio é uma aliança para toda a vida. Jesus disse: "O que Deus uniu não o separe o homem." (Mc 10,9). Para muitos esta palavra é dura, pois não há garantia de êxito numa relação: as pessoas podem enganar-se, o amor pode acabar perante a doença ou em situações de sofrimento. Pode acontecer que duas pessoas que se amavam, não se compreendam mais. Já não são capazes de dialogar entre si, tornam-se estranhas uma para a outra. Há casamentos que fracassam.

Mas os cristãos devem confiar que, mesmo neste caso, não os abandona o amor de Deus nem da Igreja de Cristo.


O compromisso matrimonial:
Eu te recebo por minha esposa (meu esposo)
e prometo ser-te fiel,
amar-te e respeitar-te,
na alegria e na tristeza,
na saúde e na doença,
todos os dias da nossa vida.



O sacramento do Matrimónio: "A unidade, a indissolubilidade e a abertura à fecundidade, são essenciais ao Matrimónio. A poligamia é incompatível com a unidade do Matrimónio; o divórcio separa o que Deus uniu; a recusa da fecundidade desvia a vida conjugal do seu 'dom mais excelente', o filho (Gaudium et Spes 50,1)" (Catecismo da Igreja Católica 1964)."


Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 19 de January de 2005 05:08

Nuno

Se soubesses ou vivesses a religião católica, nem levavas a mal do padre não te aceitar para seres padrinho. Alguns até só vão à igreja quando é para baptizar ou para casar. Assim de maneira alguma somos católicos!
Esses padres, é que são os Bons Professores da Igreja Católica.


Re: Afinal para a Igreja não somos todos iguais
Escrito por: (IP registado)
Data: 19 de January de 2005 10:47

Sr Padre João Luis

O que escreveu, na minha modesta opinião, demonstra que é prisioneiro de muitos mitos e preconceitos, vai de facto ao encontro do que o Sr. Alef (Sr e não tu pois como é defendido nem todos somos iguais)


"Afirma que estes actos afastam as pessoas da Igreja, mas pergunto, o Nuno está na Igreja? Faz parte de alguma comunidade que dominicalmente se reune para louvar a Deus na Missa? Está integrado nalguma Igreja, faz parte de algum grupo ou movimento?"

-Talvez não esteja tão próximo como já estive e durante muitos anos, mas muitas vezes não é necessário ir á Igreja todos os dias para acreditar e louvar a DEUS.

-Mais uma vez é demonstrado como a Igreja (na pessoa de alguns Párocos) classificam e querem pôr rotulos nas pessoas.

"Os Sacramentos deixados por Cristo à Igreja, que os guarda e administra, não são das pessoas. Pelo que os critérios de admissão de uma pessoa a padrinho são da Igreja e não dos padrinhos."

-Com afirmações destas acho que pouco há dizer, apenas que tenho pena que nem todos os Sr. Padres os cumpram

"Na celebração do Baptismo, estaria a prometer aos presentes algo que não pode cumprir, porque por motivos certamente lamentaveis, o impedem. "

-Com o devido respeito, completamente descabido e arrogante ou então não entendi, o que poderia prometer? e quais os motivos lamentáveis?



Cumprimentos
Nuno

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: (IP registado)
Data: 19 de January de 2005 12:59

Cara Ana:

Caso conheça algum Padre que me aceite como padrinho avise.

Depois logo me dirá

Antecipadamente grato
NUNO

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 19 de January de 2005 13:12

Aqui fica um link para o Ritual do Baptismo (em inglês).

Nuno: no início da página do fórum possivelmente aparece um botão azul que diz algo como "Tem nova mensagem privada". Acabei de a enviar.

Alef

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 19 de January de 2005 14:16

Caro nuno.
Ninguem lhe pôs rotulos, nem o pode fazer, Deus não faz acepção de pessoas. Há sim diversas situações na vida que nos condicionam. O nuno como Baptizado é membro da Igreja e reafirmo essa pertença.
Diz que não é preciso ir à igreja para louvar e acreditar em Deus. È correcto, mas insuficiente. A fé exige uma resposta do homem. Ter fé é diferente de acreditar. Acreditamos na existencia de um Parlamento, de um governo, de um cinema, e pronto. Ter fé, não é um mero acreditar, é seguir aquele no qual pomos a nossa confiança, cumprindo os seus ensinamentos. O cristão é aquele que segue Cristo, o procura imitar, e cumprir os seus mandamentos. Ser cristão não é um acto isolado de crença pessoal, mas o fazer parte de uma comunidade - ecclesia - que é o corpo do qual Cristo é a cabeça.
A Igreja não muda as suas normas para agradar ao mundo, mas para agradar a Deus. Um Cristão que nega a importancia de alguns sacramentos, mas gosta muito de outros, tem algumas incongruencias.
Quanto aos motivos lamentáveis, falo do divórcio, sempre triste que não deixa ninguem feliz muito menos quem o vive na carne.
Por fim, desculpe, mas nao ha arrogancia em discurso nenhum. O vinculo matrimonial sempre foi visto na Igreja como algo sagrado, que não pode ser destruido pelo homem. Quem atenta contra esse vinculo, pois esta a fazer algo de errado que tem as suas consequencias.
O que poderia prometer era ajudar os pais da criança na sua educação na fé, cumprindo os mandamentos. Sem qualquer juizo de valor, o meu amigo nuno não os cumpre na sua vida. Como pode ensinar uma coisa que não vive.
Não vai à missa segundo dá entender, não cumpre os mandamentos ao casar uma segunda vez, mantendo-se o vinculo matrimonial existente.
Uma vez mais, rezo por si.

Re: Afinal para a Igreja não somos todos iguais
Escrito por: (IP registado)
Data: 19 de January de 2005 15:00

Sr. Padre João Luis

Mais uma não posso concordar com o senhor quando escrve:
1-"Diz que não é preciso ir à igreja para louvar e acreditar em Deus. È correcto, ....muito de outros, tem algumas incongruencias"

Então quem se mantenha casado e seja crismado mesmo que apenas para "agradar a Deus" não seja praticante e até pouco ou nada acredite HOJE na Igreja pode ser padrinho, entendi.


2-"O que poderia prometer era ajudar os pais da criança na sua educação na fé, cumprindo ... não vive. "

Está completamente enganado e Deus sabe, (mas quem "manda são os senhores").

Cumprimentos
Nuno



Re: Afinal para a Igreja não somos todos iguais
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 19 de January de 2005 15:48

Nuno

Eu arranjar-lhe um padre para baptizar a criança? Presumo que todos terão a mesma opinião, que esse padre...!!!
Contudo, já aí disseram para arranjar outro padre. Agora é preciso que esse padre dessa paróquia, autorize outro padre na igreja para fazer o baptizado...

Tem de ver bem as coisas...contudo isto, aprende mais, fica a saber mais a respeito da igreja católica. Não é falar com outro padre, mas sim com o bispo dessa diocese. E ainda ele pode partilhar da mesma opinião.
Os padres mandam, porque têm leis a cumprir...e aquele que não as cumpre, não é um verdadeiro padre!!!

Re: Afinal para a Igreja não somos todos iguais
Escrito por: (IP registado)
Data: 19 de January de 2005 16:16

Cara Ana

Pelos vistos não vai ser facil arranjar quem me arranje um Padre, a autorização não seria problema.

O seu ultimo parágrafo é quase uma verdade absoluta

Cumprimentos
Nuno

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: Susete (IP registado)
Data: 19 de January de 2005 19:34

Olá Nuno!

Sempre consegui cá vir também opinar.

Do ponto de vista teologico penso que o Alef já te esclareceu (e muito bem, obrigado Alef).

Se me perguntas pessoalmente o que acho... digo que entendo muito bem o teu ponto de vista mas tb percebo o ponto de vista da Igreja.

Apesar de não concordar muito bem com o tratamento que a Igreja dá às pessoas separadas. Penso que somos todos filhos de Deus com os mesmos direitos. "Expulsar" estas pessoas penso ser um pouco forte de mais. Se em alguns casos as separações dão-se por razões perfeitamente idiotas, outras vezes no entanto, são por razões muito válidas, no meu entender...
Cada caso é um caso e cada pessoa é uma pessoa.

Penso que os padres e a Igreja deveriam avaliar os padrinhos, de uma forma mais activa. Realmente assim levamos muitas pessoas a afastar-se da Igreja mas em "assuntos semelhantes a este" existem outras religiões "tão fechadas" quando a nossa.

Fala com o teu paraco, expo-lhe o teu caso e tenta arranjar uma solução com ele...

Um abraço em Cristo,
Susete

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: (IP registado)
Data: 19 de January de 2005 20:33

Olá Susete!

Obrigado pelas tuas palavras

Para completar e acabar pois já vi que assim não vou resolver a minha situação, o meu paroco não é o de onde se vai realizar o Baptizado pois estou em Lisboa e a minha sobrinha na Castanheira de Pêra.

E o Sr. Padre de Castanheira de Pêra categóricamente que "separado nem pensar".

Assim sendo terei de procurar uma alternativa (talvez a que me custe mais).

Cumprimentos
Nuno

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 19 de January de 2005 20:46

Nuno

Deixa lá...é tua sobrinha ainda...! Podes ajuda-la noutras coisas...Podes ser um bom tio:)
O não ser afilhada, ainda melhor, isso só traz depesas e responsabilidades!...

Para mim, quanto menos afilhados melhor:) já tenho que chegue!!! :)

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: (IP registado)
Data: 19 de January de 2005 21:39

Ana

Serei um bom tio e padrinho.

(em Espanha o preservativo até já foi aceite pela Igreja)

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 19 de January de 2005 21:49

Pouco há que adiantar ao que disseram o Alef e o João Luís.
Esclareço apenas que, em Portugal, o crisma não é requisito necessário para ser padrinho do Baptismo. É uma deliberação da Conferência Episcopal.

Agora, Nuno, tens desde logo de dividir as tuas interrogações, e esta discussão, em duas partes:
a) as normas que são da Igreja
b) as normas que deveriam ou poderiam ser da Igreja

Como são, o Alef e o João Luís já explicaram. Face às normas vigentes, é difícil considerarmos que um católico, divorciado e casado de novo poderá ser padrinho do Baptismo. Apesar de eu não o considerar impossível. A análise do caso concreto cabe sempre ao sacerdote e é uma questão pastoral, só aí podendo ser resolvida.

Será que a pastoral pode ir para além da norma? Nalguns casos seguramente que pode e deve:
“... o amor se transforma em misericórdia quando é preciso ir além da norma exacta da justiça: norma precisa, mas, por vezes, demasiado rigorosa.
(...)
A experiência do passado e do nosso tempo demonstra que a justiça, por si só, não basta e que pode levar até à negação e ao aniquilamento de si própria, se não se permitir àquela força mais profunda, que é o amor, plasmar a vida humana nas suas várias dimensões.” J.P. II Dives in misericordia , 5, 12

No teu caso concreto, não sei, mas sei que seria útil que seguisses os conselhos que te foram aqui dados.

Inclusivamente já foi sugerido que ponderasses se não existe motivos para anulação do teu anterior matrimónio. Como o Alef já escreveu por diversas vezes, muitos casamentos existentes serão nulos.

Um outro registo para a discussão é que podes, e deves, discutir se essa norma pode ou não ser alterada. Para ser alterada tens de ver quais os fundamentos teológicos da mesma.

Uma nota sobre o tom das tuas mensagens:
- a de 18 de Janeiro, 14:57 -> dar a entender que o Baptismo da criança se não realiza se tu não fores o padrinho, leva facilmente à conclusão que ele está (no momento dessa afirmação) a ser visto como uma festa social – que não é – ou como um “direito” que está na disponibilidade dos pais da criança – o que igualmente não é.
- a de 18 de Janeiro, 17:38 -> o normal num fórum como bem sabes é tratar os outros por tu. A tentativa de discriminação dá sempre mau efeito.

Por último a questão dos católicos de primeira e de segunda: talvez algum do teu afastamento não te tenha permitido testemunhar que essa distinção que existia ainda no passado recente nalguns sectores da Igreja tende a extinguir-se. E se fores ver antigos tópicos deste fórum verificas que tal procedimento é criticável e tem sido aqui muito criticado.
Já para não falar no caso de leres os textos do 2º Concílio do Vaticano em que essa visão é claramente afastada.

João (JMA)



Editado 1 vezes. Última edição em 19/01/2005 22:13 por JMA.

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: (IP registado)
Data: 19 de January de 2005 21:57

João


"dar a entender que o Baptismo da criança se não realiza se tu não fores o padrinho"
Nada disso

"festa social"
Muito menos


"discriminação dá sempre mau efeito"
Estou completamete de acordo

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 20 de January de 2005 23:28

Caro Nuno:

Pede ajuda a um outro padre. Tens toda a razão nos teus argumentos e na tua revolta. mas não esqueças que TU ÈS IGREJA .

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 20 de January de 2005 23:38

Já agora, parece que afinal o padre não põe a questão no segundo casamento mas o divórcio, pois segundo disseste o argumento dele é que"separado nem pensar".

Ora eu conheço casos de pessoas divorciadas que foram padrinhos de baptismo, e que são excelentes padrinhos em todas as dimensões...( e até pessoas que vivem em união de facto e que são padrinhos...)

Há aqui um elemento muito importante que a igreja não pode ignorar.
SE um tio tem este gosto e esta alegria em ser padrinho por uma sobrinha, é em primeiro lugar pelo amor que tem áquela pequenina e porque está sinceramente empenhado em a a amar e ajudar o seu crescimento...
Inclusive, para algumas famílias, este vínculo é tão especial, que as pessoas assumeme que, se suceder qualquer coisa aos pais, será o padrinho a responsabilzar-se e a cuidar da criança... Isto é especialmente importante se existem vínculos afectivos e familiares entre os pais e os padrinhos das crianças. Em boa verdade , os pais são os mais capazes de avaliar esta capacidade para ser Padrinho.

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 21 de January de 2005 01:13

Concordo com o que o Alef e o João Luís disseram... essa é a doutrina. A questão, para mim, é, no entanto, muito delicada e, apesar da letra da lei, do direito canónico, do catecismo, tenho alguma tendência pessoal para considerar que é possível a excepção e que cada caso é um caso. A lei não pode nem deve prever todos os casos, nem a casuística deve orientar o direito canónico... Acontece que não foi o homem que foi feito para o direito canónico, mas o contrário... e, nesse sentido, a orientação pastoral do pároco deve ter em conta todas as situações. Se, como não parece, o padrinho quiser apenas ou sobretudo sê-lo como algo exterior e superficial, sem qualquer significado, penso que não há razão para aceitar; se a vida do padrinho for em outros aspectos claramente contrária à fé cristã, não deve ser aceite (e isso não se resume apenas ao facto de se ser divorciado ou 'recasado'; se for um aldrabão conhecido, por exemplo, também não deve :-)... e se o padrinho for naturalmente de outra confissão (isso aconteceu-me uma vez)... nem se fala... contudo, se o possível padrinho for um cristão empenhado, honesto, praticante (o que é isso....), não digo claramente, pelo menos do ponto de vista muito pessoal, que não deveria ser possível sê-lo, isto apesar da lei... é um facto que não pode ser em todas as suas vertentes um exemplo cristão: mas quem poderia? Atire a primeira pedra...
Caro Nuno: o importante, antes de mais, é não te deixares amargurar pelas contrariedades contra a nossa Igreja: tantas imperfeições e tantas coisas boas... no fundo, que a tua fé, embora um pouco abalada, não seja destruída... isso seria mesmo um contra-senso com a tua tão grande vontade de ser padrinho... depois, apesar de achar um pouco vã e sobretudo tremendamente demorada a sugestão do Alef (a de pedires anulação do casamento), essa é sempre uma boa hipótese... depois, reza pela Igreja: sabes que em 1994 (julgo eu) os cardeais Karl Lehmann (de Mainz) e Walter Kasper (que é hoje secretário do Cons. para a Unidade dos Cristãos! acho que antes estava em Estugarda) e o agora bispo emérito de Friburgo, Oskar Saier, publicaram um documento sobre a admissão de 'recasados' à comunhão: o grande problema era, para eles, o da possibilidade de admitir à comunhão quem, em consciência, mesmo sem o conseguir provar externamente, estiver convicto da real nulidade do seu primeiro casamento. Ratzinger veio calá-los... mas quem sabe... confia... por fim, fala abertamente com um sacerdote sobre a tua angústia... mas o mais abertamente possível, e sem ideias feitas... quem sabe: há mais Lehmanns por aí...

Abraço fraternal

Miguel

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 21 de January de 2005 01:14

Seguindo o raciocinio acima exposto, a Igreja não está na terra para cumprir os ensinamentos de Cristo mas para satizfazer os gostinhos pessoais das pessoas, independemente da coerencia ou não. A Igreja torna-se um supermercado onde tudo tem um preço, e cada qual faz o que quer e como quer.
Claro que esta não é a Igreja de Cristo, mas a das pessoas.
A Biblia não interessa, nada do que Deus quer tem algum interesse, apenas interessa satizfazer pequenos gostinhos das pessoas.
Nos sacramentos da Igreja, eles são da Igreja, e não dos pais, dos tios ou dos primos.
Os critérios da Igreja são sempre a salvação das Almas, nunca o satizfazer gostos pessoais. Aos olhos de Deus, uma pessoa "re-casada", mantendo o vinculo do anterior matrimónio está unido a outra pessoa.
A missão dos padrinhos, é ajudar os pais na educação da fé da Criança. Para tal deve viver coerentemente com o Evangelho. Se Cristo diz "Não separe o homem o que Deus uniu" e alguem separou .... há uma desobediencia a Cristo, que se reflete na vida toda.
Diz Cristo, que não há pior cego que aquele que quer ver....

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