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A Bíblia, essa desconhecida
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 24 de January de 2004 15:50

A Bíblia, essa desconhecida


Este é um caso para continuarmos a "bater no ceguinho"...
Porque o ceguinho insiste em não querer ver...

E a questão é a seguinte: Como continuamos, pelo menos os católicos, longe da Bíblia... Será alergia crónica? Fazem-se recenseamentos sobre a "prática dominical", sobre o número de baptismos e casamentos, mas deveríamos avaliar (autocriticamente) também que contacto têm os católicos com a Bíblia. E actuar em conformidade. Não tenho números, mas estou certo de que a esmagadora maioria dos católicos nunca leu sequer um livro da Bíblia e muito poucos leram o Novo Testamento.

E nem será por "maldade" ou "anti-biblismo" militante, porque a maior parte desses católicos nunca leu qualquer outro livro, qualquer que ele seja, com mais de 200 páginas, isto é, há que enquadrar este facto no problema mais vasto da famosa "iliteracia lusitana".

É verdade que isto não significa que os católicos estejam completamente alheios à Bíblia. Aqueles que participarem semanalmente na Eucaristia dominical, ao fim de três anos já ouviram a maior parte do Novo Testamento. Já não é totalmente mau. E os poucos que vão à Eucaristia todos os dias (que os há) ao fim de dois anos já ouviram praticamente toda a Bíblia. A reforma litúrgica proporcionada pelo Concílio Vaticano II trouxe uma inegável lufada de ar fresco. É interessante ver que os Anglicanos adoptaram o mesmo leccionário que os Católicos e por isso hoje as leituras das missas coincidem em quase todos os domingos... Há também muitos grupos por essas paróquias fora que centram as suas reflexões em textos bíblicos, a catequese é hoje muito mais centrada na Bíblia e há muitos católicos que fazem frequentemente oração pessoal a partir da Bíblia... Também gostei de ver há pouco numa das "Bertrand" uma enorme quantidade de Bíblias da Difusora Bíblica à venda (em três formatos diferentes), sinal de que terão alguma saída...

Contudo, isto ainda representa muito pouco! É constrangedor o "espectáculo" que muitos católicos dão ao receber (se recebem) as Testemunhas de Jeová ou membros de outros grupos religiosos. Pura e simplesmente não sabem dizer nada de jeito. E então às vezes passam à agressividade, sempre a arma dos fracos. Porquê, meu Deus?!

Fala-se muito de "Nova Evangelização", mas creio que este é mais um daqueles chavões que "fica bem" mas acaba por não dizer nada. Não por culpa de quem o "cunhou", mas por culpa dos "agentes multiplicadores" que não se empenharam em averiguar o que significa isso para o nosso contexto. Para alguns (estou a pensar em concreto naquilo a que podemos chamar neste fórum o "modelo Avlis") a "Nova Evangelização" significa "mais do mesmo": a insistência no devocionalismo antigo, nas visões do inferno e afins... Tenho as minhas dúvidas que isso seja "evangelização", mas não tenho nenhuma dúvida que nada tem de "nova". Porque Evangelização significa "levar a Boa Notícia" e esta só pode ser reconhecida como "boa" se é traduzida numa linguagem que as pessoas entendam. Eu aceito que as devoções têm o seu lugar, também lhes dou algum na minha vida, mas não aceito que o devocionalismo por si mesmo seja sinónimo de "Nova Evangelização".

Não é a descoberta da pólvora, mas creio que a "Nova Evangelização" não passa de um conceito oco se não passar por uma redescoberta da Bíblia. E isso passa pela leitura e pelo estudo da Bíblia. Antigamente os padres mandavam rezar o terço todos os dias, e quase todas as famílias o faziam. Os que ainda "pregam" o mesmo não são muito ouvidos e os padres novos, que querem ser mais "modernos", já não falam do terço, na "certeza" de ser uma mensagem que não "vende". Mas será que uns e outros incentivam a leitura da Bíblia? Quantas famílias de hoje poderiam reservar de boa vontade uns brevíssimos minutos para ler (em família) um trecho da Bíblia mas não o fazem porque nunca ninguém lhes sugeriu tal coisa! Quantos padres falam disso nas confissões? São capazes de fazer perguntas "difíceis" sobre a vida sexual e planeamento familiar e creio que muitos fazem-no bem, mas esses mesmos "esquecem" de falar de coisas tão simples como a familiarização com a Bíblia, esse livro a que chamamos "Palavra de Deus"... E continuam a "receitar" as "penitências" de "Pai-Nossos" e "Avé-Marias", "para despachar", mas "esquecem-se" de incentivar a leitura de um capítulo que seja de um texto do Novo Testamento... Enfim, há aqui algo que não bate certo...

Não há muito tempo, propus a um determinado pároco que se criasse algum grupo bíblico na paróquia... Obtive aquilo a que poderia chamar um "eloquente silêncio"... Está tudo dito!...

Seria bom que os "agentes de pastoral", como se diz na gíria da Igreja, descobrissem realmente a importância vital e revitalizadora da Bíblia nas comunidades. Uma comunidade que lê, estuda e medita a Bíblia é uma comunidade que vive e faz viver. Essa sim, é a nova Evangelização necessária. O resto, com ou sem devoções, virá por acréscimo, mas não confundamos o essencial com o acessório. Ora, sem o contacto com a Palavra de Deus nem chegamos a saber o que é essencial!...

Que pensam sobre isto?

Alef

Re: A Bíblia, essa desconhecida
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 24 de January de 2004 16:02

Entretanto, vejo que vai havendo clareiras, simbólicas, mas que são também sinais de esperança... E honra seja feita aos irmãos protestantes, que neste campo nos têm ensinado bastante... Aqui fica uma notícia do «Público» de hoje:

Trinta Mil Estudantes Vão Escrever a Bíblia à Mão


Pelo menos 30 mil alunos e professores de perto de 200 escolas de todo o país irão participar, entre 22 e 24 de Março próximo, num projecto intitulado "Bíblia Manuscrita Jovem", que pretende pôr as pessoas a escrever manualmente o texto integral da Bíblia. A avaliar pelo que aconteceu nos últimos dias - em que se inscreveram mais seis mil alunos -, estes números poderão ainda crescer nas próximas duas semanas, já que as inscrições das escolas serão aceites até ao próximo dia 13 de Fevereiro.

O projecto, iniciativa da Sociedade Bíblica (editora iniciada por protestantes mas que hoje tem orientação interconfessional), pretende assinalar os 250 anos da primeira edição integral da Bíblia em português (ver caixa). Como parceiros na organização estão o Secretariado Nacional da Educação Cristã e o Secretariado Diocesano do Ensino Religioso do patriarcado de Lisboa (ambos da Igreja Católica) e a Comissão para a Acção Educativa Evangélica nas Escolas Públicas (evangélica), que mobilizam professores e alunos das aulas de Educação Moral e Religiosa, mas também de outras disciplinas como História ou Português.

A "Bíblia Manuscrita Jovem" será, aliás, o primeiro passo de um projecto que culminará em Novembro, com uma edição nacional da iniciativa, a decorrer em todas as capitais de distrito, e cujos pormenores serão apresentados na próxima terça-feira pelos seus responsáveis.

"É uma forma lúdica de pôr as pessoas a inter-agir com o texto bíblico", diz ao PÚBLICO Alfredo Abreu, 41 anos, um dos responsáveis da Sociedade Bíblica e coordenador do projecto. "Queremos pôr todo o país a mexer com o assunto", acrescenta. Desde o primeiro momento da História de Portugal que o país faz parte da cristandade, afirma, mas, mesmo vivendo numa cultura judaico-cristã, muita gente nunca terá tido contacto directo com o texto da Bíblia.

Para a edição nacional da iniciativa, a Sociedade Bíblica (SB) espera a participação de mais de 100 mil pessoas, em 22 "scriptoria" distribuídos pelas capitais de distrito, durante duas semanas. O resultado final será a escrita de vários exemplares da Bíblia, "escritos como se fazia até ao aparecimento da imprensa, por milhares de copistas de todas as idades, confissões e estatutos sociais". Cada exemplar terá vários volumes e "milhares de caligrafias, na língua de Camões e Pessoa", diz o coordenador do projecto.

No caso das escolas, a SB espera ter, pelo menos, uma Bíblia manuscrita a nível nacional: os versículos do texto sagrado são, ao todo, 38 mil. Se cada pessoa escrever dois ou três versículos, pode chegar-se a uma ou duas bíblias. Depois de encadernadas, serão postas à disposição das escolas e de outras instituições para exposições ou actividades ligadas à Bíblia.

O texto a partir do qual será copiada a Bíblia - quer nas escolas, quer na edição nacional do projecto - é o da tradução interconfessional (ver caixa). Essa era a solução mais lógica, diz Alfredo Abreu, uma vez que é a tradução aceite igualmente por católicos e protestantes - até porque a equipa de tradução também juntava especialistas católicos e de diferentes igrejas protestantes.

Para que os estudantes das escolas possam escrever o texto, a SB oferecerá, aliás, vários exemplares da edição interconfessional da Bíblia, que ficarão propriedade da biblioteca da escola.

"Road-show" em 22 cidades

Além da Bíblia Manuscrita Jovem e do projecto nacional, a Sociedade Bíblica está a organizar um conjunto de actividades que incluem uma exposição, a edição de várias publicações, uma agenda cultural com as iniciativas paralelas organizadas por outras entidades e um concerto com música de várias épocas inspirada na Bíblia. No próximo mês de Abril, durante 15 dias, um "road-show" percorre as 22 cidades onde se instalarão os "scriptoria" para apresentar o projecto, que será aberto no dia 5 de Novembro com uma gala, em Lisboa. Encerra com uma festa, no Porto, no dia 21 de Novembro.

A ideia da Bíblia manuscrita foi inspirada numa realização semelhante organizada na Austrália há duas décadas, mas que se restringiu ao âmbito interno das igrejas. Na altura, foi feita como forma de homenagear os cristãos perseguidos em todo o mundo e que apenas podiam ter acesso aos textos da Bíblia copiando-os à mão e transportando-os consigo. A mesma ideia foi realizada em mais alguns países anglo-saxónicos, mas sempre com idêntico objectivo e restringida ao âmbito interno das igrejas.

ANTÓNIO MARUJO
«PÚBLICO», Sábado, 24 de Janeiro de 2004
[jornal.publico.pt]


Primeira Tradução Portuguesa Integral Tem 250 Anos


A primeira tradução integral da Bíblia em português ficou concluída em 1753. São os 250 anos sobre esse acontecimento que a Sociedade Bíblica de Portugal pretende assinalar com a Bíblia Manuscrita. Foi João Ferreira de Almeida, que abandonara Portugal e o catolicismo para se tornar membro da Igreja Reformada Holandesa, quem primeiro se aventurou na tarefa de verter para português todo o texto bíblico.

O Novo Testamento, ainda publicado em Amesterdão, foi publicado antes da morte de Almeida, ocorrida em 1691. A tradução do Antigo Testamento, entretanto iniciada, foi completada por colegas de João Ferreira de Almeida, com destaque para o holandês Jacobus op den Akker.

A primeira tradução completa da Bíblia em português (que passaria a ser conhecida como versão de João Ferreira de Almeida) só ficaria pronta em 1753. Tinham passado 62 anos sobre a morte do principal autor e a sua impressão num único volume só aconteceria em Londres, em 1819.

Entre muitos outros que, antes, tinham ensaiado traduzir partes do texto bíblico, podem citar-se os reis D. Dinis (os primeiros 20 capítulos do livro de Génesis) e D. João I (livro dos Salmos), enquanto Damião de Góis se dedicou ao Eclesiastes.

Além de Almeida, outra tradução importante anterior às contemporâneas foi a do padre católico António Pereira de Figueiredo (1725-1797), editada entre 1778-90 em vários volumes. Foi esta a versão inicialmente usada pela Sociedade Bíblica (ainda só composta por protestantes), presente em Portugal desde 1835.

Esta editora, agora interconfessional, integra-se na federação das Sociedades Bíblicas Unidas, com 130 membros que trabalham em mais de 200 países e territórios. Criada em 1804, a Sociedade Bíblica celebra este ano 200 anos de actividade.

Por A.M.
«PÚBLICO», Sábado, 24 de Janeiro de 2004
[jornal.publico.pt]


As Diferentes Versões


Actualmente, há três edições principais da Bíblia em português, que correspondem a outras tantas traduções: a versão de Ferreira de Almeida, que continua a ser comercializada pela Sociedade Bíblica, e é usada fundamentalmente pelos protestantes; a "Nova Bíblia dos Capuchinhos", editada pela Difusora Bíblica, dos Missionários Capuchinhos, muito difundida no campo católico; e a tradução interconfesional "em português corrente", preparada no âmbito da Sociedade Bíblica.

Será esta última que será usada como modelo para copiar no projecto da Bíblia Manuscrita. Para se ter uma ideia das diferenças, pode comparar-se o texto relativo à criação do mundo, no início do livro de Génesis. Na tradução dos capuchinhos, preocupada com a qualidade literária e a fidelidade aos originais, esse texto é assim apresentado: "No princípio, quando Deus criou os céus e a terra, a terra era informe e vazia, as trevas cobriam o abismo e o espírito de Deus movia-se sobre a superfície das águas. Deus disse: 'Faça-se a luz.' E a luz foi feita."

Já na versão interconfessional, cujo objectivo principal é a adaptação ao português contemporâneo, o mesmo texto é assim traduzido: "No princípio, quando Deus criou o céu e a terra, a terra era um caos sem forma nem ordem. Era um mar profundo coberto de escuridão; e um vento fortíssimo soprava à superfície das águas. Deus disse: 'Que a luz exista!' E a luz começou a existir."

A Bíblia (ou partes dela) está actualmente traduzida em mais de 2300 línguas diferentes. Em 400 delas, o texto existe na sua totalidade.

Por A.M.
«PÚBLICO», Sábado, 24 de Janeiro de 2004
[jornal.publico.pt]

Re: A Bíblia, essa desconhecida
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 24 de January de 2004 22:46

De vez em quando regresso ao meu projecto de ler integralmente a Bíblia.
Agora ando a ler os livros do fim para o princípio; vou na Epístola aos Efésios. Noutras abordagens li na íntegra os 4 Evangelhos e os Actos dos Apóstolos e noutra altura o Génesis e o Êxodo. É bom ler, ouvir e reler. Por exemplo, hoje fui reler a passagem da Transfiguração de Jesus (Mt 17; Mar 9; Luc 9). Quanto a ler a Bíblia em Família, parece-me uma óptima sugestão; só o fiz uma vez, mas o pessoal não pediu bis. Talvez deva escolher uma passagem mais significativa na próxima tentativa.
...
Saudações,

*=?.0

Re: A Bíblia, essa desconhecida
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 25 de January de 2004 22:21

Não consigo compreender o facto de não existirem grupos bíblicos em todas as paróquias. Pessoalmente já falei com dois párocos, sem sorte nenhuma. Resta continuar a procurar.

Será a altura de relançar a ideia de um grupo virtual? (a ideia não foi minha, mas apoio-a a 100%)

Quanto à leitura da Bíblia, já se faz hoje bem mais do que se fazia e já ouvi essa interpelação muitas vezes por parte dos sacerdotes durante a missa.

Tanto quanto verifico, as crianças na catequese são motivadas para fazer essa leitura. Particularmente do Novo Testamento.

Quanto à "Nova Evangelização" continua a ir mais no sentido da distribuição de terços - não tenho nada contra, note-se! - do que para o estudo bíblico - e aqui já tenho muito contra! Aliás como se poderá evangelizar sem dar primazia ao Evangelho? É um contra-senso. Para a "Nova Evangelização" basta aplicar na prática o Concílio segundo do Vaticano.

João (JMA)

Re: A Bíblia, essa desconhecida
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 26 de January de 2004 00:27

Acho que o Alef não poderia ter escolhido melhor título para esta mensagem! A Bíblia continua ser a eterna desconhecida da esmagadora maioria dos católicos. Quando se pergunta porque é que não existe um grupo bíblico em cada paróquia, ou porque é que os padres não os incentivam, penso que sei a resposta para essa pergunta: Porque os próprios padres não sabem praticamente nada de Bíblia! Aprenderam as bases quando estudaram Teologia (os que estudaram), mas foram bases para depois aprofundar e poucos o fizeram.

É claro que como em tudo há honrosas excepções. Penso que os franciscanos são os que mais se destacam pela positiva.

O Alef tocou num aspecto importante: a penitência. Quantos de nós já recebemos de penitência ler um capítulo ou um livro da Bíblia? Eu, nunca. Pai-Nossos e Avé-Marias não faltam, mas Bíblia...

Penso que a situação é mais do que grave, é crítica. Ainda há pouco tempo comentava com um amigo meu, escuteiro, católico activo e frequentador habitual das missas dominicais que a tradução da Difusora Bíblica da Bíblia era das melhores em Português. Para meu espanto, o meu amigo perguntava-me: "Mas há mais do que uma tradução da Bíblia?".

A tão apregoada Nova Evangelização tem que partir da Bíblia. Não a vejo de outra forma. Todavia, não sei se a Igreja a vê desta forma. Há mais de um ano, por altura da instituição por João Paulo II do ano do Rosário partilhei aqui convosco que embora respeitasse a opinião do Papa João Paulo II, mas teria ficado mais satisfeito e creio que seria muito mais eficiente para a evangelização em geral, que o Santo Padre tivesse declarado o Ano do Estudo Bíblico ou o Ano da Bíblia.

O que é que nós podemos fazer por alterar esta situação? Empenharmo-nos e agirmos. Sim, é possível criar um grupo bíblico "virtual", isto é, através da Internet. Temos estado a trabalhar nisso. Esperávamos já ter isso pronto, mas ainda não foi possível. Esperamos que já não falte muito tempo.

Quanto às nossas paróquias, consideremos a nossa participação no grupo bíblico existente, ou na criação de um. Recentemente coloquei o desafio ao Movimento de Dinamização Bíblica de realizar num fim de semana, por exemplo no fim de semana do Carnaval, um retiro para formação animadores bíblicos. Ainda não tenho a confirmação se será possível realizá-lo ou não.

A iniciativa da Sociedade Bíblica é de louvar. Seria interessante que nós católicos pensassemos nesta iniciativa dos nossos irmaõs, e fizessemos alguma coisa para divulgar e dinamizar a leitura da Bíblia.

Luis


Re: A Bíblia, essa desconhecida
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 26 de January de 2004 16:58

Ler a bíblia em família??????
Versão soft ou hard???????

Re: A Bíblia, essa desconhecida
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 26 de January de 2004 20:13

Fico contente com a notícia do grupo bíblico virtual. Já sabemos que o trabalho recai sobre o Luís. Leva o tempo que for preciso.

Quanto à criação de um grupo bíblico numa paróquia, falaram-me para arranjar um mínimo de sete elementos, para o assunto ser considerado. Contando comigo, faltam seis. Aceitam-se voluntários. Ou oferece-se voluntário.

Quanto à leitura da Bíblia em família, é interessante. A altura do Advento é sempre propícia a tal, por exemplo. Consegue-se fazê-lo uma vez por semana, mas é difícil mais do que isso. Se quisermos uma "grande ajuda" podemos pegar nas leituras dominicais, abrir o site dos dehonianos (está nos links católicos), página da liturgia, ano que se pretende, e escolha da leitura. É um "guia" espectacular para o efeito.

Quanto à dinamização da leitura da Bíblia: existe em Lisboa a Escola de Leigos do Patriarcado de Lisboa , que tem a "Iniciação Bíblico-Teológica". As aulas bíblicas são muito, mas mesmo muito interessantes. E no entanto com poucas pessoas...

João (JMA)

Re: A Bíblia, essa desconhecida
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 26 de January de 2004 22:01

JMA,

Concordo contigo. Também já frequentei a Escola de Leigos e as aulas eram impecáveis.

Tenho uma sugestão para a criação do Grupo Bíblico em cada paróquia: caso não tenhas seis voluntários, pede ao pároco para divulgar nos avisos no final da missa um aviso para que todos os interessados apareçam em determinado dia, no salão paroquial (ou qualquer outra instalação da Igreja). Se mesmo assim não conseguires seis voluntários, então a situação ainda é pior do que eu pensava.

Luis

Re: A Bíblia, essa desconhecida
Escrito por: TORQUEMADA (IP registado)
Data: 27 de January de 2004 22:00

Como é que a Biblia não há-de ser desconhecida se a publicam em linguas barbaras. Se fosse em Latim era muito melhor!

Tomás de Torquemada
Inquisidor Mor - na reforma

Re: A Bíblia, essa desconhecida
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 28 de January de 2004 09:50

Mais desenvolvimentos sobre a iniciativa da Sociedade Bíblica.

Fonte: Público

Projecto da Bíblia Manuscrita Dinamiza Múltiplas Actividades e Personalidades Públicas
Por ANTÓNIO MARUJO
Quarta-feira, 28 de Janeiro de 2004

Uma exposição sobre a Bíblia na cultura portuguesa, a decorrer na Biblioteca Nacional, um concerto de música sacra com peças de várias épocas inspiradas em textos bíblicos, uma agenda cultural, um leque variadíssimo de publicações, e uma gala de abertura para a qual o Presidente da República será convidado são algumas das componentes do projecto "A Bíblia Manuscrita", promovido pela Sociedade Bíblica de Portugal (SBP), que decorrerá entre 5 e 21 de Novembro. A ideia é pôr milhares de pessoas a copiar a Bíblia à mão, para sensibilizar as pessoas para o contacto com a Bíblia e suscitar o debate e um conjunto de realizações à sua volta.

A iniciativa, que foi ontem apresentada em conferência de imprensa, terá já uma primeira etapa nos próximos dias 22 a 24 de Março, com a Bíblia Manuscrita Jovem, que será realizada nas escolas que a ela adiram, quer do 2º e 3º ciclo do ensino básico, quer do ensino secundário (ver PÚBLICO de sábado, 24-01).

O número de inscrições de escolas tem subido: no lapso de três dias - entre sexta-feira passada e ontem - subiu de 30 mil para 35 mil o número de estudantes e professores inscritos nas escolas que aderiram à ideia. Mas a SBP e os seus parceiros para a iniciativa nas escolas - o Secretariado Nacional da Educação Cristã e o Secretariado Diocesano do Ensino Religioso, do patriarcado de Lisboa (ambos católicos) e a Comissão para a Acção Educativa Evangélica nas Escolas Públicas (evangélica) - prevêem que, até à data limite das inscrições, 13 de Fevereiro, possam inscrever-se muitos mais.

Na Escola Secundária Padre Alberto Neto, de Queluz, por exemplo, há várias disciplinas envolvidas num conjunto de actividades paralelas programadas e que incluem a montagem de um "scriptorium" como o dos antigos monges medievais. Colóquios, exposições e debates - um deles abordará a influência bíblica em obras de Vergílio Ferreira - estão também a ser preparados. A secretária de Estado da Educação, Mariana Cascais, estará também na abertura da Bíblia Manuscrita Jovem, para escrever os primeiros versículos de um dos livros bíblicos.

O projecto pretende ainda que qualquer entidade que queira promover iniciativas sobre a Bíblia - concertos, debates, exposições, conferências, cursos, publicações - o possa fazer, bastando associar-se a uma agenda cultural que a Sociedade Bíblica também vai editar entre Outubro e Dezembro.

De acordo com Alfredo Abreu, responsável operacional do projecto, a escrita manual da Bíblia deverá envolver mais de cem mil "copistas", um milhar de voluntários e 22 "scriptoriae" em todas as capitais de distrito, instalados em lugares ligados à cultura. No final, haverá pelo menos um exemplar manuscrito da Bíblia (o que significa uns 19 volumes) oferecido à Biblioteca Nacional - aquele que reunir as caligrafias de entidades públicas como o Presidente da República ou o patriarca de Lisboa. Os restantes ficarão disponíveis para circular pelo país, para iniciativas futuras.

"Repositório da nossa memória comum, com vários géneros literários", como diz Alfredo Abreu, a Bíblia é distribuída anualmente em mais de 600 milhões de exemplares - só à conta das Sociedades Bíblicas Unidas, que congrega as 130 editoras congéneres da SBP, que trabalham em mais de 200 países e territórios.

Fonte: Público

Um Pescador Copista em Faro
Por IDÁLIO REVEZ
Quarta-feira, 28 de Janeiro de 2004

Vasco Estevão decidiu, aos 70 anos, escrever a Bíblia à mão "para melhor compreender o que lá estava escrito". De início, começou como um "entretenimento", mas, à medida que foi avançado nos manuscritos, ganhou o gosto pelos textos sagrados e sentiu-se "mais próximo de Deus". Nessa tarefa levou cerca de dois anos, usou 19 cadernos e 28 esferográficas. O trabalho deste copista por devoção encontra-se em exposição na Igreja Evangélica Baptista, em Faro.

O ancião, agora a caminho dos 89 anos, vive num apartamento, fisicamente sozinho, mas acompanhado de muitas recordações. Ao longo da vida, teve mais de uma dezena de empregos, mas o mar foi sempre a sua grande paixão. Pescador de marisco da Ria Formosa, a partir dos oito anos, juntamente com o pai, aos 14 fez-se comerciante de pescado, um negócio que manteve até ir para a tropa. Nessa altura, confessa: "Quem me fazia a contabilidade era a minha irmã, eu não sabia ler nem escrever." Durante o serviço militar fez a 4ª classe, o que lhe permitiu tirar carta de marinheiro.

Durante muitos anos frequentou a Igreja Católica, pegava no andor nas festas da cidade e participava regularmente nos actos religiosos. Mas havia uma situação que considerava enigmática. "Entrava e saía da igreja sem perceber nada, porque a missa era em latim." Um domingo, quando se preparava para ir passear à doca, ver os barcos, encontrou o seu alfaiate, que lhe formulou um convite para visitar a Igreja Evangélica Baptista. A surpresa que teve, confessou, "foi ouvir ler a Bíblia em português". E, no fim, disseram-lhe: "Se não percebeu, pode perguntar." A partir dessa altura - e já lá vão 32 anos - aderiu a essa confissão cristã.

Sobre a Bíblia que escreveu à mão, revela que tem havido "uma certa curiosidade" da parte de algumas pessoas sobre as razões que o levaram a tomar aquela iniciativa. Porém, o ancião a todos responde que "não existiu qualquer mistério, apenas queria saber mais sobre a Bíblia". No trabalho de copista, confessa que se esforçou por "não cometer erros", mas admite que pode haver alguns. "A meu ver, parece que escrevi mais ou menos correcto." Da sua participação na comunidade religiosa, lembra que começou por ser porteiro da Igreja Evangélica Baptista, tendo chegado a tesoureiro.

A perda da esposa, há dois anos, obrigou-o a alterar o dia-a-dia, sobretudo no que diz respeito às tarefas domésticas. "No meu tempo, o homem ganhava para a casa e a mulher administrava." Agora, é ele quem cuida do apartamento. Embora não beba álcool, faz questão de oferecer um Porto a quem o visita, acompanhado da formulação dos desejos: "Paz, amor e saúde." No que respeita aos amigos, já são poucos os "que fazem parte deste Reino": "Dos moços da minha geração, em Faro, estão apenas aí três ou quatro, que visito de vez em quando." Por isso, diz que está "preparado para a partida" e mostra-se satisfeito por estar a viver num "mundo melhor", em termos de qualidade de vida.

Desfiando o passado, recorda a simpatia de um cão. Um dia, passeando por uma rua de Lisboa, onde vivia, encontrou uma donzela à janela, mas não sabia como meter conversa. Discretamente, deixou cair o lenço. A rapariga chamou a atenção para o gesto, ao que ele, olhando para trás, agradeceu, ripostando: "O meu criado, já trata desse assunto." Logo a seguir, o animal agarrou no lenço. "Fiquei orgulhoso." E quanto à jovem, essa parece ser outra história que não entra na Bíblia. Vasco Estevão sorri.


Re: A Bíblia, essa desconhecida
Escrito por: carlos nascimento (IP registado)
Data: 11 de February de 2004 22:17

Ora muito bem, dá gosto voltar ao forum do Paroquias!Citando S Jerónimo, tradutor da Vulgata : A ignorancia das Escrituras é ignorancia de Cristo.Gostaria sugerir uma outra tradução em portugues (portugues mesmo, não me refiro a versão brasileira) não referenciada aqui: a Bíblia Pastoral da Editora Paulus. Tem uma linguagem facil e contemporanea aproximando-se muito da tradução em portugues corrente da sociedade bíblica. No caso desta ultima recomenda-se a ediçao da Difusora Bíblica, pois contem os deuterocanonicos em apendice no final do Antigo Testamento.Para ler o novo testamento aqui fica outra sugestão: A edição do Novo Testamento da Apostolado de Oração, com base no texto do P. Matos Soares, possui a particularidade de trazer um esquema de leituras permitindo assim a leitura de todo o NT num ano ou em 6 meses, isto lendo apenas uma ou duas paginas por dia´, com a vantagem dos trechos estarem divididos sem quebra de unidade temática.Seja como for, eu prefiro a excelente tradução dos Capuchinhos com todas as notas explicativas, qualidade literaria e fidelidade aos originais.Quanto ao grupo de estudo virtual....venha ele, fico ansiosamente à esperaUma felicitação ao Alef por este tópico que já faltava.Paz e Bem para todosCarlos


Re: A Bíblia, essa desconhecida
Escrito por: carlos nascimento (IP registado)
Data: 11 de February de 2004 22:21

Ainda goatava que me explicassem porque eu enviei a mensagem acima com os devidos espaços e paragrafos e saiu assim....não entendo.

Até uma proxima

Re: A Bíblia, essa desconhecida
Escrito por: carlos nascimento (IP registado)
Data: 11 de February de 2004 22:23

Eu faço os devidos espaços e paragrafos e a mensagem sai assim! Alguem me explica?

Até uma proxima

Re: A Bíblia, essa desconhecida
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 12 de February de 2004 00:26

Carlos,

Também não sei porque isso acontece. Se escreveres na caixa aqui a baixo e forem introduzindo os espaços, costuma aparecer bem. Pelo menos, tem acontecido com a maior parte das pessoas.

Se continuares com problemas, diz-nos.


Quanto à Bíblia Pastoral da Paulus, a única nota que gostaria de acrescentar é que, tanto quanto sei, não foi feita uma tradução directa dos textos originais (hebraico, aramaico e grego). A primeira tradução foi para italiano, do italiano para português do Brasil, e por fim, adaptaram ao nosso português. Por esse motivo, neste momento a Bíblia da Difusora Bíblica ser uma das melhores.

Luis

Re: A Bíblia, essa desconhecida
Escrito por: TORQUEMADA (IP registado)
Data: 23 de February de 2004 20:31

MUITA ATENÇÃO:
BÍBLIA EM LATIM
Comecem a estudar! Magister Dixit!

Re: A Bíblia, essa desconhecida
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 24 de February de 2004 00:00

Torquemada,

Talvez nos consigas arranjar primeiro umas lições de Latim on-line.

Luis

Re: A Bíblia, essa desconhecida
Escrito por: TORQUEMADA (IP registado)
Data: 24 de February de 2004 00:18

Aqui têm um Curso de Latim. Agora é trabalhar, aprendizes.

Re: A Bíblia, essa desconhecida
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 21 de March de 2004 15:46

Para não esquecer... Mais uma notícia, do «Público» de hoje. Veja-se o link da iniciativa na net.

Alef

Secretária de Estado e 50 Mil Alunos Escrevem à Mão Uma Bíblia e Meia


A secretária de Estado da Educação, Mariana Cascais, inaugura simbolicamente, amanhã à tarde, o projecto "Bíblia Manuscrita Jovem" (BMJ), que colocará 50 mil estudantes, professores e auxiliares de 233 escolas de todo o país (desde Bragança a Porto Santo e a Angra do Heroísmo) a copiar a Bíblia à mão em "scriptoria" montados com essa finalidade. Em muitos casos, esses lugares tentarão recriar mesmo o ambiente dos conventos e mosteiros medievais.

É esse o caso da Escola Secundária Gabriel Pereira, em Évora, onde a decoração e o mobiliário foram feitos de propósito para a iniciativa, baseados em pesquisas dos alunos. Será aí, onde foi aluna, que Mariana Cascais escreverá, às 16h00 de segunda-feira, o primeiro versículo do Salmo 1: "Feliz o homem que não entra na assembleia dos maus, nem participa no conluio dos pecadores, nem toma parte na reunião dos que escarnecem!" Depois, os alunos da escola continuarão a copiar o texto da Bíblia, de acordo com a tradução interconfessional publicada em 1993.

Na escola eborense e em muitos outros estabelecimentos de ensino do país, a BMJ - que, na maior parte dos casos, estará já a funcionar na parte da manhã - é pretexto para várias iniciativas à volta da Bíblia e da sua dimensão cultural. Na Gabriel Pereira, os professores e alunos de Física e Química organizaram uma mostra sobre os produtos usados pelos monges medievais na fabricação das tintas que serviam para escrever e iluminar as obras que copiavam.

Estão previstas também exposições sobre os monges copistas, as edições da Bíblia em português (incluindo exemplares antigos) e em diferentes línguas contemporâneas, e sobre a primeira impressão do texto sagrado, por Gutemberg, com a inclusão de duas prensas antigas. Doces conventuais preparados pelos alunos e um "scriptorium" contemporâneo, que permite a pesquisa interactiva da Bíblia em CR-Rom, farão também parte da ementa bíblica nesta escola.

A iniciativa, que dura nas escolas até quarta-feira, dará lugar à edição de pelo menos uma Bíblia manuscrita completa, além de mais um Novo Testamento completo e um livro dos Salmos. Isto porque a Bíblia tem cerca de 35 mil versículos e a Sociedade Bíblica Portuguesa - editora que promove a iniciativa - prevê que cada pessoa só escreva um. Mas Alfredo Abreu, responsável do projecto, admite que haja outras escolas e alunos a querer participar em cima da hora, ultrapassando por isso a estimativa - feita modestamente - dos 50 mil participantes, do 5º ao 12º ano.

As inscrições, que nos primeiros dias ascenderam a 30 mil estudantes, fecharam há um mês, com o número de 233 escolas e 50 mil alunos e professores, pois a SBP não conseguia responder a mais pedidos. Desde então, tem recusado dezenas de solicitações, uma vez que é da editora que saem as esferográficas, marcadores e folhas especiais impressas com marca de água que permitirão concretizar a iniciativa.

Daqui a seis semanas, a Sociedade Bíblica espera ter completamente digitalizado o texto bíblico que, nestes três dias, será escrito nas 233 escolas do país. Um CD-Rom com a reprodução de toda a Bíblia Manuscrita será depois oferecido a cada escola participante. Uma reprodução, em papel, da parte escrita por cada estabelecimento de ensino, será também enviado.

A partir de hoje mesmo, estará disponível um sítio na Internet - [www.biblia-manuscrita.net]. Promovida com parcerias católicas e protestantes, a Bíblia Manuscrita Jovem é a primeira parte de um projecto mais vasto: "A Bíblia Manuscrita", que culminará em Novembro quando, calcula a SBP, mais de 100 mil portugueses, em todas as capitais de distrito, escreverão a Bíblia pelo seu próprio punho.

No âmbito cultural, o Centro Nacional de Cultura acrescentou à lista de actividades que estão a ser preparadas a organização de um ciclo de conferências de escritores portugueses contemporâneos, que irão falar da sua relação com a Bíblia.

Por ANTÓNIO MARUJO
«Público», Domingo, 21 de Março de 2004
[jornal.publico.pt]

Re: A Bíblia, essa desconhecida
Escrito por: Maria Fernanda (IP registado)
Data: 22 de March de 2004 02:19

Recebi um contacto directo da Ana, muito gentil e respondi-lhe também em privado.

O engraçado é que, a propósito do contexto em que me situei, lhe citei o facto de ter duas Bíblias. Uma delas gostei de a adquirir como obra a figurar (mesmo com esse sentido de se mostrar, de ser vista) na estante, entre os demais livros, porque se trata da edição comemorativa da visita de João Paulo II a Portugal, editada pela Verbo. É nesta bíblia que vamos investigar se queremos ler ou recordar algum assunto, sejam Evangelhos, Epístolas, Salmos ou outros.

A outra, contudo, é a mais manuseada; é a 6.ª edição - 1973 - que nos dá a versão dos textos originais, editada pela Difusora Bíblica (Missionários Capuchinhos).

Encontra-se num ângulo do corredor de entrada sobre um móvel tipo cómoda, num suporte metálico que permite que esteja sempre aberta numa página ao acaso. A decoração comporta outros arranjos mas a Bíblia está ao centro e mantém-se aberta graças a um terço lindo que segura as páginas, espalhando-se sobre elas.

De vez em quando, a gente lê uma ou outra frase, um pequeno texo... ou mesmo as páginas abertas e depois folheia, abre ao acaso e deixa-a aberta noutra página. Não o fazemos com muita frequência, só quando apetece.

Neste momento - acabei de ir ver - encontra-se aberta no Salmo 141 (140) Contra os tentadores. Salmo. De David. Não li, pelo que aí vai permanecer.

Do mesmo modo que penso que todo o cidadão português deveria possuir uma Constituição da Republica, actualizada, em suas casas, até para não se deixarem enganar por tantas ignorâncias que se têm ouvido ultimamente sobre o texto da nossa Lei Fundamental, penso que todos os católicos deveriam ter uma Bíblia em suas casas como livro para se ir sempre lendo...

Acho que esta tradução é explêndida, como já aqui foi referido por outros, não sendo, portanto, necessário repetir os motivos por que assim a considero.


Re: A Bíblia, essa desconhecida
Escrito por: act (IP registado)
Data: 22 de March de 2004 21:33

Frequentei 5 anos de Escola de Leigos e foi muito enriquecedor. Devo essse interesse pela Bíblia ao meu catequista padre que no último ano do grupo de jovens nos fez estudar o Antigo Testamento, analisando parte a parte.
Eu era um dos elementos mais novos e pude constatar que uma percentagem das pessoas mais velhas que lá estavam não se tinham inscrito para aprender. Inscreveram-se na Escola para que lhes confirmassem aquilo em que elas acreditaram a vida toda. Não iam de mente aberta para aprender nem para serem esclarecidas. Assim, por muito que se tente é difícil fazer ver às pessoas que os tempos mudaram e que já não se ensina a religião da mesma forma que lhes ensinaram a elas.
Para vos dar um exemplo, uma das senhoras ficou muito ofendida quando o professor nos disse que todos tinhamos "direito a ser salvos e ir para o Céu".A resposta dela foi:" O quê? Então eu que me porto bem tenho os mesmos direitos que os que se portam mal? Não pode ser, isso não é justo.
E queria que o professor lhe dissesse quanto tempo é que iamos ficar no purgatório: 6 meses, 5 meses.

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