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Re: Áté que ponto é Cristão doar órgãos?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 19 de July de 2009 21:10

Deixo a seguir uma interessante notícia, extraída do «JN».

Alef






Portugal em 2º lugar [a nível mundial] na doação de órgãos



Portugal é o segundo país do mundo com mais doações de órgãos por milhão de habitantes (26,7), apesar das dificuldades que ainda se registam.

O cirurgião Linhares Furtado, que fez o primeiro transplante de órgãos em Portugal, um transplante renal com dador vivo, a 20 de Julho de 1969 nos Hospitais da Universidade de Coimbra, considera o número de dadores nacionais "muitíssimo bom".

"Os números subiram muito há uns anos no sul do país e em Coimbra, no ano passado, a taxa ultrapassou a de Espanha, o campeão mundial de dadores", sublinhou.

"É uma questão de organização. Há uma maior sensibilização de médicos e enfermeiros, em particular nos hospitais distritais que possuem unidades de cuidados intensivos", disse à Lusa.

Também o nefrologista Morais Sarmento, presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT), afirma que, nos últimos dois anos, o panorama ao nível dos transplantes de órgãos melhorou substancialmente em Portugal.

"Tínhamos Unidades de Cuidados Intensivos que antes não referenciavam os cadáveres de eventuais dadores e passaram a fazê-lo", explicou.

Acrescentou, por outro lado, que em Portugal existem mais de 10 por cento de dadores vivos "que a Espanha não tem".

No entanto, disse, subsistem "algumas dificuldades" ao nível dos recursos humanos e físicos das unidades de saúde em suportar o aumento do número de transplantes.

Portugal é líder na Europa continental nos transplantes de fígado. Quanto aos transplantes de rim foram feitos 524 no ano passado - uma taxa diária de mais de 1,4 - e pela primeira vez nos últimos dez anos o número de doentes em lista de espera decresceu em 60 (de 2320 para 2260).

A "lacuna", frisou Morais Sarmento, existe ao nível do transplante do pulmão, por ausência de uma unidade que centralize aquele procedimento clínico e faça o acompanhamento dos doentes antes e depois da intervenção.

A taxa de transplantes pulmonares realizados em Portugal cifra-se nos 0,37 por milhão de habitantes, bastante abaixo da média europeia, que é de 2,28.

Já para fazer transplantes duplos - "imensos, de que não se fala" - e, concretamente, no caso do pâncreas/rim, o especialista alerta que existe um único hospital, o de Santo António, no Porto, que é "curto para as necessidades do país".

"Já se fizeram 95 transplantes de pâncreas e rim em doentes diabéticos. A colheita e preparação do pâncreas não é fácil, fazem-se 15 a 20 por ano e há 40 doentes em lista de espera", observou Morais Sarmento.

No que concerne à legislação portuguesa sobre transplante de órgãos, o presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação sublinhou que nos dadores mortos vigora o "consentimento presumido", que prevalece "na generalidade" dos países europeus.

No entanto, qualquer pessoa pode dirigir-se a um centro de saúde e inscrever-se no Registo Nacional de Não Dadores (RENNDA).

"O nosso país tem leis muito boas, muito avançadas", disse, por seu turno, Linhares Furtado, classificando de "extraordinária" a aceitação da sociedade face aos méritos da transplantação de órgãos em situação de urgência clínica. Por outro lado, apontou a existência de cerca de 30 mil objectores, "pouquíssimos", referiu.




Re: Áté que ponto é Cristão doar órgãos?
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 20 de July de 2009 18:01

Não compreendo a questão colocada como título deste tópico.

Se doar um órgão pade salvar uma vida, ou melhorá-la substancialmente, qual poderá ser a dúvida desta atitude ser uma atitude cristã?

João (JMA)

Re: Áté que ponto é Cristão doar órgãos?
Escrito por: Alpha (IP registado)
Data: 22 de July de 2009 20:02

Citação:
JMA
Não compreendo a questão colocada como título deste tópico.
Se doar um órgão pade salvar uma vida, ou melhorá-la substancialmente, qual poderá ser a dúvida desta atitude ser uma atitude cristã?

Sem dúvida. No entanto, as interpretações literalistas preocupam-se em demasia com a o corpo que terão aquando da resurreição. Se irão precisar do fígado ou rim que doaram!

Cumprimentos

Alpha

Re: Áté que ponto é Cristão doar órgãos?
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 22 de July de 2009 20:37

Penso que estão a ser torcidos... a mensagem inicial era sobre o receio da prática médica para obtenção de órgãos se transformar numa "morte antecipada".
A pergunta começa por um "até que ponto".

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Áté que ponto é Cristão doar órgãos?
Escrito por: Alpha (IP registado)
Data: 22 de July de 2009 21:49

Olá Lena,

Citação:
Lena
Penso que estão a ser torcidos... a mensagem inicial era sobre o receio da prática médica para obtenção de órgãos se transformar numa "morte antecipada".
A pergunta começa por um "até que ponto".


Recordas-te bem. Se me recordo (confesso que não fui reler os posts...) era essa uma das preocupações da Giovana.

Mas isso não é uma preocupação relacionada com a doação, trata-se sim do crime de matar alguém para lhe roubar os órgãos. Isso nada tem de cristão - ou de humano - nem se trata de doação.

A questão da doação, a real, nada afronta a fé nem vai contra a Doutrina, como refere o João:

«Se doar um órgão pade salvar uma vida, ou melhorá-la substancialmente, qual poderá ser a dúvida desta atitude ser uma atitude cristã? »

Cumprimentos

Alpha

Re: Áté que ponto é Cristão doar órgãos?
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 22 de July de 2009 22:55

Alpha

foi sim a Giovana, e a preocupação dela era bem real, de ordem prática. Passa pela desconfiança sobre o corpo médico, sobre a prática da medicina.
Um cristão que acredite que os médicos não tiveram uma atitude cristã na recolha dos órgãos (não é necessariamente crime) deverá aceitar um órgão doado? Deverá um cristão assinar a autorização para a recolha de órgãos num familiar dado como clinicamente morto? Ou no caso português, deverão os cristão colocar o seu nome na lista de não dadores de forma a reduzir a possibilidade de "crime"?

Independentemente destes receios poderem ser considerados alarmistas, desajustados, baseados em raros casos reais que se ampliam em lendas urbanas, a verdade é que o "medo" existe e há quem se encolha (mais no dar do que no receber).

Seria muito bom que alguém ligado à medicina explicasse a questão da anestesia geral em mortos. Para quem é de fora é óbvio que faz confusão e lança a desconfiança. É necessária mais informação, para desmontar o quadro.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Áté que ponto é Cristão doar órgãos?
Escrito por: Julio Cesar Simoes (IP registado)
Data: 03 de August de 2009 08:47

Penso que o assunto deveria ser tratado da seguinte maneira. Doar qualquer coisa, para qualquer um (fazer o bem sem olhar a quem), é sempre um prazer, ou antes, a obrigação de qualquer cristão.

- Ficar rezando, dia após dia, pela morte de alquém para que receba o órgão que pode lhe prolongar a vida...

- Entrar num desespero tal, por um ente querido que precisa urgente de um órgão, que se PAGA ao "Tráfico de Órgãos"...

Aqui no Brasil aconteceu algo muito triste durante muito tempo. Sabidamente a população dos países da Europa e da América do Norte têm mais recursos financeiros que a grande maioria dos brasileiros, por esse motivo a Justica Brasileira facilitou aos estrangeiros a adoção de crianças, na esperança que encontrassem lares melhores que aqui no Brasil, existia então o que se chamava "Escritura de Adoção Simples". A responsável pelo orfanato assinava represantando o Estado e os novos pais aceitando a guarda da criança, após registro em cartório (3 dias), um registro de nascimento novo era feito. Ou seja, um casal, em menos de uma semana, poderia voltar para Europa com um novo filho. Tudo muito bonito até que descobriu-se que crianças estavam sendo levadas para Europa para serem mortas e seus órgãos serem retirados para transplante. Várias pessoas foram presas (no Brasil e na Europa) e a Adoção Simples foi proibida...

A doação de órgãos é extremamente cristão, já o transplante, muitas vezes não é.

Re: Áté que ponto é Cristão doar órgãos?
Escrito por: Giovana (IP registado)
Data: 06 de August de 2009 13:19

Salve Maria!

A doação de órgão é extremamente cristão desde que o doador esteja verdadeiramente MORTO! Porque a vida de quem doa é tão importante quanto
a vida de quem espera a doação!

E é neste ponto que questiono...

Mas a todos os "fervorosos" doadores espero sinceramente que a vida de nenhum de vcs sejam ceifadas antes do tempo, no mais "quem tiver olhos que vejam e quem tiver ouvidos que ouçam"!

Não confio no nosso sistema de saúde e ponto. Não vou generalizar mas como no caso é a minha vida ou das pessoas que eu amo que estão em jogo, prefiro ser prudente.

Mas verdade é que, até mesmo o valor da vida está distorcido, então fica difícil discutir com quem não tem noção exata disto.



pax domini.

Re: Áté que ponto é Cristão doar órgãos?
Escrito por: Rosilene Dourado (IP registado)
Data: 24 de August de 2009 00:30

Paz e Bem!

Penso também que não é a maioria dos médicos que são negligentes, incompetentes ou corruptos. É uma fatalidade que acontece, de fato, mas, acredito que a maioria foi realmente chamada à profissão (ofício) de salvar vidas... todas elas!

Como foi dito acima (não sei por qual debatedor) não há prova de amor maior que doar a vida por amor... prova de amor à Deus, e aos homens, conforme o MANDAMENTO que recebemos "amai-vos uns aos outros, COMO EU VOS TENHO AMADO" e Nosso Senhor nos amou até a morte e morte de Cruz.

Sobre a "inexatidão da medicina", penso que deve-se (como também foi dito) ter consciência e conhecimento a respeito; e , não só consciência cristã, moral e ética, a respeito da doação ou não de órgãos. Nós cristãos, estamos no mundo e nele e dele devemos construir um mundo melhor e sermos verdadeiras imagens e semelhanças de Cristo, como Cristo é do Pai...

Devemos saber das coisas do mundo não para experimentá-las a nosso entender, mas para fazermos juízo seguro e justo a respeito dessas coisas e não sermos presas de enganos ou de julgamentos precipitados.

Com efeito, a morte cerebral é factível e constatável por tomografia que demonstra se há ou não atividade cerebral. Caso não haja, a atividade, ou vida, é apenas 'vegetativa" pelo que, quando ocorre, os médicos, ciosos de que o comado da vida é dado pelo cérebro, informam a família que os aparelhos devem ser desligados, para que a pessoa "morra" em paz. Ora, esse procedimento não pode ser considerado como eutanásia, uma vez que não se administra qualquer substância ou tratamento que antecpe a morte ou o fim do sofrimento daquela pessoa.

É notório que há casos de pessoas que se encontam em coma profundo, possam não estar em quadro de morte cerebral e, em assim sendo, ao se desligar os aparehos, os órgãos vitais apresentam atividade não só vegetativa, mas de auto-sustentanção, comandados pelo cérebro.

Grande gesto, para quem acredita e doa! Não erra, porém, quem não acredita e não doa! Há, como dito acima (nao sei qual debatedor), o caso de doações que não implicam em o sujeito (doador) estar morto, e podem ser opção melhor para os que não acreditam, como doar sangue, doar medula óssea, doar rins...

Enfim, como o Santo Padre bem assnalou, em sua sabedora e inteligência, ainda é necessária uma longa caminhada...

Mas quanto a seu questionamento, Giovana, acredito já tê-lo esclarecido, uma vez que claro ficou que é Cristão sim, doar órgãos. Mas, assevero, quem doa qualquer parte de si, quem doa sangue, doa vida! e, infelizmente, ainda temos irmãos que morrem por falta de sangue nos bancos de sangue...

"Que eu procure mais, consola que ser consolado. Compreender que ser compreendio. Amar, que ser amado! Pois, é dando que se recebe. É perdoando que se é perdoado e É MORRENDO QUE SE VIVE para a vida eterna" Conservo Francisco de Assis

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