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Ainda a questão do aborto: para lá dos anátemas...
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 02 de February de 2004 11:12

Já em tempos aqui falei da "Vinha de Raquel" e das suas actividades a propósito das inúmeras mensagens do Avlis sobre o aborto. Ando com vontade de escrever mais sobre o assunto, mas vou esperando momento mais propício. Contudo, o "Público" de hoje traz algumas notícias sobre o assunto que podem sugerir muita matéria de reflexão e debate. Aqui vão elas.
Alef


Associações Pró-vida Acompanham Mulheres Que Interrompem Gravidez


O anúncio vem nas páginas de classificados do PÚBLICO. Uma única palavra, a letras negras e maiúsculas, interroga: "Abortou?". Depois especifica: "Tem ataques de choro, angústia e pesadelos?" A Associação Sabor da Vida é responsável pela interpelação e deixa os seus telefones para futuros contactos, porque constata que a interrupção voluntária da gravidez (IVG) pode ser traumática e porque quem a pratica não sabe, muitas vezes, a quem recorrer.

"Às vezes parece que a solução do aborto é fácil, mas depois as mulheres sentem-se sós e desacompanhadas", explica Eugénia Botelho, da Associação Sabor da Vida (ASV), que tem recebido várias chamadas de pessoas que tencionam vir a fazer um aborto. De todos os telefonemas, apenas um era de uma mulher que já tinha abortado. Do outro lado da linha, a presidente da associação ouviu chorar e depois a mulher acabou por desligar.

Mas há quem tenha coragem de falar, mesmo que seja muitos anos depois, para confessar o sentimento de culpa, para admitir que se sente só na sua dor, para fazer o luto e poder encontrar alguma paz de espírito. O Movimento Defesa da Vida (MDV), o projecto da diocese de Lisboa "Vinha de Raquel", as associações Vida Norte e Mulheres em Acção têm acompanhado mulheres que sofrem de trauma pós-aborto.

"A primeira mulher que atendi estava grávida de cinco meses e chorava convulsivamente porque tinha morto um filho, cinco anos antes", conta Graça Mira Delgado, do MDV.

Nos dez anos de existência do movimento, o MDV, uma instituição particular de solidariedade social que desenvolve actividades de atendimento nas áreas do planeamento familiar, já acompanhou uma centena de casos.

As mulheres são encaminhadas para uma entrevista com um psicólogo ou com um técnico com formação específica. "O trabalho é de escuta e consciencialização de que têm de se desculpar a si próprias". O número de sessões são "as necessárias" e, por vezes, é preciso recorrer à terapia; noutras é aconselhada ajuda psiquiátrica.

Também as associações Sabor da Vida, Vida Norte e Mulheres em Acção oferecem ajuda psicólogica.

Chorar o filho que não nasceu

"As mulheres sentem culpa e sentem-se vítimas de uma situação: um companheiro que as forçou, uma mãe que não queria ser avó tão cedo", define Graça Mira Delgado. O grande problema das que fazem uma IVG é que não têm espaço para chorar o "seu bebé", acreditam a representante do MDV e Eugénia Botelho da ASV.

O luto pela criança que não nasceu é importante, concorda Claudia Muller, da "Vinha de Raquel", um projecto de retiros para mulheres que tenham abortado, da responsabilidade do Serviço Diocesano da Defesa da Vida, do Patriarcado de Lisboa.

"Quando uma criança morre é preciso fazer o luto. É preciso exteriorizar este sentimento e estabelecer uma relação com aquela criança, dando-lhe, por exemplo, um nome", adianta ainda. Nos EUA, de onde o projecto "Vinha de Raquel" é oriundo, há até quem faça lápides com o nome do bebé.

O projecto procura sobretudo que a mulher tenha "noção plena que houve uma morte e que permitiu que essa acontecesse", sublinha Claudia Muller. Para a responsável pelos retiros essa "noção de culpa" é essencial para "enfrentar a realidade" e é o "primeiro passo para a libertação". "Depois, há que tentar trabalhar a situação no sentido de não negar o que se passou, nem desculpabilizar", acrescenta.

O retiro já foi realizado por cerca de duas dezenas de pessoas. Durante um fim-de-semana, cerca de cinco mulheres - das mais variadas idades, houve já algumas com mais de 60 anos que sentiram necessidade de o fazer -, contam as suas histórias, fazem exercícios práticos e espirituais, acompanhadas por um sacerdote, um psicólogo e pessoas com formação recebida nos EUA. Claudia Muller defende o trabalho de grupo porque as mulheres sentem falta de partilhar as suas experiências, de perceberem que não são caso único.

Ao longo do ano, há pessoas que se conheceram no retiro e que voltam a encontrar-se, quando se sentem mais debilitadas, por exemplo, quando recordam a data em que interromperam a gravidez. O fim último do trabalho da "Vinha de Raquel" é ajudar as mulheres a "ganhar alguma paz interior".

Esse é o objectivo de todas as associações que ajudam mulheres que sofram de trauma pós-aborto. "Como cristã, acredito que a pessoa deve saber perdoar-se. Mas para quem não é cristão o percurso a fazer é o da reconstrução da sua auto-estima", conclui Eugénia Botelho, da ASV.

Por BÁRBARA WONG
"Público", Segunda-feira, 02 de Fevereiro de 2004
[jornal.publico.pt]


Desconforto Junto de Bebés e Mulheres Grávida


Depois de ter sido acompanhada por um amigo ou familiar no dia em que interrompe voluntariamente a gravidez, a mulher fica só e jamais confessa o que sente àquela pessoa que testemunhou aquele momento. Por vezes até se afasta desse familiar ou amigo, referem os responsáveis das associações pró-vida que o PÚBLICO contactou.

O que é que a mulher sente, depois de fazer um aborto? "Sente que não pode confessar a ninguém que tem dúvidas, porque foi forte quando tomou a decisão de abortar", responde Graça Mira Delgado, do Movimento Defesa da Vida (MDV).

Por isso isola-se e não fala sobre o assunto. Mas, a curto prazo, os sintomas desse isolamento começam a fazer-se sentir. Segundo o "site" dos retiros da "Vinha de Raquel", www.rachelsvineyard.org, os principais sintomas pós-aborto são: depressão, ataques de choro, incapacidade de se perdoar a si própria, enorme tristeza, raiva, desordens alimentares, ataques de ansiedade ou de pânico, distúrbios durante o sono, desconforto junto de bebés ou de mulheres grávidas.

O aborto pode ter "efeitos colaterais" na vida das mulheres, muitas vezes causando problemas familiares, acrescenta Claudia Muller, da "Vinha de Raquel".

Por vezes não são só as mulheres que sofrem depois da interrupção voluntária da gravidez. Também os tais familiares que a acompanharam e a ajudaram a decidir têm distúrbios semelhantes. "X tem 21 anos e a namorada fez um aborto há dois. Sente-se culpado por ter ajudado a matar o filho. Pensa muitas vezes na criança. Deu-lhe um nome. Fala com o filho não nascido e pede-lhe desculpa", relata Alexandra Tété, da associação Mulheres em Acção.

Por B.W.
"Público", Segunda-feira, 02 de Fevereiro de 2004
[jornal.publico.pt]


"Se o Interlocutor Diz Que o Aborto Foi Um Erro, a Mulher Vai Sentir-se Culpada"


São as condições em que é feita a interrupção voluntária da gravidez (IVG), em segredo, de forma clandestina e com o peso da criminalização que leva as mulheres a ter sintomas traumáticos, afirmam Duarte Vilar, da Associação para o Planeamento da Família (APF) e Helena Pinto, da União Mulheres Alternativa de Resposta (UMAR).

"Não é a sensação da perda do feto, isso só acontece se existirem dúvidas ou se se não tomou a decisão de livre vontade. Mas a maioria das mulheres decidem e ponto final", considera Duarte Vilar.

À APF já chegaram algumas mulheres, poucas, depois de terem abortado. Os técnicos da associação encaminham-nas para o centro de saúde, de maneira a que possam fazer um "chek-up", e depois são orientadas para uma consulta de planeamento familiar. "Nunca nos apareceu uma situação dessas, mas caso haja sintomas de depressão encaminharemos para um serviço de saúde mental", acrescenta Duarte Vilar.

"A clandestinidade, o não saber a quem recorrer, não poder falar abertamente, a questão financeira, tudo isso cria uma situação complicada na cabeça das mulheres. Quando há trauma, é muito devido à forma como o aborto é feito", considera Helena Pinto, da UMAR - organização não governamental que se dedica à defesa dos direitos das mulheres e que se tem posicionado pelo "sim" ao aborto -, acrescentando que "a sociedade não deve condenar".

"Nós não condenamos, não apontamos o dedo, mas damos a mão às pessoas que precisam. Claro que preferimos que nos contactem antes de fazer o aborto", replica João Paulo Carvalho, da Vida Norte.

A mesma posição têm as outras associações pró-vida. É óbvio para todas que a mulher deve assumir a "culpa" e fazer o luto. "A pessoa bem pode tentar enganar-se, mas tudo o que é vivo cresce e 'aquilo' que tem dentro de si está a crescer. Se não é um ser humano, é o quê? As pessoas acham que é um amontoado de células, mas 'o essencial é invisível aos olhos', como diz Saint-Exupéry", defende Eugénia Botelho, da Sabor da Vida.

"Se, quando a mulher procura ajuda, o interlocutor diz que [o aborto] foi um grande erro, claro que ela se vai sentir culpada. A IVG é realizada nas primeiras semanas, por isso não devemos pôr uma mulher a pensar como quem vive plenamente a gravidez", reage a dirigente da UMAR.

Em 2001, o psiquiatra Álvaro Carvalho fazia um balanço sobre os "Aspectos Psicológicos da Interrupção Voluntária da Gravidez" e, na ausência de estudos portugueses, analisava os trabalhos feitos na Grã-Bretanha e nos EUA, na década de 80, e concluía que "não é comum registarem-se sequelas emocionais significativas nas [mulheres] que a concretizam [à IVG], em registo legal, em particular durante as 12 semanas de gestação".

A maioria das inquiridas (75 por cento) declarava sentir alívio; apenas 15 por cento referiam culpabilidade e depressão e 10 por cento consideravam a experiência negativa, com repercussões que iam da disfunção sexual à descompensação psicótica ou mesmo ao suicídio. Segundo um estudo feito no Reino Unido, as consequências negativas são mais comuns em mulheres "com atitude ambivalente em relação à IVG, por motivos morais e religiosos", acrescentava.

Por BÁRBARA WONG
"Público", Segunda-feira, 02 de Fevereiro de 2004
[jornal.publico.pt]


José Lutou por Filho Que Maria Decidiu Não Ter


Ainda não tinham passado quatro meses do início do namoro quando Maria (nome fictício), na altura com 21 anos, dá a notícia: "Estou grávida". De repente, o mundo do casal desmorona-se e "tudo é um problema". Maria não é efectiva na empresa onde trabalha, o relacionamento amoroso é recente, as famílias não vão apoiar... "Agimos por desespero", lembra o namorado, José (nome fictício), hoje com 23 anos. A solução é uma só, chama-se interrupção voluntária da gravidez, "é o nome mais suave que se dá ao aborto", ironiza.

Só que José começa a ler, a investigar na Internet. Quanto mais lê, mais acredita que abortar será um erro. "O que nos levava a querer fazer aquilo não era a falta de meios, mas o medo de enfrentar uma situação nova. O aborto era a solução mais fácil, mas se o fizéssemos o trauma seria muito maior", analisa.

Perante aquilo a que José chama "consciencialização", ele e a namorada desentendem-se, ela mantém a mesma opinião, ele não. "Eu dizia de tudo, ia buscar coisas à Net, ajoelhava-me a pedir-lhe que caísse nela", recorda. Mas ela tem o apoio da irmã mais velha, que a mantém consciente de todos os inconvenientes de ter um filho naquela altura da sua vida.

José acaba por perder a batalha quando a namorada o abandona e sai da sua casa, em Gaia. Um dia, Maria liga-lhe, está numa clínica, no Porto, onde vai abortar. "Fui à PSP, à Polícia Judiciária, ao Ministério Público. Fui à clínica e fiz um escândalo tão grande...".

José desespera, quer que o Ministério Público lhe dê poder sobre o filho que a namorada traz no ventre, mas não há lei que preveja tal situação, lamenta. "Quando aquelas meninas escrevem na barriga 'Aqui mando eu' esquecem-se que um bebé não se faz sozinho. O homem é impotente para fazer seja o que for e eu sofri muito por não poder fazer nada", reflecte.

A sua única vitória é, graças à denúncia, a clínica fechar poucos meses depois. Não foi naquele dia, mas noutro. Maria atravessa a fronteira e acaba por cumprir a sua decisão em Espanha. Pouco tempo depois, liga a José, precisa do seu apoio, chorava-lhe ao ouvido. Maria está arrependida. Ainda hoje chora quando vê um bebé, martiriza-se a pensar se seria menino ou menina.

"O sofrimento é bem maior do que se tivéssemos tido aquele filho". José não condena a namorada, ela "acreditou que aquela era a solução", explica. Hoje, passado um ano, continuam juntos e o maior sonho de Maria é voltar a engravidar.

Regularmente, o casal volta ao tema aborto. Falam sem se recriminar, falam "de uma forma diferente", fazem-no também para ajudar outras pessoas que já passaram pelo mesmo ou que ponderam vir a fazê-lo. Maria e José colaboram com uma associação pró-vida. "Fazemos isto porque o coração nos obriga", precisa José.

Por B.W.
"Público", Segunda-feira, 02 de Fevereiro de 2004
[jornal.publico.pt]

Re: Ainda a questão do aborto: para lá dos anátemas...
Escrito por: Ana Amorim (IP registado)
Data: 02 de February de 2004 13:06

Olá.

É muito pertinente expormos este tipo de questões.
A meu ver, uma mulher que opta por esse caminho, está a sofrer muito! Acredito que quem opta por interromper algo que deveria ser maravilhoso, não está no uso perfeito de todas as suas faculdades emocionais. Não é de ânimo leve que se pensa fazer um aborto, a menos que a mulher não seja mentalmente sã.
Uma coisa que me revolta nesta discussão política do aborto é esta: se não se sabe como lidar com um problema, legaliza-se o problema e vivemos felizes para sempre...
O aborto não é uma questão política mas sim de educação. Não é por o aborto se passar a fazer em clínicas que o aborto clandestino vai deixar de existir! A razão de existir o aborto clandestino é que ninguém admite que o faz... Legalizar apenas é tentar pôr às claras aquilo que ninguém quer que se saiba...
O que se deveria fazer é descobrir as razões que levam as mulheres a abortar.

Re: Ainda a questão do aborto: para lá dos anátemas...
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 02 de February de 2004 18:51

Sobre as mulheres que praticaram o aborto, lembro-me do versículo Jo 8,7: «Quem de vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra!»

A nós, sociedade, cabe-nos o papel de as ajudarmos a cumprir o que Jesus lhes pede: «Vai e de agora em diante não tornes a pecar.»

Mais do que julgar e condenar, à sociedade cabeo papel de perdoar e ajudar.

Luis

Re: Ainda a questão do aborto: para lá dos anátemas...
Escrito por: ^Ö^ (IP registado)
Data: 02 de February de 2004 22:00


>>> COMENTÁRIOS IRÓNICOS "ANTI-NECRÓFILOS":


«MÁFIAS Pró-MORTE Acompanham Mulheres Que DESTROEM a Gravidez...!»

# «- "Abortou?". [Não tem importância...!] Depois JUSTIFICA...! - "Tem ataques de choro, angústia e pesadelos?" - A "Associação Sabor da MORTE" é responsável pela interpelação e deixa os seus telefones para futuros contactos [sobretudo no Inferno...!], porque constata que a "INCINERAÇÃO voluntária da gravidez" (IVG) pode ser traumática, e porque a MULHER-ASSASSINA não sabe, muitas vezes, a quem recorrer [para perpetrar tão abominável crime!]...»

# «O "Movimento Defesa do VÍCIO" (MDV), o projecto da DIURESE de Lisboa "VÍBORA DE RAQUEL", as associações "VIDA-MORTE" e "Mulheres em À-CÃO" têm acompanhado ASSASSINAS que sofrem de TRAMA pós-aborto...»

# «Nos dez anos de existência do movimento, o MDV (Defesa do VÍCIO), uma instituição particular de LICENCIOSIDADE social que desenvolve actividades de atendimento nas áreas do SANEAMENTO familiar, já acompanhou uma centena de casos...
"O trabalho é de DISPUTA E PRESUNÇÃO de que as ASSASSINAS têm de DESMASCARAR-SE a si próprias"...»


«"Chorar" o filho que ELA MESMA MATOU...!»

# «"As ASSASSINAS NÃO SENTEM culpa e acham-se vítimas de uma MAQUINAÇÃO: um AMANTE que SE APROVEITOU; uma MEGERA que não queria ser avó tão cedo"...»

# «O NOJO pela criança que MATARAM é importante, concorda Claudia Muller, da "VÍBORA DE RAQUEL", um projecto de COMÍCIOS para as mulheres que tenham ASSASSINADO, da responsabilidade do Serviço CESARIANO da Defesa da MORTE, do MATRIARCADO de Lisboa...»

# «"Quando uma criança é ASSASSINADA, é preciso fazer a DISSIMULAÇÃO. É preciso exteriorizar esse NOJO e estabelecer uma REPULSA com aquela criança, dando-lhe, por exemplo, um INSULTO, adianta ainda. Nos EUA, de onde o projecto "VÍBORA DE RAQUEL" é oriundo, há até quem faça SÁTIRAS com os nomes dos bebés [assassinados]...»

# «O projecto procura sobretudo que a CRIMINOSA NÃO TENHA "noção plena que houve um INFANTICÍDIO e que PREMEDITOU que ele acontecesse", sublinha Claudia Muller.
Para a responsável pelos COMÍCIOS essa PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA é essencial para "enfrentar a DESPENALIZAÇÃO", e é o "primeiro passo para a DESCRIMINAÇÃO".
"Depois, há que tentar CONTORNAR a situação, no sentido de DETURPAR o que se passou e DESCULPABILIZAR-SE", acrescenta...»

# «Esse é o objectivo de todas as associações que ajudam ASSASSINAS que sofram de traumas pós-aborto.
"Como LIBERTINA, acredito que a INFANTICIDA deve saber DISSIMULAR-SE...»


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>>> REFRÃO: "COITADAS" DAS MULHERES "VÍTIMAS DE GRAVIDEZES INVOLUNTÁRIAS" [VGI] – QUE SE VÊEM "FORÇADAS" A MATAR OS PRÓPRIOS FILHOS EM GESTAÇÃO! – POIS TAIS NASCITUROS, QUAIS INTRUSOS, NÃO TINHAM NADA QUE... DEIXAREM-SE CONCEBER ANTES DE SEREM DESEJADOS...!?


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Re: Ainda a questão do aborto: para lá dos anátemas...
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 02 de February de 2004 22:24

Avlis,

Lamento informar-te mas a Inquisição já terminou, e a pena de morte não existe em Portugal. Decerto que se dependesse de ti, qualquer mulher que já passou por uma situação de aborto deveria ser condenada à morte. Se possível, da forma mais dolorosa e lenta.

Para ti, o ideal era que a associação Vinhas de Raquel informasse as autoridades da identificação das mulheres que procuram apoio, para que se pudesse aplicar a pena correspondente: abortou, vai ter de morrer.

Para "católico convicto" falta-te compreender o sentido de dois conceitos: perdoar e que todo o ser humano é pecador.

Luis

Re: Ainda a questão do aborto: para lá dos anátemas...
Escrito por: Ana Amorim (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 09:34

Desculpa...

Tu acreditas em Deus?
Não me parece...

Re: Ainda a questão do aborto: para lá dos anátemas...
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 12:00

Recordam-se do tópico hipocrisia católica, colocado pela diana em 19/01/04 22:37?

Mesmo que o Morcego ^Ö^ esteja a brincar (porque não considero possível que alguém escreva a sério tais barbaridades) é uma brincadeira muito pouco própria, e de mau gosto.

Pega precisamente nalgumas das poucas iniciativas válidas existentes na sociedade para um problema grave e trata de as tentar descredibilizar.

Mesmo a brincar, não são palavras para um católico.

Se fôr a sério, ^Ö^ , agradece por a Inquisição não existir. Sabes como eram tratadas as heresias, não sabes...

João (JMA)

Re: Ainda a questão do aborto: para lá dos anátemas...
Escrito por: VM (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 12:16

Este tópico, parece ser mais um modo para "desconversar" do que para trocar ideias, com a agravante de estarmos a tratar de uma matéria tão delicada e sensível!!!

Irmão JMA: acha mesmo que o Morcego merece a sua atenção? Não perca tempo com esses tipos de intervenção, e continue a privelegiar-nos com a partilha das suas ideias, que tanto valor demonstram continuamente.
Um Abraço.

Re: Ainda a questão do aborto: para lá dos anátemas...
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 14:12

O òdio que o avlis vomita neste último post, quase que se cola ao écran.
ESte ódio contra ele se volta, como tudo nesta vida.
Diz-se católico e arauto da divindade. Acredito que sim.
Por causa de gajos como ele é que me converti ao Islão.

Vamos agora ás vinhas de raquel. Por trás duma associação aparentemente benemérita, o que se esconde?

Do citado artigo do público , que também li, uma afirmação arrepiante sobressaiu - a ideia qde que esta ajuda passava POR UM PROCESSO DE CULPABILIZAÇÃO DAS MULHERES. Seria primeiro poasso número um do "retiro-lavagem cereberal", tão ao gosto americano.

Lápides por fetos? De quantas semans?
Que coisa tão mórbida e destrutiva...

Mulheres, inseguras e fragilizadas, seriam em primeiro lugar culpabilizadas e depois mirificamente slavas, depois de cumprirem penitências.

Bem , já aqui se disse que é verdade que muitas mulheres após aborto têm depressões. Após um parto também.


O que custa aceitar para estas criaturas ditas católicas é que as mulheres podem optar.

Re: Ainda a questão do aborto: para lá dos anátemas...
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 14:19

Cerca de 100.000 católicos portugueses assinaram um documento sobre a despenalização do aborto e a necessidade de um novo referendo, que vai hoje ser objecto de debate no Parlamento

Eporque está na moda os posts, aqui via mais um para o avlis e companhia, incluindo os sacrossantso das vinhas de raquel.

www.sic.sapo.pt.article1213visual4.html


Aborto clandestino - Flagelo mundial

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o aborto ilegal um flagelo mundial caracterizado por "falta ou inadequação de aptidões do prestador do serviço, técnicas perigosas e infra-estruturas sem condições de higiene e segurança". Estimativas feitas com base num estudo global desenvolvido entre 1995 e 2000 indicam que se fazem, por ano, em todo o mundo, 20 milhões de abortos ilegais. Destes resultam cerca de 80 mil mortes de mulheres grávidas, o que representa 13 por cento das causas de morte materna.

A geografia é determinante para perceber a dimensão do fenómeno já que menos de um milhão de casos de aborto ilegal acontece nos países desenvolvidos, onde mesmo assim morrem 500 mulheres por ano. Os casos mais graves são na América Latina, com quatro milhões de abortos clandestinos, em África, onde se realizam cinco milhões, e na Ásia, com quase dez milhões deste tipo de interrupções da gravidez de forma ilegal e insegura.

"Contrariamente ao pensamento comum, a maioria das mulheres que faz abortos é casada ou vive em uniões estáveis e já tem vários filhos. Usam o aborto para limitar o tamanho da família ou espaçar os nascimentos. Elas podem recorrer ao aborto devido a falha dos contraceptivos ou por falta de acesso a métodos modernos. Contudo, em todas as partes do mundo, particularmente em áreas urbanas, existe uma incrível proporção de abortos que são feitos entre adolescentes solteiras; em alguns centros urbanos eles representam a maioria das mulheres que procuram abortar", segundo estudos da OMS sobre o fenómeno.


Complicações de saúde

As técnicas usadas para abortar, as características físicas e de saúde das mulheres, a presença de doenças sexualmente transmissíveis ou infecções do trato reprodutivo, a idade e o estádio da gravidez explicam os casos mais ou menos graves de sequelas pós-aborto ilegal.

As complicações mais comuns que podem ser fatais se não forem tratadas atempadamente são:

as septicémias
hemorragias
traumatismos genitais e abdominais
perfuração do útero
envenenamento

A morte pode também advir de complicações secundárias como gangrena e falha renal grave. Mesmo que sobrevivam, algumas mulheres têm sequelas permanentes como dores pélvicas crónicas, inflamações pélvicas, oclusões nas trompas e infertilidade.

Uma alta incidência de gravidez ectópica e partos prematuros, bem como riscos de aborto espontâneo nas gravidezes seguintes são outras consequências possíveis de abortos mal feitos. Já um "aborto realizado por pessoas qualificadas com a uso de técnicas correctas e dentro dos parâmetros de higiene e segurança, é um procedimento cirúrgico relativamente seguro", diz a OMS.

"Enquanto que no caso de um aborto simples ou espontâneo precisa de pouco mais de três dias de hospitalização, os casos mais complicados necessitam de uma estadia cinco vezes mais longa. O tratamento de complicações de aborto em hospitais exige uma enorme utilização de recursos incluindo cama, transfusões de sangue, medicação bem como acesso a blocos operatórios, anestesia e especialistas médicos. Por isso, as consequências do aborto ilegal exigem uma resposta clínica, material e financeira enorme tendo em conta a falta de recursos de muitos países em desenvolvimento", acrescenta a OMS.


Riscos acrescidos na adolescência

A questão da gravidez adolescente é considerada um das situações mais preocupantes dentro das novas tendências, em especial nas zonas urbanas, em especial nos países em que o aborto é ilegal e os serviços de planeamento familiar inadequados.

A OMS alerta para a evolução da variedade de padrões demográficos e sócio económicos como ao adiamento do casamento, o abrandamento de constrangimentos tradicionais, a influência dos meios de comunicação social sobre estilos de vida alternativos que podem conduzir a actividade sexual precoce e eventuais gravidezes na adolescência.

"Nas situações em que a informação sobre da sexualidade, práticas sexuais seguras e contracepção estão indisponíveis ou mal dirigidas para as necessidades dos jovens, é provável que ocorram muitas gravidezes indesejadas, numa proporção que vai terminar com o aborto, seja ele seguro ou não. As mulheres jovens podem ser vítimas de abortos perigosos, mesmo quando o aborto é permitido, devido à falta de informação e capacidade de tomar decisões informadas e procurar assistência", diz OMC.


Conselhos para futuro mais promissor

Mas há ainda uma alerta a fazer para os países onde apesar de o aborto ser legal em certas condições, muitas mulheres não terem meios ou poder de decisão suficiente para procurar esses serviços, que se podem também apresentar de forma inadequada para quem deles precisa. A falta de privacidade ou de confidencialidade e a atitude desencorajadora dos prestadores dos serviços de saúde são apontados como barreiras pelos peritos.
Morbilidade e mortalidade devido ao aborto decrescem geralmente devido a uma série de factores, incluindo: mudanças nas leis de aborto e crescente acesso a serviços seguros; crescente uso de contracepção; crescentes capacidades por parte de prestadores destes serviços fora do sistema nacional de saúde e/ou uso de fármacos modernos; além de um aumento do número de pessoas ligadas à saúde capazes de proporcionar cuidados que evitem complicações relacionadas com o aborto", explica a OMS.

Re: Ainda a questão do aborto: para lá dos anátemas...
Escrito por: VM (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 16:05

Extrato do artigo partilhado por taliban:

"aborto realizado por pessoas qualificadas com a uso de técnicas correctas e dentro dos parâmetros de higiene e segurança, é um procedimento cirúrgico relativamente seguro", diz a OMS

Observação ao extrato:

NOTA- esqueceram-se de dizer que SÓ não continua "seguro" para o bébé!


Re: Ainda a questão do aborto: para lá dos anátemas...
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 16:23

Qual bébé?????????????????????

Re: Ainda a questão do aborto: para lá dos anátemas...
Escrito por: VM (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 17:02


Irmão Taliban.

Uma boa pergunta, merece sempre uma boa reflexão.
Que tal esta mesmo, para hoje : Qual bébé??????????????????????

Re: Ainda a questão do aborto: para lá dos anátemas...
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 17:45

Diz lá, tu é que falaste num bébé imaginário... ou fantasmático.

Vamos ao Dicionário de Língua Portuguesa:

Bebé - s.m. criança de colo.

As palavras não são neutras.

Re: Ainda a questão do aborto: para lá dos anátemas...
Escrito por: VM (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 17:56

Irmão Taliban:
Não jogues com palavras. És inteligente q.b. para perceberes aonde é que eu queria chegar. E que se dane o dicionário.
Abraço fraterno.

Re: Ainda a questão do aborto: para lá dos anátemas...
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 18:04

Quem jjoga com as palavras és tu.
Diz lá onde queres chegar.

E que se dane o docionário, quer dizer, que se danem as fêmeas, claro.

Concordo, ó irmão. O Avlis também

Abraço fraterno

Re: Ainda a questão do aborto: para lá dos anátemas...
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 18:07


Parece que o taliban(a) está tão preocupado no drama que aflige a mulher que se esquece que a tensão existente só se tem lugar porque está em causa a relação entre dois seres humanos. Que preocupação teria uma mulher com uma "amálgama de células" que a habitaria? De saúde, de achar que é uma doença -- mas não é isso que se verifica, e sim a afectividade natural entre mãe e filho.

Aquele argumento abortista citado numa das notícias acima ("Se o Interlocutor Diz Que o Aborto Foi Um Erro, a Mulher Vai Sentir-se Culpada") de que a mulher só tem problemas de consciência devido a pressões e condenações sociais é bastante infundado. O estudo citado (bastante desactualizado, por sinal!! dados da década de 1980 não permitem avaliar realmente as consequências!!) não é nada conclusivo: há outros estudos que indicam um balanço contrário e é por isso que se tem dado mais atenção ao incentivo da abstinência, precisamente nos EUA e Reino Unido (que implica projectos de vida sustentados e uma valorização da afectividade matrimonial, prevenção efectiva do aborto). De facto, sei da experiência de grupos que trabalham de uma forma activa na sensibilização das mulheres que vão recorrer ao aborto, que a maioria "não quer" abortar e que é influenciada por diversos factores a fazê-lo -- isso toda a gente sabe e a notícia referida também fala nisso. Mas o que se refere muito raramente é a forma como as mulheres que fazem aborto sem "problemas de consciência" cuidam de si mesmas e das suas relações: o resultado é a promiscuidade, a falta de auto-estima e verdadeira doação pessoal a uma relação, que acaba por se tornar viciante na busca do prazer. Isto, é claro, em diversos graus de impacto, mas que o aborto deixa estas marcas na capacidade de relacionamento de uma mulher, isso é inegável. Não seria de esperar outra coisa...

Em relação a este assunto, o Luís Gonzaga também parece atribuir muito depressa o perdão e requisitar o silêncio dos outros em relação à falta grave que é o aborto. Não vamos "atirar pedras", mas como vivemos em sociedade vamos certamente condenar o acto sem deixar de estender a mão à possibilidade do ARREPENDIMENTO onde ele tem que existir, antes de concedermos também de coração contrito o nosso perdão.

Um dos maiores dramas em vivemos é que a sociedade já não se sabe (nem quer saber) o que é moralmente bom. Como em tudo o resto, é a Verdade que nos liberta. Portanto, não escondamos que o aborto é um crime, com todas as atenuantes que possa ter. Ajudaremos assim muitas mulheres a raciocinarem as causas da sua infelicidade actual, sem suspeitarem de que a sua intimidade está comprometida pela violação do dom que as tornam femininas, a maternidade.

João Oliveira

Re: Ainda a questão do aborto: para lá dos anátemas...
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 18:10

Peço desculpa por alguns erros ortográficos, escrevi depressa... :o)

João Oliveira

Re: Ainda a questão do aborto: para lá dos anátemas...
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 18:28



Muito a propósito:


A questão



A questão da despenalização do aborto regressou, de novo, à ordem do dia. À primeira vista, ninguém é a favor do aborto. Todos dizem que é um mal; todos reconhecem que deixa na mulher marcas eternas que ninguém pode cancelar -- habitualmente esquecem, depois, as marcas que deixa no filho que não nasce... Mas, apesar disso, lá vão dizendo que, afinal, a legalização do aborto é necessária para acabar com os abortos clandestinos...

Ora, na questão do aborto todos esses argumentos não passam de distracções retóricas. De facto, quando se fala de aborto, existe apenas uma questão: é ou não humana aquela vida cujo coração, apesar de minúsculo, bate no seio da mãe? É apenas um aglomerado de células, ou é vida humana? E porque a vida humana é muito mais que um conjunto de dados científicos, não basta que um qualquer cientista assegure que ainda não o é.

Ora, mesmo que em alguns espíritos existisse dúvida acerca desta questão fundamental (e ela tem que existir porque ninguém conseguiu provar plenamente que aquele ser ainda não é humano), a solução a todos os níveis -- científico, ético, político, legislativo -- não pode deixar de ser uma, e somente uma: a defesa da vida.

E isso significa a penalização de quem atenta contra a vida humana, mesmo que tenha para isso todas as atenuantes.


Pe. Nuno Brás

in "Voz da Verdade", n.º 3649 (1 Fevereiro 2004)

Re: Ainda a questão do aborto: para lá dos anátemas...
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 18:46


Queria só comentar dizendo que a questão da vida humana desde a concepção é mesmo a essencial: porque se não fosse realmente humana aquela vida, não se justificaria tanta pressão em relação à vida da mulher.

Enquanto os abortistas pretendem ignorar ou atirar areia e confusão àqueles que, por vezes mal, defendem a vida humana desde a concepção (Deus sabe que vêm mais longe nas consequências que esse crime tem para a sociedade em geral), vão descredibilizando este fundamento com todas as condicionantes que podem haver. E as pessoas, incautas e desprevenidas pela falta de empenho (e de virtude pessoal, o que os cega às possibilidades condicentes com a vontade de Deus) no discernimento destas "névoas", vão concedendo cada vez mais naquilo que defendem...

Relembro que se terá de voltar a falar sobre a forma como o uso da contracepção supõe e promove o recurso ao aborto...

João Oliveira

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