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Re: Criação ou Evolução?
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 17 de December de 2007 17:50

David_

Naquele tempo viam-se células? Como é que eles explicavam a fecundação? Tinham alguma noção do que são gâmetas?
E viam moléculas e átomos?

Não vejo no que Hebreus 11:3 contraria a evolução.

E não te esqueças do "Pela fé"...

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Criação ou Evolução?
Escrito por: David_ (IP registado)
Data: 31 de January de 2008 18:36

Graça e Paz


Oi Lena, tudo em paz?

Gostaria de ler algumas respostas suas para algumas perguntas minhas...


1 - Você disse que acredita que as aves (o nosso pombinho que para você já foi lagartixa) foram, em alguma época, répteis... Então de que maneira pernas evoluíram para asas sem evoluir primeiramente para algo parcialmente perna, parcialmente asa? Tal ser seria logicamente inferior para se locomover... Sendo assim, essa forma transitória não tornaria a extinção desse ser mais provável, pelo fato de esta criatura ter mais dificuldade em buscar comida e em fugir de predadores? Não seria uma questão de FÉ acreditar que isso tenha realmente acontecido assim?

2 - O que evoluiu primeiro: as plantas, ou os insetos que as polinizam?


Seria legal que tivéssemos uma resposta satisfatória para esta e mais algumas perguntas para uqe pudéssemos compreender como pensam os evolucionistas.


Que o Senhor nos Abençoe


David

_________________________________________________________________________________
"Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo." Salmo 9:2

Re: Criação ou Evolução?
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 31 de January de 2008 21:17

David_

Livros de Biologia são úteis e poupam-me muito latim.
Caso não os encontres ou aches fastidiosos há uns documentários da BBC fantásticos e de linguagem acessível.
E sempre haverá o google, ele opera milagres.

1 - Tu andas em 2 pernas és inferior por isso? Pesquisa por Theropoda (terópodes)
Aqui tens uns bonecos...
[oficina.cienciaviva.pt]
[www.naturlink.pt]

2 - Pesquisa por Coevolução.
Alguns exemplos
[www.ufes.br]
Alguns bonecos
[www.naturlink.pt]

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Criação ou Evolução?
Escrito por: rachel moura (IP registado)
Data: 16 de February de 2009 01:45

tá legal, se voces discutiram aqui que a evoluçao nao explica tudo, vale destacar que o criacionismo também não.

Agora, os cientistas sempre falaram de Deus. Se formos ver o desenvolvimento da ciencia, vamos encontrar as concepcoes sobre a natureza no seculo XVIII:

1- a crença em um designio para a terra - uma causa final (finalismo e causalidade) A causa que produziu todos os seres agiu segundo um fim determinado, onde a força de Deus pode ser reconhecida nos trablahos de sua criacao, isto é, a natureza se torna prova da existencia e divindade de Deus. O universo é resultado de um ato inteligente, planificado e bem concebido pelo criador e, cabe a nós, através da ciencia, entende-lo.

2- A terra feita para o homem - a mais perfeita criatura da natureza. tudo existe para serir ao homem, dotado de inteligencia superior, agente geografico, destinado a ser continuador da obra de Deus sobre a Terra, através das suas artes e técnicas (imitacoes das capacidades divinas, dons de seu criador).

Essas duas ideias juntas resultam num desenvolvimento cientifico utilitário e dominador da natureza, com consequencias hoje que nós conhecemos bem.

Estou dizendo isso tudo para chegar num ponto. A biblia serviu aos interesses do racionalismo e da nossa cultura ocidental fundamentada nas ciencias naturais. O que se tornou arraigado em nossas mentes um entendimento do mundo pelo vies do criacionismo e que ainda hoje persiste em nós, mas que não explica tudo!

Re: Criação ou Evolução?
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 17 de February de 2009 03:10

Aconteceu de ler hj alguns posts nesse tópico, que a msg da rachel trouxe à tona outra vez. Para variar mais bolas-fora do fundamentalismo, na alegação de que a evolução contraria a termodinâmica... Que dó!

Citação:
pontosvista
Para poder alguma vez aplicar a segunda lei da termodinâmica ao caso da evolução você teria que definir qual o sistema fechado a considerar e teria que mostrar que a evolução faria diminuir a entropia termodinâmica total do sistema fechado. Isso não é possível porque como sistema fechado não pode considerar menos do que o Universo inteiro e aí pode sempre haver redução da entropia na Terra desde que ela aumente no resto do Universo. São demasiados passos lógicos para ser possível estabelecer qualquer relação entre a 2a lei da termodinâmica e a evolução. Por isso nas aplicações desta lei você pode ler:
[www.if.ufrj.br]
mas não encontra qualquer aplicação à biologia no sentido de saber o que se passa com as espécies ou com os seus genes.

O David faz uma leitura ingénua. Se essa leitura fosse válida eu pegaria uma garrafa fechada com azeite e água e agitaria. Os líquidos misturam-se de forma desordenada. Deixo a garrafa fechada. Pela sua interpretação esta desordem manter-se-ia para respeitar a segunda lei da termodinâmica. Experimente para ver o que sucede: falha a lei ou falha a interpretação iingénua da lei.

Bem explicado, então só mais um adendo, que fundamentalistas em geral desconhecem muito a ciência, a noção de entropia é mais complexa do que uma pequena bobagem criacionista pode supor. Alguma noção de teoria do caos evitaria muita conversa jogada fora, já que até no caos existe ordem e vice-versa.

Há um pequeno texto introdutório, muito breve, citando Prigogine (nobel de química de 1977): [filosofiamaisciencias.blogspot.com]

O trabalho de Prigogine basta para mostrar que a evolução não contraria em nada as leis termidinâmica relacionadas a entropia. Citando o texto apontado acima:

Estes fenómenos não podem ser estudados apenas ao nível molecular da química estabelecida, há que considerar também a organização super-molecular e ainda as flutuações que, em vez de regressarem ao estado de equilíbrio (de acordo com o 2º princípio da termodinâmica), amplificam-se e invadem todo o sistema, o qual evolui para um estádio instável, longe do equilíbrio, em que essas flutuações no entanto ficam estruturadas de maneira dissipativa. Em contradição com o princípio de ordem da termodinâmica estatística de Bolt­­z­mann, a dissipação entrópica produz uma nova ordem, que não é inteligível senão ao nível macroscópico das células e permanece independente dos fenómenos moleculares microscópicos.

Isso confirma a possibilidade, no mínimo, do óbvio que qualquer criança que não fugiu da escola já sabe: a evolução como fato.

Vale uma olhada também em [www.scielo.br] Citando:

Prigogine não julga adequada aos organismos vivos a termodinâmica do equilíbrio enquanto modelo de explicação. Para ele, a perspectiva correta no que diz respeito à explicação da vida estaria compreendida dentro de uma "termodinâmica da vida" e consistiria na consideração de sistemas abertos que contam com reservatórios externos de matéria e energia suficientemente grandes para suportarem um estado permanente de não-equilíbrio. Assim é que encontraremos associação entre os sistemas vivos e as estruturas dissipativas da física.

Enquanto o Princípio da Ordem de Boltzmann ­ que descreve o segundo princípio da termodinâmica ­ mostra-se adequado aos estados de equilíbrio, não o é para as estruturas dissipativas, que estão associadas a um princípio de ordem diferente, o da ordem por flutuação. As estruturas dissipativas são estados instáveis, porém contínuos, que oscilam em torno do estado atrator de equilíbrio. Compreendidas no âmbito de uma termodinâmica do não-equilíbrio, tais estruturas representam, no entender de Prigogine, uma perspectiva adequada à explicação dos sistemas vivos e sua orientação para a ordem e o não-equilíbrio.


Boa leitura.



Editado 2 vezes. Última edição em 17/02/2009 03:28 por firefox.

Re: Criação ou Evolução?
Escrito por: David_ (IP registado)
Data: 17 de February de 2009 13:05

Paz do Senhor


É engraçado como os colegas acreditam que o homem veio da evolução, de milhares de anos, de um ser unicelular para um macaco e deste para o homem... Ora, dizem que para isso seria necessário milhares de anos...

Porém, quando digo que a Entropia afirma outra coisa contrária, os colegas sem o menor conhecimento de causa, querem algo instantâneo, na hora! COmo numa mistura de água com açucar!...hehehhe... AMigo deixe a água e azeite juntos por vário tempo.... Não precisa nem agitar! Sò precisa deixar junto por muito tempo. Vc verá que o azeite perderá, com o tempo, sua propriedade.

A ciência diz que caminhamos para a "desordem" e o evolucionismo diz que caminhamos para a "ordem"... Quem tem a razão?

Vejam algo sobre entropia

[www.hottopos.com.br]

[www.sofisica.com.br]

E, abaixo, um site católico, que fala algo sobre o assunto. Li superficialmente o texto, e concordo com o pouco que li!

[www.montfort.org.br]

QUe o Senhor nos Abençoe

David

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"Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo." Salmo 9:2



Editado 8 vezes. Última edição em 17/02/2009 13:34 por David_.

Re: Criação ou Evolução?
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 17 de February de 2009 20:55

Visitei hoje, com os miúdos, a exposição sobre Darwin que está na Gulbenkian.
Fantástica!
Aconselho vivamente.

site da exposição

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Criação ou Evolução?
Escrito por: David_ (IP registado)
Data: 18 de February de 2009 13:49

Paz do Senhor


Estava a ler a defesa do criacionismo, no site católico [www.montfort.org.br] e gostei muito do que li. Vejam algumas passagens bastante esclarecedoras sobre o assunto:

Citação:
Seleção natural

Um dos alicerces do darwinismo é a chamada "seleção natural", a luta pela sobrevivência. Segundo esse princípio, o ser mais apto é aquele que sobrevive. Assim, como resultado desta seleção, as características do mais apto seriam transmitidas e acumuladas por herança genética ao seus descendentes. Estes estariam mais capacitados a sobreviver do que aqueles que possuíssem variações desfavoráveis. Com o tempo, através das gerações, essas variações dariam origem a grandes diferenças, até o surgimento de uma nova espécie. Portanto, ao contrário do que afirmava o lamarckismo -- que não discutiremos aqui por se tratar de um teoria refutada até por livros colegiais --, para o darwinismo as causas das mudanças seriam extrínsecas ao organismo.

Ora, se repararmos bem, a seleção natural afirma que o ser mais apto é aquele que sobrevive, e que os que sobrevivem são os que possuem variações favoráveis, ou seja, os mais aptos. Trocando em miúdos, o ser mais apto é aquele que sobrevive, porque aquele que sobrevive é o mais apto! Portanto, como disse certa vez Karl Popper, o famoso filósofo da ciência, a seleção natural é uma tautologia.

A questão por trás de tudo isso não é se a seleção natural ocorre. É óbvio que ela ocorre, e tem o efeito de manter a saúde genética de uma população. Indivíduos nascidos com vários defeitos não sobrevivem até a maturidade sem cuidados especiais, e criaturas que não sobrevivem até se reproduzirem não deixam descendentes. Esses efeitos são inquestionáveis, mas o Darwinismo afirma muito mais do que o simples fato de que as espécies evitam essa deterioração genética. Ele sustenta que esse mecanismo de proteção genética tem um efeito construtivo tão poderoso que, no decorrer de bilhões de anos, é possível, a partir de uma célula bacteriana, gradualmente chegar-se a verdadeiras maravilhas como árvores, formigas, pássaros e homens!

A seleção natural tem limites impossíveis de ultrapassar. Muitos métodos de seleção artificial comprovam esta tese. Os cruzamentos de animais em cativeiro, como o gado, são feitos de forma a melhorar ou alcançar determinadas características desejadas. Entretanto, rapidamente se chega a um limite, e desses cruzamentos nunca se observou o surgimento de uma nova espécie, nem tampouco a estabilidade das modificações introduzidas. Ao contrário, quanto mais um animal é selacionado, mais ele se torna frágil e mais rapidamente ele perde a característica adquirida. Tudo o que é superior é mais frágil. Na natureza, existe uma tendência conservadora que não altera as características da espécie com facilidade. Podemos dizer que a seleção natural é uma força conservativa que previne a aparição de extremos de variação dentro de uma espécie.

Pierre Paul Grace, um importante zoologista francês, conclui que os resultados da seleção artificial são um poderoso testemunho contra a teoria de Darwin: "a seleção artificial nunca produz uma nova espécie". Se na seleção artificial, controlada, acelerada e direcionada para um fim, não se consegue produzir novas espécies, o que dizer da seleção natural, que se dá ao acaso?!

Outras, da mesma página... Muito bom.

Citação:
Homologia

Quando órgãos de espécies distintas têm uma estrutura semelhante, dizemos que são homólogos. Assim, por exemplo, os ossos da asa do morcego são mais ou menos parecidos com os ossos da mão humana. Através da anatomia comparada, os evolucionistas afirmam que os diferentes órgãos teriam uma origem evolutiva comum. Da mesma forma, os chamados órgãos vestigiais representariam indícios dessa origem comum.Quanto mais recente o ancestral, maior a semelhança estrutural.

Esse é um argumento muito usado, e bem ilustrado, na maioria dos livros escolares.

Darwin se perguntava por que Deus criaria seres com os mesmos ossos. Segundo ele, Deus não faria assim (!), como se ele soubesse o que Deus deveria ou não fazer. Ora, Deus criou o Universo com ordem, e para haver ordem é preciso haver semelhanças, ou princípios construtivos. Assim acontece, por exemplo, com as forças de gravidade e eletromagnética, de naturezas distintas, com princípios semelhantes: ambas são proporcionais ao produto dos objetos (massa ou carga elétrica), e inversamente proporcionais ao quadrado da distância.

Apesar das semelhanças dos órgãos, não se verifica que exista uma herança comum. Apesar de parecidos, eles provém de genes diferentes. A origem dessas características comuns não é comum. Cada espécie tem seu desenvolvimento embrionário diferenciado geneticamente.

Adaptações complexas

O evolucionismo presume mudanças nas formas biológicas, bem como o aparecimento de novas estruturas adaptativas, morfológicas e bioquímicas. É exatamente isso que não é explicado. Quando se questiona sobre a origem das complexas adaptações, tais como os membros dos vertebrados, a reprodução sexuada, a língua do pica-pau, etc., são dadas explicações de como essas estruturas são benéficas para os organismos. Ou seja, as vantagens que esses estruturas proporcionam é a razão pela qual elas se desenvolvem (!) Não há explicação, portanto, para a origem dessas estruturas.

Os evolucionistas explicam bem como os organismos estão adaptados ao meio ambiente, mas possuem poucas e más explicações sobre a origem dessas adaptações. O surgimento de novidades morfológicas e bioquímicas é um problema sem solução para os evolucionistas.

No caso do olho, Darwin sugeriu apenas que se atentasse para a variedade de olhos na natureza, uns mais complexos que outros, e imaginou uma sequência gradual que conduzisse de um olho simples para um mais complexo. Entretanto, o famoso evolucionista Ernst Mayr admitiu que os diferentes olhos na natureza não podem se relacionar numa sequência simples-complexo. Ele sugeriu que os olhos provavelmente se desenvolveram mais de 40 vezes na natureza (!)

Não explicar as novidades morfológicas não é a única falha na teoria da evolução. Alguns consideram mais difícil explicar as novidades das estruturas moleculares. As arquiteturas moleculares das células foram recentemente descritas pelo biólogo Michael Behe como sendo sistemas complexos irredutíveis, os quais devem ter todos os componentes presentes numa ordem definida para serem funcionais. Se eles precisam estar todos presentes ao mesmo tempo, como explicar gradações ao longo do tempo?

Enquanto publicou centenas de artigos pertinentes a homologia e filogenia molecular de várias proteínas e ácidos nucléicos nos últimos dez anos, o Jornal de Evolução Molecular não publicou nenhum artigo tentando explicar a origem de um simples sistema biomolecular.

A teoria da evolução é falha ao tentar explicar como as estruturas surgem por processos naturais.

Mutação

Como vimos, a explicação mais comum dada pelos evolucionistas para o mecanismo geral que faria uma espécie se tornar outra, seria que a seleção natural agiria sobre indivíduos que apresentaram variações genéticas. Se a variação genética, ou mutação, fosse favorável, a seleção natural tenderia a preservar os indivíduos com essa característica modificada. Ao contrário, se fosse desfavorável, tenderia a extinguir os indivíduos.

De fato, a seleção natural, no sentido mais restrito da palavra, atua sobre as modificação dentro de uma espécie, mas não de forma a criar a diversidade das espécies existentes. O zoólogo francês Pierre-Paul Grasse analisou as mutações em bactérias durante décadas e concluiu que as mutações são meras flutuações hereditárias em torno de um valor médio, mas que não produzem o efeito evolucionário final. Em geral, as mutações são nocivas: 12 mutações são letais para o organismo; as não letais constatadas afetam apenas pontos acessórios ou indiferentes, ou produzem degenerações. Quando as mutações se desviam muito do ponto médio, elas são fatais para o organismo.

Ademais, as mutações são raras. Sua taxa corresponde a 1 por 100.000, ou 0,001%. A probabilidade de ocorrer duas mutações atingindo dois caracteres distintos é de 1 para 10 bilhões! Se a evolução tivesse sido produzida por tentativas de encontrar melhores soluções para adaptações a novos ambientes, a Matemática demonstra que nem haveria tempo, nem material no universo para possibilitar a realização da evolução por "tentativas" ao acaso. Émile Borel calculou o que se chamou de limite de impossibilidade quanto à realização de um acontecimento. Assim, ele demonstrou que o limite de impossibilidade cósmica é da ordem de 10 elevado à potência 200, ou 1 seguido de 200 zeros! Desse modo, "acontecimentos notáveis de probabilidade suficientemente fraca, não se produzem". Aplicando essa conclusão ao campo da Biologia, Georges Salet calculou que para as mutações produzirem um órgão apenas minúsculo, a idade da Terra teria que ser da ordem de 10 elevado a potência 1000 (ela apenas tem da ordem de 10 elevado à décima potência), ou seja, o tempo necessário para que a evolução tivesse se dado por mutações seria superior à idade do universo!

A hipótese do relojoeiro cego

Em seu livro "O relojoeiro cego", Richard Dawkins declarou: "A Biologia é o estudo de coisas complexas que dão a aparência de terem sido projetadas para uma finalidade". Ele explicou que a seleção natural é o relojoeiro cego. Ele está cego porque não vê adiante, não planeja consequências, não tem finalidades em vista. Apesar disso, os resultados vivos da seleção natural nos causam a impressão de terem sido planejados por um relojoeiro. Mais do que cego, ele seria inconsciente, disse Philip Johnson, um crítico darwinista.

Dawkins sugere como mais tarde esse processo ocasionou o desenvolvimente de asas em mámíferos.

"Muitos animais iam de galho em galho, e algumas vezes caíam no chão. Especialmente nos pequenos animais, o corpo resistia ao ar e ajudava na queda, atuando como aerofólio. Qualquer tendência para aumentar a superfície do corpo era favorável, como bater as partes do corpo (asas), ou o crescimento de peles entres as articulações. Não importa quão pequeno eras as primeiras "asas". Haveria uma certa altura em que os animais poderiam quebrar seus pescoços se caíssem daquela altura. Na zona crítica, qualquer aprimoramento na habilidade de oferecer maior resistência ao ar e impedir a queda, por mínima que fosse, poderia ser a diferença entre a vida e a morte. A seleção natural então favoreceria, lentamente, os primeiros protótipos de asas. Quando essas asas tornaram-se normais, a altura crítica tornaria-se ligeiramente maior. E assim por diante, até surgirem as asas propriamente."

Entretanto, há três falhas nas hipóteses usadas, como já vimos: a sequência de mutações favoráveis que seriam necessárias, a inexistência de fósseis intermediários, e a existência de um paradoxo na seleção natural: como os animais caíam, os seres com asas sub-desenvolvidas deveriam se extinguir e restar somente aqueles sem asas; ou aqueles que ficavam no chão seriam devorados por seus predadores!

O princípio da entropia

Qualquer teoria evolucionista - darwinista ou não - sustenta o desenvolvimento de organismos mais simples para formas mais complexas e adaptadas. Isso contradiz um princípio central da Física: o segundo princípio da termodinâmica, ou seja, o princípio da entropia. Este princípio diz que um sistema físico isolado tende à desordem e uniformidade. Assim, verifica-se que a entropia ou desordem do Universo aumenta.

A teoria sintética da evolução insiste sobre dois pontos que a colocam como um sistema físico fechado:

1) no processo de evolução há a ausência de forças "não-físicas"; 2) a vida é um sistema fechado (a não-hereditariedade dos caracteres adquiridos).

Sobre a complexidade da vida, Giuseppe Sermonti, um importante geneticista italiano, disse:

"A vida tem sofrido várias alterações, mas a transformação do simples ao complexo não tem ocorrido. Esta é uma revelação da biologia moderna: a complexidade bioquímica de um micróbio não é inferior a de uma planta ou animal. A série dos seres vivos desde o elementar ao mais sofisticado não suporta uma evolução molecular. A vida apareceu na Terra já completa, não melhorou, nem envelheceu: tem mostrado uma grande variedade de formas que estão de acordo com as eternas regras imateriais da matemática".

Os fósseis

Para estudar as formas primitivas de vida surgidas no decorrer da história terrestre, os cientistas recorrem aos fósseis. Nas rochas sedimentares podem ser encontrados restos, ou até indícios, de animais e de vegetais petrificados: são os fósseis.

Os manuais escolares -- todos eles evolucionistas primários -- costumam apresentar o aparecimento dos seres vivos numa seqüência que insinua a verossimilhança da evolução. Assim, dizem eles que os primeiros seres vivos de que se tem notícia são seres unicelulares; depois teriam surgido os metazoários, os animais de corpo mole, os animais de carapaça, os insetos, os vertebrados, os anfíbios, os répteis, as aves, os mamíferos, e , por fim, o homem. Por que a evolução teria parado no homem? Eles não explicam.

Essa seqüência causa a impressão de que as várias espécies vieram umas das outras, como se tivesse existido um único filão genético. Entretanto, a realidade é bem mais complexa.

Quando se estudam os registros fósseis, o que se encontra é uma grande multiplicidade filo-genética. Cada espécie surge de modo repentino, sem nunca apresentar antecedentes genéticos, e, muitas vezes, desaparece também bruscamente. A pluralidade de seqüências filo-genéticas indica então que os seres vivos não provém uns dos outros. Cada espécie surge de modo abrupto - sem antepassados conhecidos -- vive durante um período relativamente extenso sem nunca mudar em sua forma essencial, e desaparece repentinamente, sem ligação genética com as espécies posteriores a ela.

Esse fato é um grande tropeço para a teoria evolucionista.

Se o aparecimento de novas espécies vivas é um mistério para a ciência, o desaparecimento de algumas delas pode ser explicado por fenômenos cataclísmicos -- como as orogenias -- que poderiam ter aniquilado os seres vivos de uma região ou continente.

Como vimos, calcula-se que seres vivos poderiam ter começado a existir, na Terra, há 3,5 bilhões de anos. Admite-se que os primeiros seres vivos foram micro-organismos unicelulares. Como estes seres unicelulares apareceram e como eles teriam evoluído para seres mais complexos, continua sendo um mistério.

Os metazoários, que são os primeiros seres vivos multi-celulares e complexos, surgem de modo repentino, e sem antecedentes claros, nos registros fósseis.

Os primeiros indícios de vida, que datam do período Pré- Cambriano, são raros. Em 1947, o geólogo australiano R.C. Spring encontrou em Ediacara Hills, no sul da Austrália, depósitos sedimentares marinhos com ricos exemplares fósseis. Novas pesquisas no local enriqueceram ainda mais o tesouro fóssil encontrado. Atualmente, classificaram-se cerca de 600 espécies diferentes provenientes de Ediacara, datando do Pré-Cambriano. Lá foram achados animais marinhos de corpo mole (Jellyfishes) , corais moles, pedaços de vermes com cabeças solidamente escudadas, "penas -- marinhas".Todos estes seres de corpo mole pertenciam, de modo geral, ao filão dos celenterados. (Cfr. Martin F. Glaessner, "Pre-Cambryan Animals", artigo na revista Science).

Há um fato muito impressionante nos fósseis de Ediacara: ficou comprovado que os fósseis celenterados de Ediacara não são celenterados e echinodermos do mesmo tipo que os do Cambriano. Pelo contrário, são tão diferentes deles que não há possibilidade de terem sido seus ancestrais.

Repentinamente, nas camadas geológicas do Cambriano, aparece um tão grande número de fósseis de tão variados tipos -- inclusive com vertebrados -- que se fala da "explosão de vida do Cambriano". Se a teoria darwiniana fosse verdadeira, dever-se-iam encontrar fósseis predecessores desta "explosão de vida cambriana". Nada existe antes que possa explicar o surgimento de tão grande número de espécies tão diversas e tão complexas. E as espécies encontradas e que sobreviveram durante largos períodos geológicos nunca evidenciaram sinais de evolução.

Até mesmo cientistas insuspeitos de serem anti-evolucionistas confessam que o aparecimento explosivo de novas espécies no Cambriano, sem nenhum antepassado comprovado, constitui o " maior mistério da história da vida" (George Gaylord Simpson, apud D. T. Gish, op. cit. p. 56). O próprio Eldredge - um dos fundadores a teoria evolucionista do "equilíbrio pontuado" --reconhece que a fauna de Ediacara e a "explosão cambriana" constituem um grande desafio para a Ciência. Entenda-se, para o evolucionismo.

Eldredge tenta solucionar esse mistério dizendo que não se acharam fósseis antecessores da vida cambriana, porque os seres do Pré-Cambriano eram de corpo mole, o que teria impedido a formação de fósseis. Ora, se fosse assim, não se teria podido conhecer a existência dos animais de corpo mole de eras geológicas passadas.

Gish se espanta com essa desculpa esfarrapada de Eldredge, lembrando que, se foram achados indícios de seres microscópicos e de unicelulares, com maior razão podem ser encontrados sinais de vida de animais de corpo mole do Pré-Cambriano, como aliás o foram , em Ediacara. Entretanto, não foram achados, até hoje, os fósseis intermediários entre os seres do Pré-Cambriano e os do Cambriano. Nesse ponto também o evolucionismo darwinista ou moderno carece de comprovação.

Os fósseis são, assim, o principal argumento contra a Teoria da Evolução, segundo o próprio Darwin afirmara, porque não mostram as formas transicionais nas diversas camadas.

Haveria ainda muito a dizer sobre esse problema, como a sequência dos vertebrados, o problema da passagem dos répteis para os mamíferos, o surgimento das aves, os fósseis humanos e ainda as fraudes evolucionistas.

Muito bom os argumentos utilizados... AInda existe um outro texto, nesse mesmo site muito bom. O texto se chama "Evolucionismo: dogma científico ou tese teosófica?" e está no link [www.montfort.org.br]

QUe o Senhor continue nos abençoando

David

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"Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo." Salmo 9:2



Editado 1 vezes. Última edição em 18/02/2009 13:50 por David_.

Re: Criação ou Evolução?
Escrito por: rachel moura (IP registado)
Data: 18 de February de 2009 13:59

Se a visao criacionista é questionável, o evolucionismo também nao explica tudo. O tal do elo perdido dos cientistas até hoje nao foi achadado, será que é porque ele realmente nunca existiu? O salto qualitativo na evolução do homem é uma incognita que faz a teoria evolucionista também ser questionável.

talvez a resposta nao esteja em nenhuma das duas posições...

Re: Criação ou Evolução?
Escrito por: Jorge Gomes (IP registado)
Data: 30 de April de 2009 04:10

Quem ainda não leu este artigo que leia que é interessante.

[chem.tufts.edu]

Re: Criação ou Evolução?
Escrito por: Alpha (IP registado)
Data: 30 de April de 2009 18:31

Olá Jorge Gomes,

Qual é o interesse, concretamente?

Cumprimentos

Alpha

Re: Criação ou Evolução?
Escrito por: Anori (IP registado)
Data: 03 de May de 2009 12:41

Citação:
rachel Moura
"...O salto qualitativo na evolução do homem é uma incognita que faz a teoria evolucionista também ser questionável."

Como assim?

Re: Criação ou Evolução?
Escrito por: rachel moura (IP registado)
Data: 09 de June de 2009 04:04

Anori,

a ciencia nao consegue encontrar o X da questão que explica como o homem evoluiu de uma espécie de macaco para a primeira espécie de homus...chamamos isso de elo perdido. Por isso, eu disse o salto qualitativo: é como se na história da evolução do homem houvesse um grande salto de milhoes de anos, sacou?

Re: Criação ou Evolução?
Escrito por: rachel moura (IP registado)
Data: 09 de June de 2009 04:06

Se vc ler as minhas msg anteriores vai entender q estou tentando dizer q tanto o criacionismo qto o evolucionismo nao são, pra mim, respostas que dão conta dessa questão.

Re: Criação ou Evolução?
Escrito por: Alpha (IP registado)
Data: 09 de June de 2009 18:05

Olá Rachel Moura,

Citação:
rachel moura
a ciencia nao consegue encontrar o X da questão que explica como o homem evoluiu de uma espécie de macaco para a primeira espécie de homus...chamamos isso de elo perdido. Por isso, eu disse o salto qualitativo: é como se na história da evolução do homem houvesse um grande salto de milhoes de anos, sacou?

Antes de mais, enuncio aquilo que acredito: Deus quis que a Criação se processasse através da Evolução, sendo Ele o motor deste processo.

O salto qualitativo é explicado pelas teorias catastrofistas - catástrofe enquanto rompimento. A quebra entre espécies ter-se-à processado através de catástrofes, enquanto os «apuramentos» dentro das espécies - as raças - ter-se-à atingido pela selecção natural.

O que não quer dizer que toda a especiação tenha ocorrido por catastrofismo, sendo plausível tranformações graduais, facto apoiado pelos fósseis de transição.

No caso do Homem, questiono-me se existe o último dos macacos e o primeiro dos homens. Haverá o «archeopterix» dos primatas? Ou terá havido um episódio catastrofista que nos lançou na História?

Independentemente do modelo, é para mim claro que por detrás de todo o processo está a mão de Deus.

Cumprimentos

Alpha

Re: Criação ou Evolução?
Escrito por: Alpha (IP registado)
Data: 09 de June de 2009 20:32

Já agora, umas achegas da Lena quanto a este modelo são bem vindas!

Cumprimentos

Alpha

Re: Criação ou Evolução?
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 09 de June de 2009 21:23

Achegas sobre o salto qualitativo?

Não gosto muito do termo catastrofista, se bem que entenda que qualquer conjectura que leve à redução de uma espécie para um grupo muito pequeno possa ser considerado uma catástrofe para a dita.

Quanto maior é uma população, maior é o fluxo de genes alelos, maior a variabilidade; mas é muitas vezes em grupo muito reduzidos que se observam as maiores diferenças. Variantes raras de um gene, mutações com uma expressão muito pequena na população original podem ser maioritárias no pequeno grupo resistente. Nesse pequeno grupo qualquer alteração tem um impacto significativo e acelerando o filme do tempo, a evolução aos nossos olhos parece ser feita através de saltos bruscos sem peças intermédias.
Uma coisa é certa somos todos descendentes de sobreviventes. Sobrevive-se porque num dado momento e espaço nada nos vence. A reprodução nos hominídeos tem um preço elevado, são muitos anos até que estejamos aptos a conceber, não somos particularmente rápidos, fortes, grandes, somos até bastante anedóticos. O engenho foi o nosso principal salto, aí a nossa evolução meteu o turbo.

Por tudo isto não antevejo a possibilidade de dizer qual o momento que nos tornámos Homem. Na realidade continuamos tão macacos como dantes. Somos todos primatas.

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Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Criação ou Evolução?
Escrito por: Alpha (IP registado)
Data: 09 de June de 2009 22:56

Olá Lena,

Usei o termo catástrofe por se tratar dum processo enquadrado na Teoria Matemática da Catástrofe - uma pequena variação de um parâmetro causa uma grande variação no sistema.

Ou seja, e era sobre isso que pedia a tua opinião, tenho lido alguns artigos que referem ser o Homem fruto duma dessas catástrofes e não duma evolução gradual cheia de termos intermédios. Não há o último dos macacos, porque esses continuam, mas há o primeiro dos homens, contudo, sem haver transição, mas sim ruptura.

Cumprimentos

Alpha

Re: Criação ou Evolução?
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 09 de June de 2009 23:58

Pois... eu quando leio catastrofismo só me lembro das explicações do passado, ligadas ao imobilismo, deve ser por isso que não gosto hehehe

Como deverás compreender não sou tão rápida a falar em ruptura entre nós e o resto dos primatas. Sem sarcasmos, não os vejo assim tão diferentes e distantes.
A nossa espécie não é fruto de um evento ou momento, antes desse tal que será a tal ruptura, muitos passos foram trilhados e sem eles não estaríamos aqui. São todos importantes.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Criação ou Evolução?
Escrito por: Desconhecido (IP registado)
Data: 18 de June de 2009 23:51

Olá a todos, na minha singela opinião, talvez haja "mão dos dois lados". tudo depende de como se encara o criacionismo.

Há varias teorias sobre o criacionismo, em que algumas abordam o tema claramente do ponto de vista científico. Hoje conhecem-se coisas que antes eram inimagináveis, como as fertilizações "in vitro" ou a engenharia genética.
A historia de só existirmos à 6 mil anos já está mais que afastada à luz dos factos obtidos pela ciência. Há quem atribua a cada dia do criacionismo, lotes de vários milhões de anos a cada.

Agora, um facto que ninguém consegui encontrar até hoje, foi um elo forte entre o homo erectus e o homo sapiens (uma subespécie intermédia), parecendo tratar-se de uma mudança abrupta. Será que alguém a meio do nosso caminho evolutivo "meteu a colher"?
Se assim foi (como eu acredito), então de certa forma houve alguma criação.

Na bíblia está dito que fomos criados, mas estudos teológicos mais aprofundados levam a concluir que quando Adão e Eva foram expulsos do paraíso, já a humanidade era numerosa (por exemplo, lembrem-se que os filhos de Adão e Eva casaram-se, logo, já existia humanidade). Resta por isso saber em quê de facto é que Adão e Eva foram os primeiros. O que realmente terá acontecido à 6 mil anos?

cumps a todos

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