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Deus no dia-a-dia
Escrito por: Ana Amorim (IP registado)
Data: 28 de January de 2004 15:54

Olá a todos...


Sei que é essencial haver debates e discussões acerca da Bíblia: afinal é A Palavra de Deus.
Mas às vezes, fico um pouco triste e desapontada aqui no Fórum do Paróquias - desculpem a minha franqueza - pois vejo que há mais preocupação em discutir "o sexo dos anjos" do que em descer à Terra e ver Deus nos acontecimentos do dia-a-dia.
Há coisas gravíssimas que nos tocam todos os dias. Urge, como cristãos, reflectir sobre a nossa realidade, sobre aquilo que vivemos e experienciamos.

Por exemplo: muitos se interrogarão sobre o porquê da morte de um miúdo como o Fehér (e quem diz o Fehér, diz outros), cujo carácter todos referenciavam como afável e amigo. E outros se interrogarão por que razão são sempre estes "anjos" a partir, em vez de irem aqueles que cometem crimes e maltratam, de uma forma, ou outra, o seu semelhante...

Há perguntas que os nossos irmãos não crentes fazem e que são um desafio à nossa Fé.

Por que não fazermos deste espaço um verdadeiro espaço de partilha das nossas experiências de forma a que não só a nossa Fé possa sair reforçada, como também possamos estar mais confiantes para dar o nosso testemunho?

Desculpem o desabafo.

Anna

Re: Deus no dia-a-dia
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 28 de January de 2004 22:34

Ana & Companhia,
Um dos sonhos de Einstein era desenvolver uma teoria de unificação dos campos gravítico e electromagnético; sonho que levou com os seus sarrabiscos e equações até poucos momentos antes de morrer, mas sem resultados palpáveis. Alguém comentou a este propósito:
-"Não queira o homem unir o que Deus criou em separado".
...

Saudações,
*=?.0

Re: Deus no dia-a-dia
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 28 de January de 2004 23:51

Ana,

Não tens que pedir desculpa pelo "desabafo". O Fórum serve também para isso. Compreendo que queres dizer: por vezes discutimos mais os aspectos doutrinais do que partilhamos experiências de vida. De qualquer forma penso que já tivemos magníficas experiências de vida, e estou-me a lembrar de algumas das tuas mensagens. :-)

Penso que neste Fórum há espaço para tudo. Mas talvez as pessoas estejam mais predispostas a aprender um pouco mais que partilhar a sua vida. Parece-me que temos que procurar o equilíbrio.

Luis

Re: Deus no dia-a-dia
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 29 de January de 2004 08:36

Seguia o Manel em contra-mão na auto-estrada.
Ligou o rádio e ouviu-se:
Atenção! Atenção! Há um veículo que se dirige para norte a circular em contra-mão... O Manel fixou os olhos de sonâmbulo e exclamou: Só um?- mas anda tudo tolo!...
Há quem cuide dos seus filhos, mesmo quando circulam contra-mão...

Saudações,

*=?.0

Re: Deus no dia-a-dia
Escrito por: Justiniano (IP registado)
Data: 29 de January de 2004 10:02


Prezada Anna,

Achas mesmo que certos acontecimentos pontuais e aparentemente comezinhos/mesquinhos - pelo menos nos aspecto moral e mundano -, como o caso Fehér, por exemplo, são importantes, de algum modo, para a maioria das pessoas, nomeadamente nos aspectos moral e espiritual?

Pois eu acho que não, de modo nenhum, pelo menos no caso concreto do jogador do Benfica que faleceu de morte instantânea, desculpa lá...
Se não vejamos:

- Há tanta gente no mundo que morre de morte repentina, mesmo na flor da idade, e ninguém fala delas porque não são figuras públicas, nem ricas, nem importantes!...

- Por outro lado, não achas que empolaram demasiado a malograda morte do Fehér, sobretudo a televisão? Que se fez demasiada publicidade, demasiada "festa profana", demasiada polémica, com demasiada indiscrição e com muita vaidade? Eu acho!...

- E agora pergunto: Se fosse, p. ex., um ministro que morresse de morte súbita, ou um qualquer artista da praça pública, fariam porventura tanto empolamento e publicidade? Com tanto exibicionismo e vaidade? Jamais!...

- E em que é, porventura, mais importante o Fehér, que um ministro do governo da nação? Só por ganhar muitíssimo mais, infelizmente, que um ministro e ter sido um jovem simpático de 24 anos? Isso não justifica, de modo nenhum!...

- Devíamos rezar antes - isto é, prioritariamente -, por tantos milhares de jovens e crianças que morrem de fome e doença diariamente, por serem extremamente pobres, não só na África e na Ásia, mas até mesmo nos países ditos civilizados, como em Portugal...

- Devíamos rezar sim, primeiramente, por todas aquelas crianças inocentes que não chegam sequer a ver a luz do dia, porque são assassinadas cruelmente nos ventres das próprias mães, geralmente pelos motivos mais egoístas e malvados que imaginar se pode!!...

- Todo o nascituro é um ser humano completo, em contínua formação e evolução, com todos os mesmos direitos que uma criança já nascida, e no entanto cerca de dois terços (pelo menos) desses bebés em gestação são chacinados, selvaticamente, ainda no próprio útero!!!...

- Quem tem pena e piedade dessas infelizes criancinhas, condenadas à morte ainda antes de nascerem, por crimes que não cometeram, ou que apenas foram cometidos pelos seus próprios "pais" e parteiras ou médicos??!!
Quase ninguém, e até há muita gente que ainda se gaba, inclusive na televisão, de já ter feito vários abortos, e muitos outros que só sabem exigir, egoísta e cinicamente, hipócrita e cobardemente, malvada e malignamente, a liberalização e a discriminação do aborto!!??...

O MUNDO ESTÁ MESMO CORRUPTO E DEPRAVADO, LOUCO E SATANIZADO!!!
HAJA DEUS, AO MENOS PARA FAZER JUSTIÇA, JÁ QUE OS HOMENS SÃO TÃO MAUS E INGRATOS!!!

Justiniano


Re: Deus no dia-a-dia
Escrito por: Ana Amorim (IP registado)
Data: 29 de January de 2004 13:34

Justiniano:

1) Se bem me lembro, quando me referi ao Fehér, não foi só a ele, mas também a outros como ele, figuras públicas, ou não.

2) Sendo ele, ou outra pessoa qualquer, é uma vida que se extingue e que merece também a nossa oração.

3) Também não acho bonito que se explore desta forma, tão indiscreta, a morte de um miúdo.

4) Se estás a dizer que o caso do Fehér é mesquinho, penso que não poderás falar então de outros casos. É sempre uma vida que se extingue. A do Fehér foi só um exemplo. Referi-o, porque chocou toda a gente, pela forma dramática como ocorreu, em directo e a cores para todo o país.

5) E, se notaste bem na minha mensagem, referi-me a problemas gravíssimos que nos cercam - onde estão incluídos esses de que falas, obviamente. Bem vistas as coisas, estás a criticar aquilo que somente tu estás aqui a fazer: a focar-te somente na morte do Fehér e a dar-lhe a tal atenção que tanto abominas.

6) Sou totalmente contra o aborto. Sou mãe e sei o amor que se tem a um filho, mesmo antes de ele nascer.


Ana

Re: Deus no dia-a-dia
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 29 de January de 2004 13:58

Avlis/Justiniano,

Eu acho que tu não percebes o que significou a morte do Féher. Féher era um jogador de futebol, e a sua profissão é divertir um público num estádio de futebol. Acontece que ele morreu no decorrer da sua actividade.

A nossa sociedade é uma sociedade evoluída. Há uns muitos anos, havia pessoas que se dirigiam para os estádio de outrora para ver pessoas morrer. Isso, hoje, é inconcebível. Por esse motivo as pessoas se comoveram por ver um jogador de futebol cair morto num campo, enquanto sorria e jogava à bola. Mas isso, penso que não percebeste.

Um jogador de futebol não é mais importante que um político, que um artista ou qualquer outra pessoa. Mas diz-me, não seria igualmente trágico morrer um deputado em plena Assembleia da Repúblic? Ou um artista de teatro em cima de um palco? Ou um ministro enquanto discursava? Ao vivo e em directo na televisão?

Infelizmente, Féher não foi o único jogador de futebol que morreu prematuramente. Lembro-me de há uns anos o Rui Filipe, jogador do FC Porto, ter morrido num desastre de automóvel. Embora seja uma vida humana que se tenha perdido, é diferente ter morrido num desastre de automóvel, do que num relvado enquanto sorria e jogava à bola. Pelo menos, para mim.

Luis

Re: Deus no dia-a-dia
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 29 de January de 2004 15:39

muito doping é o que dá...
quanto ao baorto,mo jistiniano continua a ser ridículo. Dementia...

Porque nos Chocou Tanto a Morte de Fehér
Escrito por: Rui Tato Lima (IP registado)
Data: 29 de January de 2004 17:29

Fonte: Público

Porque nos Chocou Tanto a Morte de Fehér
Quarta-feira, 28 de Janeiro de 2004

O acontecimento de domingo à noite estava espelhado no dia seguinte na cara das pessoas no autocarro, na rua, na televisão. O que se sucedeu não deixou ninguém indiferente. Porque nos chocou tanto a morte de Fehér?

Estamos habituados a conviver com mortes. Todos os dias morre alguém nas nossas estradas, hospitais ou cidade. Basta abrir um jornal para nos confrontarmos com alguns falecimentos recentes, a televisão mostra-nos frequentemente atentados impressionantes, dezenas de mortos, crianças e mulheres prostrados em plena rua esvaindo-se em sangue. Não ficamos indiferentes, não nos passa ao lado, mas também não muda o nosso humor.

Paradoxalmente, o falecimento de Fehér foi de certa forma bem mais "humano" do que estes, mas tocou-nos incrivelmente mais. Um despreocupado sorriso, um olhar para o chão, uma queda. E pronto. Assim faleceu Miklos Fehér, 24 anos, húngaro, jogador de futebol. Foi isto que nos estremeceu, o facto de nessa noite ter ficado tão patente a fragilidade da vida e a inevitabilidade da morte.

Não se trata de um idoso em fase terminal, de alguém com uma doença incurável ou de uma vítima de homicídio. Era um jovem de 24 anos! Certamente muito mais saudável que a esmagadora maioria de nós. Teoricamente, tínhamos muito mais hipóteses de falecer do que alguém como Fehér. Mas no entanto ele morreu, e nenhum de nós se sentiu seguro como dantes.

Um falecimento destes não nos convida a uma reflexão sobre a morte, mas sim sobre a vida. Esta perde, bruscamente, todos os ornamentos e enfeites que todos os dias lutamos por lhe pôr e onde centramos a nossa vivência. A simplicidade com que se deixa de viver, com que se perde tudo o que se tem e lutou nesta terra, obriga-nos invariavelmente a um reajustamento de ideais e de objectivos. Alarga-nos os horizontes e encurta-nos o tempo.

Esta consciência de que nos andamos a esquecer de algo, e de algo fundamental, vê-se pelas reacções do público e jogadores presentes no recinto. Desapareceram clubes e cores, pontos e golos. Naquele estádio via-se simplesmente a humanidade, confrontada e aterrorizada com a sua única certeza, a morte. No limite, tudo o resto não chega sequer a ser secundário, simplesmente não interessa. Segunda-feira, dia 26 de Janeiro, não houve tabelas de classificações, nem houve crise. Nenhuma estrela pop se casou, nem ninguém se importou com a casa mais vigiada do país.

Inevitavelmente, nestas ocasiões, vem-me à memória uma frase de C. S. Lewis: "A dor é o megafone através do qual Deus fala a um mundo surdo." Talvez não estejamos a prestar atenção ao que de facto é importante. E pode acontecer que de nós não reste senão uns zeros na conta bancária e uns recortes de alguma revista colorida com a nossa imagem, condenados ao amarelecimento do tempo. Porque no final todos caímos, de uma forma mais ou menos aparatosa, e não necessariamente com um sorriso.

Rui Tato Lima

Re: Deus no dia-a-dia
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 30 de January de 2004 01:27

Duas notas, à guisa de divagação (porque "a divagar se vai ao longe"!):

1. Ainda o futebol. Bom, parece-me que a Anna não pretendia propriamente transformar o tópico em mais um tópico sobre futebol, mas dadas as outras intervenções, deixo apenas uma notinha, até porque já escrevi sobre o assunto. Todos sentimos o trágico acontecimento, mas o gesto da Assembleia da República de um voto de pesar parece-me um mau sinal, talvez oportunismo "rasteiro"... Estava eu a pensar estas coisas e deparei-me com um artigo de opinião que reflecte isto mesmo... Cá fica o "link": [diariodigital.sapo.pt].


2. Nem só de discussão vive o homem... O alerta da Anna (Ana Amorim) é importante e também já assinei mensagens semelhantes aqui e noutros sítios.

Muitas vezes as discussões levam-nos sobretudo a assinalar as diferenças, a estabelecer "grupos" e etiquetas (fanáticos, conservadores, liberais, "manga-larga", "bota-abaixo", indiferentes, etc...). Isso significa que, bem vistas as coisas, aquilo que é mais próprio de nós não aparece nos fóruns; este acaba por ser um espaço de algum "afecto" por parte dos participantes, mas onde muitas vezes se semeiam e colhem mais cardos que flores e frutos. Ou seja, talvez nos fique a sensação de que corremos o risco de trocarmos muitas palavras mas não termos verdadeira comunicação, porque nos ficamos na rama das ideias defendidas com mais ou menos habilidade retórica e mais ou menos conhecimentos "técnicos"...

Por estas e outras razões já algumas vezes deixei desafios, às vezes personalizados, sobre a experiência de cada um em algumas coisas concretas. Vem-me à memória tal desafio sobre a questão da oração e sobre o tópico da vontade de Deus. Porque uma coisa é "especular" sobre o "tema", outro é falarmos da nossa própria experiência.

Contudo, a minha experiência nesse "desafio" soube-me a "fiasco". As pessoas (falo em geral, mas incluo-me) temem "expor-se", mesmo que num fórum e neste aspecto honra seja feita à Anna, que muitas vezes partilha as suas experiências. Por que razão tememos falar das nossas experiências? Uma das razões pode ser a de não sabermos quem vai ler, ou com que intenção e de que forma pode "profanar" a expressão sincera de uma experiência muito séria. Certamente o faríamos mais facilmente dentro de um "grupo" como acontece nalgumas "e-listas", mas um fórum acaba por ser de alguma forma um "mar desconhecido" onde também há piratas e tubarões... A minha experiência de passar por fóruns levou-me de alguma forma a "enquistar" e defender-me q.b. ("mea culpa"), sobretudo depois de ter visto algumas pessoas de um determinado fórum serem achincalhadas vilmente. É verdade que não foram minimamente prudentes (colocavam publicamente o endereço, o nº de telefone e cometiam outras imprudências), mas também é verdade que o medo dos piratas nos retrai. Certamente o "paroquias.org" é um mar mais calmo, mas "nunca fiando"... Não pretendo nenhuma guerra com a Ana Paula, que agora usa o nick "taliban" (e dele fez "heterónimo pessoano"), mas o estilo destrutivo de muitas das suas mensagens é outro género de inibidor de textos mais pessoais sobre a experiência pessoal.

"Idealmente" seria óptimo que todos soubéssemos os nomes uns dos outros, o que fazemos e os gostos pessoais; gostaríamos talvez de saber mais do que nos move na vida, dos ideais, dos medos e labirintos, sem que isso pusesse de "pé atrás"... Mas este não é o mundo ideal...

Pessoalmente, com alguma pena minha, cheguei à conclusão que devo manter a mesma "blur picture" (não é máscara porque não falseio dados; simplesmente não dou detalhes). Em tempos, noutro fórum, o Avlis insistiu muito em querer saber a minha identidade, prestando-se mesmo a algumas adivinhas delirantes, mas não cedi e vim a concluir que isso foi positivo, porque depressa o debate escorregava dos argumentos para a pessoa, algo que eu acho inadmissível num fórum.

De qualquer forma, penso que é possível um meio termo e presumo que a Anna se refira a isso. É possível sermos capazes de falar com um toque mais pessoal e menos polemista sobre acontecimentos do dia-a-dia, possivelmente até sobre experiências espirituais profundas. Mas isso dependerá certamente do ambiente geral, que é o resultado do que todos formos fazendo... Quanto aos contactos mais pessoais, acho que esses devem continuar estritamente pelos canais próprios, como são os e-mails e "por aí acima"... A esse nível, sinto-me "privilegiado", pois tenho tido muitos contactos por "e-mail", tendo que reconhecer que nem sempre sou assíduo a responder...

Subscrevo, pois, a ideia de aproveitarmos as boas oportunidades para nos lembrarmos daquilo que nos une, que é bem mais do que aquilo que nos separa. Cada saberá encontrar o modo de o fazer...

Alef

Re: Deus no dia-a-dia / Deus nos Irmãos
Escrito por: Justiniano (IP registado)
Data: 30 de January de 2004 11:36


Prezada Anna,
Caros Cibernautas,

Calma, colegas...! Eu, com o meu modesto/oportuno comentário, não quis criticar "negativamente" a mensagem top/original da Anna, ou alguém em concreto – nem tão-pouco em relação ao seu outro tópico análogo/paralelo, por sinal ainda mais "tendencioso"... –, e muito menos o chocante acontecimento da morte "espectacular" do malogrado jogador em causa; mas apenas denunciar, de modo lógico, moral e construtivo (tal como aliás faço agora, ou será que nem a isso tenho direito...?!), o excesso de visibilidade e oportunismo, de vaidade e mediatismo, de hipocrisia e cinismo, de indiscrição e exibicionismo, aos mais diversos níveis (raiando quase a loucura!) – e tudo isso à custa do súbito falecimento dum "pobre" futebolista! –, em relação a (e em contraste com) outras situações e adversidades bem mais frequentes e gravosas, confrangedoras e gritantes, com as quais quase ninguém se preocupa...; como sejam, principalmente:
Os milhares/milhões de pessoas, sobretudo crianças, que morrem de fome em todo o mundo (inclusive em Portugal!); que morrem de "doenças" igualmente imprevistas e repentinas (mas geralmente devido à miséria em que vivem/vegetam...!); que morrem vítimas de desprezo, de solidão, de injustiça e de violência (a nível familiar e social...!); e, sobretudo (principalmente!) os dois terços, pelo menos (cerca de 200.000 (duzentos mil) por ano, só em Portugal...!), de Nascituros que são selvaticamente condenados à morte, e a uma morte crudelíssima, muito abaixo de cão!!!...

E tudo isso, não só com uma relativa indiferença/cumplicidade das famílias, da sociedade e dos governos do país – já tão materializados e corruptos! –, mas até mesmo da própria hierarquia católica portuguesa (que infeliz/geralmente manifesta, qual "teologia da libertação", mais cuidado pelos interesses materiais do que pelos bens espirituais...!?), salvo raras e honrosas excepções!!
E tudo isso, ainda com a agravante, para cúmulo, da maioria das pessoas – inclusive em Portugal / Terra de Santa Maria, com uma aparente maioria católica de cerca de 90%!? – pedir, ou permitir (directa ou indirectamente, mesmo com a sua conivente "apatia"...!?), a liberalização e descriminação do "abominável crime do aborto", tal como se este fosse um crime de terceira, quarta ou quinta classe; isto é, como se fosse muito menos grave e bastante mais desculpável que, por exemplo, o horrendo crime da tão chocante, condenada e mediatizada... "pedofilia"!!??

QUANDO, QUANTO A MIM – MAS NA EXACTA MEDIDA EM QUE É SOBRETUDO QUANTO A DEUS, QUANTO À DOUTRINA OFICIAL DA IGREJA E QUANTO À PRÓPRIA CONSCIÊNCIA DE CADA SER HUMANO (PARA ALÉM DA ÉTICA E DA MORAL...)! –, O "CRIME DO ABORTO" É, EM SI MESMO, AINDA MUITÍSSIMO MAIS GRAVE E HEDIONDO QUE A "PEDOFILIA", OU SEJA, É UM AUTÊNTICO INFANTICÍDIO, COMETIDO CERCA DE "SETENTA MILHÕES" DE VEZES (PELO MENOS) EM TODO O MUNDO, EM CADA ANO...!!??
E, POR ISSO MESMO, MUITÍSSIMO PIOR – MAIS BÁRBARO E CATASTRÓFICO, MONSTRUOSO E DIABÓLICO!! – QUE TODAS AS FOMES, GUERRAS E DOENÇAS JUNTAS DO SÉCULO VINTE!!??...

PODERÁ HAVER, PORVENTURA, COBARDIA E HIPOCRISIA, TRAIÇÃO E CINISMO, CARNIFICINA E GENOCÍDIO SELVAJARIA E SATANISMO... MAIOR E MAIS SINISTRO, MAIS CRIMINOSO E EXECRÁVEL... DO QUE ASSASSINAR, CAPRICHOSA E GRATUITAMENTE, PREMEDITADA E VIOLENTAMENTE (COMO SE FÔSSEMOS DEUSES MALIGNOS...!!), CRIANÇAS, SERES HUMANOS TAIS COMO NÓS MESMOS, EM PLENA GESTAÇÃO, EXACTAMENTE COM O MESMO DIREITO À VIDA QUE NÓS, JÁ NASCIDOS E MESMO ADULTOS, MAS SEMPRE EM PLENO E CONTÍNUO DESENVOLVIMENTO ATÉ À MORTE NATURAL??!!

NÃO HÁ, ABSOLUTAMENTE, NEM JAMAIS HAVERÁ, ENQUANTO O MUNDO FOR MUNDO!!!
EIS, POIS, O CRIME DOS CRIMES, O HOMICÍDIO DOS HOMICÍDIOS, TÃO NEFANDOS E MONSTRUOSOS COMO OS DE HITLER, LENINE E ESTALINE, PARA JÁ NÃO CITAR OUTROS DIABÓLICOS TERRORISTAS/GENOCIDAS MAIS ANTIGOS E MAIS RECENTES, DESDE HERODES A BIN LADEN!!!...

Logo, enquanto a maioria das pessoas [ditas: "civilizadas e humanistas", "conscientes e responsáveis", "cristãs e católicas", "do governo e da oposição", "laicas e religiosas"...!?], não agirem como tal, correcta e justamente – nomeadamente condenando, antes de tudo o mais e a cem por cento, o "abominável crime do aborto", assim como todos os demais crimes correlativos e similares, não apenas na teoria, mas sobretudo na prática! –, essas mesmas pessoas, para mim (na exacta medida em que tenho a certeza absoluta que esse é o próprio Sentimento e Juízo intrínseco/atributivo de Deus, único Criador e Senhor da Vida...!), são, em geral, desgraçada e obstinadamente: hipócritas, cínicas, cobardes, dissimuladas, traiçoeiras, ingratas, e/ou (até mesmo, por vezes!) assassinas, selvagens e diabólicas...; não merecendo assim qualquer credibilidade nem dignidade, qualquer confiança nem honra (excepto por caridade cristã...), por mais que finjam serem boas ou exemplares, por mais que exibam as suas falsas virtudes e talentos, por mais pseudo-caridade/solidariedade que pratiquem ou tentem realizar!!!...

Sincera e solicitamente,

Justiniano


Re: Deus no dia-a-dia
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 03 de February de 2004 15:55

então a pedofilia não é um crime tão hediondo quanto isso....Hum.......
ESte avlis está a revelar-se.



Desculpe, não tem permissão para escrever ou responder neste fórum.

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