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Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 21 de January de 2005 09:47

Caro Pe. João Luis,

Nesse caso, como se explica que os nossos irmãos Ortodoxos tenham uma posição diferente da nossa em relação aos re-casados? Será a Bíblia deles diferente? Será a Igreja deles uma Igreja de pessoas e não de Deus?
Não estou com isto a defender a possibilidade do divórcio, apenas me questiono como é possível o amor genuíno entre casais "re-casados" ser incompatível com o amor de Deus. Acredito que o casamento é para toda a vida, mas nem todos tiveram a sorte que eu tive em encontrar a mulher ideal. E para esses, será a única resposta possível viver isolado para o resto da vida, privando-se do amor conjugal?

Luis

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: (IP registado)
Data: 21 de January de 2005 10:08

Isto é triste

Esta está muito boa "os gostinhos pessoais"

e

Os gostinhos de alguns Senhores Padres dá-se quando se oferece algo de substancial para a sua paroquia.

"Viver coerentemente com o Evangelho"

então

Os Senhores padres que não vivem segundo o Evangelho seriam espulsos da Igreja, (aqueles que teem muitos afilhados).

Para mim chega de ler sempre a mesma coisa .
Mas é bem verdade"Diz Cristo, que não há pior cego que aquele que quer ver.... " aplica-se a muita gente

Adeus

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: Susete (IP registado)
Data: 21 de January de 2005 16:44

Igrejas cristãs ultimam documento sobre o Baptismo
Já se realizaram "trocas de redacções entre a Igreja Católica e as outras confissões cristãs".


In Ecclesia de hoje
.
No primeiro semestre deste ano, “talvez na Assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, em Abril, estejam criadas as condições para fazermos a assinatura do documento sobre o Baptismo entre a Igreja Católica, Presbiteriana e Lusitana” – sublinhou à Agência ECCLESIA D. Manuel Felício, membro da Comissão Episcopal da Doutrina da Fé. Em pleno Oitavário da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, o prelado referiu também que já se realizaram “trocas de redacções entre a Igreja Católica e as outras confissões cristãs”.
Neste desbravar do terreno ecuménico “há horizontes onde não entrámos, nomeadamente, o estudo conjunto de perspectivas doutrinais que abram depois para práticas de cooperação entre as Igrejas” – afirmou D. Manuel Felício. Nos primeiros anos “tentámos abrir caminhos novos” porque “nos anos 90 ainda não estava muito aprofundado o diálogo ecuménico”. E conclui: “há ainda um caminho longo para percorrer”.
Em discussão está também a questão dos “casamentos mistos” (entre fiéis de Igrejas diferentes), em que se encontra por definir o espaço de intervenção de cada uma das Igrejas.

A importância do Baptismo na questão ecuménica
No dia em que D. Manuel Felício confirmou à agência ECCLESIA que as Igrejas cristãs em Portugal caminham para o reconhecimento mútuo dos Baptismos, é preciso lembrar que esta decisão ultrapassa em muito o plano “burocrático” de se evitar um novo Baptismo, quando alguém decide mudar de Igreja.
O decreto sobre o ecumenismo do Concílio Vaticano II, “Unitatis Redintegratio”, lembra no seu n.º 3 que todos os cristãos “justificados no Baptismo pela fé, são incorporados a Cristo, e, por isso, com direito se honram com o nome de cristãos e justamente são reconhecidos pelos filhos da Igreja católica como irmãos no Senhor.”
João Paulo II, na sua encíclica sobre a Unidade dos Cristãos, “Ut Unum Sint”, assegura que o reconhecimento dessa fraternidade “não é a consequência de um filantropismo liberal ou de um vago espírito de família, mas está enraizado no reconhecimento do único Baptismo” (n.º 42).
O “Directório para a aplicação dos princípios e das normas sobre o ecumenismo” pede explicitamente um reconhecimento recíproco e oficial dos Baptismos. Isto está muito para além de um simples acto de cortesia ecuménica e constitui uma afirmação básica na concepção do que é a Igreja, lembra o Papa.
As implicações teológicas, pastorais e ecuménicas do Baptismo comum são muitas e importantes. Definido-se uma unidade fundamental, embora ainda parcial, pode-se passar, como defende a encíclica de João Paulo II, “àquela unidade visível, necessária e suficiente, que se inscreva na realidade concreta, para que as Igrejas realizem verdadeiramente o sinal daquela comunhão plena na Igreja una, santa, católica e apostólica, que se há-de exprimir na concelebração eucarística” (n.º78).
O compromisso que as Igrejas cristãs em Portugal desejam assumir reveste-se, assim, de uma importância central, no sentido em que constitui um passo decisivo no caminho da Unidade.

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: Nina (IP registado)
Data: 21 de January de 2005 18:58

Nuno

Também eu compreendo a sua situação até porque já aqui no forum coloquei uma discussão parecida.

Há uma coisa de que me parece que as pessoas se esquecem que é o de que ao casarem pela igreja fazem uma promessa perante DEUS e todo aquele que se casa pela IGREJA DEVE ter plena consciência dos seus actos e principalmente dos seus DEVERES perante Deus.

Eu tenho uma prima que vive atormentada por viver em segundas núpcias no entanto antes de se casar já havia feito um pedido de nulidade ao patriarcado que ao que parece está bem encaminhado.

Não sou contra quem case pela segunda vez o que me choca é a irresponsabilidade das pessoas e muitas vezes querem modificar leis que aceitam sem pestanejar e depois quando alguma coisa corre mal a culpa é da Igreja.

Ora o Nuno concerteza que ao casar pela igreja fê-lo consciente de que não poderia voltar a fazê-lo e sabe que fica impedido de comungar, etc, etc. Sendo que o Nuno deixou de estar em comunhão total com a Igreja é natural que não possa ser padrinho.
Acho muito dificil que um pároco o aceite mesmo de outra freguesia.

É como diz devia ter casado primeiro no civil mas como não o fez desculpe-me a frontalidade agora terá de arcar com as consequências.

Pode sempre tentar a nulidade do primeiro matrimónio.

Nina


Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: (IP registado)
Data: 11 de February de 2005 10:18

Afinal fui e sou padrinho


Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 11 de February de 2005 10:29

Parabéns, NUno! Que grande alegria!
Como vê, nem todos os padres são iguais e a igreja católica tem uma grande mandamento e uma grande tradição - o mandamento de amor e a tradição de acolhimento!
Felicidades para a sua pequena afilhada e para toda a família!

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: (IP registado)
Data: 11 de February de 2005 12:29

Catolicapraticante
Talvez não seja bem como diz.

Mas fico por aqui para não aborrecer certos senhores deste Forum

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 11 de February de 2005 13:20

Fico contente, Nuno.

O Miguel estava certo. Há mais Lehmans por aí.

Que a tua caminhada como padrinho te sirva para reencontrares a Igreja. Que como lhe chamava um teólogo francês muito importante para o 2º Concílio do Vaticano, Yves Congar, é o nosso "lar maternal".

João (JMA)

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 11 de February de 2005 21:09

Caro Nuno,

São boas notícias. Decerto que o facto de seres padrinho te dará um ânimo reforçado para continuares no caminho até Cristo. O Espírito Santo nunca se cansa de nos mostrar o caminho para sermos Igreja, e a melhor forma de acolhermos.

Um abraço,
Luis

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: Ricardo Figueiredo (IP registado)
Data: 11 de February de 2005 21:58

Não sei porque diz que para a Igreja nem todos são iguais!
A Santa Igreja defende apenas os assuntos do dogma católico, logo se é casado pelo registo pela segunda vez, isso contradiz toda a Fé Católica, pois segundo a Igreja, no Baptismo, e como já disse Alef, a Igreja tem de garantir que a criança seja criada através da Fé Católica, logo se o que o senhor é, contradiz a fé católica, não pode sr aceite para padrinho!

Peço desculpa pela verdade, mas a Santa Igreja, tem de seguir, ou tentar que se siga a Fé Católica!

Com os melhores cumprimentos,
Gostaria de receber uma mensagem a contar como tudo isso acabou!



Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 12 de February de 2005 02:32

Caro Nuno,

fico muito contente por saber que tudo acabou em bem: a criança foi baptizada, teve o padrinho que os pais consideraram que melhor poderia desempenhar essa função. Estou seguro e rezo para que não te esqueças precisamente por que foste padrinho. Essa é também uma graça e, como diz o Luís, espero que seja para ti continuação ou novo começo da tua relação com a Igreja que te acolhe sempre.

Abraço fraterno

Miguel

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 12 de February de 2005 23:29

Depois de ler as ultimas, fico com uma leve impressão de que as coisas não são bem assim.
Os Sacramentos não são magia. Não são actos magicos, e quem não tem capacidade para ser uma coisa, não o é´, embora aparentemente pareça ser.
Num casamento, quando não há o proposito de fidelidade - por exemplo - quando uma das partes diz que sim, mas nunca o foi no namoro e não tem intenção de o ser no casamento o casamento é nulo. Houve uma linda cerimónia, tiraram-se lindas fotos, mas não houve matrimónio.
Tenho sérias reticencias sobre ser mesmo o padrinho. Assinou o livro, tiraram fotos, pegou na vela, mas...... será mesmo?
Tenho sérias duvidas....
Pode ser que o nosso Grão Teólogo Alef possa esclarecer aquilo que os canonistas tem dificuldade em concluir.

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 13 de February de 2005 01:31

Felizmente, João Luís, nenhum de nós, Teólogo ou não, pode avaliar o 'coração' de Deus... E obviamente não é Lei que o faz ou decide... acima dos legalismos está o Amor.

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 13 de February de 2005 22:22

Caro João Luís,

Estarei distraído ou o Sacramento do Baptismo que tenha sido celebrado dentro de tradições Cristãs que admitem o divórcio é considerado plenamente válido?

Nessas tradições Cristãs os divorciados não podem ser padrinhos?

Quando alguém vindo dessas tradições cristãs se acerca de ti para celebrar o sacramento da Reconciliação e receber a Eucaristia, vais-lhe dizer: olha que o Baptismo não é um sacramento mágico. Vamos lá rever como foi??? O teu padrinho era divorciado?

Sei que não é assim que ages.

Não te parece que apenas um sacerdote na presença de todos os factos do caso concreto poderá decidir se alguém pode ou não ser padrinho? Eu confio plenamente no juízo que o sacerdote faça deste caso, em plena consciência.

Afinal onde está Deus: na rigidez das normas ou na pastoral do Amor?

"Grão Teólogo Alef" - tens razão. Pelo menos no meu caso tem sido uma grande ajuda para entender umas tantas questões.

João (JMA)

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 13 de February de 2005 22:40

Nao João não posso concordar que um Sacerdote possa violar a lei para satizfazer um gostinho pessoal.
Se nas leis civis os sacerdotes tem de ser exemplares no cumprimento dos seus deveres, nomeadamente em materia fiscal, e a lei canonica é para ser violada a gosto?
Depois, eu não questionei a validade do Baptismo, que é valido. Para haver baptismo, não é necessário padrinhos. Sendo aconselhável não é essencial.
Mas a questão que colocas é pertinente noutro ponto. Se um cristão vem de outra confissão cristã que não a catolica, o baptismo pode não ser valido. O baptismo em si, nunca os padrinhos. Posso não lhe poder dar sacramento nenhum mesmo. No caso dos Ortodoxos por exemplo, todos os sacramentos são validos. Mas de uma seita, o Baptismo mormon não é valido por exemplo.
A minha questão é se o padrinho será mesmo padrinho. Não o baptismo.

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 13 de February de 2005 23:07

Começa que os mormons não são cristãos. Logo aceito o que dizes como bom.

Mas os anglicanos, os luteranos, os metodistas, por exemplo?

Concordo contigo quando dizes: "não posso concordar que um Sacerdote possa violar a lei para satizfazer um gostinho pessoal". Eu também não concordo.

Mas baptizar alguém não é um "gostinho pessoal" de ninguém. É um sacramento, como tu e muitos já disseram. E se um sacerdote considerou, analisando o caso concreto, que uma determinada pessoa podia ser padrinho, não será mais fácil ter ele razão que nós que apenas conhecemos partes da história?
Já quanto a isso me referi em anterior mensagem: não aceito o baptismo visto como festa social ou um “direito” que está na disponibilidade dos pais da criança.

Mas interpelo-te de novo - expressamente a ti - no que respeita à norma e à pastoral e volto a perguntar se a pastoral pode ir para além da norma? É assim que leio este texto que já citei do Papa João Paulo II - Dives in misericordia:
“... o amor se transforma em misericórdia quando é preciso ir além da norma exacta da justiça: norma precisa, mas, por vezes, demasiado rigorosa.
(...)
A experiência do passado e do nosso tempo demonstra que a justiça, por si só, não basta e que pode levar até à negação e ao aniquilamento de si própria, se não se permitir àquela força mais profunda, que é o amor, plasmar a vida humana nas suas várias dimensões.”

João (JMA)

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 13 de February de 2005 23:22

1º Entre a fidelidade e infidelidade não há estadios intremédios. A pastoral está sujeita a este principio.
2º Será a Igreja uma instituição cruel que se diverte em fazer mal às pessoas? Não creio.
O que está em causa é uma questão de impossibilidade. Que testemunho pode dar um padrinho que vive em situação de pecado - casado catolicamente com uma e civilmente com outra - que recusa a indissolubilidade do sacramento do matrimonio.
Parafraseando La Fontaine, a rã bem queria ser boi, inchou, inchou, e rebentou. Mas nunca conseguiu.

Voltando ao primeiro ponto, procuro ser fiel. E se não violo as leis do estado, tambem não violo as leis da Igreja.
O que aqui está subjacente e é isso que me incomoda, é a visão de que as leis, e de modo especial as da Igreja podem ser contornadas, fechando os olhos.
Nunca o baptismo foi posto em causa. Apenas o padrinho, e continuo a ter duvidas que este nosso amigo o seja realmente.

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: Augusto (IP registado)
Data: 13 de February de 2005 23:57

O Nuno nunca disse, qual a razão que o padre o deixou ser padrinho. O padre podia lhe ter dito, vai ser padrinho, mas você depois vai casar pela igreja também...

Nuno, explique aquí isso tudo.

Sou contra que um padre viole a lei da igreja. Mas ele podia-o ter deixado ser padrinho com uma segunda intenção.

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 14 de February de 2005 00:03

Há alfuns foristas muito preocupados com o estrito legalismo - as vozes dos doutores da lei...

DE certeza que o padre agiu de acordo com a lei da igreja. Eu não sou jurista, mas ensinaram-me que além da letra da lei há sempre o espírito da lei e a sua aplicação deve ser feita caso a caso e resultar de uma avaliação ponderada e criteriosa das sitauções concretas... Muito mais numa situação destas, eem que os parâmetros de avaliação devem incluir aspectos aqui referido pelo Miguel, pelo João, pelo Luís Gonzaga e que devm ter como referência o Evangelho e o sentido do Baptismo...

Re: Afinal para a Igeja não somos todos iguais
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 14 de February de 2005 00:19

Experimente cara forista, interpretar o espirito da lei, sobre o codigo da estrada e começe a não cumprir o codigo da estrada.
Quando levar uma multa, conte essa do espirito da lei. Ou quado levar com um carro em cima, diga que o espirito da lei, segundo o seu critério, era de que não devia parar no stop, porque ja estava ali à 5 minutos à espera e o carro tinha chegado agora.
Tão preocupada em que os padres cumpram as leis civis, nomeadamente as fiscais, e ao mesmo tempo a apelar a que violem a lei canónica.
Incongruencia minha senhora.

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