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Re: E os padres?
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 08 de August de 2002 07:57


Pois é Lugo, eu também gosto do nome "Nós Somos Igreja", foi isso que atraiu ao movimento. Mas assim que tive a oportunidade de ver o ambiente meramente liberal e legalista que se vive, tive de reprovar (com a autoridade que é devida a um cidadão e a um católico) a sua atitude.

Mas será que faz algum sentido um movimento (não reconhecido e condenado pela Igreja) proclamar "Nós Somos Igreja"? E eu, que não faço parte dele? Não somos todos? Logo, o projecto torna-se caduco logo aí. Formem um chamado "Vamos Ser Igreja" e estou lá! Porque a Igreja realiza-se, materializa-se, faz-se em cada dia e nos nossos dias existe uma tremenda necessidade de virmos a ser o que já somos, católicos. Tal como para além de sermos pessoas, continuamente nos tornarmos pessoas. Quando a Igreja se vai acomodando, torna-se necessário renová-la.

"Maiores pecadores" refere-se à "quantidade" e "qualidade" do pecado, em termos comparativos, se condenamos algo. Se condenamos o abuso de uma criança durante cinco minutos, condenamos ainda mais o abuso de cem crianças durante cinco anos, ou não é? Também se deve à origem do pecado, ou seja, quem é mais culpável para que o pecado tenha acontecido. Daí, se são os teólogos liberais, leigos e padres que ensinam nos seminários, aqueles que ensinam tudo ao contrário e admitem as pessoas erradas, são esses os maiores culpados, seguramente. O resto são consequências mais que previsíveis. Se eu aponto uma pistola à cabeça e depois primo o gatilho, morrendo como consequência, a culpa é da arma? Não é minha e talvez de quem a deixou ao meu alcance. Comparando, podemos indicar que são também culpáveis os bispos, que mais ou menos inocentemente o deixaram acontecer, deixaram as "armas" à disposição, ou seja, deram bandeira branca aos liberais. Está na hora de as trancar no armário e atirá-lo fora. Logo, há que deixar padres hetero e homossexuais promíscuos de fora dos seminários, ensinando neles a viver em intensa santidade. É de santos que a Igreja precisa.

O "grande erro" foi a permissividade, que se instalou um pouco por todo o lado na América! Assim que os primeiros casos começaram a acontecer, procurou resolver-se o assunto internamente. Realmente, a situação estava já tão descarrilada, que sucedeu o que sucedeu... Depois, os jornalistas ainda descobriram mais umas unidades de pedófilos aqui e ali noutros países, onde os conseguiram pinçar. Penso que se contam em menos de uma dezena, tanto quanto me foi dado a conhecer...

Julgamentos rápidos nunca fizeram justiça a ninguém, e avaliar uma conjuntura como a que se verifica na América do Norte levianamente, imaginando em menos de um minuto respostas aos porquês é desonesto intelectualmente, faltando à verdade.

É preciso ter atenção a isso, seja sobre o que for.

João

Re: E os padres?
Escrito por: Ana paula (IP registado)
Data: 08 de August de 2002 18:47

Ao longo deste debate e de outros, continuo a espantar-me com alguma terminologia utilizada pelo João Oliveira. Heréticos, liberais, dissidentes são os adjectivos mais utilizados para classificar quem não concorda com as ideias do joão sobre o que é ser católico...
Daqui a pouco o registo deixa de ter este tom de debate meramente intelectualóide...
è impressão minha ou cheira-me a fogueira???????????? Andará o Torquemada a passear na net?:)
Já agora O Vaticano, na figura do ilustre Ratzinger acaba de excomungar seis mulheres que tiveram a suprema ousadia de ser ordenadas sacerdotes por um bispo dissidente... (E se calhar herético, liberal, etc, etc...)
Como compreendo bem as purgas do PCP... qual liberdade de opinião qual carapuça...

poR ESTAS E POR OUTRAS É QUE AS PESOAS ESTÃO CADA VEZ MAIS DESLIGADAS... e DEPOIS PREOCUPAM-SE COM AS SEITAS, OS TAROTS, OS VIDENTES....

Re: E os padres?
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 09 de August de 2002 01:34


Oh Ana, quais "estas e outras"? Se se é liberal, dissidente, etc., é o que se é e pronto.

Existem outras igrejas desde que a liberdade de expressão começou, sabe? Pode mudar-se assim que quiser. Tem a Igreja Lusitana, a Ortodoxa, etc.. Não use (estupidamente - ou seja, sem proveito para ninguém nem para si) argumentos populistas como a "perseguição da Igreja" comparando-a com tempos em que nós, a Igreja mais tolerante e caridosa que jamais existiu, fazíamos a justiça como era próprio da altura.

Esteja descansada que as fogueiras acabaram desde há muito tempo e para sempre. Agora, o máximo que lhe podemos fazer é a excomunhão. Quer tirar isso também? Está muito enganada. A Igreja tem a autoridade do Magistério instituído por Deus. E não a autoridade da senhora Ana Paula.

Tenhamos comentários com sabedoria e não de revolta insensata...

João

Re: E os padres?
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 09 de August de 2002 15:52

A Igreja mais tolerante e caridosa que jamais existiu...
Não se esqueça que o actual Papa, que muito respeito e admiro, pediu ultimamente muitos perdões pelos múltiplos crimes contra a
humanidade cometidos por esta mesma igreja.... pediu perdão aos judeus, massacrados pela inquisição, pediu perdão pelo silêncio do holocausto... E foi o Papa!!!!!!!!!!!!

Aliás, esta posição de humildade e pacificação, nada tem a ver com o teu discurso, Em boa verdade se calhar não és um verdadeiro cristão... porque todo o teu discurso se resume em ódio, intolerância e orgulho. Não vou responder mais ás tuas idiotices, Vê lá se tiras férias. De preferência na Igreja lusitana, que eu nem sei o que é.


ana

Re: E os padres?
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 10 de August de 2002 12:54


Exactamente, já viu quão tolerantes e caridosos somos? Quem é que pede desculpa pelos seus erros? Os comunistas? Os nacionais-socialistas? Os protestantes? Os árabes? Não... mas os católicos pedem. E depois são acusados por admitirem isso, por pedirem perdão!! Que ridículo... Acha que depois de termos pedido perdão, iremos voltar a fazer o mesmo? Humm... Seria ainda pior, não? Pois é, ainda bem, mais responsabilidades nos atribuímos a nós próprios

E está errada, o Papa não pediu desculpa por nada em relação ao Holocausto, até porque NÃO houve silenciamento nenhum. De facto, ouve muitos zumbidos a esse respeito, de que se devia ter explicitado claramente o Holocausto, mas é claro que tal consideração não era devida. O único problema que ocasionou essa confusão de associar o Papa Pio XII foi o apoio por ele dado ao partido Nazi quando este começou a ganhar importância e ainda mal se suspeitava do que Hitler tinha em mente, como forma de lutar contra o comunismo da União Soviética. Mas esse apoio foi revogado logo depois e transformado em condenação... Foram perseguidos e mortos 3 milhões de católicos polacos... Queriam que salvássemos o mesmo número de judeus que aquele que não conseguimos evitar em relação aos da nossa confissão? Pois é, salvámos uns 860.000 judeus! Enchemos a Guarda Suíça e o Vaticano com eles, além de os escondermos em conventos e mosteiros. Ah! E não sei porque temos tão boas relações com os judeus, se fomos assim tão maus para eles. Quanto a eles não há grandes queixas, apenas alguns menos caridosos e anti-católicos. Já para não falar das dezenas e dezenas das notícias veiculadas pelo New York Times em que o Papa e o restante episcopado condenaram abertamente o Holocausto, prova mais que evidente que o Vaticano condenava o regime e bem alto. Em especial é conhecido um episódio marcante na Holanda, onde os bispos condenaram veementemente a invasão. Olhe, Edith Stein, Santa Teresa Benedita da Cruz, carmelita de ascendência judaíca, foi capturada lá num convento, depois de já ter fugido da Alemanha, sendo morta nas câmaras de gás de Auschwitz. Assim, também não perceberia porque é que, já depois da guerra, o chefe rabi de Roma se converteu ao Catolicismo e mudou de nome para Eugenio, em homenagem ao Papa Pio XII, com o mesmo nome... Estranho que tenha sido assim, não lhe parece? Para que é culpamos o Papa?? A culpa é dos nacionalismos exacerbados e das filosofias de Marx, Engels, Nietzsche, Estaline, Heidegger... Até já Fiódor Dostoiévsky nos tinha avisado onde essa ideia do "super-homem" nos iria levar, em "Crime e Castigo". Se lerem artigos de Hannah Arendt também encontrarão algum esclarecimento sobre a questão.

Eu gostava muito que desvendasse onde no meu "discurso" existe alguma alusão ao ódio, intolerância e orgulho que diz que são meus. E gostava que pensasse bem se essa sua retaliação sem fundamento não se baseia numa incapacidade argumentativa que vem manifestando.

Isto sim, parece-me ofensivo:
«Não vou responder mais ás tuas idiotices, Vê lá se tiras férias. De preferência na Igreja lusitana, que eu nem sei o que é.»

Tenho pena de ter de levar com isto, mas cá estou sempre à espera que me explique porque é que inventa essas coisas a meu respeito.

Por favor, reconsidere e retomemos o diálogo. Não são necessárias "birras", típicas de "crianças".

João

Re: E os padres?
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 10 de August de 2002 17:51

Edith Stein, canonizada recentemente teve um percurso de vida interessantíssimo. mulher inteligente e culta, pugnou activamente em causas socias, comparticular relevo para as questões da igualdade das mulheres.


ana

Re: E os padres?
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 13 de August de 2002 06:40


Mais uma vez deixou as suas posições voarem para a insignificância e despropósito, sem se dignar a defendê-las com estruturação. Isso demonstra quão irreais são, e depois ainda diz que os outros é que são absurdos. (como é que alguém ainda se atreve a dizer que a contracepção é que é solução...)

Que interessante achar (aparentemente) exemplar a vida de Edith Stein... "Igualdade das mulheres", ou precisamente, dignidade e valorização da importância e vocação do género feminino, foi um dos contributos intelectuais dessa grande senhora. Já que a Ana pugna tanto por isso, aconselho-a a dar um salto à página na Internet da "Edith Stein Foundation", Fundação Edith Stein, e veja o que se promove. Esta fundação é bastante recente, não posso confirmar mas parece-me que terá sido formada depois da canonização, ou seja, terá menos de 4 anos. Interessante será ler "Who is Edith Stein?", para que veja o que foi verdadeiramente esse feminismo de uma pessoa tão culta e lutadora como ela... além de ela mesma ser mulher. Também "The Psychology of Contraception" e "Theological Perspectives" a ajudarão... Saiba que os objectivos dela, cientificamente demonstrados desde há 5 anos e em contínua investigação, é o de esclarecer um aparente "síndroma da contracepção". Para acabar com a SIDA, olhe o que quer promover: ser contraproducente e criar mais terríveis complicações às mulheres...

[www.the-edith-stein-foundation.com]

Falarei sobre ele no tópico "A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!". Não deixem de prestar atenção.

Aliás, o melhor seria colar lá aquele penúltimo artigo, ainda que em inglês, que é escrito por um psicólogo clínico envolvido na fundação... Certamente que a Ana ainda se atreverá a refutar o que um especialista diz com bastante clareza, profissionalismo e fundamentação... Gostava que o fizesse com a mesma competência, se tiver mesmo razões para isso. Por favor, leia-o em privado (The Psychology of Contraception) e depois pense bem e não tenha receio em continuar a pugnar pelo feminismo, desta vez de forma bem mais completa.

Re: E os padres?
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 13 de August de 2002 06:42


Já agora, para que não escape a notícia de que o número de vocações em Portugal está a aumentar, contrariando uma tendência que se instalou, e prometendo num futuro próximo uma maior disponibilidade sacerdotal. Mas seria interessante comentar um indicador contraditório: diz-se que "as matrículas nos seminários estão a diminuir", depois de dizer que "na última década registaram-se 475 ordenações, contra 315 na década de 80 e 284 na de 70.". Mais adiante diz-se ainda: "Se os anos 70 marcaram a primeira ruptura, pela negativa, com 284 ordenações contra 453 NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS da década anterior, os anos 90 representam, pela positiva, um regresso a índices semelhantes aos que se verificaram antes do 25 de Abril de 1974."

Como é que isto é sinal de uma diminuição das matrículas nos seminários? Então, que termo de comparação estão a usar? Que "o aumento das ordenações não supera as baixas por óbito e aposentação" é perfeitamente aceitável, mas isto parece (à primeira vista) obviamente contraditório.


MAIS JOVENS NO SACERDÓCIO
2002-08-11 11:05:08

A opção pelo celibato está a aumentar entre os jovens portugueses e na década de 90 foram ordenados mais 160 padres do que na de 80, de acordo com as estatísticas oficiais da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).

Não obstante a falta de padres ser uma realidade em quase todas as dioceses, o que traz preocupado o episcopado, na última década registaram-se 475 ordenações, contra 315 na década de 80 e 284 na de 70.

A diocese de Lamego, por exemplo, acolheu ontem cinco novos presbíteros, o que é um sinal de esperança para a Igreja Católica Portuguesa, a braços com diversos indicadores negativos: as matrículas nos seminários estão a diminuir, as entradas nos institutos religiosos são cada vez menos e o aumento das ordenações não supera as baixas por óbito e aposentação.

"Temos procurado sensibilizar os vários sectores da pastoral e pedir à catequese, aos que trabalham com os jovens e às famílias para falarem na dimensão vocacional", disse ao Correio da Manhã o bispo D. Gilberto dos Reis, presidente da Comissão Episcopal para o Clero, Seminário e Vocações.

Na verdade, desde os anos 60 que o acesso ao presbitério não era tão procurado pelos jovens portugueses. Trata-se de um balão de oxigénio indispensável para uma Igreja que luta para adaptar-se a uma sociedade em mudança, onde o sucesso individual é privilegiado.

Se os anos 70 marcaram a primeira ruptura, pela negativa, com 284 ordenações contra 453 nos últimos cinco anos da década anterior, os anos 90 representam, pela positiva, um regresso a índices semelhantes aos que se verificaram antes do 25 de Abril de 1974.

Esta tendência de crescimento ocorre sobretudo a Norte do rio Tejo, pois no Sul a crise de vocações continua a ganhar terreno. A estatística dos últimos dois anos demonstra que no Norte e Centro surgiram 46 novos padres, contra apenas 14 a Sul. Em 1994 a mesma relação é de 32 para 6 e em 1998 de 29 para 8.

Aprofundando a análise, contudo, conclui-se que o total de presbíteros em todo o País é insuficiente e continua a cair, devido ao grande número de óbitos, existindo cada vez mais padres com várias paróquias a seu cargo. Na Diocese de Beja, por exemplo, há 117 paróquias e somente 43 sacerdotes diocesanos em serviço pastoral.

Para o bispo D. António Marcelino, vice-presidente da CEP, a explicação reside no enfraquecimento da fé e no abandono de determinados valores fundamentais. "Hoje as pessoas querem o imediato. Tudo o que implica um compromisso definitivo entrou em crise", argumenta. *Com Iolanda Vilar, em Lamego.

A Diocese de Lamego surge como uma excepção à falta de vocações porque, em comparação com outras administrações eclesiásticas, tem ordenado um número considerável de sacerdotes. Ontem, foram ordenados cinco novos padres, numa cerimónia realizada na Sé Catedral de Lamego, presidida por D. Jacinto Botelho, Bispo da Diocese. O Bispo de Lamego considera que, tendo em conta a crise generalizada de vocações religiosas e missionárias, devido a uma série de factores que vão desde "a perda de valores" ao facto de haver cada vez menos nascimentos, as cinco ordenações deste ano, "são um número muito significativo e mais não é do que um importante sinal do nosso esforço".


Os padres casados portugueses continuam à espera que a Santa Sé os autorize a presidir à consagração eucarística, sublinhando que o celibato não faz parte dos dogmas fundamentais da fé católica.

A Associação de Padres Casados (APC), fundada há quatro anos, foi reconhecida pela Assembleia Episcopal Portuguesa em 2001 e conta já com mais de uma centena de membros.
De acordo com o cónego Filipe Figueiredo, assistente espiritual da APC, "um ou outro já não pensa nisso, mas a maioria dos padres casados portugueses está disponível para celebrar missa", como fazia antes de optar pelo matrimónio". O cónego sublinha que se trata de homens que "estão dentro da Igreja, foram autorizados a casar", mantendo a fé que os levou a aceder ao presbitério.

Embora não tenham qualquer exigência perante a Igreja Católica, os padres casados continuam à espera "da hora oportuna e da autorização da Santa Sé" para voltar a presidir às eucaristias.

Segundo o assistente espiritual da APC, "em qualquer momento o Papa pode autorizar" a celebração da missa, pois esta é uma questão "de carácter jurídico", em que "não há fundamentação teológica".

Ao contrário dos sacerdotes celibatários, que têm vindo a diminuir, em Portugal os padres casados passaram de 43 em 1989 para mais de 100 em 2002, revelou Filipe Figueiredo.

Os indicadores que preocupam a hierarquia nacional da Igreja Católica são vastos e o próprio cardeal-patriarca, D. José Policarpo, já disse ser "urgente estruturar uma vasta pastoral das vocações".

Renovar as comunidades religiosas, adaptar o diálogo com os fiéis, aprofundar a iniciação cristã e apostar na divulgação do evangelho são as medidas que os bispos D. António Marcelino e D. Gilberto dos Reis preconizam, de modo a salvar a Igreja portuguesa de uma crise de vocações semelhante à dos anos 70.

O Papa João Paulo II considera a promoção das vocações sacerdotais e das vidas consagradas como uma preocupação prioritária que deve atravessar a Igreja Católica no Mundo.
Na mensagem proferida por ocasião do Dia Mundial de Oração pelas Vocações, a 21 de Abril último, o Santo Padre apelou a "um renovado empenho ao serviço das vocações", que apelida de "bens preciosos".

"Toda a vocação na Igreja está ao serviço da santidade. Todavia algumas, como a vocação ao ministério ordenado e à vida consagrada, fazem-no de modo singular. É para essas que eu convido todos a olhar com particular atenção", referiu.

Sendo "dever primário da Igreja dar acompanhamento aos cristãos pelos caminhos da santidade", o Santo Padre sublinha que os bispos e os presbíteros são os primeiros a quem cabe dar testemunho da dimensão do celibato.

João Paulo II considera que a descoberta de vocações é também "um papel decisivo" das famílias, em especial através da "participação na vida da comunidade cristã" e da "abertura para os outros, sobretudo os mais pobres".

"A escassez de candidatos ao sacerdócio e à vida consagrada, que se regista em alguns contextos actuais, deve impelir a uma maior atenção na selecção e na formação", afirma na mensagem de 21 de Abril sobre "um dos problemas cruciais da Igreja".

Fonte CM

padres
Escrito por: Pe.Iranildo (IP registado)
Data: 29 de April de 2004 17:29



>
> Já agora, para que não escape a notícia de que o número de
> vocações em Portugal está a aumentar, contrariando uma
> tendência que se instalou, e prometendo num futuro próximo uma
> maior disponibilidade sacerdotal. Mas seria interessante
> comentar um indicador contraditório: diz-se que "as matrículas
> nos seminários estão a diminuir", depois de dizer que "na
> última década registaram-se 475 ordenações, contra 315 na
> década de 80 e 284 na de 70.". Mais adiante diz-se ainda: "Se
> os anos 70 marcaram a primeira ruptura, pela negativa, com 284
> ordenações contra 453 NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS da década
> anterior, os anos 90 representam, pela positiva, um regresso a
> índices semelhantes aos que se verificaram antes do 25 de Abril
> de 1974."
>
> Como é que isto é sinal de uma diminuição das matrículas nos
> seminários? Então, que termo de comparação estão a usar? Que "o
> aumento das ordenações não supera as baixas por óbito e
> aposentação" é perfeitamente aceitável, mas isto parece (à
> primeira vista) obviamente contraditório.
>
>
> MAIS JOVENS NO SACERDÓCIO
> 2002-08-11 11:05:08
>
> A opção pelo celibato está a aumentar entre os jovens
> portugueses e na década de 90 foram ordenados mais 160 padres
> do que na de 80, de acordo com as estatísticas oficiais da
> Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
>
> Não obstante a falta de padres ser uma realidade em quase todas
> as dioceses, o que traz preocupado o episcopado, na última
> década registaram-se 475 ordenações, contra 315 na década de 80
> e 284 na de 70.
>
> A diocese de Lamego, por exemplo, acolheu ontem cinco novos
> presbíteros, o que é um sinal de esperança para a Igreja
> Católica Portuguesa, a braços com diversos indicadores
> negativos: as matrículas nos seminários estão a diminuir, as
> entradas nos institutos religiosos são cada vez menos e o
> aumento das ordenações não supera as baixas por óbito e
> aposentação.
>
> "Temos procurado sensibilizar os vários sectores da pastoral e
> pedir à catequese, aos que trabalham com os jovens e às
> famílias para falarem na dimensão vocacional", disse ao Correio
> da Manhã o bispo D. Gilberto dos Reis, presidente da Comissão
> Episcopal para o Clero, Seminário e Vocações.
>
> Na verdade, desde os anos 60 que o acesso ao presbitério não
> era tão procurado pelos jovens portugueses. Trata-se de um
> balão de oxigénio indispensável para uma Igreja que luta para
> adaptar-se a uma sociedade em mudança, onde o sucesso
> individual é privilegiado.
>
> Se os anos 70 marcaram a primeira ruptura, pela negativa, com
> 284 ordenações contra 453 nos últimos cinco anos da década
> anterior, os anos 90 representam, pela positiva, um regresso a
> índices semelhantes aos que se verificaram antes do 25 de Abril
> de 1974.
>
> Esta tendência de crescimento ocorre sobretudo a Norte do rio
> Tejo, pois no Sul a crise de vocações continua a ganhar
> terreno. A estatística dos últimos dois anos demonstra que no
> Norte e Centro surgiram 46 novos padres, contra apenas 14 a
> Sul. Em 1994 a mesma relação é de 32 para 6 e em 1998 de 29
> para 8.
>
> Aprofundando a análise, contudo, conclui-se que o total de
> presbíteros em todo o País é insuficiente e continua a cair,
> devido ao grande número de óbitos, existindo cada vez mais
> padres com várias paróquias a seu cargo. Na Diocese de Beja,
> por exemplo, há 117 paróquias e somente 43 sacerdotes
> diocesanos em serviço pastoral.
>
> Para o bispo D. António Marcelino, vice-presidente da CEP, a
> explicação reside no enfraquecimento da fé e no abandono de
> determinados valores fundamentais. "Hoje as pessoas querem o
> imediato. Tudo o que implica um compromisso definitivo entrou
> em crise", argumenta. *Com Iolanda Vilar, em Lamego.
>
> A Diocese de Lamego surge como uma excepção à falta de vocações
> porque, em comparação com outras administrações eclesiásticas,
> tem ordenado um número considerável de sacerdotes. Ontem, foram
> ordenados cinco novos padres, numa cerimónia realizada na Sé
> Catedral de Lamego, presidida por D. Jacinto Botelho, Bispo da
> Diocese. O Bispo de Lamego considera que, tendo em conta a
> crise generalizada de vocações religiosas e missionárias,
> devido a uma série de factores que vão desde "a perda de
> valores" ao facto de haver cada vez menos nascimentos, as cinco
> ordenações deste ano, "são um número muito significativo e mais
> não é do que um importante sinal do nosso esforço".
>
>
> Os padres casados portugueses continuam à espera que a Santa Sé
> os autorize a presidir à consagração eucarística, sublinhando
> que o celibato não faz parte dos dogmas fundamentais da fé
> católica.
>
> A Associação de Padres Casados (APC), fundada há quatro anos,
> foi reconhecida pela Assembleia Episcopal Portuguesa em 2001 e
> conta já com mais de uma centena de membros.
> De acordo com o cónego Filipe Figueiredo, assistente espiritual
> da APC, "um ou outro já não pensa nisso, mas a maioria dos
> padres casados portugueses está disponível para celebrar
> missa", como fazia antes de optar pelo matrimónio". O cónego
> sublinha que se trata de homens que "estão dentro da Igreja,
> foram autorizados a casar", mantendo a fé que os levou a aceder
> ao presbitério.
>
> Embora não tenham qualquer exigência perante a Igreja Católica,
> os padres casados continuam à espera "da hora oportuna e da
> autorização da Santa Sé" para voltar a presidir às eucaristias.
>
> Segundo o assistente espiritual da APC, "em qualquer momento o
> Papa pode autorizar" a celebração da missa, pois esta é uma
> questão "de carácter jurídico", em que "não há fundamentação
> teológica".
>
> Ao contrário dos sacerdotes celibatários, que têm vindo a
> diminuir, em Portugal os padres casados passaram de 43 em 1989
> para mais de 100 em 2002, revelou Filipe Figueiredo.
>
> Os indicadores que preocupam a hierarquia nacional da Igreja
> Católica são vastos e o próprio cardeal-patriarca, D. José
> Policarpo, já disse ser "urgente estruturar uma vasta pastoral
> das vocações".
>
> Renovar as comunidades religiosas, adaptar o diálogo com os
> fiéis, aprofundar a iniciação cristã e apostar na divulgação do
> evangelho são as medidas que os bispos D. António Marcelino e
> D. Gilberto dos Reis preconizam, de modo a salvar a Igreja
> portuguesa de uma crise de vocações semelhante à dos anos 70.
>
> O Papa João Paulo II considera a promoção das vocações
> sacerdotais e das vidas consagradas como uma preocupação
> prioritária que deve atravessar a Igreja Católica no Mundo.
> Na mensagem proferida por ocasião do Dia Mundial de Oração
> pelas Vocações, a 21 de Abril último, o Santo Padre apelou a
> "um renovado empenho ao serviço das vocações", que apelida de
> "bens preciosos".
>
> "Toda a vocação na Igreja está ao serviço da santidade. Todavia
> algumas, como a vocação ao ministério ordenado e à vida
> consagrada, fazem-no de modo singular. É para essas que eu
> convido todos a olhar com particular atenção", referiu.
>
> Sendo "dever primário da Igreja dar acompanhamento aos cristãos
> pelos caminhos da santidade", o Santo Padre sublinha que os
> bispos e os presbíteros são os primeiros a quem cabe dar
> testemunho da dimensão do celibato.
>
> João Paulo II considera que a descoberta de vocações é também
> "um papel decisivo" das famílias, em especial através da
> "participação na vida da comunidade cristã" e da "abertura para
> os outros, sobretudo os mais pobres".
>
> "A escassez de candidatos ao sacerdócio e à vida consagrada,
> que se regista em alguns contextos actuais, deve impelir a uma
> maior atenção na selecção e na formação", afirma na mensagem de
> 21 de Abril sobre "um dos problemas cruciais da Igreja".
>
> Fonte CM

www.igrejaveterocatolica.cjb.net

Re: E os padres?
Escrito por: Pe.Iranildo (IP registado)
Data: 29 de April de 2004 17:31

www.igrejaveterocatolica.cjb.net

Re: E os padres?
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 29 de April de 2004 18:59

Ora bem...

Eu diria, quem quisesse casar, que casasse! Era bonito ver um padre com uma mulher e seus filhotes.
Dizem, quem saie aos seus, nao saie errados...Entao haveria mais padres, mais vocacoes!
Os padres, que nao quisessem casar, que ficassem para tios...Padrinhos, etc.
Haver uma opccao, obviamente !!!
Aos padres que queiram casar...avancem, facam greve :-)))

Re: E os padres?
Escrito por: Cris (IP registado)
Data: 30 de April de 2004 00:11

há uma coisa que incomoda o demônio e seus asseclas é a virtude da castidade. E mais ainda quando se trata da castidade escolhida como profissão numa vida consagrada a Deus, como é o caso do celibato sacerdotal.

Por isso vez por outra volta à baila a discussão sobre o celibato, aliás objeto de ataque dos hereges de todos os séculos, que, juntamente com a doutrina tradicional, rejeitam quase sempre a disciplina do celibato, tradicional também.

Os ultramodernistas querem a sua abolição definitiva, em nome da "liberdade" (leia-se libertinagem). Outros apenas desejam algumas concessões ou relaxamento. Os padres apóstatas entram na discussão. Fazem-se pesquisas para saber a opinião popular, opinião de um modo geral repleta de sensualidade e materialismo, sem a menor autoridade moral para tratar do assunto.

Vamos, portanto, explicar a verdadeira doutrina sobre o celibato, doutrina essa que não depende do que "acham", ou do que "dizem", ou do que "querem", mas que promana da Escritura e da Tradição multissecular da Igreja.

ANTIGO TESTAMENTO

Orígenes, comentando as diversas ordens de ornamentos sacerdotais judaicos (Êxodo. 39 e Lev. 8), nota que os sacerdotes da Antiga Lei só eram obrigados a guardar continência durante o tempo em que estavam de serviço no Templo.

São Sirício, Papa (ano 385) referindo-se a alguns padres que se casaram, baseando-se no proceder do sacerdote judeu que se casava, diz: "Diga-me agora, seja quem for que siga a libertinagem, porque avisava o Senhor aos que entregou a Arca da Aliança, dizendo: "Sede santos porque eu, o vosso Senhor e Deus, sou santo". Por que queria vê-los afastados de suas casas no ano de seu turno de sacrifícios, senão para que não exercessem comércio carnal com suas mulheres?... Nós somos obrigados à castidade desde o dia de nossa ordenação, para sermos agradáveis a Deus nos sacrifícios cotidianos..."

Ora, se Deus mandava, no sacerdócio figurativo, que era o do Antigo Testamento, que o sacerdote guardasse continência enquanto estivesse de serviço no Templo, o Sacerdote do real Sacerdócio de Cristo deve guardá-lo sempre, porque este está sempre, todos os dias, de serviço, exercendo o seu divino ministério no Templo do Senhor, e em verdadeira, real, direta e imediata comunicação com Ele.

NOVO TESTAMENTO

Mas, na verdade, quem instituiu o celibato foi mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo. Se a lei do celibato eclesiástico, que encontramos em todo o mundo cristão durante o Império Romano no século IV, não se explica de nenhum modo senão pelo exemplo dos Apóstolos, a continência perfeita dos Apóstolos não se explica, por sua vez, sem os exemplos, em primeiro lugar do Precursor, São João Batista, do qual alguns Apóstolos haviam sido discípulos, e principalmente sem o exemplo e as palavras do próprio Jesus, exortando os seus discípulos ao celibato e a tudo deixar, mesmo suas esposas, pelo amor do Reino dos Céus.

Com efeito, Jesus Cristo deu o grande conselho evangélico da castidade perfeita, proclamando a virgindade por amor do Reino do Céu como estado de perfeição. Mas Ele avisou: "Nem todos são capazes desta resolução, mas somente aqueles a quem isto foi dado". Que resolução? Ficar virgens "por amor do Reino dos Céus" (S. Mateus 19, 11-13)

São Paulo levou vida celibatária e recomendou-a, como Nosso Senhor: "Eu quero que sejais como eu mesmo... Digo também aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom permanecerem assim, como também eu..."(I Cor. 7, 7-8). A virgindade acrescenta ele, é preferível ao matrimônio por ser o estado mais alto. O cristão está assim mais disposto para servir a Deus, para ser santo "no corpo e no espírito". "O que está sem mulher está cuidadoso das coisas que são do Senhor, de como há de agradar a Deus. Mas o que está com mulher está cuidadoso das coisas que são do mundo, de como há de dar gosto à sua mulher, e anda dividido"(I Cor. 7, 32-33).

É evidente que isso não é para todos, mas, como disse Nosso Senhor, para aqueles a quem foi dado compreender.

NA TRADIÇÃO

Assim alicerçado e exaltado nas Sagradas Escrituras, o celibato voluntário começou a ser fielmente praticado por toda a parte na medida em que o Cristianismo ia se difundindo, conforme o testemunho dos Santos Padres e Escritores Eclesiásticos dos primeiros séculos.

Embora ainda não houvesse leis canônicas escritas, segundo tudo o que já foi visto, é dedução lógica concluir que os Apóstolos estabeleceram que não se recrutassem membros do clero superior (sacerdócio) senão dentre "os que puderem compreender" (qui potuerunt capere).

Dado que se trata de uma obrigação de tal modo contrária às paixões humanas, não era mister que essa disciplina, essa lei não escrita, proviesse dos próprios Apóstolos? Quem teria autoridade suficiente para impô-la? Mesmo a simples vontade de impô-la teria fracassado.

Na verdade, quem seria levado a acreditar que, se os próprios Apóstolos tivessem dado o exemplo do casamento e o tivessem aconselhado aos primeiros bispos, presbíteros e diáconos da Igreja, se haveria ao menos cogitado no celibato ou na perfeita continência como uma exigência, como uma obrigação, como uma lei reconhecida por todos, no século IV?

Assim, o Concílio de Cartago, no ano 390, a propósito do celibato ou continência perfeita dos bispos, sacerdotes e diáconos e de "todos os que servem os Santos Mistérios" diz, pela boca de Genésio, Bispo de Cartago, presidente do Concílio: "Ut quod apostoli docuerunt et ipsa observavit antiquitas, nos quoque custodiamus – a fim de que nós também guardemos o que os Apóstolos ensinaram e o que a própria antiguidade observou" (Mansi T. 3, col. 692).

E, antes ainda, o primeiro Concílio cujos cânones nos foram conservados, o Concílio de Elvira, entre 300 e 305, nos revela a lei do celibato existente para os bispos, sacerdotes e os diáconos. Diz assim o cânon 33 do Concílio de Elvira: "Determinou-se unanimemente estabelecer a proibição de que os bispos, os sacerdotes e os diáconos, isto é, todos os clérigos constituídos no ministério, se abstenham de esposas, e não gerem filhos: e, aquele, quem for que seja, que o tenha feito seja declarado decaído da honra da clericatura" (Mansi, T. 3, col 11).

Os cânones deste concílio são de extrema severidade. Diz, por exemplo o cânon 19: "Os bispos, sacerdotes e diáconos constituídos no ministério, se for descoberto serem adúlteros, tanto por causa do escândalo como do crime de profanação, não devem ser recebidos na comunhão (perdoados da excomunhão), mesmo no fim de sua vida".

O primeiro Papa do qual algumas cartas decretais nos foram conservadas, São Sirício (384-399), nos revela igualmente essa lei existente, não escrita, do celibato. Falando a respeito do celibato assim se exprime: "Não que sejam novos os preceitos impostos, mas desejamos que sejam observados os que foram desleixados em razão da covardia e do abandono de alguns preceitos que, entretanto, foram estabelecidos pela ordenação dos Apóstolos e dos Padres". (P. L.- T. 13, col.1155).

O Concílio Ecumênico de Nicéia (325), no seu cânon 3, reza: "O Santo Sínodo declara que não permite de maneira alguma nem ao bispo, nem aos sacerdote, nem ao diácono, nem absolutamente a qualquer membro do clero ter em sua casa uma mulher que lhe seja estranha, mas somente a mãe, ou uma irmã, ou uma tia. Porque em relação a essas pessoas e outras semelhantes não há nenhuma suspeita. Aquele que age diferentemente arrisca perder sua clericatura." São Jerônimo resume tudo o que foi dito, escrevendo "ad Pammachium", no ano 392: "Cristo é virgem, virgem é Maria; mostraram a cada um dos sexos a preeminência da virgindade. Os Apóstolos são ou virgens, ou após o casamento, continentes. Escolhem-se para bispos, sacerdotes e diáconos, quer virgens, quer viúvos, ou pessoas que em todo caso, depois do sacerdócio, observam para sempre a continência".

E Santo Agostinho comentando o Concílio de Elvira, arremata: "O que a Igreja Universal mantém e não foi instituído por Concílios, mas o que sempre se observou, crê-se ter sido transmitido, sem nenhum perigo de erro, pela autoridade apostólica."

Fica, portanto, destruída a falsa tese, constantemente repetida, de que a Igreja teria inventado o celibato eclesiástico no século IV, no Concílio de Elvira. De modo algum! Ele teve origem nos Apóstolos que o receberam de Nosso Senhor Jesus Cristo.

TRADIÇÃO PERENE, APESAR DAS FRAQUEZAS, DECADÊNCIA E PROTESTOS

No século VIII e principalmente nos séculos X e XI, houve uma grande decadência do clero com relação ao celibato. Escândalos e concubinato por toda a parte, e boa parte disso favorecido pelo caso das investiduras, já que o poder secular tinha em suas mãos quase todas as nomeações de bispos e curas. Os benefícios eram oferecidos a quem mais oferecesse. A reação veio com São Gregório VII, que foi Papa entre 1073 e 1085. Ele fez tudo para restabelecer a disciplina do celibato eclesiástico. Tratou como nulos os casamentos dos clérigos maiores e os tratou com rigor. O Papa Calixto II, no Concílio de Latrão, 1123, declarou como oficialmente nulos tais casamentos.

O Concílio de Trento reforçou a nulidade destes casamentos e criou os seminários, escolas de meninos para serem uma perpétua "sementeira"(seminário) de ministros para o serviço de Deus. O Código de Direito Canônico de 1917 estabelece: "Os clérigos constituídos nas ordens maiores não podem se casar validamente (c. 1972)". "Os clérigos constituídos nas ordens maiores não podem casar-se e são obrigados a guardar a castidade a tal ponto que aqueles que pequem em relação a isso são também culpados de sacrilégio". "Os clérigos menores podem casar-se, mas decaem de pleno direito do estado clerical".

OBJEÇÕES E RESPOSTAS

Não diz São Paulo que os Bispos e Diáconos devem ser casados: homens de uma só esposa (I Tim. 3,2 e 12; Tit. 1,6)?

R. As aludidas palavras de São Paulo não querem dizer que os bispos e diáconos "devam" ser casados, pois ele é o primeiro que não o era; querem sim, dizer que não devem ser sagrados bispos nem ordenados diáconos que tiverem casado duas vezes. "Homens de uma só esposa": São Paulo repete três vezes esta mesma expressão estereotipada. Ele a usa "mutatis mutandis", quando fala das viúvas escolhidas para o serviço das Igrejas: "mulher de um só marido"(I Tim.5,9)! Trata-se evidentemente de viúvos que não foram casados senão uma só vez, "que tenham sido homens de uma só mulher", e agora continentes. O que reforça essa explicação é que São Paulo fala cada vez mais dos filhos deles e nunca de suas mulheres, como não fala das mulheres de Tito e de Timóteo, seus discípulos, que eram bispos.

Além do mais, na Epístola a Tito, 1, 8, São Paulo exige que o bispo seja "continens" (em grego, "encratés"), usando o mesmo vocábulo que emprega quando fala dos celibatários e das viúvas em I Coríntios 7,9.

Trata-se portanto de um viúvo de uma só mulher, vivendo, após a ordenação, em continência perfeita. Se na I Coríntios, cap. 7, São Paulo queria que todos os cristãos fossem continentes como ele próprio, a exigência da continência perfeita para os chefes da Cristandade, bispos, sacerdotes e diáconos, vem a ser algo perfeitamente normal.

Mas São Pedro não era casado? (Mat. 8,14)

R. O Evangelho não o diz. Diz só que ele tinha sogra, portanto que poderia estar casado.

São Jerônimo, em seu Tratado contra Joviniano (c. 8,26), julga, pelo contexto de São Mateus (8,15) que a mulher de São Pedro já era falecida quando Jesus lhe curou a sogra; do contrário o Evangelho teria feito menção a ela. No entanto, ele diz apenas que foi a sogra que serviu Jesus e os Apóstolos à mesa.

Além disso, foi São Pedro quem disse a Jesus: "Eis que abandonamos tudo e vos seguimos..."Ao que Jesus respondeu: "Todo aquele que deixar a casa... ou a mulher... ou os campos por causa de meu nome, receberá o cêntuplo e possuirá a vida eterna"(Mateus 19, 27-29).

Quanto aos outros Apóstolos, além de a eles se aplicarem estas palavras acima, Nosso Senhor lhes deu a todos o conselho evangélico da continência perfeita (Mat. 19,12) e o Evangelho jamais menciona "suas mulheres".

Considerando a fraqueza humana, o celibato não seria impossível?

R. O Concílio de Trento responde que Deus não recusa este dom da castidade àqueles que o pedirem, como também não permite que sejamos tentados acima de nossas forças.

Além do mais, a celebração cotidiana do Sacrifício da Santa Missa e a recitação diária do Ofício Divino, a freqüente meditação das verdades eternas, as consolações do apostolado, o contínuo contacto com os enfermos e moribundos... tudo isso auxilia amplamente o sacerdote na fidelidade aos seus votos. Cabe ainda ressaltar que ele não foi escolhido de súbito para o Sagrado Ministério. Só depois de longos anos de seminário, observado pelos superiores, só depois de superada a idade das paixões, ele sentiu-se maduro, com forças e vontade para as dominar no futuro como já as dominara até o presente. Quem não sabe o que quer e o que suporta aos 24 anos, não o saberá nunca e aquele que põe a mão no arado e olha pra trás não é apto para o Reino de Deus. (Lucas 9,62)

RAZÃO DO CELIBATO

Vejamos o que nos diz o Papa Pio XII em sua Encíclica "Menti Nostrae": "É precisamente porque ele deve ser livre de todas as preocupações profanas e consagrar-se totalmente ao serviço de Deus, que a Igreja estabeleceu a lei do celibato, a fim de que seja sempre mais manifesto a todos que o Sacerdote é ministro de Deus e pai das almas".

"Por esta obrigação do celibato, muito longe de perder inteiramente o privilégio da paternidade, o sacerdote o aumenta ao infinito, porque, embora não suscite posteridade nesta vida terrestre e passageira, engendra uma outra para a vida celeste e eterna".

Outrossim, neste fim de século XX, neste mundo degradado e imoral, no qual a sensualidade e a devassidão dominam tudo, é mais do que oportuno mostrar o heroísmo do celibato eclesiástico em toda a sua pureza, para servir de barreira e como exemplo, ao invés de tentar atenuá-lo e ofuscar-lhe o brilho.



SENTIDO REAL DO CELIBATO SACERDOTAL


(Segundo Pe. Gregoire Celier, publicado na FIDELITER, março 1985)



"Sacerdos alter Christus"(O sacerdote é um outro Cristo). Tal é o princípio fundamental que esclarece e explica o Sacerdócio Católico. O Sacerdócio de Cristo é único e definitivo, e o sacerdócio dos homens, o sacerdócio ministerial (etimologicamente, sacerdócio dos servidores) é uma participação real no sacerdócio soberano. Portanto, o próprio Cristo é o modelo, ao qual todo padre deve se conformar intimamente, para que seu sacerdócio participado detenha toda a sua verdade.

Ora, é digno de nota que Jesus Cristo, num mundo em que o celibato era quase desconhecido, senão maldito, durante toda a sua vida permaneceu no estado de virgindade.

Esta virgindade significa nEle a consagração total e sem reservas a seu Pai: todas as suas energias, todos os seus pensamentos, todas as suas ações pertenciam a Deus. É por esta consagração total, (que em Jesus chegou até à união hipostática, em que a natureza humana não se pertence mais a si mesma, mas pertence diretamente à pessoa do Verbo,) que Cristo foi constituído Mediador entre o Céu e a Terra, entre Deus e os homens, ou seja: sacerdote. Assim a virgindade significa e realiza a consagração, essência deste sacerdócio de Cristo: em outras palavras, a virgindade de Jesus decorre do seu Sacerdócio e lhe está intimamente ligada. O padre (homem), participante do sacerdócio de Cristo, participa portanto igualmente da sua consagração total a Deus e, em conseqüência, da sua virgindade. O celibato consagrado do padre é, portanto, uma união íntima e cheia de amor com a virgindade de Jesus, sinal de sua total consagração ao Pai. Tal é a primeira e mais fundamental razão do celibato dos padres.

Se Jesus permaneceu virgem como expressão de sua consagração ao Pai, Ele o fez igualmente enquanto se ofereceu sobre a cruz por sua Igreja, a fim de torná-la uma Esposa gloriosa, santa e imaculada (Ef.5,25-27). A virgindade consagrada do sacerdote humano manifesta, pois, e prolonga da mesma maneira o amor virginal de Cristo pela Igreja e a fecundidade sobrenatural deste amor.

Esta disponibilidade de amar a Igreja e as almas se manifesta pela vida de oração do padre, pela celebração dos sacramentos e particularmente do Santo Sacrifício da Missa, pela caridade para com todos, pela pregação contínua do Evangelho, uma imagem da vida de Jesus. Cada dia, o padre, unido a Cristo Redentor, gera as almas para a fé e para a graça, e torna presente no meio dos homens o amor de Cristo por sua Igreja, significado pela virgindade. Se examinarmos não só a missão de Cristo na terra, mas a plena realização desta missão no Céu, descobriremos uma terceira causa de Sua virgindade e, conseqüentemente da do padre. De fato, a Igreja da terra é o germe da Igreja do Céu e ao mesmo tempo o sinal desta vida bem-aventurada. O que será a beatitude celeste é já visível, mas velado e como que em enigma, na vida terrestre da Igreja. Ora, como disse Nosso Senhor, "na ressurreição, não se tomará nem mulher e nem marido, mas todos serão como anjos de Deus"(Mat. 22,30). A virgindade será, portanto, o estado definitivo da humanidade bem-aventurada. Convém que, desde esta terra, o sinal dessa virgindade brilhe no meio das tribulações e das solicitações da carne. O celibato consagrado do sacerdote é, assim, a imagem daquele de Cristo, uma antecipação da glória celeste, uma prefiguração da vida dos eleitos e um convite aos fiéis para caminharem para a vida eterna sem se deixarem sobrecarregar pelo peso do dia.



CONCLUSÃO



"A Igreja é casta, ela produz a castidade, e não há bons costumes sem a castidade. É a castidade que faz as famílias, as raças reais, o gênio dos povos fortes e duradouros. Onde não existe essa virtude, não há senão lama num túmulo. Se há aqui homens que não sejam meus irmãos na fé, eu queria apenas apelar para suas consciências e lhes perguntaria: Vós sois castos? Como teríeis a Fé se não sois castos? A castidade é a irmã mais velha da verdade; sede castos um ano e eu respondo por vós diante de Deus. É porque possuímos esta virtude que somos fortes. E bem sabem o que fazem aqueles que atacam o celibato eclesiástico, esta auréola do sacerdócio cristão. As seitas heréticas aboliram-no entre elas; esse é o termômetro da heresia: a cada degrau do erro corresponde um degrau, senão de desprezo, ao menos de diminuição desta virtude celeste".

(P. Lacordaire. conf. de Notre Dame, T. 1, conf. 2)



UM PRONUNCIAMENTO DEFINITIVO DO PAPA BENTO XV



"Jamais esta Sé Apostólica atenuará ou limitará esta lei santíssima e muito salutar do celibato eclesiástico e muito menos a abolirá". (A.A S. t. XII 1920, p.585)

Re: E os padres?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 30 de April de 2004 01:07

Cris,

Por uma questão de clareza, deverias ter indicado a origem deste texto, que é de Gercione Lima, pessoa bastante conhecida pelo seu ultraconservadorismo (está publicado num website também ultraconservador, em [www.capela.org.br], em clara ruptura com a Igreja Católica, pois não reconhece o Magistério do último Concílio nem dos Papas que se lhe seguiram).

"Coerentemente", este texto só mostra alguns lados da questão. E é tão redutor, que bastam umas pequenas notas para ver como é mal intencionado. Os primeiros parágrafos dão o tom geral. Afinal, segundo o texto, a questão do celibato é colocado pelos apóstatas, pelos hereges e ultramodernistas... Creio que o Avlis vai recolher mais umas tantas palavras para o seu já rico vocabulário...

Teremos que perguntar se essa "lógica" é que se aplica aos padres da Igreja Católica Oriental... Serão eles apóstatas, hereges e ultramodernistas? E que eram os papas da família dos Borgia?

São também interessantes as omissões... Por exemplo, não se explica por que razão muitos dos primeiros cristãos professavam o celibato. Esquece a crença que o próprio S. Paulo teve (e enganou-se!) de que a parusia estava iminente! E curiosamente começa por citar Orígenes, um homem que viveu atormentado pela sua sexualidade (e os fantasmas de tipo maniqueísta) que o levaram a castrar-se!

Diz o texto que o celibato foi instituído por Jesus Cristo, mas então chama-lhe "conselho evangélico". Pode-se deduzir daqui que tenha que ser obrigatório? A obrigatoriedade do celibato dos padres está determinada por Jesus Cristo?

O que acho curioso no texto é que se ele contém uma argumentação de tipo espiritual que se usa para a vida religiosa (masculina e feminina) e não para o clero diocesano. O grande problema é que todo o extenso texto não responde à questão da “necessidade doutrinal” (ou dogmática) da obrigatoriedade do celibato. Percebe-se: ela não existe! Teologicamente não há incompatibilidade entre Matrimónio e Ordem! Se for apresentada de outro modo, toda a argumentação tem sentido para a vida religiosa, para as pessoas que seguem um carisma próprio que as identifica como religiosos, logo não casados (por definição, desde as suas origens, o religioso é o que vive um estilo de vida distinto do casado). Ora, os padres diocesanos não seguem esse carisma, antes se vêem confrontados com uma norma disciplinar que nem sequer é universal na Igreja Católica. O texto limita-se a “escamotear” a questão, tentando mostrar (por dedução!) que a norma (disciplinar) do celibato é apostólica. Se é apostólica e os padres Católicos Orientais não a seguem, não seria caso para admitir que a Igreja alberga, com o pleno consentimento dos sucessivos Papas e Concílios, hereges, apóstatas e ultramodernistas?

Como isto é divertido!...

Alef

Re: E os padres?
Escrito por: Pedro B (IP registado)
Data: 30 de April de 2004 01:34

Caro Alef

1- Deprendo das tuas palavras que és a favor do fim do celibato obrigatório para Padres Católicos.

2- O site que citas é efectivamente de um grupo de Padres Brasileiros que não acompanhou o acordo dos Padres de Campos com Roma. São de facto muito conservadores e é uma pena que não tenham escolhido a comunhão.

3- De qualquer modo se bem que cretique a sua situação, creio que te excedeste quando afirmas que "não reconhece o magistério do ultimo Concílio e dos Papas que se lhe seguiram. Na realidade de onde é que tiraste essa conclusão?

4- Finalmente não quero deixar de te dizer que concordo que nada há de teológico no facto dos Padres não se casarem. É de facto uma regra disciplinar e não teológica. Em rigor a Igreja pode acabar com essa regra. Como diz o Padre João Seabra poder pode mas seria uma grande estupidez.

Pedro B

Re: E os padres?
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 30 de April de 2004 02:13

Pedro B,

Nesse caso, como se justifica a estupidez de ter padres católicos casados em Portugal?

Luis


Re: E os padres?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 30 de April de 2004 02:40

Caro Pedro:

Com a minha mensagem não pretendi defender a abolição do celibato obrigatório, mas é verdade que penso que a Igreja se deve preparar para o tornar facultativo também no Direito Latino. Na verdade não se pode mudar uma coisa destas "do pé para a mão". Seria imprudente fazer uma coisa dessas num período curto de tempo, pois isso causaria alguns danos importantes e talvez desnecessários.

Mas não será mais prejudicial o celibato "não vivido" e "carregado" no meio de tantos escândalos? Atenção, não quero generalizar, mas chamar a atenção para o facto de que a situação presente é muito dolorosa e que há muita gente a querer tapar o sol com uma peneira. Há dias os jornais noticiavam que a CNBB encomendou um estudo, que incluiu um questionário para os cerca de 16.000 padres católicos do Brasil e que nas respostas de quase dois mil que responderam se concluía que 41% afirmava ter tido relações sexuais com alguma mulher depois da sua ordenação. Esse mesmo inquérito mostrava que uma grande parte dos padres que responderam se afirmava favorável ao fim do celibato obrigatório. Já aqui contei algo que faz pensar: um missionário religioso contou-me, há poucos meses, que o bispo da diocese onde este missionário trabalha estava com enormes dificuldades em nomear um vigário geral que não fosse ocasião de escândalo, porque todos os padres da diocese viviam em concubinato. Acabou por nomear um que já tinha vivido nessa situação, mas parecia ter cessado esse "estado"...

Será que isto não nos faz pensar? Creio que é necessário pensar em mudanças, com cuidado, mas com sentido. E uma das formas de se caminhar nesse sentido é ir preparando a Ordenação Presbiteral de diáconos casados. E creio que isso já esteve mais longe...

Que fique claro: não defendo a mudança pela mudança ou para ser do contra. Não tenho esse estilo. Mas creio que só a verdade nos libertará. O celibato é um valor sublime para quem opta por ele, foi o estilo de vida que Jesus escolheu. Mas, não havendo razões teológicas para manter a obrigatoriedade do celibato, há que ver se não estamos a colocar fardos pesados em nome de uma lei, como se a lei fosse em si mesma mais importante que as pessoas...

Mais: creio que muitos padres vivem o celibato com enorme dignidade e sentido apostólico. Mas, como me dizia uma vez um padre, viver o celibato com alegria é um dom, uma segunda vocação! Creio que tinha muita razão.

Quanto ao site que referi, ele mostra uma clara rejeição do Vaticano II, na letra e no espírito. As referências ao Concílio Vaticano II são todas elas negativas (pelo menos as que vi: [www.capela.org.br] et passim) e na secção "Magistério" não figura um único documento depois de Pio XII. Que hei-de dizer mais?

Alef

PS.: Em relação à notícia sobre o clero do Brasil, deixo aqui um resumo do «Público», da passada sexta-feira (outros jornais davam dados mais concretos, mas não tenho o "link"):

«Brasil: 41 por cento dos padres já tiveram sexo
No Brasil, 41 por cento dos padres já tiveram relações sexuais com mulheres após a sua ordenação, revela uma sondagem efectuada pelo Centro de Estatísticas Religiosas e Inquéritos Sociais (CERIS) e ontem divulgada na imprensa. O estudo, feito por encomenda da conferência episcopal brasileira, mostra que 41 por cento dos padres consideram que o celibato devia ser "facultativo, enquanto 48 por cento o consideram "importante". Se bem que 44 por centro dos interrogados considerem que a homossexualidade é o resultado da desestruturação da família, uma larga maioria - 62 por cento - não a vêem como "uma negação da vontade de Deus", no sentido de Deus ter criado a mulher e o homem para que se reproduzissem. Foram distribuídos 16.600 questionários, mas só 1831 padres responderam.» [Fonte: [jornal.publico.pt]

Re: E os padres?
Escrito por: Julieta (IP registado)
Data: 30 de April de 2004 14:53

Ah, os padres tambem fazem e perdoam os pecados!

Se eles fazem, todos podem fazer amor.

Re: E os padres?
Escrito por: Carlos (IP registado)
Data: 05 de May de 2004 07:16

Cris
cuidado com tradições humanas que são impostas aos povos e procure o que está somente na biblia que é a verdade.

Pedro era casado pois na biblia cita que Jesus curou a sogra de Pedro.
fique na paz de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo

pois tradições humanas é condenada por Jesus

Re: E os padres?
Escrito por: Carlos (IP registado)
Data: 05 de May de 2004 07:45

e os padres???
deveriam passar a verdade ao povo e não ficar pregando a mentira

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