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Pedófilos protegidos!!
Escrito por: Ricardo (IP registado)
Data: 16 de May de 2002 19:50

Esta notícia saiu nos maiores jornais dos EUA esta semana. Baseada em pesquisas independentes. Aqui vai o Press Release original:



Mensagem nº 1 - 07/05/2002 - 04:16h.

Favor distribuir gratuitamente para a imprensa.
silentlambs

Terça-feira, 7 de maio

As Testemunhas de Jeová Começam a Excomungar os Divulgadores de Abusos
Sexuais de Crianças

"Os Líderes da Igreja Protegem os Molestadores Enquanto Afastam as
Vítimas" Afirma Testemunha Veterana

Ação é Considerada 'Ação Preventiva' Antecipando-se ao Relatório
Investigativo "Dateline"

Na expectativa da iminência de ser colocado ao ar o relatório
investigativo "Dateline" da NBC, a liderança da organização das
Testemunhas de Jeová, sediada em Brooklyn, iniciou o processo de
excomunhão de quatro de seus membros veteranos que falaram sobre o
enorme problema do molestamento de crianças dentro da organização.

William H. Bowen, que é o fundador da organização "silentlambs", um
grupo de ajuda para Testemunhas de Jeová que foram vítimas de abuso
quando crianças, está sendo acusado de causar "divisões" entre os
crentes da denominação. Na última sexta-feira, ele foi notificado por
carta que deveria comparecer a uma audiência nesta semana.

Bowen comenta: "Há cerca de um ano atrás, quando trouxemos pela
primeira vez o assunto á atenção, os líderes da organização afirmaram
que o problema não existia; quando colocamos no site do "silentlambs"
cerca de mil histórias das vítimas, eles foram chamados de mentirosos.
Agora, depois de termos gravado o programa "Dateline", com um
significativo volume de provas, por que as congregações locais decidem
desassociar membros veteranos que foram filmados pelo "Dateline" pouco
antes do programa ser levado ao ar em fins de maio ou princípio de
junho próximos? Isso, aparentemente, está sendo feito para desencorajar
os membros da igreja de assistir ao programa porque a teologia das
Testemunhas de Jeová exige que seus membros não dêem atenção a qualquer
coisa que membros desassociados digam sobre a sua igreja. Se algum
membro se recusa a obedecer a esta ordem isto pode resultar na sua
própria excomunhão".

Quando "Dateline" entrevistou a família Pandello de Nova Jersey, a
família descreveu quão insensivelmente foi tratada pelos anciãos das
Testemunhas de Jeová depois de terem revelado o molestamento de sua
filha por outra Testemunha. Embora já há algum tempo a igreja tenha
conhecimento desta entrevista que será levada brevemente ao ar, os
Pandellos receberam na quarta feira da última semana uma carta
convocando-os para uma audiência sob a acusação de "apostasia". A carta
também os encorajava a se "dissociarem". Entre as Testemunhas de Jeová,
tais passos equivalem a se excomungar uma pessoa. Se outras
Testemunhas, mesmo membros da própria família, continuarem a se
associar com o membro "desassociado" ou 'dissociado', eles também
poderão ser excomungados.
Quinta-feira, Barbara Anderson foi informada de que estava sendo
acusada de causar "divisões" dentro da organização e foi convocada para
uma audiência judicial ou se dissociar. Anderson foi uma pesquisadora
que trabalhou no Departamento de Redação da Igreja, em Brooklyn, Nova
Iorque, ela também aparece no "Dateline" falando sobre os
encobertamentos que chegam até ao Corpo Governante da denominação.

"Durante anos, o Corpo Governante (a liderança da igreja) tem tentado
silenciar as vítimas de abuso para que eles possam proteger a imagem da
igreja", diz Anderson. "Agora estão expandindo sua intimidação e seu
encobertamento para incluir aqueles de nós que, tentando proteger as
crianças, estamos denunciando tais fatos".

Num processo arquivado em Janeiro deste ano, uma mulher de 23 anos, de
Sacramento, Erica Rodriguez, processou o Ministro das Testemunhas de
Jeová que dela abusou repetidamente e a denominação de Nova York que
"rotineiramente" dá aos pedófilos "santuário, proteção simpatia e
apoio", o processo diz: "Quando fui aos anciãos [relatar] sobre meu
molestamento, fui informada que seria desassociada se fosse à polícia",
lamenta-se Rodriguez. Manuel Beliz, da Congregação Othello das
Testemunhas de Jeová, de língua espanhola, em Washington, foi condenado
a 11 anos de prisão por molestar e estuprar Rodriguez durante a sua
infância. Embora a igreja tenha desassociado Beliz por molestamento de
crianças, eles estão agora usando a declaração de beniz de que "o
acusado nega todas as falsas acusações" como base para defendê-lo e à
igreja do processo civil.

Um dos advogados de Rodriguez no caso, Jeffrey Anderson, de St. Paul,
Minnesota, tem arquivados mais casos de abuso sexual contra corporações
religiosas do que qualquer outro especialista legal. "Na minha
experiência ao longo dos últimos 20 anos, um número considerável de
vítimas corajosas estão se mobilizando em todas as denominações. Quando
uma religião ataca aqueles que estão tentando defender as crianças,
precisamos pensar sobre o que eles estão tentando esconder", diz ele.

"Esta não é a primeira vez que uma religião pune aqueles que expõem
atos ilícitos no seu meio, mas é triste toda a vez que isso acontece.",
disse David Clohessy, de St. Louis. Ele é o diretor nacional da SNAP
(Survivors Network of those Abused by Priests - Rede de Sobreviventes
Daqueles Abusados por Sacerdotes), com sede em Chicago. "Bowen e
Anderson e seus colegas merecem elogios, não condenações. Aplaudimos
sua coragem e esperança de que a atenção do público comece em breve a
ser dirigida para o abuso dentro de outros grupos religiosos."

"Desde Janeiro, 177 sacerdotes Católicos foram removidos devido a abuso
sexual e os Bispos Católicos estão debatendo a política de 'tolerância
zero'", diz Bowen, "Portanto, enquanto parece que os líderes Católicos
estão indo na direção certa, os líderes das Testemunhas de Jeová estão
indo para trás."

Bowen, de Calvert City, Kentucky, foi um ancião da igreja em sua
congregação local e uma Testemunha de Jeová por 43 anos. Ele renunciou
ao cargo de Superintendente Presidente em dezembro de 2000 para apoiar
as vítimas e mover os lideres da denominação a corresponder de maneira
mais solidária para com as vítimas de abuso e submeter os alegados
molestadores ao sistema judicial criminal. O "silentlambs", de Bowen, é
um grupo nacional de auto-ajuda para homens e mulheres molestados pelos
membros das Testemunhas de Jeová. (www.silentlambs.org, 1-877-WTABUSE)

Bowen afirmou que o uso da desassociação é uma arma virtual que é
utilizada para esmagar as vitimas, quando estupradas, no silêncio;
então, anos mais tarde, quando afloram os comportamentos mentais e
emocionais reprimidos, a igreja os desassocia para fugir do problema. A
vítima não pode ganhar e, quando mais necessita de ajuda, sofre como
uma ovelha silenciosa esperando ser sacrificada pelas diretivas da
igreja. Ele acha que membros de outros grupos religiosos têm mais
facilidade para falar, para consultar advogados ou para recorrer à
polícia.

A denominação tem um milhão de membros nos Estados Unidos e seis
milhões através do mundo.

Cartas recebidas:

Draffenville Kentucky Congregation
of Jehovah's Witnesses
PO Box 788 Benton KY 42025

April 29,2002

CONFIDENCIAL E PESSOAL

William H. Bowen
Calvert City, KY 42029

Prezado Irmão Bowen:

O corpo de anciãos designou uma comissão judicativa para se reunir
consigo a respeito de alegações quanto a você estar causando divisões
na congregação e na organização das Testemunhas de Jeová. A comissão
judicativa o convida a se encontrar com ela no próximo dia 10 de maio
de 2002, ás 19:00, no Salão do Reino, localizado em 86 Foust-Sledd
Road, Benton, Kentucky. Sinta-se à vontade para Contatar-me no telefone
270-753-xxxx, caso esses arranjos não lhe sejam convenientes. Como
lembrete, não se permite a presença de advogados nas reuniões judiciais
da congregação.

Sinceramente,

Lee Stockwell
Presidente da comissão judicativa
WATCHTOWER
BIBLE AND TRACT SOCIETY OF NEW YORK, INC.
LEGAL DEPARTMENT PHONE (718) 560-5000
25 COLUMBIA HEIGHTS BROOKLYN, NEW YORK 11201, USA 560-89


------------------------------------------------------------------------
--

April 19, 2002

Suzanne J. Frankland
Melli, Guerin & Melli, P. C.
West 115 century Road
Paramus, NJ 07652

Re: Barbara and Carl Pandello

Audiência em Comissão Judicativa

Prezada Sra. Frankland:

Represento o corpo de anciãos da Congregação de língua Inglesa de
Bradley Beach, Nova Jersey e estou escrevendo conforme solicitado em
sua carta de 4 de fevereiro de 2002 endereçada à Sociedade Torre de
Vigia de Bíblias e Tratados. O corpo de anciãos designou uma comissão
judicativa para se reunir com o Sr. e a Sra. Pandello, relativamente a
alegações de apostasia. A Comissão os convida a se encontrar com ela na
segunda feira, 6 de maio de 2002, às 19:30, no Salão do Reino,
localizado em 28 Main Street, Bradley Beach, New Jersey. Nesta
audiência, o Sr. E a Sra. Pandello poderão apresentar evidencia ou
testemunhoa seu favor. A comissão judicativa os encoraja a estar
presentes e gostaria de auxiliá-los no caso de dúvidas sinceras. Mas,
se o Sr. E a Sra. Pandello, decidirem não comparecer, a comissão
judicativa prosseguirá sem a presença deles e decidirá quanto à sua
desassociação ou não baseada nas evidências disponíveis. Caso não seja
do seu conhecimento, não são permitidos advogados como representantes
dos convocados nas audiências das comissões judicativas.

Está claro que, se o Sr. E a Sra. Pandello não mais desejam ser
Testemunhas de Jeová, por favor, informem-me por escrito antes da data
da audiência, encerrando desse modo os procedimentos da comissão
judicativa. Por favor sinta-se á vontade para me contactar. Não
contacte os anciãos locais.

Sinceramente,

Robert C. James
Associate General Counsel

RCJ:rgw
cc: Body of Elders, English congregation, Bradley Beach, NJ

-----------------------------------------------------------------

A Quem Interessar Possa:

Na Quinta feira, 2 de maio de 2002, meu marido, Joseph Anderson, que
serve como ancião na Congregação de Manchester das Testemunhas de
Jeová, Tennessee, foi contatado pelo superintendente presidente da
Congregação Manchester. Naquela ocasião, meu marido foi informado de
que foi recebida uma carta da Sede das Testemunhas de Jeová ordenando a
formação de uma comissão judicativa para considerar as acusações contra
mim, Bárbara Anderson, por "causar divisões dentro da congregação e da
organização das Testemunhas de Jeová". Foi-me notificado que deveria
comparecer dentro de sete dias, em 10 de maio de 2002, para me defender
contra quaisquer falsas acusações que estavam sendo feitas contra mim.

Barbara Anderson

Edited by - silentlambs on 7 May 2002 4:26:8

Re: Pedófilos protegidos!!
Escrito por: Susete Gonzaga (IP registado)
Data: 16 de May de 2002 21:40

Não seria mais fácil apoiar estas pessoas em vez de os expulsar como faz a organização?

Acho que nesta questão não podemos ser tão rigidos como as testemunhas nem tão "liberais" como a Igreja Católica.

Distituir de funções mas ajudar as pessoas, com tratamento sei lá qualquer coisa que as ajude.

Susete

Re: Pedófilos protegidos!!
Escrito por: Helena (IP registado)
Data: 17 de May de 2002 10:53

Atenção Susete:

quem eles estão a expulsar esta semana são as vítimas por denunciarem os pedófilos e aqueles que se colocaram do lado das vítimas.

Proteger o "bom nome" da organização é o principal objectivo.

As vítimas que se arranjem.

Já não é assim que acontece na Igr. Cat., pelo menos já não. As TJ estão 25 anos atrasadas em termos de sociabilidade...

Re: Pedófilos protegidos!!
Escrito por: Susete Gonzaga (IP registado)
Data: 19 de May de 2002 07:38

"Só tu!"

Muito se tem falado dos escândalos sexuais de padres americanos. Como de costume nestes casos, levantam-se problemas candentes, mas de forma distorcida e parcial. E, acima de tudo, o mais importante fica sempre por dizer.

A gravidade da situação é indiscutível. Trata-se de crimes abomináveis, praticados por aqueles que maior responsabilidade e exigência tinham. Esses actos devem ser repudiados e condenados sem contemplações. Mas há muito mais envolvido.

Aliás, o drama horrível das vítimas rapidamente deixou de ser o assunto. A ponto de quase ninguém se lembrar da pergunta óbvia: se isto é assim com sacerdotes, que aspiram à santidade e temem o Inferno, como será com os demais? Todos preferiram a segurança ingénua de dizer que os padres é que são perversos e maus, deixando de olhar para outros grupos. Os dados disponíveis indicam que o problema é muito mais sério fora do clero.

Mesmo assim, a atenção foi muito positiva. Ver todo o mundo a repudiar a pedofilia é um sinal admirável. Esse é o mesmo mundo que ainda há pouco abominava o adultério, a pornografia, a homossexualidade e o aborto e hoje já os considera como aceitáveis e até recomendáveis. Por enquanto, ainda despreza ruidosamente a pedofilia. Isso é bom.

Para lá do problema concreto, tornou-se evidente o empolamento e o aproveitamento da situação, com evidentes objectivos ideológicos. A finalidade foi, simplesmente, retomar o tradicional e violento ataque à Igreja e ao que ela representa. Condenou-se uma fé e uma multidão, pelos actos de um punhado de criminosos. Aplicaram-se critérios de exigência e severidade que não são invocados com mais ninguém. Qualquer outra instituição, do exército à escola, dos partidos ao jornalismo, se fosse escrutinada da mesma forma severa e impiedosa como a Igreja tem sido, revelar-se-ia muito pior. Mais uma vez, a maioria dos comentadores mostrou a habitual clamorosa ignorância sobre os princípios e o funcionamento da Igreja. Os disparates inconscientes são tantos que chegam a ser comoventes. Como era de prever, a questão em breve se resumiu ao esforço usual de fazer com que a Igreja Católica funcione como uma das confissões protestantes. Como se o alívio da disciplina fosse a solução para crimes horrendos e evidentemente doentios. O raciocínio é tão tonto que se torna patético.

Mas tudo isto é compreensível. Os comentadores e repórteres, como os antigos perseguidores, não se sujeitam aos mandamentos da justiça e da caridade dos cristãos. Não compreendem a regra do argueiro e da trave, não precisam de estar sem pecado para atirar a primeira pedra, nem entendem as exigências do perdão. Até o mal disfarçado deleite com que tratam esta situação é normal. Quando as pombas caem na lama, os porcos sentem-se mais limpos.

No entanto, todos estes aspectos, apesar de importantes, passam ao lado do essencial. O que esta lamentável situação recomenda, de maneira evidente, é a mais cristã das virtudes, a humildade. O que este caso horrível manifesta, de forma enviesada, é a certeza fundamental da fé cristã, como de outras: "Ninguém é bom senão Deus" (Mc 10, 18). Logo a seguir ao esplendoroso Jubileu, este caso, tal como ele, aponta para o essencial. Ver a evidência do nosso pecado, mesmo nos mais eminentes, afirma radicalmente a nossa profunda humildade e leva-nos a glorificar o Senhor do universo.

Ao afirmarmos que só Deus é santo, não esquecemos o extraordinário tesouro de santidade que a Igreja constitui no mundo, em todos os séculos e em todos os lugares. Com Nossa Senhora e todos os bem-aventurados, famosos ou anónimos, a Igreja é uma presença sem par na História. Os cristãos orgulham-se justamente desses feitos, mas também sempre souberam que essa santidade não vem deles, mas de Jesus Cristo. Eles bem se lembram como eram antes de O encontrarem e como caem quando O abandonam. Este é o próprio mistério da Igreja, santa e pecadora. Ela é a portadora da realidade mais maravilhosa do universo, da notícia mais extraordinária, a "Boa Nova da Salvação". Mas isso é feito através de uma vida humana, frágil, modesta e comum. "Trazemos este tesouro em vasos de barro" (2 Co 4, 7). Este paradoxo tremendo define o Cristianismo e revela-se quer no esplendor da celebração comunitária, quer na miséria do crime pessoal.

Os apóstolos mudaram o Império Romano, como os monges transformaram a Europa e os missionários converteram o mundo, mas não passavam de pescadores ignorantes, pessoas rudes, pobres insignificantes, que nada indicava para essa missão. Prostitutas, ladrões, traidores, cobardes, ligados à videira que é Cristo fazem coisas assombrosas que espantam e movem a humanidade. Separados dela, caem numa miséria tão grande como os demais. Ou ainda maior, como agora se viu.

Na nossa grandeza como na nossa miséria, uma só certeza nos levanta. Por isso, repetimos continuamente, com profunda humildade: "Só tu, Senhor, és santo" (Ap 15, 4).

João César das Neves
In DN - 13. 05. 2002



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