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Igreja pouco atractiva para os Jovens
Escrito por: Susete Gonzaga (IP registado)
Data: 09 de April de 2002 22:08

A questão dos jovens na Igreja, ou melhor “a ausência dos jovens na Igreja”, foi o assunto mais debatido na Reunião Nacional de Responsáveis de Pastoral Juvenil, que teve lugar esta Sexta-feira e Sábado, em Fátima.

O Coordenador Nacional do Recenseamento da Prática Dominical, Marinho Antunes, esteve presente na reunião, onde apresentou um reflexão sobre “os jovens em Portugal”.

Actualmente a Igreja vive um “acentuado” decréscimo de participação dos jovens nas celebrações dominicais. Este declínio acentua-se mais no sexo feminino, contrariando a ideia de que as mulheres são mais participativas.
Para Leonel Rocha, da Equipa Coordenadora Nacional da Pastoral Juvenil, a razões deste decréscimo acentuado prendem-se com a “falta de atractividade da Igreja e a falta de compromisso por parte dos jovens de hoje em dia”. Por outro lado, a “constante mobilidade juvenil, particularmente para o ensino superior, também não ajuda. Até porque as raparigas são cada vem mais em número maior no ensino superior”.

Em declarações à Agência ECCLESIA, Leonel Rocha salientou a forma como a Igreja lida coma conjectura social: “a Igreja preocupa-se demasiado com o cenário de ausência dos jovens, esquecendo-se de preparar os que estão presentes de forma a serem, ‘sal e fermento’ para os outros jovens”. “é preciso voltar ao testemunho de comunhão” e deixar transparecer o incentivo de Jesus Cristo: “Vede como eles se amam”. “só dando testemunho, podemos cativar”, acrescentou.

O que é que acham sobre esta questão???

Um abraço,
Susete

Re: Igreja pouco atractiva para os Jovens
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 11 de April de 2002 17:13

É assim: os jovens querem viver!

Querem acreditar nas coisas alegremente, com muita força e movimento!

Muitos se deixam à deriva, sem terem ideais e sem acreditarem... Apesar de tudo, existem ainda bastantes que são educados com espaço para a fé.

Os jovens precisam de mestres! Exemplos a seguir. E a forma como a Igreja lhes apresenta Cristo não lhes serve.

Eles não querem rituais, querem vida, força e luz.

Se é isso que é uma celebração, óptimo. De resto, não lhes interessa... E têm, a meu ver, toda a legitimidade para o fazer! Caso contrário, a Missa não é uma ocasião de libertação para eles, mas uma prisão. Muitos não vão porque lhes parece algo de imposto pelos pais. É necessário motivá-los, fazendo-lhes descobrir o valor que a Missa tem, baseado-nos numa vida de oração e de trabalho (quanto mais alegre e emancipadora, melhor) pelo Reino de Deus.

O problema não está mais nos jovens que na Igreja. É ela que tem de os servir, de chegar perto deles. Tem de se desempoeirar e de se tornar mais activa, acompanhando-os e fazendo parte integrante da sua vida. Conheço exemplos de crianças para quem a catequese tem tanta ou mais importância que a escola... Porque não pode acontecer isto com todos?

A par disso, existe a falta do sentimento de comunidade. A Igreja parece aos jovens demasiado massificada e institucionalizada para que nela se possam envolver de forma pessoal. Alguns gostariam de se envolver a princípio de forma descomprometida, para puderem somente experimentá-la e depois decidir sobre a sua permanência.

Eu, que tenho 19 anos, é assim que vejo as coisas... E se sou um jovem como esses de que falam, então considerem muitíssimo importante o meu testemunho.

SOLUÇÕES:
""""""""""""
. Que a Igreja ensine aprofundadamente quem é Deus, os dogmas, a filosofia, a sua história, a Bíblia.
. Que a Igreja ensine, através do exemplo de Cristo, a amar.
. Que a Igreja ensine a orar. (incluindo os métodos meditativos, Lectio Divina, oração contemplativa,...)
. Que a Igreja ensine e promova a leitura dos livros dos santos e suas vidas, incluindo os Padres da Igreja. (em especial: S. Francisco de Assis, S. Inácio de Loiola, S. Teresa d'Ávila, S. João da Cruz, S. Teresa de Lisieux, S. Agostinho, S. Tomás de Aquino,...)
. Que a Igreja ensine música e que possibilite aos jovens serem criativos no seu uso, em comunidade.
. Que a Igreja dê espaço à criatividade da simbologia nas Eucaristias, vivendo o Corpo e o Sangue misticamente.
. Que a Igreja ajude os jovens nas suas dúvidas e crie grupos moderados em que eles possam discutir, confrontar, sobre temas da adolescência, da fé, da vida, do mundo...
. Que a Igreja desenvolva na sua estrutura um sistema de "grupos" para jovens verdadeiramente orientados por um agente de pastoral, um catequista ou educador, de preferência jovem (20-40), com quem se possa criar um sentimento de intimidade e partilha, não o encarando como um simples professor.
. Que a Igreja promova um desporto são e competitivo cristãmente.
. Que o CNE (Corpo Nacional de Escutas - Escutismo Católico Português), com o seu "estatuto" de maior associação juvenil do País, seja fermentado cada vez mais com a fé, e que no seu seio se promova um verdadeiro apostolado.
. Que a Igreja crie grupos de reinserção dos católicos na Igreja. (ver o exemplo americano em www.oncecatholic.org - MUITO BOM)
. (tudo mais que se lembrarem...!)

Deixo aqui de novo as palavras bastante lúcidas de Leonel Rocha:
“A Igreja preocupa-se demasiado com o cenário de ausência dos jovens, esquecendo-se de preparar os que estão presentes de forma a serem, ‘sal e fermento’ para os outros jovens”. “É preciso voltar ao testemunho de comunhão” e deixar transparecer o incentivo de Jesus Cristo: “Vede como eles se amam”. “Só dando testemunho, podemos cativar”.

João



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