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Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 05 de November de 2005 04:19



Meus Grupos | noticias-lepanto Página Principal


ACI, sexta-feira, 16 de setembro de 2005

*** Programas de abstinencia sexual son un éxito en Cleveland ***

CLEVELAND — Un estudio publicado por el American Journal of Health
Behaviour, mostró que los programas de “abstinencia hasta el matrimonio” han
dado resultado y son un éxito entre los estudiantes de secundaria de
Cleveland.

Según informa LifeSiteNews.com, el estudio se realizó entrevistando
a más de dos mil estudiantes de secundaria, participantes del programa
llamado For Keeps, dirigido por Operation Keepsake in Mayfield, Ohio.

El programa consiste en cinco sesiones de 40 minutos, en las que se
enfatiza la abstinencia sexual hasta el matrimonio. También se presenta la
virginidad como un don que debe ser compartido en el matrimonio, así como
los peligros del embarazo adolescente y las enfermedades de transmisión
sexual, incluyendo al SIDA.

La directora del estudio, Elaine Borawski, indicó al diario local
Plains Dealer que los resultados son sorprendentes. La investigadora de la
Case Western Reserve University opina que el programa realizado con fondos
del gobierno federal, ha influido positivamente en la vida sexual de los
adolescentes.

“Todos decían que los muchachos que ya habían tenido relaciones
sexuales no iban a encontrar relevante el programa. Parece que ha tenido más
éxito del que pensábamos”, señaló.




Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: (IP registado)
Data: 05 de November de 2005 11:01

Tony, tu dizes:

Citação:
Por tudo isto entendo que se por um lado o aborto deve ser evitado, por outro não me parece correcto criminalizar quem a ele recorre. Não me parece que 3 anos de prisão ou de trabalho forçado na comunidade compensem ou penalizem de algum modo uma mãe que fez a opção de abortar. Pois o fardo que carregam já é tão pesado, que estar apontar e a penalizar mais não me parece de bom cristão.

e apontas medidas com as quais concordo inteiramente. O caminho que preconizas é o de "criar mecanismos alternativos à prática do aborto". Não podia concordar mais inteiramente com este caminho.

Porém, discordo com o texto citado no seguinte sentido:
[li] (1) acho que a sociedade tem de continuar a dar um sinal negativo ao aborto
[li] (2) acho que não se trata de uma escolha pessoal, por estar envolvida a vida de um terceiro.

Temos de proteger de alguma forma essa vida não-nascida. Não se trata de uma questão de religião, mas democrática: o respeito pelos direitos dos outros. Porém, compreendo quando dizes que não te "parece que 3 anos de prisão ou de trabalho forçado na comunidade compensem ou penalizem de algum modo uma mãe que fez a opção de abortar". Pois bem, aí também tenho dúvidas. Gostaria de ouvir alternativas melhores de penas a aplicar a quem aborta. Aqui a palavra pena deve ser entendida no sentido de castigo mas também no sentido de compaixão. Não me parecia mal que quem abortasse tivesse de fazer trabalhos comunitários a ajudar mulheres grávidas em risco. Mais do que a pena (no sentido negativo) em si, viria aqui uma oportunidade dada à mulher de fazer pelos outros o que se calhar não fizeram por ela. Seria porventura terapêutico.
Não sou psicólogo nem sociólogo nem jurista. Não sei que tipo de pena seria melhor. A minha posição resume-se no seguinte: deve-se penalizar para dar um sinal negativo; a pena deve ser algo positivo para a mulher em questão. A justiça deve regenerar, não castigar.

Uma outra proposta de pena (reparem que não percebo muito do assunto, quero é explicitar a direcção que acho que deve ser seguida): a mulher que abortou seria "obrigada" a explicar as razões porque o fez e a explicitar o que seria necessário para que não o voltasse a fazer (o não cumprimento dessa obrigação teria de ter consequências). De seguida, seria dada uma sentença no melhor sentido para impedir a reincidência. Se fosse falta de educação, obrigatoriedade de seguir um curso profissional, se fosse drogas, obrigatoriedade de ir para reabilitação, se fosse porque não queria o bebé nessa altura, obrigatoriedade de ajudar outras mulheres grávidas em risco.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: (IP registado)
Data: 05 de November de 2005 11:16

A Ana disse:

Citação:
A educação sexual pode ser ensinada na escola concordo com isso, mas sabes quem ensina?

Pois, isso incomoda-me um pouco. Por isso mesmo disse que a escola deve ensinar os factos, e deixar os julgamentos morais (excepto os partilhados por quase toda a sociedade) aos pais. Exemplos do que a escola deve (no último caso, pode) ensinar:

[li] O sexo não é algo banal
[li] Há comportamentos sexuais de risco que não se colocam no contexto de uma relação em fidelidade (quando há mesmo fidelidade) - quais e porquê. Como diminuir o risco?
[li] Métodos contraceptivos - quais existem, qual é a sua "eficácia"?
[li] Há várias opiniões sobre a melhor forma de viver a sexualidade. Quais?

Ensinar isto não retira aos pais o seu espaço, apenas informa.



Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: tony (IP registado)
Data: 05 de November de 2005 16:43

Zé,

Sobre o conceito da penalização, quero dizer que concordo contigo. para além de que descobriste por ti próprio a fundamentação do conceito em si. É assim mesmo como tu referiste. Contudo é lamentável que a justiça falhe tantas vezes nesse sentido.

estou de acordo e passo a citar

Citação:
Aqui a palavra pena deve ser entendida no sentido de castigo mas também no sentido de compaixão. Não me parecia mal que quem abortasse tivesse de fazer trabalhos comunitários a ajudar mulheres grávidas em risco. Mais do que a pena (no sentido negativo) em si, viria aqui uma oportunidade dada à mulher de fazer pelos outros o que se calhar não fizeram por ela. Seria porventura terapêutico.
Não sou psicólogo nem sociólogo nem jurista. Não sei que tipo de pena seria melhor. A minha posição resume-se no seguinte: deve-se penalizar para dar um sinal negativo; a pena deve ser algo positivo para a mulher em questão. A justiça deve regenerar, não castigar.

Uma outra proposta de pena (reparem que não percebo muito do assunto, quero é explicitar a direcção que acho que deve ser seguida): a mulher que abortou seria "obrigada" a explicar as razões porque o fez e a explicitar o que seria necessário para que não o voltasse a fazer (o não cumprimento dessa obrigação teria de ter consequências). De seguida, seria dada uma sentença no melhor sentido para impedir a reincidência. Se fosse falta de educação, obrigatoriedade de seguir um curso profissional, se fosse drogas, obrigatoriedade de ir para reabilitação, se fosse porque não queria o bebé nessa altura, obrigatoriedade de ajudar outras mulheres grávidas em risco.

até aqui estamos de acordo.
No entanto julgo que seja de digna importância aprofundar o que disseste, não porque discorde, mas porque é importante clarificar alguns conceitos. Eis como eu os entendo.

Citação:
“Porém, discordo com o texto citado no seguinte sentido:
• (1) acho que a sociedade tem de continuar a dar um sinal negativo ao aborto
• (2) acho que não se trata de uma escolha pessoal, por estar envolvida a vida de um terceiro.

Temos de proteger de alguma forma essa vida não-nascida. Não se trata de uma questão de religião, mas democrática: o respeito pelos direitos dos outros.”

Vejamos:

Sim, em matéria de princípio, concordo que a sociedade deve continuar a dar sinais negativos ao aborto.

Agora vamos clarificar palavrinha a palavrinha o que dizes a seguir – “Temos de proteger de alguma forma essa vida não-nascida”. Temos?! Porquê?
Porque temos de proteger a vida que está no seio de um outro ser e que portanto está sob a responsabilidade de esse sujeito?

Lembra-te Zé, o Livre Arbítrio, que nos foi dado por Deus é o garante das nossas liberdades e garantias enquanto centelhas de Deus, únicas e irrepetíveis, tornadas homens e mulheres que comungam do mesmo espaço e tempo.

Então porque tenho de ser eu, sujeito A a arbitrar os caminhos escolhidos pelos demais sujeitos?

Uma das poucas "verdades" é a de que “não posso ajudar quem não quer ser ajudado”. Atenção, este “não posso” é relativo à impotência do acto. Isto é não depende de mim ajudar alguém que não queira ajuda, porque para ajudar os outros, esses outros têm em primeiro lugar reconhecer que precisam de ajuda. Como vou ajudar alguém que afirma categoricamente, não precisar de ajuda. Daqui decorre que eu só posso ajudar todos aqueles que pedirem ajuda.

Dou-vos um exemplo concreto: o que adianta passar meia vida a dizer a alguem que ele está no caminho errado? Já alguém teve esta experiência? Podem crer que a primeira resposta é a negação, do tipo “eu não preciso de ajuda, sei muito bem o que estou a fazer”. O que é muito verdade, pois ele sabe bem o que está a fazer, apenas não consegue evitar seguir pelo caminho tomado. Por isso a melhor caridade é mostrar-me sempre disponível e estender a mão, ….pode ser que um dia a agarre…Mas tem de ser o outro, que quer ajuda, a fazê-lo. É ele que tem de agarrar a minha mão e não contrário. Isto é apenas um exemplo prático da realidade, eu não posso obrigar o outro a agir de acordo com a minha formação e educação. Então, volto a colocar a questão, porque "temos" (em abstracto, no sentido de Dever Fazer/Ter) de proteger a vida não-nascida? Como o podemos fazer? Faz sentido que o façamos? Em que limites?

Creio que algumas respostas possíveis, poderão passar pela formação e pela educação. Se os jovens forem educados dentro do respeito pelas liberdades dos outros, estou certa de que questões como esta serão debatidas num outro nível de entendimento.

Quanto ao resto da frase: “Não se trata de uma questão de religião, mas democrática: o respeito pelos direitos dos outros.””

Concordo contigo, efectivamente, é disto mesmo que se trata, respeito pela liberdade dos outros, mas vejamos quais os milites da democracia e da religião. Em primeiro lugar não é a religião que nos diz para respeitar as liberdades do outro, é Cristo que nos ensina a Amar em liberdade interior. E o cristianismo não é em si mesmo uma religião, é um conceito que se relaciona com aqueles que optam por seguir Jesus.

No entanto, o princípio de liberdade e respeito pelas opções do outro, não vem do Cristianismo, já antes na antiguidade clássica, e na tradição helénica esse princípio vigorava, ainda que para uma camada muito restrita da população. A democracia surge com o conceito de cidadania e com a Polis. São estas tradições que chegam até nós e que de algum modo balizam os actuais princípios do Direito tal como o conhecemos hoje.

Por tudo isto Zé, tens toda a razão, o cerne da questão está na garantia de que os sujeitos, fazem as suas escolhas de livre vontade. E por tudo isto meu amigo, não podemos (no conceito de Dever Agir) interferir nas escolhas dos outros.

O que quer dizer que em matéria de principio e em substância, a questão do aborto não deve ser colocada dentro dos padrões do Direito, legislado pelos homens, mas sim nos padrões da Lei de Deus e nesta Lei cada um carrega a sua cruz e age de acordo com as suas convicções seguindo o seu próprio caminho.

Como membros da Sociedade civil o que podemos fazer, tal como a Ana disse e muito bem, é educar e formar a comunidade para que actue conforme o Amor que nos foi legado por Jesus, na célebre máxima de vida: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

Depois de educados e formados, os nossos filhos deverão também eles agir em total liberdade interior.

É certo que há quem advogue, que a participação cívica deve ir mais além. Esta é também uma opção e uma escolha legítima. E contra isso “batatinhas”. Só temos que respeitar. Mas cabe-nos a todos, como irmãos espirituais, optimizar e gerar consensos. Nesse sentido parece-me que este tópico está a seguir o caminho certo.

Bem –haja a todos

Bom trabalho




Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de November de 2005 20:13

"O princípio de liberdade e respeito pelas opções do outro".

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 08 de November de 2005 17:40

No entanto , há quem não pense assim.

Ehá quem seja frontalmente contra a actual legislação, pretendendo tornar ILEGAIS todo o tipo de IVGs como em em caso de violação ou malformação fetal.


[dn.sapo.pt]

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Floyd1978 (IP registado)
Data: 31 de January de 2007 13:20

A visão da Igreja seja ela Catolica ; Ortodoxa ou qualquer outra é de que o aborto é um assassinato, um infanticídio,Em casos de exceção a Espiritualidade Superior se manifesta-se, em defesa da vida da mãe.
Que fariamos nós seres humanos se nos fosse permitido matar?.
Matariamos a nosso belo prazer , e seriamos mortos , como nos matamos o proximo.
Quereis matar um bebe com se fosse um parasita ?
Nos humanos temos o livre arbitrio (livre vontade) mas o que acontesse se o livre arbitrio nos leva a passar dos limites ?
Sofremos as conssequencias dessa transgreção
Estudemos a questão do ponto de vista ESPIRITA
Observai

Observai

Sobre os direitos do ser humano, foi categórica a resposta dos Espíritos Superiores a Allan Kardec na questão 880 de O Livro dos Espíritos:
Pergunta – Qual o primeiro de todos os direito naturais do homem?
Resposta – “O de viver. Por isso é que ninguém tem o direito de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal”.

na questão 358 de sua obra básica O Livro dos Espíritos
Pergunta – Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?
Resposta – “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando”.

O procedimento abortivo é moral somente numa circunstância, segundo O Livro dos Espíritos, na questão 359, respondida pelos Espíritos Superiores
Pergunta – Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?
Resposta – “Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe.’

(Os Espíritos referem-se, aqui, ao ser encarnado, após o nascimento.)

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 31 de January de 2007 14:14

Citação:
tony
Sim, em matéria de princípio, concordo que a sociedade deve continuar a dar sinais negativos ao aborto.

Agora vamos clarificar palavrinha a palavrinha o que dizes a seguir – “Temos de proteger de alguma forma essa vida não-nascida”. Temos?! Porquê?
Porque temos de proteger a vida que está no seio de um outro ser e que portanto está sob a responsabilidade de esse sujeito?


Talvez porque a responsabilidade não implica um direito de vida e morte, da mesma forma que alguem numa ilha isolada não deve ter o direito a matar que esteja sob a sua responsabilidade e dependencia.
Subjacente ao teu raciocinio está algo espantoso, o direito a matar quem depende absolutamente de nós para viver. Uma mentalidade que em nada difere da antiga mentalidade esclavagista.
A responsabilidade e o poder de um ser humano sobre outro não deve ser absoluto.

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