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Re: Doação de Orgãos e ressurreição
Escrito por: paula (IP registado)
Data: 21 de April de 2004 16:01

ó história, já sei que teoricamente preferes morrer a receber um orgão doadao ou uma transfusão de sangue... mas isso é só teoria, pois em verdade te digo que se estivesses mesmo para morrer e precisasses de uma transfusõa ou de um rim para te salvares tudo farias para o conseguir...

O poder do coração
Escrito por: Pecados (IP registado)
Data: 21 de April de 2004 16:27

Entrevista
Paul Pearsall


Segundo o dr. Paul Pearsall, as células têm memória e o coração carrega um código energético especial, que nos conecta com os demais seres humanos e com o mundo à nossa volta. De certa maneira, sua teoria explica por que muitos transplantados – como ele mesmo pode comprovar – passam a manifestar traços da personalidade do doador.

Por Fátima Afonso



PLANETA – Pesquisas científicas recentes sugerem que o coração pensa e que as células têm memória, havendo uma relação entre esses dois processos. Explique-nos, em linhas gerais, de que forma isso se dá.
Paul Pearsall – O fato de que as células têm memória é uma lei básica da natureza. Mesmo os mais simples organismos unicelulares lembram como se movimentar, encontrar alimento, fazer sexo e evitar os predadores. Os cientistas chamam isso de “memória da função”, mas, se uma célula pode lembrar, é bem provável que muitas células juntas poderiam ter “memórias” mais complexas e elaboradas. As células do coração são as únicas células rítmicas. Elas pulsam mesmo quando estão fora do corpo. Não é insensato sugerir que milhares de células do coração ressoando juntas e expostas a bilhões de células do sangue que passam pelo coração, a cada segundo, podem conter memórias.

Divulgação

Um dos hormônios do corpo associado com a memória é a substância chamada acetilcolina. A falta das moléculas dessa substância é verificada na doença de Alzheimer, na qual a função de memória se encontra gravemente diminuída. Na memória existe também uma “eletricidade”. O DNA do nosso corpo que contém o nosso código genético age como uma espiral de cobre, permitindo que os nossos genes transmitam códigos elétricos entre si. O coração gera um campo eletromagnético de cinco mil milivolts. O coração é capaz de emitir freqüências de onda de rádio, e ele fala com o cérebro através de uma substância chamada ANP, Peptídeo Naturético Atrial (Atrial Naturetic Peptide), descoberta no coração. A força eletromagnética do cérebro é cerca de 140 milivolts, portanto, a energia codificadora elétrica do coração é forte. As nossas células, os nossos genes, as substâncias no coração e a eletricidade do nosso corpo gerada primariamente pelo coração se combinam para ajudar a fabricar e armazenar as memórias.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, transferiram as memórias de vermes. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia mostraram que um único elétron podia alterar as memórias de nossos genes. As células do coração, colocadas próximas a outras células do coração, se comunicam entre si e entram juntas numa batida rítmica. As células do coração retiradas por biópsia de um paciente e colocadas num prato de laboratório vibraram mais rápido quando seu doador estava sendo testado numa esteira ergométrica, num aposento no fim do corredor, bem distante do lugar onde suas células estavam sendo observadas. Existem dezenas de fascinantes descobertas em pesquisas que indicam o princípio de que estamos ligados de uma maneira que ainda não entendemos. As questões da memória celular e dos transplantados que recebem as memórias e as características de seus doadores são exemplos da emergência de ciência mais integrativa que esteja disposta a estudar questões que antes ridicularizava.

PLANETA – Além de memórias dos nossos ancestrais, as células poderiam carregar também “lembranças” de vidas passadas?
Paul Pearsall – A questão das memórias de vidas passadas é muito interessante. Se por um lado tem havido muita publicidade sobre reivindicações de pessoas de que elas foram um rei ou uma rainha ou outra figura histórica bem conhecida na sua “vida passada”, tem havido também pesquisas muito cuidadosas, que levantam muitas questões sérias e interessantes sobre essa possibilidade. O dr. Ian Stevenson, da Universidade de Virgínia, viajou pelo mundo por quase 40 anos para documentar mais de dois mil casos de crianças pequenas que afirmam recordar-se de vidas passadas. No Havaí, onde nasci, acredita-se que nossos ancestrais estão sempre conosco e dentro de nós. Acreditamos, e a ciência o demonstra, que nossas células carregam os códigos daqueles que vieram antes de nós.

Para os cientistas, uma das coisas mais difíceis de aceitar é a idéia de que a separação e os limites são ilusões. Todos nós somos de fato Um e conectados em muitos níveis. Não importa se nosso cérebro presta atenção ou não, nossas células lembram de onde viemos. Cabe a nós prestar atenção a isso.

PLANETA – Diante das descobertas da cardioenergética, podemos dizer que o coração é o maior responsável pela nossa saúde, e não o cérebro, como propõe a psiconeuroimunologia?
Paul Pearsall – Como o psicólogo Abraham Maslow afirmou, a saúde é uma questão de ser, não de fazer. “Quem” somos é primordial para o nosso bem-estar. A medicina moderna tem uma orientação muito mecânica. Ela busca explicações concretas e singulares. Não há dúvida de que o cérebro não está realmente na nossa cabeça, mas no corpo todo. As células do estômago e do coração falam com o cérebro tanto quanto o cérebro fala com o nosso corpo. O coração é muito mais do que um mecanismo bombeador. Ele não está a serviço do cérebro, mas é um parceiro para formar com ele nossa organização interna de manutenção da saúde. O coração secreta hormônios, como o ANF, que ajuda a regular todo o sistema do nosso corpo. O coração bem como o cérebro é um órgão hormonal. A questão em saúde não é “a mente sobre a matéria”, mas “a mente é matéria”. Nosso corpo inteiro e todos os seus sete bilhões de células podem pensar, sentir e conectar-se com outras células. Por causa de sua imensa energia eletromagnética e de outras energias, o coração particularmente se conecta com outros corações. A saúde e a cura são questões de compaixão, de ligação e de estar consciente de que nós não “temos” um corpo, mas somos o nosso corpo.

A Via-Crúcis Pós-Doação
Escrito por: Pecados (IP registado)
Data: 21 de April de 2004 16:29

Transplantes


Depois de a família do doador aprovar a retirada dos órgãos, várias questões práticas podem complicar o processo de transplante. Mesmo assim, o Brasil é o segundo país do mundo em número de transplantados.

Por Marília Rodela Oliveira

Sipa-Press

A decisão da família do titã Marcelo Fromer de doar seus órgãos tocou a opinião pública e colocou na pauta do dia questões pragmáticas sobre a doação de órgãos. Como Fromer afirmou a amigos, mais de uma vez, seu desejo de ser doador, a família acatou o pedido e a mídia fez uma ampla cobertura do fato, comprovando que a opção devolveu a esperança de uma vida melhor a quatro brasileiros. O que não ficou claro foram as dificuldades que surgem depois que a família do morto decide pela doação.

O primeiro obstáculo está diretamente ligado aos hospitais, que nem sempre são cadastrados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar de ser obrigatório por lei, algumas equipes médicas preferem não noticiar a morte encefálica à Central de Transplantes Estadual, pois sabem que manter o corpo significa gastos: o coração deve ser mantido por medicamentos, o pulmão funciona com a ajuda de aparelhos e o corpo continua sendo alimentado por via endovenosa. Se a instituição estiver inscrita no SUS, pode receber reembolso nos valores afixados pelo Ministério da Saúde. Caso contrário, nada feito. Por isso, às vezes os funcionários dos hospitais, principalmente os particulares, procuram desestimular a doação.

Se a família insistir, o corpo vai acabar removido em uma ambulância CTI para outro hospital, cadastrado. Lá começa uma investigação detalhada da saúde da pessoa: exames de sangue, observação clínica dos órgãos, etc. Entre a bateria de testes e o transplante em si, o corpo deve ser mantido por, no máximo, 48 horas. O perfil do doador é, então, inserido nos computadores da central, que cruzará os dados e analisará os pacientes da fila de espera mais próximos do tipo sangüíneo, idade, peso e características apresentadas. As prioridades, casos de vida ou morte, também são levadas em conta. Tendo sido dado sinal positivo da Central de Transplantes, as equipes responsáveis pelos pacientes selecionados são chamadas a retirar os órgãos, que, embalados a 0ºC, são levados aos locais em que os transplantes vão ocorrer.

Até aqui algumas perdas já se efetivaram. A primeira acontece quando a Secretaria Estadual de Saúde não fica ciente das mortes encefálicas. Se receber a notificação, um médico ou enfermeiro-chefe de uma das equipes de busca vai in loco verificar o diagnóstico e comprovar se a prova gráfica da morte encefálica foi feita. Por questão de segurança, a doação só acontece após a morte cerebral ter sido checada e, transcorrido um período de seis horas, rechecada. Só a partir daí atinge-se o estágio dos testes. Os órgãos, porém, têm um prazo de validade. Quanto mais sensíveis, mais rapidamente sua qualidade fica comprometida – num corpo mantido por aparelhos, o coração tem vida útil de quatro horas; o fígado, de oito; o rim, de 48. Vinte e dois por cento dos órgãos são renegados porque o corpo é mal mantido; é preciso que uma equipe seja acionada para cuidar dele e, no Brasil, isso é um luxo ao qual nem sempre nos podemos dar. Dos que passam ilesos por este período, alguns são desqualificados nas baterias de exames bioquímicos, 2% são eliminados por serem portadores de alguma doença grave, como HIV e hepatite. Outros 20% são perdidos por causas diversas: falta de equipamentos, aparelhos quebrados e outros detalhes bizarros.

A visão das religiões
Escrito por: Pecados (IP registado)
Data: 21 de April de 2004 17:06

Por Fátima Afonso

O que pensam as religiões sobre o transplante? Quais as conseqüências espirituais para o ser humano que doa ou recebe um órgão? Tendo essas dúvidas como ponto de partida, PLANETA ouviu a opinião de representantes de algumas das mais importantes correntes espiritualistas:

Budismo da Escola Terra Pura
Budismo Tibetano
Catolicismo
Espiritimo
Judaísmo
Presbiterianismo
Teosofia
Testemunhas de Jeová


Budismo Escola : Monge Imai, do Templo Budista Higashi Honganji (São Paulo, SP) –


Dentro da nossa linha, há pessoas contra e outras a favor do transplante. Como ordem religiosa, porém, somos contra.

Por quê?
As pessoas tendem a ver o transplante como uma simples reposição de peças. Outra coisa que se deve considerar é a questão da morte, Antigamente, a morte era detectada através da íris: dependendo da sua dilatação, a pessoa era ou não dada como morta. Hoje, o conceito mudou para beneficiar o ser humano. A morte é dada como cerebral. Os órgãos, no entanto, estão vivos.

Existe também o lado comercial da questão. Em países pobres como o Brasil e as nações africanas, somem muitas crianças. O crime, então, está presente no transplante. Os transplantes beneficiam a classe rica – as pessoas que podem pagam por um órgão. A religião prega a igualdade; se ela for respeitada, seremos a favor do transplante.

Mas, mesmo que a pessoa receba o órgão, ela vai se salvar se não despertar para a vida espiritual? Isso vai significar a sua salvação? Se essa pessoa não acordar para o sagrado, o que adiantará viver mais alguns dias ou anos? O indivíduo precisa mudar, passar por uma reforma interior. O transplante deve levá-lo à necessidade de mudança.

De qualquer maneira, nossa opinião não é absoluta e estamos abertos ao diálogo.
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Budismo Tibetano:
Roque Severino, preside o templo Jardim do Dharma (Cotia-SP) – Fundamentalmente, se a pessoa não autorizou a doação, se não é algo que ela decidiu em plena consciência, então ninguém poderia mexer no seu corpo. Esse é o primeiro passo. O segundo ponto é, se ela decidiu, então a retirada do órgão não pode ser feita imediatamente após a sua morte, como a medicina faz.

Por quê?
Porque, de acordo com a tradição budista, a consciência ainda permanece na pessoa que acabou de morrer; ela pensa que está viva, ou seja, não está oficialmente morta. Nós temos uma ciência um pouco materialista demais, que faz com que a gente pense: “O cérebro parou de funcionar, então a pessoa está oficialmente morta.” Para o budismo, o fato de o cérebro ter parado não indica ainda que ela morreu. Os cientistas pensam que nós somos simplesmente uma máquina, e para o budismo não é bem assim. Somos seres conscientes, e essa consciência permanece além da morte.

Quando a pessoa falece, sua consciência não abandona o corpo imediatamente. E, após um dia e meio, ela retorna ao lugar onde estava trabalhando e à sua casa. Como seus parentes estão tristes, chorando, ela então descobre que morreu. Mas, se por ventura você toca o corpo da pessoa antes desse período, vai estar obrigando-a a ter sentimentos e, na maioria dos casos, muito violentos. Ela se sente molestada e, ao mesmo tempo, não tem como lhe expressar isso. O espírito só se afasta do corpo – e isso depende da vida que a pessoa levou – após ele saber que morreu.

Se vocês não aprovam a retirada dos órgãos antes de 36 horas após a morte, então, a maioria dos transplantes não poderia ser feita, pois muitos órgãos seriam inutilizados...

Sim, a não ser que a pessoa que morreu tenha tido uma prática de generosidade tão grande, foi tão boa que tenha dito: “Não, eu quero que se faça isso.” Mas tem de ser uma decisão muito consciente.

E em relação à pessoa que recebe o órgão?
Ela tem de ser muito agradecida à pessoa que morreu, criando-se aí um laço cármico muito forte. Possivelmente, o defunto vai renascer perto da família dessa pessoa a quem ele doou o órgão.

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Judaísmo:


Max Pinto

Sobel: o dever de salvar uma vida é o mandamento supremo do judaísmo.
Henri Sobel, Presidente do Rabinato da Congregação Israelita Paulista (São Paulo, SP) – O judaísmo considera fundamental o respeito pelos mortos. Nesse contexto, a lei judaica proíbe a mutilação do cadáver e exige que o corpo seja sepultado intacto e o mais breve possível. Essas exigências, entretanto, como todas as leis da Torá (a bíblia hebraica), podem ser postas de lado diante do mandamento supremo do judaísmo: o dever de salvar uma vida. Não pode haver maior tributo aos mortos do que utilizar seus restos mortais para salvar ou prolongar outra vida humana.

Existem, nesse caso, dois requisitos básicos. Primeiro, que o órgão retirado do morto seja transplantado imediatamente para o receptor necessitado, justificando assim o conceito de salvar uma vida. Por exemplo: pessoas na lista de espera são pessoas necessitadas; uma vez que o transplante visa salvar a vida dessas pessoas, ele é não somente permitido, como encorajado. Segundo requisito: que tenha sido dada permissão pelo doador antes de sua morte ou, pelo menos, por sua família após o falecimento.


Marcelo Fromer: doação feita com consciência e bondade.
Quanto à doação de um órgão em vida, a bíblia proíbe a automutilação. De acordo com o judaísmo, ninguém tem, em princípio, o direito de arriscar sua própria vida para salvar outra. No entanto, se for comprovado por uma equipe médica que não existe risco de vida para o doador e se o doador oferecer o órgão de livre e espontânea vontade, o transplante é permitido. Obviamente, qualquer cirurgia acarreta algum risco. Porém, o ponto fundamental é que tal risco seja, na opinião dos médicos, substancialmente menor do que a possibilidade de salvar a vida do receptor.

Judeu só pode doar para judeu?
De jeito nenhum. No caso do Marcelo Fromer houve um mal entendido. Um judeu deve doar para qualquer um, judeu ou não-judeu.

Do ponto de vista espiritual, o transplante teria alguma implicação?
Não, nenhuma. Alguns judeus ortodoxos dizem que, quando o Messias vier, haverá a ressurreição física dos mortos. E, portanto, a doação de órgãos não deve ser permitida. Mas, mesmo nesse caso, os rabinos colocam esse argumento de lado diante do mandamento supremo, ou seja, salvar uma vida.

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Testemunhas de Jeová:

Adilson Campos Lima, Ancião da Congregação das Testemunhas de Jeová (São Paulo, SP) – Como se sabe, as Testemunhas de Jeová, baseadas na obediência à Lei de Deus que se encontra na Bíblia, recusam-se a receber transfusões de sangue. Portanto, desde que o transplante se realize sem a administração de sangue – o que hoje já é possível ocorrer –, o transplante é permitido.

Na verdade, tanto a doação de órgãos como o transplante são questão de foro íntimo; a consciência de cada um é que deverá decidir sobre isso.

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Catolicismo:

Cláudio Gregianin, Vigário-auxiliar da Paróquia Imaculado Coração de Maria (São Paulo, SP) – Olhando para o aspecto de valor moral, a Igreja católica vê a doação de órgãos como uma virtude. Doar um órgão do tipo do rim – vamos chamá-lo de sobressalente, já que a pessoa tem dois e pode ceder um – é um gesto fraterno. O que vai por trás disso é aquele conceito evangélico que diz: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos.”

E quanto à doação de órgãos depois da morte?
A Igreja também vê com bons olhos. Se a vida biológica cessou e os órgãos estão ainda “vivos”, ou seja, aproveitáveis, por que não? Se ele será ou não aproveitável é a ciência que vai dizer.

No aspecto espiritual não haveria nenhuma implicação?
Não, nenhuma.

E como ficaria aquela teoria da Igreja de que um dia nós vamos ressurgir dos mortos? Parece que aí estariam incluídos corpo e alma...

Essa é uma linguagem que pretende anunciar a totalidade. Na verdade, não existe a separação entre corpo e alma; existe um ser humano, com sua personalidade e características próprias. Esse ser total, na fé cristã, é o ressuscitado. Como Deus vai fazer isso? Essa é uma atribuição dele, vamos dizer, um mistério. Deus pode ressuscitar Jesus Cristo, como o fez, também pode ressuscitar os seus discípulos e, na linguagem cristã, irmãos desse Irmão Maior, que é Jesus Cristo. A ressurreição do corpo e da alma significa plenitude. Como não existe divisão, o que ressuscita é o ser humano pleno.

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Presbiterianismo:
Nehemias Marien, Pastor da Igreja Bethesda, da Igreja Presbiteriana Unida (Rio de Janeiro, RJ) – A nossa igreja se baseia nos oráculos de Ezequiel, de oito séculos antes de Jesus nascer, para fundamentar o seu desenvolvimento nesse processo de doação de órgãos. Nós patrocinamos, inclusive, a inauguração de uma clínica de nefrologia em Rondonópolis (MT) e favorecemos aqui no Rio de Janeiro uma campanha de doação de órgãos, fazendo camisas com esta frase já conhecida no mundo todo: “Doar órgãos é o último ato de amor.” A Igreja presbiteriana tem esse sentimento de solidariedade, estimulando a doação de órgãos. O texto básico que fundamenta a nossa posição sobre isso é o enxerto espiritual. Isso significa que o povo de Israel – que na Bíblia fundamenta a experiência de um povo gerado no cativeiro com uma mensagem redentora – prefigura uma figueira brava e nela é enxertada a figueira da fé no judaísmo. E isso vem claro nesse texto bíblico: “Assim diz o Senhor: arrancarei de dentro de vós o vosso coração de pedra e colocarei um coração de carne para transplantar nele o meu espírito e nele escrever as minhas leis.” Isso está nos oráculos de Ezequiel, no capítulo 36, versículo 26.

Haveria alguma conseqüência para o espírito do doador?
Não, não haveria, porque é um transplante físico, do corpo, da carne, e o espírito ficaria inatingível. Podem haver quaisquer mudanças no corpo – a perda de uma perna, um transplante de coração, etc. – e a situação espiritual não se altera.

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Teosofia:

Florence Durand/Sipa-Press

Transplantes: para Lindemann, por um tempo o duplo etérico é afetado.
Ricardo Lindemann, Presidente Nacional da Sociedade Teosófica no Brasil (Brasília, DF) – O teosofista estuda, basicamente, religiões comparadas – é uma filosofia das religiões. E os textos de religiões antigas não falam a respeito do transplante. Essa é uma tecnologia relativamente moderna. Lembrando que a Sociedade Teosófica baseia-se no princípio da liberdade de pensamento, a minha opinião não representa a autoridade da posição da teosofia. Eu vou falar em termos pessoais.

Em princípio, não temos nada contra. Mas eu vejo que há uma tendência no pensamento teosófico em favor do vegetarianismo, (embora nenhum membro da sociedade seja obrigado a ser vegetariano), que, de um modo geral, resulta da visão teosófica de evolução da vida em diversos meios. Uma das coisas que nos preocupa é todo o sacrifício de animais que se faz para que essas pesquisas sejam feitas. Geralmente, muitos bichos são agredidos, e já começa até a se fazer misturas de genes para que certos animais se transformem em virtuais doadores de órgãos para os humanos. Isso pode chegar a certos limites de crueldade que eu, eventualmente, questionaria.

Em princípio, temos uma inclinação vegetariana para não causar o sofrimento aos animais. Mas também porque, quando se ingere a carne do animal, por exemplo, o duplo etérico (que é a cópia do corpo físico, sua parte sutil, onde estão os chacras e circula a energia vital) é afetado. O duplo etérico é formado por tudo que ingerimos, pela alimentação e, eventualmente, por um transplante. Se há um transplante entre seres humanos, eu acredito que, pelo menos por um tempo, o duplo etérico será afetado pela natureza e índole do órgão transplantado e da pessoa que o tinha.

Por outro lado, nos inclinamos a crer que doar os órgãos pode ser benéfico para outra pessoa. De repente, o transplante ainda é uma saída para que ela continue uma tarefa útil... À primeira vista, se as doações forem voluntárias, não nos parece haver problemas. Uma outra preocupação que me surge, às vezes, é se eventualmente nós não devemos ficar muito atentos ao surgimento de um possível mercado negro de órgãos. Parece já haver indicativos disso. Mas isso já não é uma conseqüência derivada do transplante em si. De qualquer maneira, eu acho que continua existindo uma concepção materialista da nossa medicina, que, de certa forma, enxerga o homem apenas como uma máquina pra trocar peças numa oficina. Em vez disso, deveria ser investido mais em processos de cura prânica, magnética, em acupuntura, homeopatia, etc., ou seja, em técnicas alternativas que trabalham mais com a cura do ser humano de um ponto de vista integrado.
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Espiritismo:

Kleide Teixeira

Martha Gallego: a pessoa deve estar preparada para doar os órgãos.
Martha Gallego Thomaz, diretora do Grupo Noel (São Paulo, SP) – Como médium, temos observado que, quando a criatura está preparada e oferece o órgão, isso faz muito bem para quem recebe e para quem dá. Mas tirar o órgão sem o espírito estar preparado causa dor. Trabalhamos muito tempo no pronto-socorro do plano espiritual e atendemos muitos espíritos desesperados porque haviam arrancado seu coração. Então, a pessoa tem de estar preparada. Por exemplo, o Marcelo Fromer, aquele músico que sofreu um acidente e ofereceu seus órgãos, saiu rindo do hospital. Ele estava consciente, deu uma adormecida rápida, e, quando seus restos entraram no cemitério, ele disse: “Não, aqui não é meu lugar.” E foi embora.

Acho, porém, que é preciso cautela. Há poucos meses, eu li uma matéria na qual se dizia que os cientistas ingleses já perceberam que a criatura em coma sente dor. Eles estavam fazendo um projeto para anestesiar a pessoa que vai doar o coração. Porque, mesmo em coma, o indivíduo tem consciência daquilo que está se passando à sua volta. Se faz a doação em vida, ele se prepara para aquilo; quando não, o espírito entra em sofrimento.

Algumas correntes religiosas acreditam que, quando a pessoa reencarna, é feita uma espécie de engenharia genética para ela. Isso não teria conseqüências para quem recebe o órgão?

Sim, tem uma conseqüência. No livro Memória das Células, você vê isso. Em um dos casos ali relatados, por exemplo, havia uma criança que guardou a sensação do próprio assassinato, e isso fez com que a criança que recebeu o seu coração reconhecesse o assassino.

Paul Pearsall, autor do livro, diz que isso se deve ao código energético do coração...

Acontece que o código do coração é o código espiritual. Às vezes, o nosso raciocínio briga com a nossa emoção; diante de num problema cerebral, a pessoa esquece algo momentaneamente, mas o que sente ela não esquece. Então, o código do coração é uma coisa muito importante.

Pearsall conta o caso, por exemplo, de uma moça que recebeu o coração de uma prostituta e sofreu uma mudança no comportamento sexual. O que significa isso para a senhora?

Que o espírito está por perto. Ele influencia o receptor. Se a criatura fosse perfeita teria doado o órgão e ido embora. O Marcelo Fromer não era perfeito, mas era uma criatura boa, e ele doou seus órgãos conscientemente. De qualquer maneira, o receptor do coração pode vir a gostar das pessoas que o Marcelo gostava, porque a nossa emoção está muito impregnada no músculo cardíaco.
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Sem ir atrás das opiniões alheias, neste caso, das igrejas e do vaticano, que pensa sobre este assunto. O que o seu coração diz-lhe, neste momento?

Re: Doação de Orgãos e ressurreição
Escrito por: paula (IP registado)
Data: 21 de April de 2004 18:00

diz-me que o que escreveste é uma grande idiotice

Re: Doação de Orgãos e ressurreição
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 30 de April de 2006 18:50

Eu não gostaria que retirassem os meus órgãos para fazerem um transplante noutra pessoa, mas também não vou proibir isso.
Deixo isso à responsabilidade de quem faz isso.
Contudo, YHWH (DEUS) não precisa do nosso corpo mortal para nos dar um novo corpo incorruptível, na ressurreição.
Quanto à ressurreição aconselho que leiam 1 Corintios cap 15.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.




Editado 1 vezes. Última edição em 30/04/2006 18:51 por Manuel Pires.

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