Saudações a todos.
Hoje gostava de abordar e partilhar convosco essa faceta da cultura popular portuguesa, que são as Festas religiosas... Promessas, compras, donativos, ofertas... Ofertas de objectos em ouro e outros bens aos santos e santas dos altares... Certo é que nenhum desses personagens, que respeitamos, mas não adoramos, pega nesses bens e os transforma, os converte... Certo é que são os vivos, os pecadores, que em nome dos santos... Como é possível tanta falta de sensibilidade? Fátima é um lugar de oração e de encontro com Maria e seu Filho Jesus Cristo!... tudo muito bem. Mas não será estranho todo o movimento económico que gravita à volta do santuário e dentro dele? E se não houvesse tanto dinheiro vindo das esmolas e outros donotivos? Com certeza não poderiam agora insvestor aqueles milhões na nova basílica... Festas religiosas? não obrigado!
José Pereira

ò Zica, as festas religiossas são como o carnaval no brasil. Fazem parte da cultura popular...
Se não keres ir não vai, na certeza de que milhares contunuarão a ir e a divertir-se...

Fraca mentalidade...

As festas religiosas são em grande parte formas populares de expressão. É difícil regular seja de que forma fôr este tipo de manifestações.

Deverá apenas tentar-se reduzir os aspectos mais negativos, como por exemplo os das promessas. E nestas começando pelos casos mais graves.

É sobretudo uma questão de catequese.

João (JMA)

As festas religiosas, servem para angariar fundos para sustentar a igreja.

Quem a frequenta, tem de a sustentar.

Se os vossos filhos, fossem para a igreja, em vez de irem para discotecas e bares, seria mau o caminho?

Quantos pais gostariam que seus filhos fugissem da droga?

Quantos pais gostariam que seus filhos, fossem exemplo do mundo?

Na igreja acontece algum mal? Pensem bem e respondam.

«As festas religiosas servem para angariar fundos para sustentar a igreja.»

Será? Uma boa parte das festas religiosas ditas populares são, sim, para alimentar as casas de pirotecnia, os ditos "conjuntos musicais" pimba, os montadores de estaminés ambulantes de banha da cobra e a UNICER... Pelo que vou vendo, em muitas festas populares ditas religiosas, os organizadores fazem questão de gastarem as sobras em fogo de artifício ou entregar umas "migalhas" para comprar uma toalha do altar ;-)

Atenção: acho que as festas têm o seu lugar, mas deveria haver um pouco de mais bom senso em muitos sítios, nos párocos e nos paroquianos. Anda por aí muita confusão...

Alef

Achas que seja bem assim? Sei quanto dinheiro entregam de uma festa ca da terra.
Com 3.000 mil contos da para comprar apenas uma toalha? Faz bem as contas. 3.000 contos X 3 festas=

Tens razão, Mariana. Só não vê, isso mesmo que dizes, quem é cego, ou quem gosta de denegrir a cultura popular, por excesso de zelo, por ateísmo ou por intolerância religiosa... Esta cultura, desde que seja maioritariamente cristã e bem intencionada, é positiva e abençoada.
Festa e procissões, sim, desde que mais religiosas que profanas, desde que mais piedosas que supersticiosas, desde que contribuam positivamente para as necessidades da paróquia, da igreja e respectivas obras sociais, que nunca são demais...

É mil vezes preferível, como muito bem dizes, que as pessoas façam festas e procissões religiosas, devidamente supervisionadas pelo pároco ou sacerdote responsável, do que façam festaa pagãs, apenas profanas e/ou moralmente degradantes, ou, pior ainda, se entreguem aos piores vícios e iniquidades, como a droga, o alcoolismo, a prostituição, o adultério, a aborto, o divórcio, a maledicência, a indiferença religiosa, a bruxaria, o satanismo, o anticlericalismo, a difamação, a calúnia, a hipocrisia, o ódio, a violência, a imoralidade, a depravação, etc., etc...

Vivam as romarias cristãs, ainda que alegres e algo profanas, ainda que um pouco supersticiosas e mundanas!

Um abraço cristão e festivo.

R

- Romeiro, quem és tu?
- Ninguém!

- Ninguém?
- Sim, Ninguém! Eu sou apenas um viajante, um observador atento, às vezes um utente indignado, mas 100% cristão, um peregrino...

- Romeiro, aonde vais?
- A Balasar, a terra da nova "Doutora da Igreja", a quem alguns chamam "santinha"... Atchim!...

- Santinho!
- Não, santinha!

- Aliás, beata!... Romeiro, que fazes tu?
- Eu? Só Nova Evangelização! Proclamo o Evangelho do Inferno, anuncio o dogma do Diabo, divulgo as verdades eterna da Vassula, os castigos contra o abominável crime do aborto, contra os modernistas/progressistas/liberais/pseudo-católicos/hereges/excomungados/ímpios, mesmo que dissimuladamente.

- Conheces o Avlis?
- Avlis? Ah, um grande amigo e admirador meu. Somos um grupo de apostolado cibernético. Apoiamo-nos mutuamente, contra os inimigos/adversários destes debochados fóruns: Avlis, Abelardo, Justino, Justiniano, Abraão, Crisóstomo, Teófilo...

- E o José Luís Silva?
- Bem, não sei bem quem é... Mas se for quem eu penso que é, está em retiro espiritual...

- Conheces o Alef?
- É o diabo feito gente.

- E o taliban?
- É gente feita diabo.

- Não tens defeitos?
- Ninguém é perfeito.

- Romeiro, quem és tu?
- Ninguém.

Nobody is perfect. But who wants to be Nobody?

Alef

Alef

És contra as festas populares?

Queres regular as mesmas?

Se calhar criar uma Comissãozinha no episcopado para as festas populares? Ou outro orgão qualquer (de preferencia colegial e ecuménico, não vá o tradiçcionalismo - essa danada fé morta dos vivos, querer impor as suas regras)

Eu da minha parte confesso que acho que é das realidades mais ricas da nossa cultura nacional.


Pedro B

Romeiro


Meu amigo, adorei o que escreveste. Continuamos nossa caminhada.

Neste mes de Maio, pedimos a "Maria" que interceda por nos!!!

Caro Alef,

Confesso que há já muito tempo não me ria tanto com uma mensagem aqui do Fórum, como com a tua última :-)

Vejo que estavas bastantes inspirado...

Luis

Zéca,

Para te dar a minha opinião, posso-te dizer o seguinte: Penso que as Festa Religiosas Populares têm aspectos muito positivos e outros que nem por isso.

O aspecto talvez mais positivo, na minha opinião, é a celebração de um acto religioso em comunidade, num ambiente de festa, partilhado e vivido por toda uma comunidade. Todas as manifestações religiosas que saiem das quatro paredes das Igrejas, que normalmente acontece nas Festa Religiosas, é saudável e uma forma positiva de de divulgação do Evangelho.

Agora, é necessário ter-se a certeza que se trata de Religião, de Deus, ou de outra coisa qualquer. Não me lembro bem qual é a terra do centro/norte de Portugal, mas lembro-me de ver uma reportagem nas notícias da RTP1 sobre uma festa popular, em que cada criança tem que levar uma galinha preta e passar debaixo do andor do santo ou da santo (não me lembro) por três vezes. E depois da missa, é necessário dar três mergulhos no mar para afastar os maus olhados, demónios e restantes "familiares".

Pergunto: Isto é Religião ou superstição?

Não duvido da fé piedosa de muitos quantos por este país fora vivem de forma muito intensa, todas as suas festas locais, normalmente, em honra do padroeiro da Paróquia. Mas quantas vezes esta devoção ao santo da Paróquia não faz esquecer a relação directa com Deus?

Luis

Luís, quando as "musas" são boas é o que dá... ;-)

Alef

PS.: Para quem não tiver notado, as duas primeiras frases do diálogo que aqui apresentei ("Romeiro, quem és tu? - Ninguém.") são um extracto famosíssimo da peça de teatro Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett.

nem todos são ignorantes, ó alef..

Luis

Concordo e desconcordo consigo. Devia envolver-se mais nas depesas duma igreja e depois, fale!
a EDP paga a luz das igrejas? O vinho e outras despezas, quem as paga? Vai um padre dar aulas e do dinheiro dele paga as despesas da igreja?

Bem, se as festas religiosas servem para pagar despesas... então também sou contra. É quase o mesmo que termos vendilhões no templo...

Hugo

É muito interessante o debate acerca das festas religiosas, devemos definir o ponto principal: o problema é o dinheiro ou o que se faz com o dinheiro? se for o dineiro, uma festa que se diz religiosa nunca pode primar pelo lucro, mas também e principalmente pelo lado religioso e espiritual de cada um fiel peregrino que lá aparece. Se estamos falando do uso do dinheiro, Jesus vivia de donativos, se não fosse assim, para que teriam judas como tezoureiro (aquele que guardava a sacola do dinhaeiro) contudo, o dineiro não era usado somente em causa própria mas principalmente para a comunidade, as necessidades de nossas comunidades devem ser as necessidades de uma boa evangelização, tanto no que tange a subsidios materiais como no que tange a subsidios espírituais.

No entanto, penso que há aspectos das festas religiosas que lhes dão mais de positivo do que de negativo.

O problema é que, em muitos locais, fruto de uma tradição muitas vezes secular, a organização destas festas está entregue aos tais "mordomos" que muitas vezes nem se chegam à porta da Igreja. E, daí, vemos os tais abusos que dão à festa um carácter que é tudo, menos religioso.

E é claro que os Padres deviam intervir... mas isso é quase o mesmo que acabar com os touros de morte em Barrancos. As pessoas sentem-se castradas... Enfim.

O importante é que as comunidades saibam dedicar, aos aspectos religiosos destas festas, o tempo e atenção necessários para os fazer sobressair e para que sejam estes os aspectos centrais...

Eu também acho mal que, em muitas terras, a Nossa Senhora, ou o próprio Cristo tenham de competir com as Mónicas Sintras e os Clementes... Mas, (bolas!) não é preciso muito para lhes ganharem aos pontos!!!

Numa perspectiva da NOVA EVANGELIZAÇÃO, será que estas procissões e outras manifestações de religiosidade popular não precisam de ser renovados, revisitados e, até, aproveitados? Dando-lhes beleza, qualidade, eclesialidade... É isso que o Sr Patriarca pede na Carta Pastoral: Pegar no que temos e ver o que lhe falta. E, assim, falar de Jesus.

Hugo

Devemos contar com a maturidade e responsabilidade das comunidades, contudo os sacerdotes, que têm o munus de reger aquela parcela do povo de Deus deve intervir, tolhir todos os abusos e restaurar o que há de fé e de Santo nas manifestações publicas de fé. tambem não é bom que se misture o sagrado ao profano, ou seja, levar cantores populares, com suas musicas populares para dentro das atividades religiosas, ninuem vê um show de rock ser aberto por uma ave-maria...