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Re: CASTIDADE - a Pérola das Virtudes
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 20:05

AHHHHH. Qual é o texto relativo á proibição do sexo oral na bíblia????????????????



Se encontrares tens direito a prémio.

Re: CASTIDADE - a Pérola das Virtudes
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 20:14


A proibição do sexo oral inclui-se na diversidade de comportamentos sexuais que ultrapassam a relação sexual natural, a cópula matrimonial.

Bem, acho que já foi dito várias vezes neste fórum que a autoridade sobre a legitimidade dos comportamentos sexuais é explicada e desenvolvida pela Igreja sob inspiração do Espírito Santo, genuinamente interpretada pelo Magistério, de modo que a Escritura não se refere, nem tem que se referir, a todo o tipo de assuntos morais. Certamente que há bases fundamentais mas nada de tão específico...

Re: CASTIDADE - a Pérola das Virtudes
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 20:17

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!


A "Relação sexual natural" é a cópula matrimonial!!!!!!!!!!!

Todos os animais praticam a cópula matrimonial??????????


Já que é tão natural??

Onde vem escrito isso na bíblia?

Re: CASTIDADE - a Pérola das Virtudes
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 20:53


Não quero tornar este fórum num qualquer chat... Mas parece que estou a falar com alguém que não tem problemas em fazer isso...

Os seres humanos amam-se e procriam a partir da relação sexual. É aí que está a intencionalidade do prazer sexual e do vínculo espiritual que aí se realiza entre um homem e uma mulher. Que, se a pseudo-muçulmana de plantão neste fórum compreender bem, são muito diferentes de quaisquer "animais"...

Nos textos acima há referência a algumas citações bíblicas... Posso voltar mais tarde e expôr o ensino do Catecismo, juntamente com os versículos adequados.

Desejo-te a Paz que só Cristo te pode dar, "taliban"...

Re: CASTIDADE - a Pérola das Virtudes
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 21:06

"A "Relação sexual natural" é a cópula matrimonial!!!!!!!!!!!"
tão divertido!

Re: CASTIDADE - a Pérola das Virtudes
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 22:22

Caro João Oliveira,

O que eu disse pareceu-me claro. Afirmei que no Ct fala-se de Amor, e fala-se de Amor fora do contexto matrimonial: "o Amor ali descrito não é relacionado com qualquer matrimónio"

Isto porque tinhas referido o matrimónio: agora falas em "desejo matrimonial" e "futuro". Estou de acordo. Este Ct refere-se ao Amor e antes do casamento. Logo não se pode dizer que é relacionado com o casamento (a menos que seja para dizer que lhe é anterior).

Quando eu referia que se tratava de Amor fora do âmbito matrimonial, significava isso mesmo: que não era dentro da relação matrimonial.

João (JMA)

Re: CASTIDADE - a Pérola das Virtudes
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 22:28

Dizes ainda:
"Não vejo qualquer referência que possa ser entendida como estando fora de uma aliança esponsal, nupcial, matrimonial..."
Depende do teu conceito de esponsal e nupcial: queres com isso dizer que é um amor já com um determinado grau de compromisso, mesmo que antes do casamento?
Mas, também, existe amor sem compromisso?

João (JMA)

Re: CASTIDADE - a Pérola das Virtudes
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 04 de February de 2004 13:18

Claro que existe.

Re: CASTIDADE - a Pérola das Virtudes
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 04 de February de 2004 15:20

Ola' Joao,

Sejas Bem Vindo! Vejo que estiveste cerca de um ano sem dares sinal de vida. Espero que esteja tudo bem contigo, e que este ano que passou tenha sido util na tua caminhada espiritual.

Um abraco,
Luis

Re: CASTIDADE - a Pérola das Virtudes
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 04 de February de 2004 19:46

Caro Taliban,

Então explica lá a tua noção de Amor para eu entender como é possível sem compromisso.

João (JMA)

Re: CASTIDADE - a Pérola das Virtudes
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 05 de February de 2004 09:11

"Amor é fogo que arde sem se ver
é ferida que dói e não se sente
é um contentamento descontente..."



"Ela
Que ele me beije com beijos da sua boca!
Melhores são as tuas carícias que o vinho,
ao olfacto são agradáveis os teus perfumes;
a tua fama é odor que se difunde.
Por isso te amam as donzelas.
Arrasta-me atrás de ti. Corramos!
Faça-me entrar o rei em seus aposentos.
Folgaremos e alegrar-nos-emos contigo;
mais do que o vinho celebraremos teus amores.
Com razão elas te amam.

Ele
A uma égua entre os carros do Faraó
eu te comparo, ó minha amiga.
Formosas são as tuas faces entre os brincos,
e o teu pescoço com os colares!
Para ti faremos arrecadas de ouro
com incrustações de prata."

Isto é amor.

Re: CASTIDADE - a Pérola das Virtudes
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 05 de February de 2004 12:54

Caro Taliban,

Analizemos as tuas referências ao amor.

No soneto de Camões e no Cântico dos Cânticos existe uma celebração ao amor humano.

Trata-se de um verdadeiro Amor, através do qual "transforma-se o amador na cousa amada" como muito bem escreve Camões num outro soneto.

Estamos a falar de um sentimento que nos descentra de nós próprios, e faz encontrar num outro - que não nós próprios - fundamentos de existência: amar é também "existir para".

Nessa saída de nós próprios - contrário do egoísmo e da auto-suficiência - existe uma transferência para o outro do "centro do mundo": já não existimos só (nem principalmente) para nós.

Se eu tenho tais sentimentos por outra pessoa, isso faz-me entrar em comunhão com ela, "ser com" ela.

Consegues configurar maior compromisso? E no seu sentido mais forte.

Camões di-lo melhor:
"Transforma-se o amador na cousa amada,
Por virtude do muito imaginar;
Não tenho logo mais que desejar,
Pois em mim tenho a parte desejada."

Mas neste Fórum, é melhor utilizarmos uma citação bíblica que foi utizada por Paulo num sentido de Amor e comunhão entre ele e Cristo, mas que nos dá esta dimensão do Amor em geral:
"Já não sou eu que vivo mas é Cristo que vive em mim" Gl 2, 20

João (JMA)

Re: CASTIDADE - a Pérola das Virtudes
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 05 de February de 2004 14:47

O tipo de amor aqui retratado é
o amor paixão. O amor-enamoramento. O amor - fusão ou comunhão.

Não tem a ver com compromisso. Tem a ver com vivência.

Por isso pode ser vivido entre dois homens ou entre duas mulheres ou entre uma mulher e um homem ou entre um homem e uma mulher.

Implica recipricidade, alteridade e comunhão intensa. pode ser breve e volátil, mas, por definição, este tipo de amor/paixão7enamoramento/estado fusional é sempre breve/efémero.

Mas, paradoxalmente, como diria o poeta, o amor é sempre eterno enquanto dura.


Mas há outros tipos de amor que não este

Por isso a tua pergunta sobre o "conceito do amor " não tem sentido.

Re: CASTIDADE - a Pérola das Virtudes
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 06 de February de 2004 22:45

Caro taliban,

falas em amor fusão ou comunhão. Depois dizes que tal amor não implica compromisso.
Significa isso que, no teu entender, entras em comunhão com outrém sem te comprometeres. Ora eu não consigo entender tal facto.

Parece-me que estando em comunhão com alguém é necessário que exista entre ambos um compromisso.
Quer-me parecer que dás ao termo compromisso um significado jurídico que nada tem a ver com o presente caso. E que consequentemente o rejeitas nessa base.

Quanto ao amor referido no Cântico dos Cânticos é entre um homem e uma mulher, explicitamente, portanto as tuas reflexões quanto a outras "possibilidades" não têm sustentação nem no texto nem no espírito.

Quanto ao elemento temporal, não me parece um elemento fundamental para a qualificação do amor. Porém parece-me que tal amor descrito no Ct é um amor que terá como implicação uma escolha para a vida. A pastora está a escolher o futuro com o seu pastor ou aceitando o que hoje chamaríamos assédio do rei (Salomão?).

João (JMA)

Re: CASTIDADE - a Pérola das Virtudes
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 07 de February de 2004 00:30

Bem, parece que o rei salomão era perito em assédios..
Para lá das amantes e das concubinas era um verdadeiro pinga-amor, chegando mesmo a mandar matar um homem para ficar com a mulher dele.
Não me parece um grande exemplo de amor matrimonial ehehehe, muito menos do amor oblativo e comprometido de que penso que falas.


Portanto, claramente estamos aqui perante um fenómeno de amor-paixão, de amor-enamoramento, a que Alberoni, chama precisamente "estado nascente" ou "amor fusional". Neste tipo de amor a vivência essencial é da fusão/comunhão como um outro. ( TRANSFORMA-SE O AMADOR NA COISA AMADA)

A poesia de camões fala precisamente disto, e a linguagem poética ou mística ( no caso deste salmo) exalta este amor paixão que é essencialmente erótico mas se aproxima de experiências espirituais.

O facto de na Bíblia não aparecer um diálogo entre dois homens ou entre duas mulheres nÃO não possa ser vivido por seres humanos do mesmo sexo, com a mesma intensidade e maravilhamento do que por pessoas heterossexuais.

Há textos belíssimos sobre isso desde a Antiguidade e todos conhecemos pessoas com essas experiências.

Não sei se a pastora está a escolher o futuro com o seu pastor. Nada disso sobressai do texto. tens razão quanto ao elemento temporal. O amor paixão define-se precisamente pelao brilho e exaltação do agora. Pela finitude infinita.

É isso que o faz eterno de tão efémero.

Re: CASTIDADE - a Pérola das Virtudes
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 07 de February de 2004 00:48

O facto de na Bíblia não aparecer um diálogo entre dois homens ou entre duas mulheres nÃO significa que este amor- paixão não possa ser vivido por seres humanos do mesmo sexo, com a mesma intensidade e maravilhamento do que por pessoas heterossexuais.
E, já agora, com a mesma dignidade humana.

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