Fóruns Paroquias.org
paroquias.org

  A participação no Fórum Paroquias.org está condicionada à aceitação das Regras de Funcionamento.
Inteligência Espiritual
Fóruns Paroquias.org : Peregrinações

 

Ir para tópico de discussão: AnteriorPróximo
Ir para: Lista de fórunsLista de mensagensNovo tópicoPesquisarEntrar
Ir para a página: Anterior123456
Página actual: 6 de 6
Re: Jornadas Mundiais da Juventude - Colonia 2005
Escrito por: Moises (IP registado)
Data: 21 de September de 2005 14:05

Não meu caro amigo.
Quem fez a comparação entre estes dois eventos foi o Tozé Monteiro. Eu jamais compararia o que não é comparavel. Se leres o topico do inicio verás.
Depois em lado nenhum o criterio para dar a comunhão a ninguém são os olhos. Lamento mas é o argumento mais arbitrario que conheço.
Depois, meu caro tilleul, volto a insistir que se deve acalmar, não apresentar um Cristianismo terrorista como o tem feito. Esses argumentos levaram às cruzadas, a Inquisição, tudo coisas que você detesta.

Re: Jornadas Mundiais da Juventude - Colonia 2005
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 21 de September de 2005 14:17

tilleul, uma missa campal não é show off, é adequação às necessidades da assistencia. Afinal de contas como seria possivel faze-la doutra forma.

Tambem aquilo que muito consideram de forma pouco caritativa show off é apenas a adequação à cultura especifica de muita juventude. Tivessem as celebrações mais vivacidade e talvez atraissem mais pessoas.

Uma pessoas gostam de celebrações mais vivas, outras mais intimistas. Há tempo e espaço para umas e outras. E nem umas são show off e outras são seja lá o que for.

São modo diferentes de expressar a fé, são inculturações da fé. Não é só preciso incultural a forma de celebrar a fé nos paises africanos ou asiaticos. Também é preciso fazer a inculturação cá. E no nosso pais convivem pessoas com gostos e culturas diferentes.

Tem alguem mais fé porque gosta de uma missa assim ou assado, com um cantico mais vivo ou mais intimista? Os africanos que dançam em todas as celebrações não têm fé por esse facto? O Rei David quando dançou em frente à arca da aliança estava a fazer show off?

Deixe que os jovens exprimam a alegria que as fé lhe dá, não é muito natural querer que eles estejam alegres e quietos como arenques fumados.

Nem toda a gente gosta da expansividade das celebrações carismaticas, nem todos gostam do intimismo de Taizé.

Também e certo que o entusiasmo mostrado nas JMJ pode ter muita altura e pouca profundidade, mas tudo é preciso. Há tempo para as JMJ, para festivas proclamações de fé de forma mais simples e tempo para aprofundar a fé.

Moisés e Tilleul, o que não há tempo é para acrimonias, para julgar o proximo, para discussões em que se torna notorio que mais que esclarecimento mutuo no sentido de encontrar a verdade se procura vencer o proximo que já não é um companheiro de caminho mas sim um adversario a vencer, em que todos os pontos em que este tropeçar são-lhe apontados e registados numa contabilidade tão pueril quanto pouco cristã.

Eu sei que por vezes tambem cometo esse erro mas nem por isso deixo de tentar evita-lo.

Jornadas Mundiais da Juventude - Colonia 2005
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 21 de September de 2005 18:03

Caro Camilo,

Não considero uma missal campal como show off mas foi um simples demonstrar que realmente as coisas funcionam com objectivos e critérios diferentes.

Concordo com tudo o que disse, nomeadamente com "o que não há tempo é para acrimonias, para julgar o proximo, para discussões em que se torna notorio que mais que esclarecimento mutuo no sentido de encontrar a verdade se procura vencer o proximo que já não é um companheiro de caminho mas sim um adversario a vencer, em que todos os pontos em que este tropeçar são-lhe apontados e registados numa contabilidade tão pueril quanto pouco cristã"

Tentarei ser mais comedido peço desculpas aos foristas por alguma falta de respeito.

Peço apenas que me respeitem e que argumentem com justiça e verdade e que se possível respondam às perguntas e aos argumentos.

Em comunhão

Re: Jornadas Mundiais da Juventude - Colonia 2005
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 03 de October de 2005 11:19

Ainda a propósito da viagem do Papa à Alemanha, para a JMJ... Vale a pena ler.

Alef


Citação:
Viagem difícil sem respostas nem receitas


1. Durante as férias destas crónicas, retive vários acontecimentos no campo religioso que merecem atenção. Um deles foi o XX Encontro Mundial da Juventude realizado em Colónia (16-21 de Agosto). Criou expectativas nos grandes meios de comunicação social por ser o primeiro com a presença de Bento XVI, que não parece especialmente vocacionado para este género de manifestações, nem as terá colocado entre as prioridades do seu pontificado. Sob este ponto de vista não haverá muito a dizer. Ofereceram, no entanto, ao Papa a oportunidade de manifestar, em acto, o rumo e o estilo da sua navegação apostólica.

Bento XVI foi visitar a Alemanha de Lutero que, em nome da fidelidade ao Evangelho, escreveu, em 1545, um texto "Contra o Papado de Roma fundado pelo Diabo". E porque, nessa altura, nem Roma nem Lutero quiseram ouvir a voz pacificadora de Erasmo de Roterdão - que também queria a reforma da Igreja - foi escrita, a sangue, uma história de consequências monstruosas, sintetizada por Friedrich Heer, em 1959, nestes termos: "Na Alemanha, um século de guerras civis que culminaram na Guerra dos Trinta Anos; para a França, durante cento e cinquenta anos, a guerra civil, ora fria, ora sem piedade, entre a "religião do rei católico" e os huguenotes, que conduziu à eliminação ou à expatriação de uma elite nobre e burguesa e de uma parte da intelligentsia francesas; para a Espanha, o corte interno com a Europa mediante o extermínio ou a expulsão dos seus humanistas erasmianos, dos seus judeus, dos seus marranos e dos seus protestantes; em Itália, a expulsão dos não-conformistas religiosos, a vida amordaçada, desde o século XVI ao século XIX, em Estados-guetos que sufocam a vida interior, ou pelo menos a refreiam desesperadamente com as suas polícias de Estado e as suas inquisições; para Inglaterra, o afastamento definitivo da Europa - torna-se uma alter orbis, um outro "continente". A Europa inteira cristaliza-se definitivamente, até ao século XX, em "Ocidente", em Europa ocidental que se define em oposição ao Oriente, à Rússia, à Igreja do Oriente, contra as suas próprias massas, contra o âmago da pessoa" (1).

Sem este quadro, não se entende o sentido do ecumenismo e ele tenderá a tornar-se um entretenimento de teólogos e comissários sem vergonha, esquecidos do Evangelho e do sofrimento do mundo.

É verdade que Bento XVI não foi o primeiro Papa a visitar a pátria de Lutero. Não se pode esquecer a viagem de João Paulo II. Mas esta visita foi a de um teólogo alemão que passou de reformista a inquisidor e que, hoje, é o Papa da Igreja Católica. Nesta viagem à sua pátria e à pátria de Lutero não se pode deixar de meditar em certos temperamentos religiosos, muito rápidos em destruir todas as pontes e incrivelmente lentos na reconciliação. Como lembrou o bispo luterano de Berlim, Wolfgang Huber, a Bento XVI, no encontro de Colónia, esta visita realiza-se em 2005, 450 anos depois da paz religiosa de Augsburgo de 1555...

Talvez seja decepcionante que, tanto o bispo luterano como Bento XVI, não tenham ido além do que já são evidências em teologia ecuménica e que tendem a tornar-se triviais, 40 anos depois do espantoso Concílio Vaticano II e de todos os passos dados no século XX.

2. Um dos momentos altos do programa de Bento XVI na Alemanha foi a visita à Sinagoga de Colónia. Abraham Lehrer não deixou de lhe lembrar: "Cresceste na Alemanha numa época terrível. Hoje, vemos em vós não apenas o chefe de todos os católicos, mas também o alemão de nascimento que enfrenta a sua responsabilidade histórica." O Papa não seguiu só por aí. Destacou que, em Colónia, a comunidade hebraica devia sentir-se em casa e que, embora haja ainda muito caminho a percorrer no diálogo entre judaísmo e cristianismo, o olhar dos cristãos e dos judeus não deve estar voltado apenas para o passado, para a história, mas para a frente, para as tarefas de hoje e de amanhã.

A Alemanha conta, actualmente, com uma grande presença de comunidades muçulmanas. Bento XVI não as esqueceu. Insistiu na urgente ruptura entre fé islâmica e terrorismo - como muitos muçulmanos já o fizeram - e em neutralizar a força explosiva das ideologias. Se os cristãos e muçulmanos devem ter vergonha das batalhas e guerras que travaram entre si no passado, a defesa da liberdade religiosa é um imperativo constante e o respeito das minorias é um sinal incontestável de civilização.

3. Todos estes encontros, de âmbito ecuménico e de diálogo inter-religioso, não distraíram o Papa da sua responsabilidade para com o futuro cristão dos jovens. E, sobretudo, não se resignou com o estado preocupante da Igreja Católica na Alemanha, embora se diga que o estado das outras Igrejas cristãs é, aí, ainda pior.

A generosidade dos católicos alemães é conhecida no mundo inteiro pelas organizações Misereor, Adveniat, Mission, Renovabis, Caritas, etc. Mas o seu rosto está marcado de rugas e sombras. No país, alastra a secularização e a descristianização. Muitos deixam a Igreja e os que ficam praticam um cristianismo selectivo. A leste, a maioria da população não é baptizada, não sabe nada de Deus, nem de Cristo, nem tem qualquer contacto com a Igreja. O Papa lembrou que os próprios bispos, em 2004, retomaram a expressão do padre Delp: "Somos uma terra de missão." É urgente não apenas a "nova evangelização", mas muitas vezes a primeira. Estamos em presença de um novo paganismo e não basta a manutenção do rebanho existente - o que é muito importante - mas é-nos imposta a grande questão: o que é, em verdade, a vida?

O Papa, nesta intervenção, surgiu no meio dos outros bispos alemães sem respostas nem receitas.

(1) Citado por Hans Küng, Cristianismo. Essência e História, Círculo de Leitores, 2002, p. 515; Cf. todo o capítulo, O paradigma protestante evangélico da Reforma, pp. 486-599.

Frei Bento Domingues, O.P.
«Público», 2005-10-02

Re: Jornadas Mundiais da Juventude - Colonia 2005
Escrito por: Sara_oliveirinha (IP registado)
Data: 27 de June de 2006 16:11

Boas!

Após ter vindo parar a este forum apos uma pesquisa, procurei este topico, pois refere-se a um tema bastante emblemático e bastante importante, a meu ver, para a Igreja Católica.

Como participante nestas ultimas JMJ sinto-me na obrigação de dar o meu testemunho para aqueles que, por uma ou por outra razão, não puderam estar presentes na Alemanha!

Foram as minhas primeiras Jornadas Mundiais!
Considero esta experiencia das melhores que ja passei na vida, senao mesmo a melhor!
Parti no dia 9 de Agosto juntamente com 93 jovens (da zona de Aveiro e do Porto). Um grupo que se viria a revelar cheio de gente "fantabulástica", com o coração aberto para amar, para dar e para receber, para ajudar, etc, etc..
Esta experiencia durou cerca de 15 dias! Após umas pre-jornadas em Metz (França) partimos para Dusseldorf (Alemanha).
As famílias que nos acolheram em suas casas foram espetaculares connosco! Senti-me como se fizesse realmente parte daquelas famílias!
Naquelas duas semanas, o amor, a fraternidade, a entre-ajuda, a amizade, a união foram valores que se sobrepuseram a quaisquer outros!
Esta temporada ajudou-me a crescer na fé e a reencontrar-me com Cristo!
O ambiente que se vivia era indescritível!! Não há palavras que o consigam descrever!
Apesar de algumas noites mal dormidas, de algumas refeições menos bem conseguidas, de algum frio, tudo isto perde relevancia quando comparado com as relações e os sentimentos gerados!
Senti que a Igreja de Cristo está viva! Tem uma força imensa através dos jovens, do seu sangue novo, da sua vontade e empenho, do seu espirito! Ao encontrar jovens de todo o mundo (desde israelitas a turcos, a americanos, australianos, africanos, italianos, etc) senti que a uniao era possivel e que de facto todos juntos somos Igreja!
É por tudo isto que continuo a acreditar que tudo é possivel e continuo a lutar!
Basta partilhar a alegria de ser Cristão.

Aconselho todos a estarem presentes em Sidney, se conseguirem, em Julho de 2008.
Não se vão arrepender! =)

Quando se trata de testemunhar uma experiência tão rica como esta, todas as palavras são escassas!
Espero ter consigo dar uma pequena imagem do que foram as JMJ'05!

Um abraço para todos
e não nunca se esqueçam do Espirito Santo nas vossas vidas!

Ir para a página: Anterior123456
Página actual: 6 de 6


Desculpe, apenas utilizadores registados podem escrever mensagens neste fórum.
Por favor, introduza a sua identificação no Fórum aqui.
Se ainda não se registou, visite a página de Registo.

Nota: As participações do Fórum de Discussão são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, pelo que o Paroquias.org não se responsabiliza pelo seu conteúdo, nem por este estar ou não de acordo com a Doutrina e Tradição da Igreja Católica.