Fóruns Paroquias.org
paroquias.org

  A participação no Fórum Paroquias.org está condicionada à aceitação das Regras de Funcionamento.
Inteligência Espiritual
Fóruns Paroquias.org : Arquivo - Geral

 

Ir para tópico de discussão: AnteriorPróximo
Ir para: Lista de fórunsLista de mensagensNovo tópicoPesquisarEntrar
Página actual: 18 de 26
Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 20 de September de 2005 23:10


O que diz a Bíblia :

Quando Maria engravida Isabel estava no sexto mês de gravidez.

Meses mais tarde, Maria vai apressadamente ter com isabel para assistir ao parto.

SE tivesse partido logo a seguir á anunciação não se percebe a pressa....

SE o Parto não estivesse eminente, não se justificava a urgência de maria, tanto mais que a distãncia seria de duas semanas de jornada... SE ainda faltavam tr~es meses, para quê a pressa???

Portanto, Maria viaja apressadamente para chegar a tempo para o parto, isto é, quando se encontra frente a frente com a prima, Isabel estava grávida de nove meses e prestes a parir....

Nove menos seis igual a três. Portanto Maria estava grávida de pelo menos três meses...

Tinham por isso passado três meses.... A criança ainda não tinha nascido mas estava quase a nascer, e segundo o Evangelho, nasceu logo a seguir.

A seguir ao relato do nascimento e da escolha do nome do filho de isabel, o evangelista acrescenta que Maria ainda lá ficou três meses, o que era também habitual - ajudar as mães no post-parto e puerpério, que tem precisamente essa duração...

È este o relato Bíblico.



Claro que com um bocado de imaginação se pode inventar que Maria estava grávida de duas semanas quando encontrou a prima, mas não é isso que S. LUcas diz.

SE pretendem utilizar manipuladoramente este extracto do evangelho com fins utilitaristas, para delimitar datas parece-me um terreno muitíssimo escorregadio....






Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 20 de September de 2005 23:39

a bilia não diz que meses mais tarde Maria vai... diz apenas, logo a seguir ao relato do anuncio do anjo a Maria:

"por aqueles dias Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para..."

Tudo o resto é inventado por si, são conjecturas suas.

O texto diz-nos claramente que aquando da anunciação do anjo Isabel já ía no 6º mês e que quando Maria se encontra com Isabel Josão Baptista ainda não tinha nascido.

O texto do Evangelho tambem não nos diz que João Baptista nasceu logo a seguir.

Seguidamente a CP comete outro erro, este ainda mais notorio e facil de verificar. Afirma que o texto relata 1º o nascimento de João Baptista e depois que Maria ainda ficou lá 3 meses. Errado, esse não é o relato biblico, releia a Biblia para refrescar a memoria.

o que o texto afirma depois do magnificat é:

"Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois regressou a casa. Entretanto chegou o tempo em que Isabel devia dar à luz e teve um filho."

Como vê a afirmação de que Maria permaneceu com Isabel cerca de três meses é anterior ao relato do nascimento de João Baptista. O termo usado na minha Biblia (não sei qual o termo no original grego ou hebraico) não indicia que João nasceu mal Maria chegou. Esse termo, "entretanto", parece indicar que João terá nascido durante a permanencia de Maria, lá pelo meio mas não indica se foi logo no inicio ou no fim, indicia sim que não terá sido imediatamente a seguir.

Que motivo teria Maria para ir imediatamente à pressa para ver Santa Isabel? Sabendo que era idosa e estava gravida não teria esperado que a gravidez adiantasse e foi ajuda-la logo que pode, mesmo nos ultimos meses de gravidez. Nada indica que tenha esperado 2 meses para partir para ajudar Isabel.

Certo, certo é que o relato biblico indica que Isabel estava já no 6º mês aquando da anunciação e que aquando da visitação João ainda não tinha nascido, logo Jesus Cristo, reconhecido como Senhor por Isabel, tinha encarnado à menos de 3 meses e não à mais como por contas erradas afirmou.

a sua afirmação "Maria estava grávida de pelo menos três meses..." é pois contraria aos textos biblicos, por esses textos o que se pode afirmar é antes Maria estava grávida à menos de três meses.

Portanto quem está a deturpar o texto é a senhora. Prefiro não pensar que o faz intencionalmente mas sim apenas pelo fraco conhecimento do mesmo aliás é patente no post que fez. Antes de acusar alguem de manipular o texto devia ter o cuidado de le-lo com atenção para não cometer erros grosseiros como os que cometeu.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 21 de September de 2005 00:08

POde inventar o que quiser e fazer as especulações que quiser.

O Evangelho não indica a data em que maria saiu de casa, mas claramente indica que não foi nos dias a seguir a maria ter ficado grávida.


A pressa de partir por outro motivo que não o parto eminente de Isabel é altamente improvável.

O parto era um momento de terror onde muitas mulheres morriam e por isso as familiares e amigas acorriam a ajudar as mulheres nesse momento horrível.

Havia uma outra questão prática que tornava necessária a presença de outrs mulhres da família logo após o parto.

SEgundo os costumes judaicso o parto tornava as mulheres impuras o que as impedia de fazer o seu extenuante trabalho diário. Havia então que encontrar outra mão de obra feminina gratuita para as substituir durante esse período. Normalmente eram outras mulheres da família ainda sem responsabilidades familiares...


Seria muito bizarro - e contra todos os costumes judaicos, maria viver três meses em casa de uma prima e assim que ela parir ir-se embora a correr.

Mas verifico queo camilo já não fala em 15 dias mas admite que maria estaria com três meses de gravidez. Por falar em erros grosseiros....

Não deixa de ter a sua piada a sua argumentação e muito escorregadia a ideologia que lhe está subjacente.


Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 21 de September de 2005 00:10

Vamos à defesa do Nascituro e não caiam nesta artimanha de mais uma vez se fugir ao tema e cair em retóricas, que neste caso não têm nada a ver com o tema.
Por favor não desvirtuemos o debate a nivel da causa das vidas do século XXI e que se perderão por aborto
JJG

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 21 de September de 2005 00:13

CP, eu não escrevi aquilo que disse que eu escrevi. Se nem o que eu escrevo entende como quer entender a Biblia?

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 21 de September de 2005 00:17

DEsculpe. mas então alguém usou o seu nome ....

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 21 de September de 2005 00:17

e porque longe dos olhos, longe do coração deixo aqui vai:


o canal televisivo da national geographic transmitiu um documentário com umagens captadas "in utero" durante os nove meses de gestação intitulado "in the womb" (no ventre materno)

atraves de uma micro-camera estrategicamente instalada os responsaveis pelo canal aliados a uma equipa medica acompanharam minuto a minuto a gestação de uma criança.

Em nove meses esta nova tecnologia permitiu observar o comportamento do bebé e vislumbrar quase "em presença" alguns dos primeiros sinais que conseguimos expressar antes do nascimento, com uma nitidez de imagem nunca vista.

Uma sintese em video e uma galeria fotografica estão disponiveis no site:

[www.nationalgeographic.com]

as imagens mostram o embrião no inicio da gravidez com apenas 3,6 mm. Às 3 semanas já é possivel vislumbrar o batimento de um pequeno coração. Aos 3 meses a camara revelava movimentos das pernas e aos quatro era possível ver o bebé a mexer-se, até, mais tarde as expressões faciais serem mais nitidas, como abrir e fechar os olhos ou trejeitos faciais.
Aos oito meses de gestação a criança já responde a diversos estímulos exteriores, como variações de luz ou sustos com sons mais altos. E, de acordo com os médicos, era possível perceber nesta altura, pelas imagens, que o bebé já sonha.
Na altura do parto, dizem os médicos que seguiram a experiencia as contrações maternas não causam dores ao bebé.

lido no expresso.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 21 de September de 2005 00:19

"Provavelmente uns 15 dias, 3 semanas"....

Repito que sem ecografia.....

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 21 de September de 2005 00:29

Amigo Camilo e outros

Infelizmente parece que o que nos indica deixou de estar neste endreço

www.nationalgeographic.com

JJG

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 21 de September de 2005 01:12

[www.nationalgeographic.com]

se experimentar carregar no link penso que irá dar à pagina que contem as imagens. Este forum corta automaticamente parte do endereço.

Com espaços pelo meio:

http:// www.nationalgeographic.com /channel/ inthewomb/ preview.html

agora é só eliminar os espaços.



Editado 1 vezes. Última edição em 21/09/2005 01:13 por camilo.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 22 de September de 2005 16:20

De um amigo recebi uma palavra amiga e esclarecedora que diz mais ou menos isto e passo a citar:
- A última que li, de hoje, 19 de Setembro, 15:50,
... está escrita inteiramente em maiúsculas, o que não me
parece bem. As mensagens escritas em maiúsculas
acabam por ter um efeito contrário naqueles que
não concordarem com o teor, porque podem indiciar
exaltação de ânimos... Por essa razão, a regra i)
das Regras do Fórum diz que não se devem publicar
tais mensagens.

Muito agradecido pois ignorava esta regra e este significado
(por me não ter dado ao cuidado de me elucidar).
Nada como ser esclarecido com tanta amizade

Considerem-na como reescrita em letra minúscula com
as naturais excepções

JJG

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Lopes Galvao (IP registado)
Data: 28 de September de 2005 11:35

Rádio Renascença Nota de Abertura - 27/09/2005

Do programa do PS consta um novo referendo sobre o aborto.

O objectivo é anular o resultado do "não" no referendo de 1998 e liberalizar mais a interrupção voluntária da gravidez.

Está no seu direito o PS. E, embora o referendo anterior não fosse vinculativo, é politicamente sensato ouvir os portugueses quanto a eventuais mudanças na lei.

Mas, tratando-se de matéria tão importante e delicada, já não se entende que o PS tente, agora, encaixar à pressão o referendo num curtíssimo intervalo de tempo.

A Rádio Renascença tem uma posição clara sobre a defesa da vida humana, que considera iniciar-se na concepção.

Há quem tenha outras posições.

Por isso o elementar bom senso reclama que qualquer referendo sobre o aborto seja realizado em condições propícias a um debate sereno e sério.

O que não será o caso se a proposta do PS for avante.

Um referendo à pressa significa, afinal, não encarar o aborto como um problema importante, utilizando esse drama como mero instrumento para tácticas político-partidárias.



Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Lopes Galvao (IP registado)
Data: 29 de September de 2005 13:38

Manifesto sobre o momento político criado com a aprovação do futuro referendo a realizar em Portugal

DEFESA DO ABORTO UMA HIPOCRISIA
Por Joaquim José Lopes Galvão

Falar verdade impõe questionar se se irá liberalizar ou descriminalizar qualquer morte de um ser indefeso apenas por estar a mais na família, na sociedade, no mundo.
Falar verdade impõe questionar se se irá liberalizar ou descriminalizar o suicídio assistido, ou a eutanásia, de quem se encontra com doença terminal ou altamente incapacitado, se se justificarem estas situações com o desespero do sofrimento ou da dependência.
Falar verdade impõe questionar se se irá defender a causa dos direitos dos animais, dos touros por exemplo, e se se vai dar o direito a um ser humano de atentar contra outro ser humano.
A hipocrisia está em dizer que se é livre de decidir do nosso corpo quando em causa está a existência nele de outro corpo humano, que não pediu para aí estar, mas que nele está dependente do corpo da hospedeira - mãe - que o gerou e lhe proporciona naturalmente o desenvolvimento e agora o condena à morte.

Importa no mundo culturalmente civilizado sociedades que acolham a vida com total dignidade em todas as suas horas, da concepção à morte natural.
Uma sociedade que dignifique a maternidade e a paternidade responsáveis.

Tendo presentes estas premissas e considerando
1 - Que o combate ao aborto clandestino deve, principalmente, assentar na eliminação das suas causas económicas, educacionais, sociais e psicológicas, de segurança no trabalho e de justiça, objectivo que apenas tem sido prosseguido por iniciativas da sociedade civil, promovidas por aqueles que, em consonância com os progressos da ciência médica, defendem a vida humana e dignidade de cada ser humano, desde o momento da concepção até à morte natural;
2 - Considerando que os valores expostos são inseparáveis de uma política de promoção da maternidade e da família enquanto instituição basilar da sociedade, designadamente no domínio das opções legislativas em matéria fiscal, laboral, de habitação, de segurança social, de saúde e de educação, que se exigem ao Estado de Direito a garantir na Constituição Portuguesa;
3 - Considerando interpretar as mais profundas e genuínas convicções do povo português, expressas, de resto, no referendo de 1998 e na petição do Movimento MAIS VIDA MAIS FAMÍLIA entregue com mais de 217000 assinaturas, reafirma-se a convicção de que a valorização da vida humana deve continuar a merecer, no Código Penal, a protecção, a todo o tempo, da vida intra-uterina, através da definição como crime, da sua violação, e da manutenção de formas de penalização de quem contribua para o aborto / IVG atentando assim contra o direito à vida, para além das despenalizações já previstas na actual lei vigente em Portugal.

JJG


Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 01 de October de 2005 13:15

A propósito do referendo, algumas reflexões pessoais:

1 - A Existência de um consenso nacional sobre a realização de um referendo sobre esta matéria.

Inclusivamente a estrutua hierárquica da Igreja Portuguesa já se pronunciou sobre o assunto e não se afirmou contra o referendo nem exprimiu a opinião de que "a vida não é referendável".

2 - A questão das datas e das formalidades técnicas

Nos bastidores travam-se de manobras dilatórias. Ou seja, alguns actores políticos e socais, afirmam que aceitam o referendo, mas convém fazer tudo para que não se realize.

Quanto ao aproveitamento político do tema e do risco da contaminação das eleições presidenciais por este debate, aqui fica uma reflexão pessoal.

A ser verdade que algumas candidaturas embrionárias deixem de ser um "projecto de candidatura" e passem de facto a existir, o referendo será uma arma política usada com cinismo durante a campanha para as eleições presidenciais, contaminando todo o discurso político e impedindo um sério debate sobre o tema.

Além do risco aumentado de populismo.

3 - Posto isto, qual o papel dos católicos relativamente a esta questão?

A hierarquia da igreja vai, naturalmente, apelar á manutenção das penas de prisão das mulheres que abortam.

E , naturalmente, os Católicos devem decidir de acordo com a sua consciência mais profunda e de acordo com os seus valores morais.


POr outro lado, os católicos que votarem contra penas de prisão efectiva de mulheres que abortam até ás 10 semanas, em instituições de saúde, não estão, a votar a favor do aborto ou a promover o aborto, pleo que não voilam a doutrina fundamental da Igreja sobre esta questão.

Não é disso que se trata. Nem esta lei ( que pelos vistso nnguém cumpre, e mais grave ainda, ninguém quer ver cumprida) é eficaz, ou seja, é dissuasora da prática de aborto.

Aliás, como muito bem referiu o galvão, a actual legislação já descriminaliza o aborto em muitas outras situações e isso não implicou um aumento de número de IVG em Portugal, mas a sua redução efectiva.

Em suma, a decisão pessoal do sentido de voto dos cidadãos Católicos deve resultar informação séria, VERDADEIRA, bem estruturada, que possibilite discernimento e ponderação de valores eticamente válidos.

O que colide em absoluto com campanhas demagógicas e manipulativas.


4 - A Igreja, e os católicos em geral, não podem proclamar ser contra o aborto em

noME de uMA "cultura de vida" e depois na prática concreta das estruturas ligadas á

Igreja, essa não ser a "filosofia " subjacente.

Ou seja, não se pode ser contar o aborto e ser-se contra uma eficaz Educação Sexual

nas escolas ou o acesso a um adequado Planeamento Familiar que inclua métodos

contraceptivos eficazes, não se pode ser contra o aborto e depois, em questões

concretas que têm a ver com o dia a dia das famílias e das crianças portuguesas ( como

a Educação, o apoio social, a aintegração de crianças com limitações motoras ou

mentais ) estar mais preocupado com lógicas de mercado e do lucro.







Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 02 de October de 2005 01:03

Não existindo dados fiaveis em portugal sobre os abortos efectuados pergunto-me como sabe que o nº de abortos tem diminuido ou crescido.

a minha posição é:

1 - não devia ser feito nenhum referendo porque o direito a matar não deve ser concedido a ninguem, não deve ser legalizado. Não deve ser feito referendo nem devia ser legalizado na assembleia.

2 - como noutros paises, conheço em concreto os casos americanos e espanhol, a legalização irá levar ao aumento do nº de abortos efectuados. O mais facil e seguro acesso, a desculpabilização do aborot por este ser legal (para muitas pessoas ser legal é identico a ser moralmente aceitavel) e a sua gratuidade levaram certamente mais mulheres a resolverem-se a matar os seus filhos por nascer.

3 - A ser feito referendo devia ser depois das eleições presidenciais para que este tema não tomasse conta destas. Aliás os referendos não deviam ser feito ao mesmo tempo de nenhumas eleições para evitar influencias mutuas.

4 - 40 dias não chegam para o cidadão comum desinformado sobre o assunto e com pouco tempo para se debruçar sobre ele ficar devidamente informado.

5 - Pergunto-me se aqueles que defendem a legalização do aborto até às 10 semanas defenderão a aplicação das penas previstas para os casos de abortos com 20 semanas. Ou então aquilo que realmente pretendem é a legalização total do aborto como existem nalguns estados dos USA?
Sim eu defendo a aplicação das penas para as mães e pais que matem os seus filhos mesmo que estes ainda não tenham nascido e estejam num estado de desenvolvimento precoce.

6 - Defendo uma educação sexual eficaz mas não concordo com o programa da APF.

7 - em termos de rede social de apoio o estado tem tido uma politica ultra-liberal, deixa tudo nas mãos da iniciativa privada. As IPSS estão em mais de 70% dos casos ligadas à igreja e pelo que conheço não estão preocupadas com o lucro embora vivam muitas vezes com enormes dificuldades. Além destas IPSS ainda existem as misericordias. Muitas vezes recebem subsidios para 20 utentes e têm 30 ou 40. Os utentes têm obviamente de pagar uma % em função daquilo que ganham, como estas instituições vivem muitas vezes com grandes dificuldades têm dificuldade em aceitar os utentes com menos posses. Desse o estado o apoio que devia dar e fariam um melhor serviço. O estado lucra imenso com este tipo de politica de solidariedade porque assim às mais das vezes a comunidade fornece gratuitamente os gerentes e o estado poupa os seus salarios. Além disso frequetemente a comunidade atraves de donativos privados cronstroi ela propria os edificios aonde as diversas valencias funcionam. Citando o Bispo resignatario de Setubal a mais das vezes as IPSS "têm uma historia que não é para contar, é para cantar" tantas são as dificuldades que enfrentam e os reduzidos apoios que recebem.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 02 de October de 2005 03:40

Sobre as misericórdias e as IPSS, tanto haveria a dizer...

Têm ocupado um nicho de mercado onde o Estado não tem intervido directamente, sendo muito bem financiadas pelo estado e recebendo ainda elavaads prestações, ou seja, elevadas quantias em dinheiro dos utentes.

Todas as IPSS que conheço ( Lares de Idosos e creches) são altamente lucrativas, são mesmo empresas de sucesso. E se o não são, não é por falta de financiamento, directo ou indirecto, mas por erro de gestão ou situações mais grAves.

A rede de escolas e crecehes públicas vem roubara algum mercado e lucro a certas estruturas deste tipo.

Por exemplo, a recente legislação que promove ATLs e alargamento de horários em escolas do ensino público, situação que beneficia extraordinariamente as famílias e os alunos, está a ser problemática para muitas IPSS católicas que viviam á custa desta necessidade dos pais.

De facto, o Estado deve seguir este política de ser mais interventivo e não esperar que sejam entidades privadas religiosas a assumir estas prestações sociais, numa lógica de mercado.

Já nem vou falar do que se passa em alguns lares de idosos, esse negócio florescente...

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 02 de October de 2005 08:27

"endo muito bem financiadas pelo estado e recebendo ainda elavaads prestações, ou seja, elevadas quantias em dinheiro dos utentes. "


suponho que os lucros sejam divididos pelos socios... os "lucros" são reinvestidos no alargamento dos serviços das IPSS.

acho o racicionio da CP muito deslocado da realidade. O estado simplesmente não conseguiria fazer metade do que estas instituições fazem com o mesmo dinheiro, elas conseguem grande parte do investimento nos edificios atraves de donativos publicos, conseguem suscitar voluntariado gratuito, têm normalmente uma gestão gratuita enquanto o estado normalmente gasta imenso em gestão.
Muitos lares de idosos são realmente privados e têm objectivos de lucro, isto porque as ricas IPSS (só quem não as conhece pode dizer semelhante dislate) não têm meios para criar lares para idosos suficientes. Os lares são estruturas caras de mantes, principalmente os de idosos acamados ou muito dependentes.

"recebem elevadas quantias dos utentes"... essas quantias são uma % do seu vencimento. São elevadas se o seu vencimento for elevado, são baixas se for baixo mas o estado dá a maior fatia do foto nas receitas das IPSS.

"As IPSS catolicas viviam à custa das necesidades dos pais"... Suponho então que as IPSS não catolicas e os ATLs do estado instalados nas escolas não vivam tambem à custa dessa necessidade dos pais. Os ATLs do estado são benemeritos, os pertencentes à Igreja mantidos atraves de voluntariado, criados atraves de donativos privados, esses vivem à custa dos pais!
Por mim acho bem que o estado crie mais ATL nas escolas, irão ficar mais caros ao estado que o financiamento dos ATLs das IPSS porque não irão suscitar donativos privados, nem voluntariado, a sua gestão será paga e bem paga mas acho que as familias irao ficar melhor servidas porque as crianças assim não têm que se deslocar. Ficarão é substancialmente mais caros.



Editado 2 vezes. Última edição em 02/10/2005 08:39 por camilo.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 02 de October de 2005 09:37

1 - Ainda bem que corrobora as minhas afirmações."suponho que os lucros sejam divididos pelos socios... os "lucros" são reinvestidos no alargamento dos serviços das IPSS. "


Em suma - os lucros de facto existem. E o "alargamento " aumenta os lucros. Chama-se a isto lógica empresarial.

2 - "os ATLs do estado tal, como as escolas po estado não são de facto "beneméritos ", porque não se baseiam em lógicas asistencialistas ou de caridadezinha , mas numa lógica de protecçção de direitso socias para as famílias -e crianças.
E têm uma enormíssima vantagem - como não são "beneméritos", não buscam o lucro - logo, são tendencialmente gratuitos para as famílias que deles usufruem.

Ou seja, as famílias pagam menos do que nos ATLs privados .

É o que se passa com o ensino na escola pública - é GRATUITO.
Assim como as refeições, a preço simbólico.

È isto a "cultura da vida".

A Igreja só devia congratular-se publicamente por os Estado Português tomar medidas concretas de apoio às famílias e crianças do ensino básico, em vez de ficar preocupada porque fica sem um "nicho de mercado " lucrativo .... Afinal, as preocupações da igreja, quais são?

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 03 de October de 2005 00:26

0 - Não estou preocupado pela igreja perder esse nicho de mercado como, de forma deselegante, lhe chama. A igreja ao manter esses centros sociais dispersas as suas forças, as pessoas que a ela aderem e se voluntarizam a colaboram com ela.

1 - Não sei quanto pagam as pessoas nas ATLs do estado. Nas IPSS existem contratos com o estado e as pessoas pagam um valor de acordo com os rendimentos que auferem, esse valor é tabelado no contrato com o estado. Quem ganha mais paga mais, quem ganha menos paga menos. Sabe quanto pagam nos ATLs do estado?

1 - A logica empresarial que disse existir...

Eu participei na criação de um centro social paroquial e vou tentar explicar-lhe como funciona essa logica empresarial. Existiam muitas carencias na paroquia. Foi ascultada a população para tentar aferir quais eram as valencias mais uteis. Para procurar dar resposta a essas carencia e como o estado nada fazia foi feito um projecto para um centro paroquial. A camara cedeu o terreno e conseguimos que um arquiteto fizesse o projecto a um preço muito vantajoso, a preço de mercado ficaria muito mais caro. Fez-se realmente um contrato o estado para financiar a obra, creio que a 50%. Mas faltavam 50 mil contos. Fizeram-se peditorios de porta em porta, leilões. Eu e muitos outros demos muitas horas de trabalho gratuito para que esse serviço à comunidade fosse uma realidade.
Depois foi ainda preciso contrair um emprestimo porque as necessidades das pessaos eram para hoje e não para daqui a 2 ou 3 anos. Com imenso esforço tudo se fez.
A gestão foi assegurada por um grupo de voluntarios, uns com mais disponibilidade que outros. O presidente é o paroco mas na pratica quem gere o centro é o vice-presidente que é um professor universitário que acompanha diariamente as actividades deste. Ajudado por varias outras pessoas que colaboram tambem gratuitamente. Tem funcionarios que, esses sim, vivem do salario que o centro lhes paga. Mas tambem colaboram varias pessoas que fazem bastante trabalho voluntario. Procurasse uma gestão rigorosa e cuidada.
Se a gestão for boa pode sobrar algum dinheiro. Dinheiro esse que é aplicado para melhorar as condições das valencias existentes ou se chegar, normalmente não chega, é usado para criar outras valencias que fazem falta à população e ainda não existem. Por vezes é necessario recorrer à ajuda de benemeritos para fazer alguma obra.
Por mim o estado até podia tomar conta da instituição. Podia ficar com ela e geri-la, fornecer gratuitamente os serviços que agora são pagos diferenciadamente conforme os rendimentos que cada um aufere. Claro que isso impliria perder quase todo o voluntariado, ter de pagar aos gestores do centro, provavelmente colocando lá alguem que tivesse o cartão do partido certo.
Em termos nacionais isso implicaria um aumento de custos significativos que teria de ser suportado por um aumento de impostos. As pessoas não pagariam directamente para colocar os filhos nos ATLs ou nas creches mas pagariam atraves dos impostos.
Um bom exemplo da eficiencia do estado nestes casos é o programa fome zero no brasil. Por cada real que beneficia realmente as pessoas que necessitam de ajuda o estado gasta 3 reais para manter a estrutura montada.

O serviço seria melhor ou pior? Não sei, depende. É geralmente reconhecido que as casas de acolhimento das crianças abandondas ou em risco na posse do estado são as que prestam um pior acompanhamento às crianças e jovens em risco. Tanto que o estado decidiu fechar grande parte das suas casas e enviar essas crianças para casas criadas pela iniciativa particular, na sua quase totalidade criadas e mantidas pela igreja catolica. Isto apesar de casas como aquela aonde existiam 36 empregados para criar 9 crianças. É que para educar uma criança não basta alguem ter os estudos certos, ter os empregados suficientes e sobrantes. É preciso alguma vocação.
Quem diz crianças diz idosos. Conheço um caso de um centro de dia que quando tinha 1 empregada para acompanhar os idosos esta estava no meio deles e acompanhava-os realmente. Meteram outra e em lugar de acompanharem os idosos passavam o dia na conversa uma com a outra numa sala ao lado.

O que chama "nicho de mercado lucrativo" dá um prejuizo brutal à igreja. Faz dispender muitos esforços, ocupa muita gente que poderia estar ocupada com actividades mais directemente relacionadas com a evangelização, dinheiro não dá nenhum porque é todo reinvestido nos proprios centros para beneficiar a população.

Por tudo isso esses centros e as pessoas que neles colaboram são realmente benemeritas. Não limitam os seus esforços a ir votar de 4 em 4 anos e quando vêm os problemas dizem que deve ser a politica a mudar e já votei para isso. Não, vêm os problemas e tentam resolve-los com os meios que estão ao seu dispor. Na sua opinião não promovem a cultura da vida apesar de dedicarem milhares de horas para que essa carencias tenham uma resposta, perdem com isso muito tempo e dinheiro para a sua familia (eu "perdi" ambos) têm sim uma logica empresarial e uma cultura de lucr.

Está no seu direito de ter essa opinião, eu estou no meu direito de achar que a senhora faria melhor em se voluntarizar para fazer alguma coisa de concreto para beneficio do proximo (é muito mais dificil que mandar um cheque de 100 ou 200 euros de longe a longe) em lugar de se limitar a votar de 4 em 4 anos, mandar umas bocas aqui e ali, e julgar de forma tão dura aqueles que tanto esforço dedicam a procurar servir o proximo.
No dia em que o estado fizer aquilo que defende então pode dedicar-se a acompanhar idosos e doentes em casa ou no hospital ou outra actividade que não envolva qualquer dinheiro... se bem que o estado tambem podia pagar a equipas de pessoas para ir tagarelar com os idosos que vivem sozinhos, pagar para ser amigos deles, enfim essas coisas que eu ainda vou fazendo agora que me afastei da gestão do centro.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 03 de October de 2005 09:04

HUm...
Não compreeendo porque acha deselegante a expressão"nicho de mercado" lucratico.
Porque é.
Trata-se de uma expressão estritamente técnica e muito apreciada pelos defensores do liberalismo económico e do primado das "leis do mercado", onde aliás se insere a defesa do "cheque-ensino".
Posto isto, é de facto, a ocupação de tempos livres de crianças fora do horário escolar, é um nicho de mercado que tem resultado da ausência da intervenção do Estado.

Convém dizer que um pequeno centro social paroquial não é comparável ás instituições católicas dedicadas ao ensino ou lares de terceira idade, creches, colégios...
Nada mesmo.

Mas de todo este debate, muito foito útil pelo consenso de todos os foristas relativamente a uma questão - a necessidade da intervenção do Estado face a dterminadas prestações sociais.

Ora ainda bem

Página actual: 18 de 26


Desculpe, não tem permissão para escrever ou responder neste fórum.

Nota: As participações do Fórum de Discussão são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, pelo que o Paroquias.org não se responsabiliza pelo seu conteúdo, nem por este estar ou não de acordo com a Doutrina e Tradição da Igreja Católica.