O judaísmo nunca duvidou que o trunfo do bem sobre o mal será o resultado final do drama da história humana.

Muito disso está relacionado com a figura do Messias. A palavra "mashiach" significa "ungido" e foi utilizada em tempos bíblicos por vários indivíduos , reis , sacerdotes, profetas , que eram considerados como divinamente comissionados para uma missão sagrada.

No entanto , a expectativa messiânica judaica foi flutuante. Por vezes, ela naturalmente tendeu a aumentar de intensidade, em épocas de severa perseguição e sofrimento ; então, às vezes, isso fazia surgir um movimento messiânico.

A figura do Messias no judaísmo é a do homem que deveria ser mandado por D-us para restaurar Israel e reinar justamente e corretamente toda a humanidade. Jesus é considerado um messias pelos cristãos e o nome "Cristo" significa messias em grego.

Pelo judaísmo, o Mashiach será um rei descendente de David, que se erga e se aprofunde no estudo de Torá, se ocupe dos mandamentos como o seu ancestral David, seguindo a Torá escrita e a oral, que induza todo o povo judeu a andar nelas, a reforçar suas brechas e a guerrear as guerras do Senhor: este provavelmente será o Mashiach. Se ele fizer tudo, e for bem sucedido e construir o Templo Sagrado no seu devido lugar, reunindo o povo judeu, será o Mashiach com certeza, e restabelecerá o mundo todo, fazendo todos servirem a D-us.

Todo aquele que não acredita nele ou que não espera pela sua vinda, não renega apenas os outros profetas da Torá, mas a própria Torá e Moshe Rabenu, pois a Torá garantiu a sua vinda como está escrito: "...Então o Senhor Teu D-us mudará tua sorte para melhor e se compadecerá de ti... e te reunirá de entre os povos nos quais te havias dispersado (Deuteronômio 30:3-5).

Não pense que nos tempos do Mashiach algo da natureza do mundo será anulado ou que surgirá alguma inovação na criação - o mundo seguirá seu rumo normal. Porém, o que está escrito em Isaías - "Então o lobo morará com o cordeiro, e o leopardo se deitará com o cabrito"- é apenas uma metáfora, uma analogia; significa que o povo judeu poderá habitar com segurança entre os gentios perversos, que são comparados ao lobo e ao leopardo, pois todos voltarão à verdadeira fé e não roubarão e nem destruirão.

Em relação ao Mashiach todas as menções são parábolas e só nos dias do Rei Mashiach todos ficarão sabendo a que se referia esta parábola e qual era a alusão.

Disseram os sábios: Não há diferença entre os dias de hoje e a época do Mashiach, a não ser no tocante à nossa submissão aos outros povos. Segundo os profetas, parece que no início da Era Messiânica haverá a guerra de Gog e Magog, e antes dessa guerra erguer-se-á um profeta para endireitar os judeus e preparar os seus corações para D-us. Tudo isso e todas as coisas ocultas para os próprios profetas; a seqüência dos fatos e seus detalhes não são princípios básicos da nossa fé; também não se deve calcular datas para a sua vinda; é preciso esperar e ter fé.

Nos dias do Mashiach, quando se estabelecer seu reinado e todos os judeus se juntarem a ele, estão ele - pela Inspiração Divina - estabelecerá a linhagem correta de cada um. Daqui se deduz que é através da Inspiração Divina que se estabelece o status das linhagens.

Os sábios e profetas não anseiam pela época do Mashiach para dominarem o mundo, nem para submeterem os povos, nem para serem elevados pelas nações; tampouco o fazem para comer, beber ou alegrarem-se, mas para estarem livres a fim de possam dedicar-se à Torá e sua sabedoria sem que haja opressão que os interrompa.

Nessa época não haverá fome, nem guerra, nem inveja, nem concorrência - o bem será abundante, os deleites estarão disponíveis como o pó da terra. Não haverá outra ocupação no mundo a não ser conhecer D-us, apenas. Por isso, o povo judeu terá grandes sábios e conhecedores das coisas ocultas, que captarão o saber do seu Criador de acordo com a capacidade plena do intelecto humano, como está escrito: "porque a terra ficará plena do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar...".