Bom dia a todos os "forumnautas",

Gostaria de saber se algum de vocês possui um "modelo" para rezar o terço, mas para jovens?
Pois os "meus" jovens costumam queixar-se que o terço é uma seca e não lhes diz nada no "modelo" tradicional, mas a verdade é que eu também desconheço se existem alguns "modelos" alternativos.

Agradecendo desde já a vossa atenção


Fernando Cassola Marques
"Que a paz esteja convosco"

Fernando,

Penso que o Pe. Marcelo Rossi tem um modelo que pode ser mais atraente para os jovens. Dá maior destaque à meditação dos mistérios e substitui as dez Avé Marias por uma Avé Maria e um Pai Nosso em cada mistério. Substitui-se o carácter repetitivo da oração por uma maior meditação dos mistérios, e decerto ganharás no interesse e atenção dos jovens.
Normalmente, a "seca" é por causa da repetição da oração.

Luis

Luis,

Obrigado vou tentar ver se no site do Pe. Marcelo tem lá alguma coisa.
E claro, tens 100% de razão, a "seca" é mesmo pelo caracter repetitivo ...

Fernando

Caro Fernando

Grande parte da seca que o jovens afirmam ser o terço deriva do facto de não o entenderem e de nem estarem predispostos (receptivos) para o rezar. Os jovens costumam achar a Missa outra seca, porque dizem que não lhes diz nada.
Experiencia que tenho feito com grupos de Jovens sobre estes assuntos, tem derivado de inverter o esquema.
Primeiro, explicar o que é o terço, e mostrar a repetitividade de tantas das nossas ações, mostrar que os namorados passam o dia a repetir palavras de amor uns aos outros - sem se queixarem - repetir mil beijos e caricias - sem se queixarem - e mostar que o terço é apenas isso mesmo, dizer a Deus que o amamos no seu Filho Jesus Incarnado.
Segundo, quer no terço quer na missa, não importa tanto o que eles "me dizem" mas mais o que eu lhes digo. Se eu não digo nada à missa, ela não me diz nada. Não é o terço ou a missa que me tem de dizer algo. Eu é que tenho que lhes dizer. Senão a missa é uma seca, e o terço uma repetição de palavras enquanto que interiormente eu estou a pensar noutras tantas coisas. Há que mudar a atitude interior, no que eu quero dizer a Deus.
Depois por fim, há que mudar a estrutura do que fazemos.
Apostar nos canticos apelativos aos jovens, cantados por eles e tocados com violas. Apostar nas meditações, feitas por eles, em que eles meditem em cada mistério e o partilhem com os outros. Deixar a impessoalidade repetitiva, e faze-los passar para um papel activo.
Ao longo de dois anos tenho vindo a notar uma diferença nos grupos que acompanho e partindo da experiencia do Papa - tanta coisa tem dito do terço - levando-os a descobrir que o terço, a missa etc, não é uma acção passiva (que os jovens detestam) mas que pode ser uma alegria com uma grande participação activa da sua parte.
Hoje, no mes de maio, tenho um grupo de jovens na paroquia a rezar o terço todos os dias na Igreja antes da missa, a pedido deles. E são eles que tudo preparam com gosto e alegria, rezando com e para a comunidade.

o terço é uma seca.

larga o terço e auncie a eles a palavra de Deus.

procure mais a biblia que é a verdade, e que edifica, terço não edifica .

fique na graça e na paz

Carlos,

Por favor, respeita as convicções dos outros!

Este é um fórum de respeito!

Antes de mais quero agradecer tanto ao Luis, bem como ao Pe. João Luis Paixão, pelo rico contributo que me deram.
Agora relativamente aos restantes comentários, principalmente de indole "duvidosa", fico-me pelo simples agradecimento de me terem ajudado muito a ...

... perder tempo a lê-los !

Enfim, é como a Ana afirma, respeitem as convicções dos outros, não afirmem coisas, que minimamente nem sequer são justificadas, por isso agradeço imenso os vossos contributos. :(


Fernando Cassola Marques
"Que a paz esteja convosco"

talibam

Não fales do que não conheces.

Tu nunca rezaste um terço...

ahahahhaha...

se kerem afastar os jovens da igreja, ponham-nos a rezar o terço.

Curioso taliban, graças ao Terço, os meus jovens tem trazido outros tantos. Começamos com 5 e já são mais de 30 jovens - alem do resto da comunidade. E olhe que a igreja está cheia..... e olhe que todos os dias são mais os jovens que vem.......
Talvez as igrejas fiquem vazias quando voce lá entra, mas tambem compreendo.... eu tambem saíria se a visse entrar.

Deixem-me dar também a minha contribuição.
Sou responsável da catequese na minha paróquia, que tem como Padroeira Nossa Senhora do Rosário. Normalmente, com maior destaque em Outubro, tentamos focar a nossa atenção na oração do terço. E, se com jovens é complicado, imaginem o que é fazê-lo com crianças pequenas, que muitas vezes nem sabem ainda o Pai Nosso ou a Avé Maria.

Há dois anos, por altura da Festa da Padroeira (que não tem os tradicionais aspectos profanos, como os bailaricos e etc), decidimos viver também esta festa na catequese. Identificámos as várias dificuldades e, sem alterar nada no esquema de oração (não sou contra reduzir a repetição das orações, mas concordo com o Pe João Luís. Há que não procurar facilitar tudo. O terço é exigente. A missa é exigente. Vamos procurar ser exigentes quando os preparamos. Eu tb não consigo ter uma boa experiência com certas orações comunitárias do terço em que já participei, mas já tive outras experiências bestiais, que requerem mais tempo e trabalho a preparar).

Nesta festa, resolvemos o seguinte:
- as crianças dos 3 primeiros volumes seriam divididas em 5 grupos. Cada grupo com um catequista. Cada criança recebeu um quadrado de cerca de 20cm de pano. O catequista recebeu um quadrado maior. à volta de uma mesa o catequista fez uma pequena catequese sobre o Mistério que calhou ao grupo e no final as crianças fizeram uma ilustração desse mistério no pano. O catequista fez o mesmo. Quando os panos secaram, pegámos numa corda comprida e construímos um terço em que cada conta tinha a forma de um rebuçado (o pano levava um enchimento em papel, era enrolado à volta da corda e atado com um cordel nas duas pontas. o pano do catequista dava um rebuçado maior que era o Pai Nosso).

- alguns jovens mais velhos fizeram uma cruz cozida em pano, que enchemos de esponja e prendemos na ponta do terço.

- os miúdos dos 4º, 5º e 6º volumes estiveram a preparar os cânticos e receberam também pequenas catequeses sobre cada mistério.

- os dos 7º, 8º, 9º e 10º volumes, foram divididos em 5 grupos, cada um com um catequista. Este grupo escreveu as meditações a cada mistério.

Passado o tempo inicialmente definido para isto, reunimo-nos todos na Igreja. As crianças que tinham estado a desenhar, fizeram uma grande roda, em que cada criança era uma Avé Maria do terço e cada catequista um Pai Nosso. Ou seja, fizémos um terço vivo um ano antes. A cada oração, passava uma grande vela dentro de um recipiente de vidro. O grupo dos cânticos fez o seu serviço e os mais velhos leram as meditações.

No dia seguinte, as crianças mais pequenas levaram o terço gigante na procissão.

Foi excepcional. Ninguém disse que tinha sido uma seca. Cuidou-se a beleza e a profundidade da oração. Penso que tudo tem de ser assim. Se não for belo, se não for aprofundado, não diz nada. Os meus miúdos não gostavam da missa, porque não a percebiam. Não gostavam do terço, porque só tinham tido experiências chatas... não sabiam o que estavam a fazer e como podiam viver melhor aquele momento.

A solução é catequizar. Mas não me parece que as "simplificações" sejam o caminho. Isso é facilitar. Além disso, já vi algumas meditações do Pe Marcelo Rossi, e parecem-me demasiado "emotivas"... Não tenho nada contra... mas recomendo precaução. Ou podemos estar a cair num engano...

Falamos aqui do terço... e se nos referirmos à Exposição do Santíssimo com jovens? O que há para dizer?

Hugo

Talibam

Estás a passar os limites.

Penso que este forum tem regras mínimas que têm de ser respeitadas.

Pedro B

Caríssimo Irmão, aqui no Brasil, em minha paróquia, trabalho com Pastoral de Jovens e temos tidos bons resultados com os terços meditados pois tentamos variar a nossa forma de rezar, creio que nada substitua o valor do terço de Nossa Senhora (nem os terços do Pe. Marcelo Rossi, por melhores quesejam). Comessamos assim: 1) contamos a história do terço e o pedido de Nossa Senhora em Fátima, depois alguns testemunhos de milagres e graças alcançadas através do terço;2) Começamos a inventar coisas para simbolizar os mistérios do terço, por exemplo Fizemos um coração de cartolina com cortiça atras com muitos espetos de madeira cravados nele, cada espeto correspondia a uma ave-maria do terço e cada jovem tinha uma flor, ou duas ou conforme o número de pessoas e de ave-marias, cada um, ao rezar uma ave maria, tirava um espinho e colocava no lugar dela uma flor simbolizando um desagravo de nossas faltas no coração sagrado por meio de Maria. 3) Outra vez os jovens fizeram um teatro de cada mistério do terço de forma que rezavamos as ave-marias e no final daquela dezena, apresentava-se uma pequena cena daquele mistério. 4) Outra vez ainda, fizemos o que chamamos de terço vivo. Era noiote. Os jovens ficaram de mãos dadas em círculo formando uma espécie de terço humano, cada um tinha uma vela na mão. O primeiro começava a rezar o credo e acendia a sua vela, e cada um rezava a oração correspondente a seu lugar no terço e acendiam a sua vela, no final o luar ficava muito bem iluminado, somente com as luzes das velas. 5) Também é bom, no final da cada mistério cantar uma musica, bem animada, que tenha haver com aquele respectivo mistério...
Há varias maneiras de rezar o mesmo terço de Nossa Senhora, só precissamos ser criativos. Caso você utilize alguma dessas experiencias depois partilhe conosco se deu certo ou não.

Valeu!!!

Fabiano

Seja bem vindo a este Forum.

Esteja preparado, para lutar com o demonio.

Hugo, bom saber das experiencias proveitosas de outras comunidades, é com criatividade que penetramos nos mistérios de Deus e de seus santos. Os santos foram criativos na maneira de buscar a Deus, continue assim. Tive uma dúvida ao longo de seu discurso, quanto tempo demora para a formação de uma criança para a primeira eucaristias, qual a sua paróquia e onde fica? Se puder dar atenção a estas curiosidades agradeço, mas se não quiser responder fique a vontade.

Legal, a nossa vocação pelo Batismo é defender a fé. Por tanto é sempre necessário amar a Deus e defender a Igreja de Cristo, com a caridade e o fervor dos Apóstolos.

Que legal ver aqui padres, a falar das suas experiencias!!!

Assim gosto mais deste forum. Devia ser mesmo assim, padres e catolicos, fora com os diabos. lol

Fabiano,
a proposta catequética do nosso Patriarcado aponta para 2 anos de preparação para receber o Sacramento da Eucaristia. Ou seja, no 2º volume, quando a criança tem cerca de 8 anos.

Na minha paróquia, fazemos apenas no 3º volume, porque as crianças entram para a catequese ao mesmo tempo que entram para a escola (em muitas paróquias só entram para a catequese no 2º ano escolar).

Os que já entram mais velhos, fazem na mesma 2 anos de preparação (um integrados num grupo especial, para adquirirem alguns conhecimentos básicos e o outro integrados no grupo correspondente à sua idade.)

Hugo