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comunhão de joelhos
Escrito por: maria da costa pereira (IP registado)
Data: 03 de August de 2009 14:53

Caros Leitores,

Começo por apresentar-me, sou Maria da Costa Pereira, tenho 50 anos, casada, mãe de 3 filhas em que uma já está ao lado de Nosso senhor.
Aconteceu algo este Domingo na santa Missa que gostaria de partilhar convosco, e se possível, que alguém de direito me possa esclarecer.
Eu, por devoção e por amor a Deus, recebo a Sagrada comunhão de joelhos. Este domingo, foi-me recusada a Comunhão por estar de joelhos. o pároco no fim da Missa probíu-me de na sua Paróquia receber a Comunhão de joelhos. Por muito que eu chorasse e argumentasse ele foi irredutível.
Ponho as seguintes questões:
Ofenderei eu a Deus por comungar de joelhos?
Ofenderei as pessoas por comungar de joelhos?
É licito tal proibição?
Será, tal como alegou o pároco, a Conferência Episcopal Portuguesa, legislou diferente do que está no site oficial do Vaticano sobre a Disciplina dos Sacramentos? [www.vatican.va]
Não seremos nós livres de comungar seja na mão, na boca, de pé ou de joelhos?
Agradeço desde já a vossa atenção e as vossas respostas.
Com os meus cumprimentos

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: maria da costa pereira (IP registado)
Data: 03 de August de 2009 15:20

Desculpem, não me parece que consiga por o link para quem esteja interessado em consultar. Mas se no motor de busca puserem "Santa Sé redemptionis sacramentum" e consulatrem os numeros 91 e 91, otêm a informação que vos quero transmitir.
Obrigada

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 03 de August de 2009 19:19

Olá
sê bem vinda.
Sou a Lena, 47, casada, 1 filho.

Tanto quanto entendi quem comunga de joelhos, também comunga na boca. Ora recentemente, por questões higiénicas, tal prática foi desaconselhada numa nota pastoral. Todo o sacerdote zelador do seu rebanho deve ser o primeiro a exigir a segurança sanitária de todos.

Pela tua revolta depreendo que alguém é novo na paróquia, ou tu ou o padre.
Se fosse o padre, duvido que fosses caso único nessa paróquia e ele provavelmente seria sensível aos costumes dessa comunidade, e sem dúvida seria capaz de, amenamente, conversar e chegar a um entendimento.

Volta a falar com ele, mas desta vez com a humildade e sensibilidade de quem quer fazer algo bem feito, evitando teimosias que geram mal estar.
Lembra-te que ambas as formas são válidas e nenhuma ofende a Deus, logo se não queres ceder isso significa o quê? Pensa nisso.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: Giovana (IP registado)
Data: 06 de August de 2009 13:06

Salve Maria!

Olá caríssima Maria da Costa!

Em primeiro lugar tudo isto que a Igreja está vivendo também não deixa de ser o cumprimento da Palavra de Deus, mas saiba que o próprio Jesus afirmou:
"As portas do inferno não prevalescerão contra ela".

Antes de qualquer coisa reze e peça a Deus o discernimento se não é o caso de vc
frequentar outra Paróquia, e se manter zelosa nas orações por este dito Padre que vc mencionou.

Agora se vc quiser ter em mãos um documento que te dá todo direito de receber a Santa Eucaristia de joelhos abra este site abaixo e o estude todo ele; depois imprima-o e vá falar com o tal padre.

[www.vatican.va]

Espero tê-la ajudado.

pax domini.

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: Giovana (IP registado)
Data: 06 de August de 2009 13:11

Desculpe, deixa eu frisar que o que vc pergunta está no capítulo lV.

Qualquer dúvida pode falar comigo por e-mail.

giovana1969@gmail.com

Fique em paz!

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: Giovana (IP registado)
Data: 06 de August de 2009 15:27

Agora que percebi que vc postou acima o mesmo site que eu... perdoe-me a distração.

Então vc já sabe o que deve ser feito.

Basta agora o discernimento.

Mais uma vez perdão pela distração de minha parte.

pax domini.

Giovana.

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: maria da costa pereira (IP registado)
Data: 06 de August de 2009 17:07

Olá Lena,
Muito obrigada pelas boas vindas, penso que não respondeu à minha questão, mas quanto a questões de saúde atrevo-me a copiar aqui um artigo de um Padre que é muito mais competente que eu para falar desta matéria.


A Estirpe do Vírus da Gripe A
P. Gonçalo Portocarrero de Almada
Haja higiene, haja prevenção, mas haja também bom-senso pastoral!
A nota pastoral relativa aos cuidados a ter nas celebrações litúrgicas, por causa do vírus da gripe A, deu-me que pensar. Não sendo um documento de natureza científica, nunca supus que pudesse revelar a natureza do terrível vírus H1N1, mas a verdade é que esse texto esclarece definitivamente a sua maléfica estirpe.
É significativo que não se desaconselham determinados comportamentos em geral, mas apenas nas celebrações litúrgicas. Tendo em conta que a moderna concepção da caridade cristã pugna sobretudo pela imunidade pessoal e, só depois, pelo amor ao próximo, era de esperar que os pais católicos fossem impedidos de beijar os seus filhos, mas nenhum zeloso pastor veio ainda proibir que os imprudentes progenitores osculem a sua extremosa prole, a não ser que o façam na Missa. Também seria de supor que os noivos fossem impedidos de se beijarem, mas também não consta que nenhum pároco tenha, até à data, imposto este higiénico impedimento matrimonial, excepto durante a Eucaristia. Mesmo em lugares muito frequentados, como pode ser o caso das estâncias balneares, das discotecas ou dos centros comerciais, os católicos, ao que parece, não correm qualquer perigo de contágio pois, em caso contrário, tais ambientes teriam sido desaconselhados pela sua ASAE confessional.
Estes exemplos bastam para que se possa retirar uma importante conclusão científica: o vírus da gripe A só exerce a sua perniciosa acção nas igrejas. Ou seja, é um vírus tipicamente anticlerical: daí o A que o distingue de todas as outras gripes, que são menos beatas, na medida em que também frequentam ambientes laicais; mais ecuménicas, porque também atacam fiéis de outras crenças; e até mesmo mais politicamente correctas porque, contagiando também ateus e agnósticos, provam que não discriminam as suas vítimas por razões religiosas.
Assim sendo, temo que o vírus H1N1 não seja apenas anticlerical, mas demoníaco, talvez até a expressão viral do Anticristo (que, por estranha coincidência, também tem por inicial a primeira letra do alfabeto…). De facto, este vírus não incomoda os cristãos que não se benzem com água benta, nem os que não dão o abraço da paz aos seus irmãos, nem comungam, mas apenas aqueles que, por serem mais piedosos e caridosos, humedecem os dedos com que fazem o sinal da Cruz, expressam com o ósculo a autenticidade da sua caridade e, porque estão na graça de Deus, estão aptos para receberem a sagrada comunhão. Portanto, não só é um vírus que age nas igrejas como preferencialmente atinge os fiéis que mais rezam e frequentam os sacramentos! Se isto não é diabólico, confesso que não sei o que é!
Sendo esta a natureza do nefando vírus, há que concluir que o princípio activo susceptível de o debelar não é nenhum Tamiflu farmacêutico, mas um exorcismo, que é a resposta eclesial contra as investidas do maligno. Sendo pastoral a nota que o anatematiza, era de esperar que se recomendassem meios espirituais e não apenas medidas da mais prosaica higiene, em que a Igreja Católica não parece particularmente competente, visto que já o seu Mestre não só foi acusado pelos seus contemporâneos de omitir as abluções rituais que os fariseus, pelo contrário, não dispensavam, como também tocava em leprosos e outros doentes, sem depois proceder à conveniente desinfecção.
Importa ainda expressar a mais profunda indignação pelo facto do Papa Bento XVI, não satisfeito com a sua gritante insensibilidade na questão do preservativo, insistir em promover comportamentos de risco, pois, como é sabido, só dá a comunhão aos fiéis que, ajoelhados, a recebam na boca. É caso para lamentar que a Santa Sé não esteja sujeita à pastoral da saúde da nossa terrinha. Mentes mais afoitas na teoria da conspiração, talvez não desdenhem a hipótese de algum acordo secreto entre o Vaticano e as funerárias, pois só assim se explicaria a inconsciência de um tão criminoso procedimento litúrgico que, como é óbvio, atenta contra a vida e a saúde de milhões de fiéis.

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 06 de August de 2009 17:51

Já estava eu aqui preocupada com a ignorância destes padres que brincam com coisas sérias, quando depois constatei que se trata do mesmo citado noutro tópico. Menos mau, a falta de discernimento parece afectar apenas um padre.
Ele deve pensar que a Comissão Nacional da Pastoral da Saúde é uma cambada de malucos alarmistas que gostam de brincar aos médicos.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 17 de August de 2009 11:56

Muito bem vinda ao Forum D. Maria. Para melhor compreender a situação será que podia esclarecer a um par de perguntas?

Esta Eucaristia onde aconteceu o relatado, é a paróquia que costuma frequentar? Se sim, o Padre é novo?

Em comunhão

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: maria da costa pereira (IP registado)
Data: 18 de August de 2009 13:34

Prezado Sr. Tilleul,

Muito obrigada pela sua amabilidade. É como todo o gosto que respondo às suas perguntas. Fui eu que me mudei recentemente para esta Paróquia. Nas minhas primeiras duas semanas na Paróquia, o Pároco estava de férias e recebi sempre a comunhão de joelhos, nenhum dos Padres que lá iam dizer Missa me levantaram qualquer problema, nem nunca antes tal me tinha acontecido.
Quando o Pároco regressou de férias é que ocorreu o que já contei e me comunicou que na sua Paróquia estava proibida de comungar de joelhos.
Eu obedeço. Sei que devo obediência à Hierarquia, e assim se vou à Missa nesta Paróquia abstenho-me de comungar. Portanto, eu é que sou nova na Paróquia e o Padre, um homem dos seus quarenta e poucos já cá estava.
Graças a Deus nas igrejas aqui à volta, permitem-me comungar de joelhos, claro que depois do ocorrido, sempre que vou a outra igreja pela primeira vez, antes da Missa pergunto sempre ao Sacerdote se me permite comungar de joelhos. Não tenho tido qualquer problema. Mas confesso que é um pouco angustiante. Tenho sempre medo de ouvir um severo Não.
Quando vim a este fórum, acreditei que estava a dirigir-me a irmãos em Cristo e fiz 3 simples perguntas. As duas primeiras têm a ver com a sensibilidade das pessoas, a terceira é mais técnica e exige maior conhecimento do Direito Canónico.
Confesso que estava à espera de maior participação. Não percebo se este tema é incómodo ou se cai na indiferença das pessoas. Este assunto aflige-me e por isso vim aqui num pedido de ajuda.
Por isso fiquei muito contente quando o Sr. Tilleul interveio de forma objectiva. Muito obrigada.

Com os meus melhores cumprimentos e sempre ao seu dispor.

Que Nossa Senhora o proteja

Maria

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 18 de August de 2009 13:54

Estimada D. Maria,

Obrigado pelas palavras gentis mas não sei se serei merecedor. Quanto ao seu problema e às suas questões:
"Ofenderei eu a Deus por comungar de joelhos?"
Com certeza que não. Da mesma forma que comunga com a mão não estará a ofender a Deus. Se por devoção e por amor a Deus a D. Maria se sente mais próxima do Senhor comungando assim não vejo mal nenhum nisso.

Ofenderei as pessoas por comungar de joelhos?
Não direi ofender porque felizmente vivemos numa sociedade democrática e livre que nos permite ter comportamentos fora do standartizado. Também não está a comenter nenhum acto ilícito ou indecoroso, muito pelo contrário, por isso não vejo onde possa estar a ofensa. Pode no entanto estar a causar algum comoção entre a assembleia sobretudo se for a única a fazê-lo. Como me parece que o faz de coração puro não vejo porque haveria de parar esta prática.

É licito tal proibição?
Esta questão é a mais difícil. Por um lado sim mas por outro não. Pode proibir se tiver em vista o bem e a estabilidade da comunidade paroquial, ou seja, uma prática por mais boa que seja se provoca mal estar e divisão poderá deixar de o ser boa sendo uma acção de presunção e orgulho. Assim de cabeça lembro-me das provações e mortificações que Sto Inácio descerniu junto de Deus não serem boas inclinações. Reforço, não estou a dizer que comungar de joelhos seja mau mas esta acto piedoso pode ser prejudicial para a comunidade num todo.

Por outro lado, não deveria proibir porque como já foi apresentado aqui há variadissimos documentos para além da própria tradição da Igreja que atesta como boa e piedosa esta prática.

O meu comentário... mude de paróquia. Como disse há paróquias perto de si que lhe permitem comungar como deseja, adopte uma dessas paróquias como sua.

Eu também tenho que percorrer 35 kilómetros para participar na Eucaristia onde me permitem comungar na mão. Estando em polos diferentes temos problemas idênticos.

Em comunhão

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: tomas.cb (IP registado)
Data: 23 de December de 2009 16:47

Caríssimos,

É com muita tristeza que vemos isto acontecer na Igreja.

Porque razão nos ajoelhamos ao entrar num templo sagrado? Porque razão nos ajoelhamos na consagração? Porque adoramos Jesus!

Se nos ajoelhamos ao entrar numa Igreja e na consagração, porque é que quando estamos diante de Jesus na comunhão para O receber no nosso coração não nos podemos ajoelhar?

O Santo Padre só dá a comunhão aos fies ajoelhados, excepto em casos extremos. Os pastorinhos de Fátima, na aparição do Anjo, ajoelharam-se na exposição do Santissimo.
A propósito da exposição do Santíssimo, porque é que nos ajoelhamos?

Há um livro escrito pelo Bispo Dom Athanasius Schneider cujo titulo é "Dominus Ets - É o Senhor!". Este livro fala da comunhão e do acto de adoração ao comungar.

Termino, dizendo que a Igreja nos diz que qualquer Sacerdote ou ministro da comunhão não pode proibir a comunhão de joelhos


"Ao nome de Jesus, todo o joelho se dobre no céu e na terra" S. Paulo

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 23 de December de 2009 22:36

Prezado tomas.cb,

Com as informações que temos até aqui não estamos em condições de julgar bem o caso para concordar ou discordar da decisão do pároco citado de não conceder a comunhão de joelhos. Simplesmente desconhecemos o contexto. Posso, entretanto, recordar uma tendência comum de boa parte das pessoas para olharem para a própria situação como sendo especial, de olharem para todas as instituições com desconfiança (não excluindo dentre elas a igreja), e para julgarem de pronto um caso ao ouvirem as queixas de apenas uma das partes. Dito isso, vamos agora tentar pensar um pouco a situação para tentar imaginar o que si passa.

Citação:
tomas.cb
É com muita tristeza que vemos isto acontecer na Igreja.

Mas o que aconteceu na Igreja? Vc sabe mesmo o que aconteceu?

Citação:
tomas.cb
Porque razão nos ajoelhamos ao entrar num templo sagrado? Porque razão nos ajoelhamos na consagração? Porque adoramos Jesus!
Se nos ajoelhamos ao entrar numa Igreja e na consagração, porque é que quando estamos diante de Jesus na comunhão para O receber no nosso coração não nos podemos ajoelhar?

Suponhamos, apenas suponhamos, que uma igreja esteja bastante cheia e a celebração vá adiantada na hora. O que acontece se na fila da comunhão todo fiel decide se ajoelhar no momento da comunhão? Decididamente a celebração não vai andar mais rápido por causa disso, o ajoelha-levanta-ajoelha-levanta vai aumentar os riscos de deixar cair o pão ou derramar o vinho, etc. Assim, não é tão simples dizer que errou o pároco, e ele tem uma responsabilidade pastoral que se estende a todos. Viesse outra pessoa ao fórum dizendo que é adoentada, sempre vai a igreja para se manter fiel ao preceito, mas o padre atrasa a celebração e ela sente dores, muito provavelmente alguém também ia reclamar do padre. Isso provavelmente seria o que aconteceria, ao menos até que se confrontassem os casos e descobrissem que se atrasa a celebração para satisfazer quem comunga de joelhos.

Citação:
tomas.cb
Há um livro escrito pelo Bispo Dom Athanasius Schneider cujo titulo é "Dominus Ets - É o Senhor!". Este livro fala da comunhão e do acto de adoração ao comungar.

Ninguém está impedido de adorar a Deus e mesmo se recebe a comunhão de pé pode se ajoelhar depois se o desejar fora da fila. A adoração não está condicionada a acontecer sempre na fila.

Citação:
tomas.cb
Termino, dizendo que a Igreja nos diz que qualquer Sacerdote ou ministro da comunhão não pode proibir a comunhão de joelhos
"Ao nome de Jesus, todo o joelho se dobre no céu e na terra" S. Paulo

Não seja tão apressado, pois duvido que o pároco em questão tenha proibido a alguém se ajoelhar para orar e adorar a Deus. Pastoralmente, entretanto, ele pode por alguma razão ter solicitado que não se ajoelhassem para receber a comunhão, o que por vezes acontece qdo a comunhão se dá em duas espécies, por motivos óbvios. Impressiona-me mais a "intransigência" (na falta de outra palavra) daquele que se recusa a receber a comunhão em pé do que o "cuidado excessivo" (?) do pároco. Lembre-se que primeiro a missa é uma oração da comunidade, é a comunidade que ora e celebra em conjunto, e por isso as "devoções particulares" deveriam passar a segundo plano. Nada contra as devoções particulares, mas que não se sobreponha o secundário ao principal.

NOTA: Embora o pareça, fique claro que não tomei o partido do pároco, mesmo pq não poderia tomar partido nenhum sem conhecimento do que ocorreu e do pq ocorreu. Apenas levantando hipóteses para imaginar o que pode haver ocorrido, e não acho que pastoralmente seja uma situação simples de lidar.

Paz e Bem.



Editado 1 vezes. Última edição em 23/12/2009 22:54 por firefox.

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: tomas.cb (IP registado)
Data: 24 de December de 2009 00:04

Carissimo firefox,

É válido dizer que o sacerdote em questão está a errar devido ao facto de a Igreja já ter publicado que os padres não podem proibir os fieis de comungar de joelhos. Se pretender, mostro-lhe o documento em questão. Tendo isto em conta, seja qual for o contexto, o presbitero está em erro. Eu digo que é uma tristeza vermos isto pelo facto de ser falta de fidelidade ao Santo Padre.

Na suposição que expos da possibilidade de todos os fieis quererem comungar de joelhos, a minha opiniao é que o amor a Deus está muito acima do tempo que se demora pelo que, tal como Nossa Senhora nos ensina, fazer algo para maior gloria de Deus está acima de qualquer coisa.
Penso que a questão que colocou dos riscos do pão eucaristico cair e o vinho derramar não faz muito sentido pelo facto de os acólitos, que têm como objectivo servir, estarem com a bandeja a acompanhar o movimento da mão do sacerdote ou ministro da comunhão para que o corpo de Nosso Senhor não caia e, caso caia, é sempre consumido, normalmente pelo presidente da celebração.

É verdade que a adoração não está condicionada a ser feita na fila e, exactamente por isso é que eu referi outros momentos de adoração (consagração, por exemplo). No que toca a fazer o acto de adoração no momento da comunhão mas fora da fila, alerto para o que nos diz a liturgia (todos os leigos têm de comungar e adorar Jesus, na deslocação para O receber, em frente ao sacerdote).

A comunhão não pode ser dada em duas espécies nem a ministros da comunhão.

Atenção que eu não disse que quem comunga de pé está a errar. Eu acho que está certo mas se me perguntar se essa pessoa pode adorar mais Jesus de joelhos, eu digo que sim.
É a mesma coisa que por exemplo eu procurar ir a Santa Missa todos os dias. Deus não gosta mais de mim assim mas eu gosto mais D'Ele assim. É a mesma coisa para este caso da comunhão: Deus não gosta mais de mim se eu comungar de joelhos mas eu gosto mais d'Ele se comungar de joelhos

Cumprimentos c/ amizade e oração,

tomas.cb

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: Rui B (IP registado)
Data: 24 de December de 2009 00:16

Citação:
tomas.cb
A comunhão não pode ser dada em duas espécies nem a ministros da comunhão.

Pode. O documento referido na primeira mensagem deste tópico fala disto no ponto 100 e seguintes.

Pelo que sei, é até recomendado que, sempre que possível, a comunhão seja recebida nas duas espécies. Por razões práticas nem sempre é possível, como o caso de comunidades com grande número de fiéis.

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: tomas.cb (IP registado)
Data: 24 de December de 2009 00:33

Como sabe, o Papa João Paulo II pediu aos bispos que escrevessem sobre os abusos na Eucaristia. Este documento é de aprovação Papal pelo que deve ser seguido por todos os fieis

Desse documento (http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/ccdds/documents/rc_con_ccdds_doc_20040423_redemptionis-sacramentum_po.html#CAP%C3%8DTULO%20VII) podemos comprovar que apenas em casos exceptionais se pode comungar nas duas espécies, com a devida autorização do bispo da diocese.

Considerei importante citar o seguinte do documento já por mim referido:

"[91.] Na distribuição da sagrada Comunhão se deve recordar que «os ministros sagrados não podem negar os sacramentos a quem os pedem de modo oportuno, e estejam bem dispostos e que não lhes seja proibido o direito de receber».[177] Por conseguinte, qualquer batizado católico, a quem o direito não o proíba, deve ser admitido à sagrada Comunhão. Assim pois, não é lícito negar a sagrada Comunhão a um fiel, por exemplo, só pelo fato de querer receber a Eucaristia ajoelhado ou de pé. [91.] Na distribuição da sagrada Comunhão se deve recordar que «os ministros sagrados não podem negar os sacramentos a quem os pedem de modo oportuno, e estejam bem dispostos e que não lhes seja proibido o direito de receber».[177] Por conseguinte, qualquer batizado católico, a quem o direito não o proíba, deve ser admitido à sagrada Comunhão. Assim pois, não é lícito negar a sagrada Comunhão a um fiel, por exemplo, só pelo fato de querer receber a Eucaristia ajoelhado ou de pé. "

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 26 de December de 2009 20:13

Olá tomas.cb, feliz natal.

Citação:
tomas.cb
É válido dizer que o sacerdote em questão está a errar devido ao facto de a Igreja já ter publicado que os padres não podem proibir os fieis de comungar de joelhos. Se pretender, mostro-lhe o documento em questão.

Não é necessário, conheço o documento. Não o disse da primeira vez mas em princípio tb estranhei a decisão do padre, pastoralmente sou de opinião que não se devem criar contendas desnecessárias. Como disse antes, entretanto, ainda prefiro manter minha posição de suspender o juízo pois, repito, não conheço o motivo e o contexto.

Citação:
tomas.cb
Tendo isto em conta, seja qual for o contexto, o presbitero está em erro.

Obviamente discordo. Se mesmo um mandamento tão fulcral quanto "não matarás" admite exceções, não será uma regra litúrgica de menor importância que irá/deverá se tornar absoluta. Com muita facilidade alguém pode se esquecer que Cristo está no próximo como está no pão, e para a celebração eucarística a assembléia tb é transformada - não é somente o pão que se transforma no Corpo de Cristo, a invocação é para que o Espírito desça sobre os dois: Pão e Assembléia. Dito isso, espero ter esclarecido que o contexto é importante.

Citação:
tomas.cb
Eu digo que é uma tristeza vermos isto pelo facto de ser falta de fidelidade ao Santo Padre.

Penso que a fidelidade não se resume num seguimento mecânico de leis. Repito, não conheço o contexto, incluam-se aí o motivo e a intenção.

Citação:
tomas.cb
A comunhão não pode ser dada em duas espécies nem a ministros da comunhão.

Na verdade, liturgicamente é antes o contrário, pode e deve, sempre que existirem as condições para tal.

Citação:
tomas.cb
Atenção que eu não disse que quem comunga de pé está a errar.

Como tb eu não disse que quem comunga de joelhos está a errar :) Quanto a isso concordamos. A bem da verdade não entendi muito bem pq se criou essa insatisfação. Nas comunidades em que participo é comum o padre e/ou os ministros oferecerem a comunhão a pessoas em pé na fila ou ajoelhadas fora dela, com um pouco de boa vontade isso tudo poderia se resolver sem alarde. Nesse sentido sim, concordo com vc que alguém deve estar errando.

Paz e Bem para vc e sua família.

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: tomas.cb (IP registado)
Data: 26 de December de 2009 22:01

Caro firefox,

Antes de mais, agradeço o desejo de feliz natal e desejo que tenha tido um natal santo, feliz e cristao.

Tem toda a razão quando afirma que é necessario conhecer o contexto.

Apenas discordo numa coisa que disse. Remeto para a questão da comunhão nas duas espécies.
O documento sobre abusos na eucaristia informa tambem que não se deve comungar nas duas espécies, a nao ser o sacerdote.

Relembro que estamos a debater um assunto mas que no centro deste assunto está uma pessoa: Jesus.

Rezo por si.

Cumprimentos,

tomas.cb

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: Rui B (IP registado)
Data: 27 de December de 2009 15:53

Citação:
tomas.cb
Apenas discordo numa coisa que disse. Remeto para a questão da comunhão nas duas espécies.
O documento sobre abusos na eucaristia informa tambem que não se deve comungar nas duas espécies, a nao ser o sacerdote.

O documento que refere não é o "REDEMPTIONIS SACRAMENTUM" cujo link está na primeira mensagem deste tópico?

É que, tal como eu já referi, no ponto 100 e seguintes fala da comunhão em duas espécies pelos fiéis leigos. E o que percebo daí é, tal como disse o firefox, que a ideia é dar-se a comunhão nas duas espécies sempre que possível e não o contrário. Isto desde que os respectivos Bispos dêem autorização para tal.

Re: comunhão de joelhos
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 30 de December de 2009 15:16

O que está nesse documento é que não se permite aos fieis que comunguem eles mesmos pelas duas espécies. Ou seja, pegar na Hóstia, molhar e comungar. É permitido aos fieis comungar pelas duas espécies quando é o sacerdote a pegar na Hóstia, molhar e dar à pessoa. É o que está escrito. Se a Igreja autoriza os fieis a fazerem o contrário, então acho que deveria estar escrito nessa norma para não causar confusões. Gostava que me indicassem se está ou não está escrita essa possibilidade.

[104.] Não se permita ao comungante molhar por si mesmo a hóstia no cálice, nem receber na mão a hóstia molhada.

E até consideram como um acto grave: «põe em perigo a validade e dignidade da Santíssima Eucaristia.»

Sinceramente já não sei nada e estou farto de lutas. Farto-me de ver padres a autorizarem este tipo de coisas.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

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