Caro Gonçalves,
Das tuas palavras deduzo dois aspectos com os quais não concordas. Primeiro, o facto de uma comunidade querer ajudar outra comunidade fora do país, e segundo, se as ofertas da comunidade chegam ao seu destino.
A minha opinião é a seguinte: sobre a primeira questão, acho não devemos ficar eternamente a olhar para o nosso umbigo. É claro que há situações difíceis no nosso país, mas também as há noutros países, e quando se falam de ajudar os nossos irmãos na fé, não há fronteiras, não há nações, somos todos filhos de Deus.
Quanto à segunda questão, se tens alguma dúvida se o dinheiro chegou ao seu destinatário, sugiro-te que questiones o pároco local sobre o destino do dinheiro. Não creio que o pároco tenha problemas em tornar o processo o mais transparente possível. Mas, se mesmo assim não ficares satisfeito, sugiro-te que te dirijas ao Bispo da tua diocese e partilhes as tuas preocupações.
Não digo que não haja situações menos claras e menos compatíveis com o Evangelho, mas se nos ficarmos pelas insinuações, e não tentamos resolver as dúvidas e os problemas directamente, ficarão eternamente por resolver.
Luis
P.S. Já agora, aproveito para relembrar que a
Fundação Ajuda à Igreja que Sofre está a realizar uma campanha de
oferta gratuita de 100.000 terços abençoados pelo Papa João Paulo II.
Como vês a Igreja dá muito mais do que aquilo que pede, e quando pede, é para dar. :-)