Caro João:

Escreveste:
«Em relação ao que dizes sobre as supostas «várias orientações» da Igreja, mais uma vez, as discussões teológicas não são Tradição nem Magistério, mas sim as declarações oficiais do Magistério que, com autoridade, falam a verdade sobre a Escritura e a Tradição.»

Concordo com várias das coisas que afirmaste, mas não quero deixar em branco esta, que me parece incorrecta. O tema é muito difícil, mas discordo da tua afirmação. Dizer que as discussões teológicas não são Tradição da Igreja parece-me temerário. Os documentos do Magistério não se identificam como "A" Tradição, até porque se fossem idênticos não precisávamos de dois conceitos.

Excluir a discussão teológica da Tradição seria um atentado de enorme envergadura. Dou dois exemplos:

1) Podemos excluir toda a Patrística que não deu origem a "declarações oficiais do Magistério"? Não nos esqueçamos do "monstro" de discussão teológica que ali vai... Já viste os volumes "Migne"? O Patrologiae Latinae Cursus Completus são 221 grossos volumes e o Patrologiae Graecae Cursus Completus são 247 volumes.

2) As discussões teológicas sobre o tema da graça também se "deitam fora"? É que então aqui teríamos um problema muito sério: há muitos temas sobre a graça que, sendo tão difíceis e havendo opiniões tão divergentes, o Magistério nunca se pronunciou!

Ouvi uma vez a um professor de Eclesiologia uma expressão bastante feliz sobre a Tradição: a Tradição é como uma corda de sisal, feita de fios muito finos, de diferentes tamanhos e tons; alguns até parece que saem da corda (que parece peluda!), mas estão lá e a corda como um todo é forte, feita dessa enorme multiplicidade de pequenas fibras...

O problema da definição da Tradição é grande. De tal forma que a "Dei Verbum" pouco diz dela. Diz algo de muito importante, por exemplo, que foi a Tradição quem definiu o cânon bíblico, o que não é pouco (!), mas não define o seu "âmbito" com as "ideias claras e distintas" que pareces ter a este respeito.

Shalom!
Alef

Tiana talibata:

Andas muito desactualizada em relação ao que está escrito no Catecismo da Igreja Católica em relação à pena de morte... Continuas válida a minha sentença: escreves mais do que lês...

Alef

Ti.Ana Talibata:

Não é questão de horas... Isso anda mesmo mal... Vai ler um pouco mais antes de debitar "bitaites"...

De qualquer forma, como é teu hábito, misturas actos com bugalhos...

Alef

oops, alhos!

Alef

Tantos alhos, ao menos podiam fazer alguma coisa de útil: que tal um "aioli"? Pelo menos, come-se (apesar da Quaresma).
Ah, que saudades da colorida Provence (terra do Nostradamus, e da devoção ao Santo António - que contradição!)

Talibana:

1. Devias ler o Catecismo da Igreja Católica tal como foi publicado na versão definitiva. É que a pena de morte não tem o estatuto que lhe atribuis.

2. "Assassinar" é um conceito de conotações morais (isto é, tem que ver com as fontes de moralidade). Por isso um soldado armado que foi morto em combate não foi assassinado, como também não se trata de um assassínio o tirar da vida a alguém em legítima defesa. Cada um destes casos tem uma longa tradição e discussão.

Só há assassínio quando o acto "externo" (a morte de alguém, neste caso) "passar" no teste das fontes de moralidade. Se alguém deixou inadvertidamente um carro destravado, este começou a deslocar-se e matou alguém, não se trata de um assassínio, mesmo que o tribunal julgue o culpado de ter deixado o carro destravado de homicídio involuntário...

Portanto, dizeres que a Igreja permite o homicídio em determinadas circunstâncias é uma falsidade. A tua afirmação só se "percebe" numa enorme confusão de conceitos em que cais continuamente. "Homicídio" não é uma categoria meramente fenomenológica, mas também moral. É apenas a esse nível que a Igreja se manifesta (ao nível da licitude!). E a esse nível entram as tais três fontes de moralidade que qualificam o acto.

Muitas vezes misturas as coisas de tal forma que se perde a vontade de qualquer resposta... Uma das misturas mais frequentes é o de juntares a avaliação moral com o jurídico/penal, erro em que parece incorrer muita gente.

Alef

fONTE: catecismo da igreja católica:

"M.46.6 Juízo sobre a moralidade dos atos humanos

§1756 É errado, pois, julgar a moralidade dos atos humanos considerando só a intenção que os inspira ou as circunstâncias (meio ambiente, pressão social, constrangimento ou necessidade de agir etc.) que compõem o quadro. Existem atos que por si mesmos e em si mesmos, independentemente das circunstâncias e intenções, são sempre gravemente ilícitos, em virtude de seu objeto: a blasfêmia e o perjúrio, o homicídio e o adultério. Não é permitido praticar um mal para que dele resulte um bem."

Difícilmente a pena de morte (Matar intencional e livremente outro ser humano) ou matar em situação de guerra deixa de ser um homicídio

...moralista:

Onde queres chegar com a citação e o teu comentário? Se pudesses explicar um nadinha...

Entretanto, chamo a atenção para uma enorme dificuldade neste texto citado. O texto refere-se explicitamente à questão da licitude. E os exemplos ajudam a perceber o que se quer dizer, mas acabam por de alguma forma por não encaixar na formulação expressa na primeira frase. Vejamos o exemplo da blasfémia; os outros têm problemas semelhantes. A palavra "blasfémia" só tem sentido real quando leva consigo uma intenção. Se uma criança diz uma frase que na boca de um adulto consciente e livre seria uma blasfémia, não dizemos que a criança blasfemou. Sinal de que o exemplo da blasfémia não corrobora a afirmação de que basta a materialidade do acto (falo do acto tido habitualmente como mau) para dizer que é ilícito moralmente. Ao dizermos "blasfémia" não nos referimos apenas ao "objecto" e nesse caso podemos dizer que é sempre ilícita. Acho que a redacção do texto do catecismo neste caso se presta a ambiguidades. Outro aspecto a ter em conta é o das circunstâncias e isto é muito importante para a chamada moralidade interna. Se uma "blasfémia" é pronunciada por uma pessoa completamente embriagada, poderemos dizer que foi uma blasfémia (tenho algumas dúvidas), mas a pessoa não é directamente responsável pelo seu acto. O mal não está na "blasfémia", mas sim no facto de ter embrigado... Em termos cristãos, o seu pecado (noção importante neste contexto) não está na "blasfémia", mas no ter bebido irresponsavelmente.

Quanto à frase «Não é permitido praticar um mal para que dele resulte um bem» ela é verdadeira, mas tem de ser muito bem matizada. Com esta formulação a Igreja durante algum tempo opôs-se aos transplantes de órgãos de vivo para vivo, por considerar que não se pode causar um mal (neste caso uma mutilãção, por exemplo, a extracção de um rim para doação) para fazer um bem (dar um rim a alguém que precise dele).

Alef

Rosinha, tens razao!

Os homens querem sexo, as mulheres ao abortarem vao para a prisao. Entao prendam os homens primeiro...so as mulheres e que tem de ter juizo?

Alias, nunca fiz nenhum aborto!!!

Tanto esperma desperdicado...tanta gente que havia no mundo, se esse esperma fosse aproveitado...Tantos homens que se masturbam, mesmo os casados...
Agora se fizessem sexo, so quando casados como eram as nossas maes! Isso seria outro tipo de educacao sexual. Mas concordo que os homens fossem virgens tambem...

Taliban dixit:
Autor: Taliban
Data: 26/02/04 20:48

Já agora- donde vem o dinheirito para financiar esta megaoperação de lavagem cerebral, incluindo mailing-lists e peditórios ás portas das igrejas?

Não me tenho metido nesta questão, mas uma "adenda" do artigo de opinião de Mário Pinto, no «Público» de hoje, "responde" (será que ele anda a ler o fórum?;-) ):

«O movimento cívico "Mais Vida, Mais Família" ultrapassou já as 123 mil assinaturas no abaixo assinado que está a promover a nível nacional com o propósito de defender a vida humana e a família. Estes resultados foram conseguidos em cerca de um mês e sem a promoção da comunicação social nem apoios partidários; portanto, em desvantagem com os movimentos pró-aborto, que tiveram essa promoção e esses apoios em doses maciças e ao longo de vários meses». [fonte: [jornal.publico.pt]

[O destaque é meu].

Alef

Deixem as mulheres fazer, o que querem do proprio corpo delas!

Deixem as mulheres fazer, o que querem do proprio corpo delas!

Ninguem tem nada a ver com o corpo de cada um...

Taliban, tu das vida ca ao Forun :)

E quem respeita o corpo dos Nascituros?!

O corpo e o espírito dos bebés ainda por nascerem jamais são propriedade das suas mães!
Quem pensa e diz isso é maluco, selvagem ou criminoso!

Eles, por acaso, não têm direito à vida, tanto ou mais que as suas "mães" abortistas e assassinas?!

Para crimes iguais (homicídios!), castigos iguais, 25 anos de prisão, ou pelo menos 5 (já com atenuantes e tudo), para servirem-lhes de lição!

Vivam todos os Nascituros do mundo!

Eles são Seres humanos e Pessoas a cem por cento, tal como tu, tal como eu! Tens dúvidas?!

Imagina tu se a tua mãe te tivesse abortado! O que serias?
Pelo menos não dirias, nem farias, tantos disparates e iniquidades de uma só vez!

JUÍZO!

De regresso do paquistão, onde fui ao casamento faustoso do meu Ali - aquilo sim, é que são casamentos, homens dum lado, mulheres do outro,
orgias só no fim do dia, ai, ai já estou com saudades,

regresso e está tudo na amior brincadeira! que é isto? não há ninguém que meta estes infiéis na ordem??

E os homens quando se masturbam, nao deitam os filhos fora? Esses podem , nao e pecado?
O Homem que nunca se masturbou, ponha o dedo no ar.

meus kidos, e,em particular o lugo e a alefa:

Olhem kidos, deviam mudar vosso petit-nom, porque esses que usam é do

mais possidónio ke há, recomendo-vos por exemplo o petit-nom quico,

fred, guga tomazinho, fica

seeempe bem e dá uma certa credibilidade quando se faz censura católica,

tão a ver?


quando cheguei da missa juntamente com o tio janeca fiquei siderada ao

ver k me tinham banido do site, que vergonhaça, logo a mim ke sou do

mais católico ke há e até ja organizei umas excursõezitas a fátima e a

santiago de compostela e visitei o papa uma vez, consegui cem

assinaturas no abaixo próvida e tudo

esta atitude é do mais baixo nível,

bem kidos, eu compreeendo que os possidónios aqui do forum achem uma

caturreira andarem ás turras uns com os outros sem dizerem nada de

consistente e depois pedem desculpas uns aos outros e assim,

e acham-se o máximo, taão queridos que os meninos são!

Lá estarei terça feira, de óculos escuros, tailheur discreto , juntamente com

a biti, a purezinha, a mariazinha e a janeca e os pequnos do PP com os

seus cartazes anti- aborto, que palavra horrorosa, lá nos encontraremos,

pois tenho a certeza que o joquinha ( joão) , o avlis, o Nico ( isto sim, é um

petit-nom aceitável), e até o Lugo e a alefa, lá estaremos irmamente

por isso não sejam possidónios kidos e tentem manter a compostura...

Taliban,

Agora que regressaste do Paquistão, pedia-te que quando te cruzares com a Tia Beata lhe sugiras um estilo diferente de participação. Como sabes, as repetições de mensagens não são geralmente bem vindas, e por conseguinte, são eliminadas.

Luis Gonzaga
Equipa Paroquias.org

DIA 3 DE MARÇO

12.30h – CONCENTRAÇÃO NO LARGO DA ESTRELA

13H00 Caminhada Silenciosa até à Assembleia da República

APRESENTAÇÃO DO ABAIXO-ASSINADO

MAIS VIDA MAIS FAMÍLIA

POR LEIS DE APOIO À VIDA E À FAMÍLIA

CONTRA O ABORTO LIVRE

VENHA E PARTICIPE, TESTEMUNHE O SEU QUERER

Já assinou a Petição? Ainda vai a tempo. Veja como em:

WWW.PETICAO-VIDA.ORG

* * * * * * * * *

Comunicado de Imprensa de "Mais Vida, Mais Vamília":

190.635 PORTUGUESES ASSINAM POR “MAIS VIDA, MAIS FAMÍLIA”

(informação divulgada em conferência de imprensa)

* * * * *

O Movimento cívico “MAIS VIDA, MAIS FAMÍLIA” [www.peticao-vida.org] realizou hoje, pelas 15h00, uma Conferência de Imprensa no Hotel Lisboa Marriot, com o objectivo de fazer um balanço desta iniciativa popular, que decorreu entre os dias 24 de Janeiro e 27 de Fevereiro.

1. O movimento “MAIS VIDA, MAIS FAMÍLIA” recolheu, até ao momento, 190.635 ASSINATURAS no abaixo-assinado que está a promover a nível nacional com o propósito de defender a Vida humana e a Família.

(Nota: Este não é ainda o número final, visto que muitos contributos continuam a chegar um pouco de todo o país).

2. Esta foi uma iniciativa popular sem qualquer apoio institucional que conseguiu, num espaço de tempo de apenas um mês, ultrapassar largamente o número de assinaturas recolhidas pelo maior partido da oposição parlamentar, em colaboração com outros partidos, ao longo de 6 meses e com uma enorme cobertura mediática, meios financeiros e toda uma máquina partidária a trabalhar em uníssono.

3. A adesão popular excedeu as nossas melhores expectativas. O sucesso desta iniciativa demonstra que há uma grande parte da população portuguesa que não se revê nas opiniões ultimamente veiculadas erradamente como maioritárias e que estava ansiosa por poder manifestar o seu sentir.

4. É, portanto, uma falácia a ideia tão propagada de que o povo mudou a sua opinião e, portanto, se justifica um novo referendo. Se houve mudanças na sociedade portuguesa foi no sentido de uma maior consciencialização, em especial devido aos avanços da Ciência, da realidade dos bebés em gestação e dos direitos que lhes são devidos.

5. Recusamos a visão dicotómica instalada do “Sim” e do “Não” ao aborto. Todos se dizem contra o aborto, pelo que apelamos ao Governo e à Assembleia da República que legislem medidas concretas no sentido de criar uma verdadeira cultura de vida, contra uma cultura de morte que a nada conduz.

6. Relembramos aquilo que é pedido às entidades competentes:
a) O reforço da protecção da vida e dignidade de cada ser humano, no decorrer da actual revisão constitucional;
b) Um regime legal de protecção jurídica de cada ser humano, na sua fase embrionária;
c) Iniciativas legislativas de promoção da família nos domínios fiscal, laboral, habitacional, da segurança social, da saúde e da educação;
d) Medidas concretas de defesa da vida e da dignidade de cada ser humano, em particular, da mulher, muito em especial de apoio à mãe grávida em dificuldade, bem como ao recém-nascido.

7. Pretendemos, desta forma, reafirmar a convicção de que a valorização da vida humana deve continuar a merecer, no Código Penal, a protecção, a todo o tempo, da vida intra-uterina, e sendo o aborto intrinsecamente um mal, deve manter-se a sua definição como crime sujeito a punição.

Lisboa, 01 de Março de 2004

Contactos:

Luís Pereira de Almeida
Encarregado de Imprensa
“Mais Vida, Mais Família”

[www.peticao-vida.org]

Tel.: 93 720 91 25


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ATENÇÃO: Por motivos óbvios de força maior, publicarei este artigo informativo em dois ou três tópicos do Fórum Paróquias, pelo que agradeço desde já não ser eliminado nenhum deles.

Abelardo