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Os Abortófilos
Escrito por: Susete Gonzaga (IP registado)
Data: 19 de May de 2002 07:45

Anda por aí, à solta, um género de gente extremamente perigosa que tem, positivamente, um horror aos bebés nascituros e um fascínio obsessivo pela sua morte. De há uns anos a esta parte tem andado num sobressalto, numa agitação, num desassossego, uivando palavras homicidas, estabelecendo estratégias mortíferas, elaborando leis assassinas, engendrando julgamentos mediáticos para alcançar os seus objectivos tenebrosos, reivindicando estudos manipuladores sobre a realidade do aborto a fim de conseguir a sua liberalização, levando a cabo, nas escolas, uma deseducação sexual estruturalmente pornográfica e, consequentemente, irresponsável, impondo uma mentalidade contraceptiva/abortiva, etc., etc..

Esta gente, que constantemente incita ao crime, goza de grande publicidade na comunicação social e de muita ascendência na política. Nomes sonantes vêm agora, à centena, propor a criação de uma conta bancária “para ajudar mulheres sem meios económicos a interromper a gravidez no estrangeiro de forma legal e segura [?]” (Público, 15. 05. 2002). Repare-se bem que não se trata de ajudar a mãe, com dificuldades económicas, a criar o seu filho; pelo contrário, o dinheiro ser-lhe-á dado sob condição de o matar. Para isso, e só para isso, haverá auxílio. Tal é a veemência da “paixão” desta gente pelo aborto! Porque se há algo que fica claro com esta proposta é que o seu propósito não é de modo nenhum acabar com o homicídio/aborto mas sim acabar com a clandestinidade, facilitando-o. Porém, numa tentativa de esconder, perante si mesmos e os outros, o óbvio adiantam com uma hipocrisia maquiavélica ou com uma cegueira cínica: “ Com esta proposta [...] não pretendemos promover o aborto, mas ajudar as pessoas”!! (Idem). De modo que, para esta gente, cumpliciar-se na matança da pessoa do filho, destroçando, desse modo, a vida da pessoa da mãe, é uma grande ajuda, uma obra de solidariedade! Surrealismo semelhante só, mesmo, em Sade (“o radicalismo abortista é filho do sadismo” - cf. V. Possenti, Filosofia e Societá – studi sui progetti ético-politici contemporanei, Massimo-Milano, 1983).

Neste mesmo dia 15 de Maio, demonstrando uma coordenação notável, o Diário de Notícias e o Público entrevistam Angela Gomez, presidente da Federação Internacional de Planeamento Familiar (IPPF, iniciais em inglês), que por “coincidência” se encontrava em Portugal. A IPPF, uma organização serial killer, é a segunda ONG maior do mundo, sendo que a primeira é a Cruz Vermelha, e é a instituição que mais promove o homicídio/aborto a nível mundial. O seu ramo em Portugal é a APF – esta “sucursal”, generosamente subsidiada e patrocinada por sucessivos governos, ao longo de décadas, dá formação aos nossos políticos, esteve implicada, como motor principal, em todas as investidas abortistas em Portugal, foi condecorada, em 1998, pelo Presidente Jorge Sampaio e viola impunemente a lei quando lhe convém.

Nestas elucidativas entrevistas Angela Gomez esclarece: “estamos presentes em 182 países e todas as nossas associações trabalham de forma igual no mundo [...]O plano estratégico é o mesmo e os padrões que tentamos alcançar também, mas há obviamente diferenças entre os países e para cada um procuramos, dentro do nosso plano estratégico, um nicho onde o governo local não esteja a actuar e onde possamos promover a nossa causa [...] devemos oferecer um aborto seguro porque é um direito da mulher [...] A IPPF lida com os grupos parlamentares de vários países - incluindo Portugal, onde o contacto é feito através da APF -, no sentido de promover as mesmas ideias no mundo, sendo esta, afirma Angela Gómez, a «nossa forma de influenciar as leis».(DN, 15. 05. 2002). Segundo ela “do ponto de vista legislativo [...] Portugal continua «atrasado» [...] uma questão que foi aflorada durante a reunião com os três deputados (do PS, PSD e CDS/PP) que colaboram com a APF na cooperação internacional. Para além de abordar a problemática dos direitos sexuais e reprodutivos [esterilização, contracepção e aborto], [...] aproveitou para sensibilizar os parlamentares para o apoio que Portugal pode prestar nesta matéria às populações das antigas colónias [...] ” (cf. Público, 15. 05. 2002). Angela Gomez disse ainda da sua surpresa “com a «elevada prevalência» do uso de métodos anticoncepcionais pela população, actualmente da ordem dos 80 por cento [...] «É uma das percentagens mais altas que tenho visto», confessou [...]” (Idem).

Esta agradável surpresa, este contentamento, pela eficácia do trabalho da sua organização em Portugal (a APF), a ser verdade, deveria constituir para a Igreja e para todos os pró-vida um motivo de grande tristeza e de rigoroso exame de consciência. De facto, mal se entende que num país onde a Igreja tem tanto peso, os seus membros, em especial, – embora não só estes, uma vez que esta questão é de lei natural e não meramente confessional -, não estejam devidamente formados e/ou catequizados em matéria de tanta importância quer para a virtude da castidade, quer para a estabilidade familiar, quer para a saúde das mulheres, quer para a defesa da vida, quer para a própria salvação. A censura sistemática da encíclica Humanae Vitae e mesmo o dissentimento obstinado da sua doutrina (que, importa recordar, é definitiva e imutável – cf. Conselho Pontifício da Família, Vademecum para os confessores sobre alguns temas de moral conjugal, 12.II. 1997, n. II.4) feito ensino nalguns sectores da UCP e aconselhamento nas pregações, e em outras circunstâncias, devem-se contar entre os principais responsáveis por esta situação catastrófica.

Recorde-se, a propósito, que Malcolm Potts, ex-director médico da IPPF, afirmou repetidamente: “A prática do aborto e da contracepção estão intrinsecamente relacionadas entre si” (Malcolm Potts, Peter Diggory y John Peel, Abortion, Cambridge University Press, London, 1970), “à medida que as pessoas se virarem para a contracepção, dar-se-á uma subida, não uma descida, na percentagem de abortos” (Report, Cambrige Evening News, 7 February 1973. Cit. in Valerie Riches - Foreword by Professor Sir Bryan Thwaites, MA, PhD, Sex and Social Engineering, Family and Youth Concern (The Responsible Society), 1986).

Também Judith Bury, médica abortófila e investigadora dos Brook Advisory Centres, confirma-o: “Há uma evidência esmagadora que, contrariamente ao que se podia esperar, a disponibilidade da contracepção leva a um aumento da percentagem de abortos” (Judith Bury, Sex Education for Bureaucrats, The Scotsman, 29 June 1981).

Declarações deste tipo são frequentes entre os membros desta organização e entre os seus cúmplices. Pelo que se torna evidente que ao incitarem ao uso da contracepção eles sabem que estão a promover o aborto: Pierre Simon (médico obstreta, co-fundador e vice-presidente do Movimento francês para o planeamento familiar, colaborador de Simon Veil no Ministério da saúde, por duas vezes Grão-Mestre da Grande Loja - maçónica - de França) que esteve na dianteira do combate pela legalização da contracepção e do aborto, recordando a sua luta, escreveu: «Atacar a lei [que proibia a contracepção] na sua totalidade significava liberalizar o aborto. [...] [A] opinião [pública], no entanto, não estava preparada para tal. Por isso, tivemos como nosso primeiro objectivo separar esta amálgama. Uma vez conseguido que a contracepção se tornasse normal e aceite pela lei, logo o aborto seria aceite. O futuro provou que tínhamos razão. A luta pela contracepção duraria mais e seria mais difícil do que a luta pelo aborto. Mudando o famoso provérbio: Nós tínhamos ganho a guerra [legalizando e promovendo a contracepção], só faltava travar a última batalha [legalizar o aborto]» (Pierre Simon, De la vie avant toutes choses, Ed. Mazarine 1979). De facto, em Dezembro de 1967, 9 meses antes da encíclica Humanae Vitae, do Papa Paulo VI, foi aprovada a lei que autorizava a venda e a publicidade dos contraceptivos e, logo, em 1975 a lei Veil legalizou o aborto. Em 1983 o aborto passou a ser pago pela Segurança Social, isto é, por todos os cidadãos que pagam impostos. Ninguém escapa, pois, à participação no aborto, uma vez que todos o financiam.
Consciente da gravidade da situação Mons. Philippe Barbarin, Bispo de Moulins, declarou recentemente (31. 10. 2001): “ [...] alguns Bispos de França [...] interrogamo[mo-nos] sobre a nossa atitude por volta de 1975, quando foi discutida e aprovada na França a lei que liberalizou o aborto. Pode ser que cheguemos a fazer uma confissão pública, pedindo perdão publicamente pela nossa pusilanimidade, pela nossa cobardia, no momento da discussão desta lei criminosa” (Michel Schooyans, Terrorismo e Globalização, 29. 01. 2002).
Será ainda preciso recordar que grande número dos contraceptivos actuais têm ou podem ter um efeito abortivo precoce (desde a pílula normal ao DIU e à pílula do dia seguinte, eufemisticamente chamada contracepção de emergência) e que a grande maioria dos homicídios/abortos não são cirúrgicos mas são causados química e precocemente?
Verificamos mais uma vez, com amargura, que os católicos em Portugal (e demais pessoas de boa-vontade), geralmente falando, ainda não tomaram consciência da gravidade da situação e das medidas excepcionais de organização e de combate que a circunstância merece. Mesmo dentro da Igreja, entendida como conjunto dos fiéis, há um número significativo de pessoas, em lugares de alguma responsabilidade, seriamente contaminadas pela mentalidade contraceptiva e abortiva.

Esfregar-se ou abusar de crianças, adolescentes e jovens é um crime repugnante, detestável e muito grave, mas muitíssimo mais grave, abominável e tenebroso é esquartejar ou matar crianças no seio materno. Se a sociedade e o Estado se levantam unânimes e justamente indignados para combater o primeiro crime, porque é que se organizam para realizar o segundo? (Para as ligações da IPPF à defesa da pedofilia e do incesto ver Robert G. Marshall and Charles A. Donovan, Blessed Are The Barren –The Social Policy of Planned Parenthood, Ignatius Press, San Francisco 1991 e Brian Clowes, Pro-Life Activist's Encyclopedia, Stafford, Virginia: American Life League, Inc., 1993).


Nuno Serras Pereira
16. 05. 2002

Re: Os Abortófilos
Escrito por: Ana Amorim (IP registado)
Data: 20 de May de 2002 09:22

Suzete:

Penso que a contracepção é muito importante. E isto porquê? Porque cabe a nós dar-lhe o seu uso devido.
Não vamos esperar que todas as mulheres usem o "método do calendário" visto que a esmagadora maioria nem tem períodos menstruais regulares. E é assim e somente assim que a contracepção tem o devido papel.
O sexo não serve só para procriar. Tem uma dimensão muito maior.
Claro está que estou contra o uso indiscriminado dos métodos anti-concepcionais para evitar compromissos e andar a saltitar de uma relação para outra, promovendo a promiscuidade.
E estou contra o aborto, seja por que razões forem.
O aborto é o sintoma de uma sociedade que procura o divertimento e não a alegria, a infantilidade crónica e não o crescimento, a paixão e não o amor.

Ana

Re: Os Abortófilos
Escrito por: Tozé Monteiro (IP registado)
Data: 23 de May de 2002 23:36

Eu também sou contra o Aborto. Agora já não concordo que se enfie na cadeia uma mulher que aborta por razões sociais...
Quanto à contracepção, não concordo com as posições da Igreja de só defender métodos naturais...
Agora é verdade que a questão demográfica é importante e deve ser encarada sem radicalismos ou fundamentalismos do génro do autor do artigo, mas que há obviamente que controlar a natalidade em alguns países de modo preventivo, para não se condenar milhares de crainças à miséria e a morrerem de fome. O que será pior?

TZM

Re: Os Abortófilos
Escrito por: Ana Amorim (IP registado)
Data: 24 de May de 2002 09:23

Sim, não se deve condenar uma mulher que aborta. Deve-se condenar é a abortadeira.
Penso que se deve saber quais as razões que levaram a mulher a cometer o aborto. é precisamente aí que as coisas falham.


O aborto é um crime hediondo. Devemos procurar ajudar e acompanhar as mulheres para que não o façam.
Os que querem legalizar o aborto, referindo-se ao mesmo como um direito e não como um crime, estão-se perfeitamente nas tintas para as mulheres. O que realmente querem é que o Estado suporte clínicas de aborto medicamente assistido em vez de criar subsídios de apoio e leis que protejam a grávida e a criança mesmo antes do nascimento.

E é curioso em como foi criada uma conta para que as mulheres com menos posses abortem, quando há muitas instituições que se debruçam sobre os reais problemas das grávidas e das mães, e que não gozam de apoios quase nenhuns.

Este tipo de situação revolta-me, porque tenho a sensação de que estamos a cair num facilitismo e numa ausência de valores que assusta!

Re: Os Abortófilos
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 03 de June de 2002 22:45

Pois é Ana, concordo contigo: por mais hediondo que seja o crime do aborto, este, o crime, não é cometido pelas mulheres que a ele se sujeitam, mas quem o 'faz' (ou a 'abortadeira' como dizes).

Todavia, a lei continua a considerar como criminosas as mulheres grávidas que optam pelo aborto.

No referendo sobre o Aborto, não houve o discernimento de ambas as partes, do Sim e do Não, para se propor uma terceira alternativa que descriminalizasse a mulher que se sujeita ao aborto, sem que com isto se estivesse a liberalizar a lei.

Penso que tão cedo não se vai voltar a 'mexer' no assunto e alterar essa questão.

Luis

Re: Os Abortófilos
Escrito por: Ana paula (IP registado)
Data: 07 de August de 2002 19:25


Susete:

SEmpre que leio estas posições radicais fico nauseada!

Não se esqueçam que nos EUA os movimetos ditos próvida assassinam pessoas com tranquillidade...
Os que são contra a contracepção como a pílula, o DIU ou a pílula do dia seguinte são os mais responsáveis por abortos!

A lei actual é uma suprema hipocrisia. SE fosse aplicada as cadeias ficariam cheias de mulheres! Não falem em coisas sérias com esta leviandade!

Aconselho-te a ter mais tolerância cristâ, já que te dizes tão católica



ana

Re: Os Abortófilos
Escrito por: Susete Gonzaga (IP registado)
Data: 07 de August de 2002 20:34

Oh Ana, não fui que escrevi o texto como podes ler no fim do mesmo, só o coloquei para o podermos discutir.

Confesso que fiquei triste como teu comentário:"Aconselho-te a ter mais tolerância cristâ, já que te dizes tão católica", é que tolerância cristã é comigo mesmo, o Lugo não me deixa mentir, pois não Lugo?



Beijos e abraços,
Susete

Re: Os Abortófilos
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 07 de August de 2002 21:23

Errr... :-)

Sim és tolerante, mas também podias ter começado a tua mensagem com uma pequena introdução dizendo que era um artigo que tinhas visto algures...

Mas valeu a intenção,
Luis

Re: Os Abortófilos
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 08 de August de 2002 07:41


Claro, a desresponsabilização e a "correcção" de uma situação que nos parece hipócrita através da sua liberalização parece-me nada menos mas ainda MAIS E TERRÍVELMENTE HIPÓCRITA.

Como é que um movimento "pró-vida" pode promover a violência? Se for fundamentalista, nervoso, inseguro, etc.. Logo, NÃO é de se esperar que um movimento pró-vida seja assim. Faz bem Ana, em mencionar esses casos, embora deva ter a consciência que não é com tranquilidade que o fazem, mas sim com muita falta de paz.

É uma "apregoação" ainda muito por confirmar (terá de todo algum fundamento?) que sejam os pró-vida os que depois vão ter mais abortos. A minha experiência diz-me que quem experimentou o aborto habitualmente se torna numa testemunha pró-vida e isso só depois de ter experimentado a realidade do aborto.

Tem razão, a SITUAÇÃO actual é uma hipocrisia (será suprema?). Mas é-o porque os que são "contra o aborto" não passam disso, são do contra. Gostava de os ouvir a dizerem que são pró-vida e corresponderem com activismo. Aí sim, estariam a ajudar uma mulher na aflição de não poder ter um filho e se encontrar em grande agonia e desespero. Acho isso sim ridículo ouvir as feministas dizerem que são a favor do aborto, quando não há mais nada que desresponsabilize os homens. Fazem o "serviço", levam-nas à clínica, desenbolsam umas notas e já estão prontos para a próxima. Ah! E enquanto ela sofre lá dentro, eles ficam cá fora a fumar um cigarro e a beber uma Cola... Não é irónica mais ESTA hipocrisia?

Enfim, é um mal da sociedade portuguesa, não há espírito associativista. Não tenho grandes dúvidas que poderá chegar o dia em que o aborto seja legal em toda a Europa, mais depressa do que se pensa. Depois, vamos todos ver o mal que vai ser feito e voltaremos atrás, mais sofridos e mais sábios. Somos a mesma humanidade que desde sempre estupidamente continua a querer bater com a cabeça na parede, numa qualquer atitude de rebeldia juvenil, enfrentando radicalmente a sabedoria dos anciãos... Uma rebeldia tão absurda que condena que se comam ou se façam sofrer animais, mas que em relação ao aborto (não se esqueçam que o responsável é precisamente o sexo, que dá prazer e pelos vistos, saúde) diz "acho bem, até sou pelos direitos das mulheres"... Engraçado, existem até cartazes a proclamar "eu mando na minha barriga". Aparentemente, NÃO mandam ou controlam o órgão reprodutivo localizado abaixo da mesma. Não é irónica mais ESTA hipocrisia?

Aliás, dizer que não nos preocupamos com os outros é perigoso, pois na verdade não temos é respeito ou responsabilidade para connosco e queremos aliviar a nossa aparente culpa. E ainda é mais verdade que a barriga é de cada um... Mas isso é quando se trata de apanhar uma diarreia e não quando se trata de abortar. Ou querem fazer do feto um excremento, produto do prazer impulsivo e irresponsável? Parece que sim. Parece que agora até já querem dizer-nos que aquilo que está ali não é um ser humano, mas um conjunto de células fetais descartáveis. Não me parece que o sistema imunitário da mulher pense o mesmo, já que não reconhece ali uma impureza, muito pelo contrário, o início do que há de mais puro na existência humana, a vida. Também me dizem que sou "imagem e semelhança de Deus" e aparentemente não vejo a verdade disso... Mas à medida que vou crescendo, compreendo-o melhor. Deixem-me crescer, por favor, grita qualquer alma de feto... Passa-se ali um mistério incompreensível, deixem-no acontecer.

Vejam mais fotografias de abortos, vejam a realidade por detrás do eufemismo da "interrupção voluntária da gravidez". Aprendam com os vossos corações e depois digam-me se aquilo não são seres humanos. Então, quando se tornam seres humanos? De uma semana para a outra? A posição mais racional e científica é afirmar: DESDE A CONCEPÇÃO!

Verdadeiras soluções? É um tema já discutido noutro tópico, "A NOVA revolução sexual: ABSTINÊNCIA!".

Atentem bem no que vos digo, por favor. Por amor a milhares e milhares de vidas assassinadas silenciosamente todos os anos.

João

Re: Os Abortófilos
Escrito por: ana paula (IP registado)
Data: 08 de August de 2002 13:26

Mais uma vez, é preciso ter calma e serenidade ao abordar questôes como esta.

Em teoria, todos defendem o direito à vida, como fundamental...
A questão essencial, relativamente ao aborto é a prevenção!

E a prevenção passa pela utilização de metodos contraceptivos responsavelmente , mais nada.
O resto são histórias da carochinha...

è preciso ser coerente - QUEM É ANTIABORTO SÓ PODE SER A FAVOR DE MEIOS CONTRACEPTIVOS QUE EVITEM GRAVIDEZES NÃO DESEJADAS!
Iso porque nem toda a gente quer praticar a abstinência... E também porque o sexo não tem como única finalidade a procriação... Embora para alguns pareça que sim...

ana

Re: Os Abortófilos
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 09 de August de 2002 01:24


"Não quer praticar abstinência"... Hum...

É preciso ganhar juízo. A Ana Paula parece viver atormentada pela impossibilidade que temos de controlar o impulso sexual, educando-o e orientando-o, de modo que julga óbvio o uso de contraceptivos. Quando é confrontada por uma doutrina de Igreja muito diferente disso que acha óbvio, não sabe o que há-de fazer.

Falei em hipocrisia. A contracepção sim, é hipócrita. É para ser usada por pessoas pouco educadas espiritualmente. Serve para evitar que a irresponsabilidade seja AINDA MAIS problemática. É bom para a África. Para a Europa e demais países desenvolvidos, educação sexual e santidade são a solução ideal, são o que deve ser promovido.

E promover a contracepção é estar apenas a um passo de concordar com o aborto. Aliás, foi essa a consequência. Surgiram os preservativos industriais, foram aceites pela aparente maioria... Uns anos mais tarde, foi legalizado o aborto. Parece que a verdade factual não segue a sua lógica, Ana.

João

Re: Os Abortófilos
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 09 de August de 2002 10:22

Não, João, a contracepção não é hipócrita nem uma hipocrisia. Hipocrisia é ser-se contra o aborto e afirmá-lo publicamente mas entretanto ir-se a uma cliníca privada fazê-lo. Não podes afirmar que a contracepção está um passo atrás do aborto pois isso é falso. Nem que é usado apenas por pessoas pouco educadas espiritualmente. Isso é falso.

Talvez tenhas a ideia ou sejas defensor que a relação sexual entre um homem e uma mulher tem por intenção única a reprodução: isso é falso, e nem a Igreja Católica defende isso. Posso-te comprová-lo com alguns parágrafos do CIC. A paternidade é suposto ser uma acção responsável por parte dos pais, e o planeamento familiar algo que os pais devam fazer seria e reponsavelmente. São convidados a usar métodos naturais de contracepção pois esses não tem qualquer impacto negativo na saúde do casal. É essa a razão.

Luis

Re: Os Abortófilos
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 09 de August de 2002 14:04

Começo a pensar que o amigo joão tem um grave problema...



Então agora , e passo a citar, a contracepção é boa para áfrica mas não para a europa e outros paises espiritualmente civilizados... Que pérola..........



Além de misógino é xenófobo... Pobre jesus...

Re: Os Abortófilos
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 10 de August de 2002 05:41


A contracepção é um mau remédio e é destituído de qualquer sustentabilidade para um lugar onde possa haver essa sustentabilidade, que é amplamente recomendável e necessária. Não só para a ecologia, mas para a sexualidade e tudo o resto.

Não tenho qualquer noção de que a relação sexual é unicamente reprodutiva. Isso é óbvio, caso contrário não me teria dado ao trabalho de apresentar recursos sobre métodos naturais. Pois se vamos usar métodos naturais é precisamente porque vai haver sexo, não é?

Luís, terás que comprovar essa hipotética "falsidade" de que falas. Se não sabem o que é ser "educado espiritualmente", em relação ao que a Igreja ensina, é viver a caminho da santidade. Qualquer um de nós está longe disso mas vocês não o querem admitir. Parece-me que se desculpam porque isso também vos inclui... Ora, isso parece-me sim enganador.

Porque é que a contracepção é hipócrita? Já o expliquei. Como não se referiram ao meu argumento, só posso considerar que não tiveram a honestidade de reflectir desapaixonadamente sobre ele. A contracepção é sim um passo logo atrás ao qual se segue o aborto. São as pessoas que promovem a contracepção as primeiras a promover o aborto. Creio que vocês não se querem incluir nesse grupo, pois não? A Igreja não está com meias medidas, como vocês. Mais uma vez, poderia dizer o Luís que estou a confundir a Igreja com somente a hierarquia. Pois bem, parece-me que quem está confundido é quem pensa que pode ser católico sem procurar viver isso significa em plenitude, que é o que a Igreja ensina. Fico triste com a hipotética "santidadezinha" (que não é nada) de quem não quer ser fiel. O objectivo é claro para todos nós, o Magistério refere-o constantemente: santidade. Devemos encarar isso com toda a seriedade e alegria, caso contrário, aí está a hipocrisia.

Ana, estou a ficar profundamente ofendido pelas suas calúnias. Se estivéssemos nos E.U.A., já teria matéria mais que suficiente para a processar.

Está a ver o que dá um coração cheio de ódio? Leu as minhas palavras como as diria, de forma ofensiva. Pois bem, eu nunca tive essa intenção, conforme a pretendeu interpretar. Referi-me à África devido à situação de pobreza extrema que lá se vive, problemas de saneamento e de incapacidade de auto-sustentação. O número de filhos e as doenças são um grande problema. Nestas situações EXTREMAS, há que tomar medidas EXCEPCIONAIS. Recuso, abomino e repudio qualquer acusação de misogenia ou xenofobia, ainda por cima tão absurdamente sem fundamento, em relação à minha pessoa.

Um católico não deve usar no seu matrimónio o mesmo método de planeamento que usam duas pessoas que mal se conhecem. O que diz isso em relação à profundidade da relação? Olhe-se para a percentagem de divórcios cada vez maior... Certamente que todos esses usam contraceptivos na sua "intimidade". Percebem onde quero chegar? O preservativo não é nenhuma solução para um casal que se ama verdadeiramente e só mina o matrimónio.

A Igreja ensina a planear a família somente com os métodos naturais. Ela deixa bem claro que isso não é opção para um católico, pois é pecado. Já alguma vez leram a Humanae Vitae e a Veritatis Splendor?

Leiam bem "contracepção": contra a concepção... Como é que alguém pode ser pró-vida só em relação ao aborto? Uma pista: se forem ignorantes ou ingénuos em relação às causas reais dos problemas. A contracepção promove relações irresponsáveis (em relação à castidade), e isso é válido também para o aborto. Não estamos a falar do método usado por um casal perfeitamente consciente do que está a fazer! Para esse, o adequado são os métodos naturais. Para os outros, um preservativo é fácil e barato, tal como a relação vivida por quem o utiliza.

João

Re: Os Abortófilos
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 10 de August de 2002 09:02

Olá susete:
Gostei do site, sobretudo porque permite um acesso fácil aos documentos da Igreja.

ana

Re: Os Abortófilos
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 10 de August de 2002 12:43


Humm... Agora "foge"... Isso é prova de maturidade? Certamente que não é assim que quero ser "quando for grande"...

João

Re: Os Abortófilos
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 10 de August de 2002 15:32

ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ

Re: Os Abortófilos
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 12 de August de 2002 01:50

Então, continuas a ser a favor do aborto?




ana

Re: Os Abortófilos
Escrito por: Ana Amorim (IP registado)
Data: 12 de August de 2002 13:43

João,

Compreendo perfeitamente a tua posição. Contudo, terás de ver que nem todas as mulheres se podem gabar de ter um ciclo menstrual regular. O método de planeamento familiar natural (medição da temperatura, o método do calendário) só funciona eficazmente quando a mulher tem a sorte de ser certa. E mulheres assim, são uma minoria!
Sou a favor dos métodos contraceptivos, mas desde que usados de forma responsável e madura, ou seja, desde que utilizados como substituto de um método natural que no caso das mulheres de ciclo menstrual irregular, não se pode aplicar. Somente isso!
Agora, quando se utilizam métodos contraceptivos para evitar compromissos, ou como promoção da "promicuidade segura" (eu ando com quem quero, como quero, posso andar com dois ao mesmo tempo que o preservativo protege-me da SIDA - e quem diz SIDA, diz sífilis, gonorreia, etc). Aí sim é que a função dos contraceptivos não naturais me parece muito hipócrita: com a nobre intenção de evitar uma gravidez não desejada ou de não propagar uma doença venérea, vou para a cama com toda a gente, mas protegida... Isso é que questiona, pelo menos, para mim, o valor moral dos contraceptivos!

João, já viste se as mulheres irregulares (de que eu - e digo-o sem qualquer problema - sou exemplo) não pudessem recorrer aos métodos contraceptivos não-naturais? O sexo não é só procriação, é também a forma mais amorosa de entrega para um casal...


Anna

Re: Os Abortófilos
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 12 de August de 2002 14:22

Já tive oportunidade de referir isso ao joão. mas ele não compreende.
È natural...

A ignorância é o que dá.
E, continuo a afirmar que a melhor forma de acabar com o aborto é a prevenção,através da contracepção responsável.
E mesmo em relação à" promiscuidade segura", não se pode ser contra. Ao menos que seja segura, trata-se de um mal menor, de uma política de redução de riscos. è como distribuir seringas esterilizadas aos toxicodependentes. O ideal seria que não houvesse toxicodependência, que os tratamenteos fossem 100% eficazes. mas enquanto se motivam para o tratamento, se conseguirmos impedir a propagação da SIDA em grupos de risco, se pelo menos uma vida se salvar, já vale a pena.
O uso de preservativo é uma obrigação moral para quem quer ser "promíscuo" - o que quer que isso seja.
E não subestimem a SIDA, ela está a aumentar assustadoramente em Portugal e os heterossexuais são um grupo de risco. Pode até nem haver promiscuidade. Conheci mulheres que se casaram virgens, que tiveram um único parceiro sexual a vida toda e estão contaminadas.
E sobretudo, deve-se passar a informação aos jovens de que o uso de preservativo, por si só, não protege a 100%.
tal como a abstinência sexual não protege a 100%... (Podemos ser contagiados através de transfusões).
Mas, se se diminuirem os comportamentos de risco, o que inclui reduzir o número de parceiros sexuais e o uso sistemático de preservativo, pode ser uma ajuda.
Quanto á questão da pílula, o joão acha que quem a utiliza, seja qual for a justificação está a pecar e é um "HERÉTICO" E DEVIA SER EXCOMUNGADO.

Coitado.

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Desculpe, não tem permissão para escrever ou responder neste fórum.

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