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Irmão Roger assassinado em Taizé
Escrito por: Susete (IP registado)
Data: 16 de August de 2005 23:26

O irmão Roger, fundador da comunidade ecuménica de Taizé, foi hoje assassinado no decorrer da oração da noite na localidade francesa.
Uma jovem agrediu o Irmão Roger com uma arma branca no pescoço e, apesar do pronto socorro, este viria a sucumbir.<br />
O momento foi presenciado por vários peregrinos (adultos e crianças) que, por estes dias, se encontram na comunidade, incluindo vários portugueses.

O Paroquias.Org falou com um dos portugueses presentes que pediu a todos para rezarmos pelo irmão Roger.

Re: Irmão Roger assassinado em Taizé
Escrito por: Susete (IP registado)
Data: 17 de August de 2005 00:18

Taizé: Irmão Roger assassinado esta noite
16.08.2005 - 23h12 AFP, PUBLICO.PT
[www.publico.clix.pt]


O irmão Roger Schutz foi assassinado esta noite durante uma cerimónia religiosa em Taizé, a comunidade ecuménica que fundou em França, em 1940. O religioso de 90 anos foi esfaqueado três vezes durante a oração da noite que se celebrava na igreja da Reconciliação.

Apesar de ter sido assistido prontamente, o irmão Roger não resistiu aos ferimentos, que lhe foram infligidos.

A presumível autora do crime é uma mulher romena, de 36 anos, que foi detida, segundo disse uma fonte policial citada pela agência AFP.

O irmão Roger, um protestante formado em Teologia, dedicou maior parte da sua vida à reconciliação das Igrejas cristãs.

Em Agosto de 1940, com apenas 25 anos, chegou a Taizé, uma pequena aldeia perto de Cluny, com o projecto de fundar uma comunidade monástica.

Actualmente, a comunidade de Taizé é formada por cerca de uma centena de irmãos de várias confissões cristãs e originários de cerca de 30 países.

Todos os anos chegam a Taizé dezenas de milhares de jovens que ali se reúnem em oração.

Irmão Roger assassinado em Taizé
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 17 de August de 2005 15:27

Hoje às 21h30, no Convento dos Dominicanos (Linha Azul-metro Alto dos Moinhos) vigília de oração em memória do Irmão Roger e da sua obra extraordinária pela paz e concórdia entre todos os homens.

Em comunhão

Re: Irmão Roger assassinado em Taizé
Escrito por: VM (IP registado)
Data: 17 de August de 2005 17:34

Nunca fui a Taizé. Até ao ano passado, nem sequer sabia o que era Taizé, ou o que significava. Até que, a mãe de uma amiga minha, ao aperceber-se que eu estava a lidar com alguns problemas de crescimento da minha filha adolescente de 14 anos, me pediu para a levar a Taizé, juntamente com um grupo de jovens (e alguns menos jovens...).
Sou testemunha da enorme mudança que essa viagem/peregrinação provocou na minha filha. Da alegria e paz que ela trouxe de lá. Dos novos amigos que ela fez. Muitas vezes, agradeço a Deus, essa nova atitude. Pela intervenção dessa minha amiga, e pelo exemplo do irmão Roger.
Nunca fui a Taizé. Nunca conhecerei pessoalmente o irmão Roger. Mas poucas coisas na vida me chocaram tanto como este assassinato gratuito e que não beneficia ninguém. E rezo pela mulher que o cometeu. Não saberia o que fez. Deus perdoar-lhe-á, na sua imensa misericórdia.
Nessa intenção,e em memória do irmão Roger, as pessoas interessadas, ir-se-ão reunir amanhã na Igreja de S.Francisco, em Loulé, pelas 21h30.
Nunca fui a Taizé. Mas estarei amanhã em Loulé. Agradecendo a Deus o previlégio que de ter sido directamente beneficiado pela acção deste Homem de Deus.

Re: Irmão Roger assassinado em Taizé
Escrito por: Susete (IP registado)
Data: 17 de August de 2005 22:45

Drama em Taizé ainda sem explicação
2005-08-17 21:35:44

Ainda não há nenhuma explicação para o drama que ontem se abateu sobre a Comunidade Ecuménica de Taizé, quando uma mulher agrediu mortalmente o Irmão Roger, fundador da Comunidade, com uma arma branca.

Segundo as autoridades judiciais da localidade francesa, a agressora, uma romena de 36 anos, queria “atrair a intenção” do Ir. Roger, “mas não matá-lo”. No comunicado divulgado pela Comunidade (www.taize.fr) refere-se que a mulher “provavelmente desequilibrada, atingiu violentamente à facada Frère Roger, que morreu poucos instantes depois”.
Tudo aconteceu na oração da tarde de terça-feira, depois do segundo cântico (cerca das 20h45, menos uma Lisboa) no meio de uma multidão que se reuniu em torno da Comunidade, na Igreja da Reconciliação. Fátima Gonçalves, que se encontra em Taizé desde Domingo com um grupo de peregrinos portugueses, explica à Agência ECCLESIA que o Irmão Roger estava rodeado por crianças e que após a agressão “se ouviu um grito enorme”.
Pouco depois o Irmão François, próximo do Irmão Roger, pediu a palavra para explicar que este último tinha sido atacado durante a oração, acabando por morrer, e pediu que rezassem por ele.
A comoção foi grande entre os monges e os peregrinos presentes, que pela noite fora se uniram em oração no local em que o fundador da Comunidade fora assassinado. O silêncio, a luz difusa, os cânticos simples foram a melhor homenagem ao monge vestido de branco que consagrou a sua vida à busca da paz, da unidade e da reconciliação.
No comunicado hoje divulgado, a Comunidade de Taizé afirma estar “em sofrimento”, agradecendo a todos os que manifestaram a sua solidariedade, “com o seu afecto e a sua oração”.
Esta manhã, foi pronunciada a seguinte oração em Taizé: “Tu, Cristo, permites-nos estar em comunhão com aqueles que nos precederam e que podem permanecer, assim, tão próximos. Nós colocamos nas tuas mãos o nosso irmão Roger. Ele contempla já o invisível. Ao seu lado, tu nos preparas para acolher um raio da tua claridade”.

Peregrinos não partem
A tragédia que se consumou no coração da oração levou de forma violenta o homem da paz e da reconciliação, que afirmara a chegada da “hora dos Cristãos” levarem ao mundo a figura de Jesus, para fazer face às ameaças do ódio e da violência.
Esse testemunho de vida não se apaga numa noite e os peregrinos presentes em Taizé continuam a fazer a sua peregrinação de oração, reflexão e encontro. Fátima Gonçalves relata que “o ritmo das actividades continua”, apesar de um clima de maior recolhimento.
“Há uma certa tristeza no ar, mas não há revolta, já não há medo como ontem à noite”, afirma.
O grupo português incluía alguns adolescentes mais novos, que foram a maior preocupação dos responsáveis. A Cruz Vermelha Francesa já se encontra no local, a apoiar as pessoas que ficaram mais afectadas pelo acontecido e, entre os peregrinos do nosso país, há ainda duas psicólogas.
Fátima Gonçalves mostra-se convencida de que aquilo que Taizé tem de especial “não vai mudar” e assegura que os peregrinos não querem partir por causa do drama que viveram. “Vai continuar tudo”, assegura.

Fonte Ecclesia

Re: Irmão Roger assassinado em Taizé
Escrito por: Susete (IP registado)
Data: 17 de August de 2005 22:45

Funeral de Frère Roger a 23 de Agosto
2005-08-17 21:37:02

As exéquias do Ir. Roger, fundador da Comunidade ecuménica de Taizé, terão lugar no dia 23 de Agosto, terça-feira.

Os membros da comunidade quiseram assim esperar pelo final da Jornada Mundial da Juventude, para que os irmão aí presentes possam regressar à França, como explicou o Ir. Emile, porta-voz da Comunidade.
Frère Roger foi ontem agredido mortalmente com uma faca por uma mulher romena de 36 anos, "provavelmente desequilibrada", como refere o comunicado colocado na página oficial da comunidade (www.taize.fr).
O texto anuncia que as cerimónias fúnebres se desenrolarão na Igreja da Reconciliação, em Tiazé, e que o Ir. Roger será sepultado no cemitério da pequena Comunidade Ecuménica.
O seu corpo será colocado na igreja de Taizé durante as tardes, para que as pessoas "se possam recolher junto dele".

Re: Irmão Roger assassinado em Taizé
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 17 de August de 2005 23:22

Bento XVI manifesta a sua tristeza pelo assassinato de Irmão Roger

Bento XVI manifestou-se hoje “muito triste” pela morte do Irmão Roger, fundador da comunidade de Taizé, assassinado na tarde de terça-feira nessa localidade francesa.
“Recebi uma notícia muito triste, aterradora, que durante as Vésperas de ontem, o caro Irmão Roger, fundador da comunidade de Taizé, foi agredido com várias facadas, provavelmente por uma desequilibrada, e morreu”, disse o Papa numa intervenção improvisada no decorrer da audiência geral desta manhã, em Castel Gandolfo.
Bento XVI assegurou que esta notícia o tocou ainda mais porque mesmo ontem “tinha recebido uma carta comovente (do Ir. Roger), na qual ele me dizia que estava, de todo o coração, com o Papa e com todos os que estão em Colónia”, dado que a sua saúde não lhe permitira estar presente na JMJ, mas estaria presente "espiritualmente". O Papa acrescentou que o monge lhe assegurara estar a pensar numa visita “o mais brevemente possível” ao Vaticano, para se encontrar com ele e dizer-lhe que "toda a Comunidade de Taizé tinha a intenção de caminhar com o Papa".
“Neste momento de tristeza, podemos apenas confiar à bondade do Senhor a alma do seu fiel servidor que chegou à alegria eterna”, concluiu.

Presidente da CEP homenageia o Irmão Roger
D. Jorge Ortiga, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, lamentou o assassinato do Irmão Roger, fundador da Comunidade de Taizé, lembrando que o monge “deu a sua vida pela juventude”.
Em declarações à RR, o Arcebispo de Braga mostrou-se convencido de que esta morte “será mais um alento para que a juventude se aproxime de Deus", homenageando o papel que o Irmão Roger e a comunidade que fundou em Taizé tiveram no caminho dos jovens a Deus.

Fonte Ecclesia

Re: Irmão Roger assassinado em Taizé
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 18 de August de 2005 11:01

A morte explica a vida
Mensagem do presidente da CEP por ocasião da morte do Irmão Roger
.
A história da humanidade foi construída a partir dos sonhos de homens ousados, que, ao invés da inércia e comodismo das multidões, foram capazes de lançar desafios interpeladores.
Se recuarmos alguns anos, deparamo-nos com mentalidades fechadas à novidade e a tudo o que se apresenta como diferente. Estas não foram capazes de aceitar o “diverso” como uma riqueza e testemunho de uma humanidade nova.
Infelizmente, o cenário actual da sociedade e da Igreja também ainda não considera a novidade do multi-culturalismo, diálogo ecuménico e inter-religioso.
Partindo da oração, o Irmão Roger e a “sua” Comunidade de Taizé lançou um alerta que mostrou a urgência de se construir um mundo de fraternidade e sem barreiras. Não quis ficar nas teorias…
O seu discurso, sublime e alicerçado na experiência pessoal, era rico porque, vivido corajosamente, conseguia motivar os outros a realizarem uma experiência idêntica.
Como profeta destes tempos novos, falou em nome de Deus e foi compreendido principalmente pelos jovens. Trata-se da confirmação da actualidade do seu carisma, que continuará a marcar o futuro das comunidades cristãs.
O sangue derramado no “seu” ambiente de oração e de comunhão com jovens de mentalidades diferentes vai frutificar e produzir novas sementes de unidade neste mundo, que teima em não compreender a singularidade e a nobreza da vida dos verdadeiros testemunhos.
Os profetas, marcados por um carisma, e os mártires, porque incomodam, não morrem! Permanecem como luzeiros a indicar que o amor às causas grandes merece que se lhes entregue as vidas.
Ouso formular, neste momento de mágoa, uma prece.
O Irmão Roger morreu no seio da sua comunidade e dos jovens, num momento em que decorre a Jornada Mundial da Juventude. Peço a Deus que, a partir desta coincidência, sejamos corajosos na construção de uma Igreja aberta às interpelações do presente que os jovens protagonizam.
Por outro lado, espero que estes jovens também compreendam o testemunho de quem, partindo de um encontro pessoal com Deus, conseguiu desenhar o esboço de uma sociedade unida.
A vida do Irmão Roger não terminou. Existe um legado rico de conteúdos que o mundo e a Igreja saberão acolher. Assim, como nos primórdios do Cristianismo «o sangue de mártires era semente de cristãos», a sua morte continuará a gritar o valor da oração e reflexão como caminho para a unidade entre os cristãos, e destes com os de outras religiões e não-crentes.
Obrigado, Irmão Roger. Saberemos acolher a tua mensagem carismática e profética.

+ D. Jorge Ortiga, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa


FONTE ECCLESIA



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