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Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 26 de July de 2005 09:43

Caros amigos :

Decidi abandonar definitivamente a minha participação no Fórum Paróquias.

Quero agradecer ao Luís e á Suzete, ao João,MA, Alef e muito especialmente ao Miguel (pela sua doçura, sabedoria teológica e testemunho de esperança), ao tilleul, pela sua frescura e convicções e à Tony, que espero que continue no forum para que nele exista pelo menos uma voz feminina.

Aprendi muito, sobretudo em matéria teológica, e penso que este forum pode dar um contributo catequético e de evangelização muito forte, permitindo a quem lê e a quem participa aprofundar conhecimentos.

Penso também que os católicos devem estar muito atentos a certos sectores ulatrafundamentalistas dentro da Igreja Católica, que pretendem manipular e controlar consciâncias, mesmo pos métdodos eticamente inaceitáveis.


Mas é impossível debater construtivamente assuntos importantes face ás atitudes de certas pessoas cujo único objectivos é calar e impedir a expressão de outros irmãos na Fé que não tenham as suas ideologias privadas , mesmo que estas vão contra a doutrina católica.

Recentemenet realizou-se uam homenagem e o lançamento de um livro de no lançamento de um Livro de Maria de Lourdes Pintassilgo ( cuja leitura recomendo) . São pessoas como ela o meu modelo do que é o verdadeiro catolicismo.

Continuarei como sempre a a ser fiel a mim mesma e a tentar ser fiel ao Evangelho.

E, os que pretendem calar e excluir as vozes de outros católicos não se esqueçam de uma coisa.

Nós existimos.

Estamos aqui.

Somos Igreja.

E somos nós, leigos empenhados, que de facto fazemos a Evangelização.

Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 26 de July de 2005 11:01

Católica Praticante,

Tenho pena de não saber o seu email pessoal porque mensagens desta não deveriam ser públicas mas no entanto faço-o... reconsidere a sua decisão.

O problema da Igreja é exactamente este, somos cada vez menos porque nos oprimem e não nos deixam ser e acreditar, mas é este o verdadeiro poder da Igreja Católica, a possibilidade que nos é dada para criticar sem que tenhamos que necessariamente criar uma nova Igreja.

Fundamentalistas ou moderados, conservadores ou liberais, no fundo todos estamos à procura do mesmo... o Amor de Deus.

Será que sou eu que tenho razão? Ou eles? A doutrina pode ajudar mas no fundo tudo se resume a um madamento que só cada um individualmente pode avaliar, "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como Ele nos amou".

É doloroso ver as igrejas cada vez mais vazias e as pessoas olharem para o lado e perguntarem em que paróquia se vai ou em vez de isso estarem mais preocupados em controlarem o que se faz moralmente falando. São estas situações que me recordam com insistência Martinho Lutero que de certeza era tão ou mais devoto da Fé mas que se rebelou contra a Doutrina.

São precisas vozes que gritem sozinhas no deserto, que se revoltem contra os vendedores do templo, que denunciem os fariseus e que se sejam apaixonados por Cristo.

Espero continuar a vê-la por aqui.

Em comunhão

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Moises (IP registado)
Data: 26 de July de 2005 14:10

Confesso-me perplexo por este discurso maniqueista de conservadores, liberais. O que realmente importa, e cada um dará contas a Deus é a fidelidade. Somos fieis a Jesus Cristo ou não. Essa fidelidade passa pela aceitação de que Deus me ama tanto a mim como o outro, e que por isso o tenho de respeitar.
Assusta-me ver posts uns atraz dos outros a acusar de fundamentalistas aqueles que defendem a vida, e são esses mesmos que são insultados, ridicularizados, apenas porque ousam discordar.
O Tilleul teria alguma razão, se não se lembrasse de citar Martinho Lutero. E isto porque no inicio, foi alguem que viu o que estava errado na Igreja, mas enveredou pelo caminho mais facil do protogonismo aliando-se á politica alemã. Lembro que quando na Dieta de Worms se propôs o retorno à Igreja, ele diz "Mesmo que quisesse não podia, mesmo que pudesse não queria."
Lembro sempre Erasmo de Roterdão, homem cultissimo, e manteve-se fiel.
Jesus lembra-nos que nenhum reino subsiste dividido. É uma boa chamada de atenção. Não é compativel com um forum, a falta de educação, o sistemático insulto a quem ousa pensar diferente. O que se tem assistido aqui nas ultimas semanas, tem sido um total desrespeito pelas normas deste forum.
E preciso que isto fique claro, para que não surjam "Martires da verdade" que são impedidas de falar pela Igreja clericalista, e que agora vão para as catacumbas viver o seu cristianismo.
Espanta-me - e já o disse atrás - esse discurso pessimista do Tilleul das Igrejas vazias. Não que não aconteça, mas pelas razões invocadas. No protestantismo, em que há mulheres ordenada, até bispas, as igrejas estão tão ou mais vazias que em Portugal. Na ortodoxia, onde ordenam homens casados, a falta de vocações é igual.
A crise de fé que se vive prende-se com outras causas que não a ordenação, o celibato etc.
Não creio é que as coisas se resolvam por via dos insultos a quem discorda de mim.
Em comunhão.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 26 de July de 2005 19:06

CP, não, aquele filme sobre aborto nos USA não contem imagens falsas. É tudo demasiado real, demasiado verdadeiro. O filme é gravado a partir da realidade, se a realidade é terrorista o filme apenas a representa?

Querer censura-lo (os tiques censorios atacam os defensores da liberdade de matar) é cobardia, querer ocultar a realidade.

Luis Gonzaga, construir pontes com quem defende a libertade de matar? Não, não me interessa construir pontes com quem defende que se pode abortar livremente, assim como não me interessa construir pontes com defensores da escravatura, da pedofilia, do terrorismo.

O aborto livre, quantas vezes por motivos futeis (nos paises da ex-URSS é amplamente usado em substituição dos meios anticoncepcionais), é um acto hediondo, a igreja excomunga automaticamente quem o pratica e na minha opinião faz muito bem em faze-lo.

Nunca exprimi aqui detalhadamente a minha opinião sobre o assunto.

Fetos inviaeis ou de viabilidade muito duvidosa, pré-embriões (antes do 15º dia), risco grave de vida da mãe são situações em que posso admitir o aborto.

Nisto divirjo um pouco das posições oficiais da igreja.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 26 de July de 2005 23:17

Cara Catolicapraticante.

Para mim, é sempre triste ver alguém que participa no Fórum dizer que vai deixar de participar. Já não é a primeira vez que digo isto. Infelizmente, estou certo que não será a última. Todavia, não posso obrigar ninguém a participar.

No teu caso particular, tem a agravante de que és a pessoa que mais escreve neste fórum. Não, não estou preocupado com o número de páginas vistas do Paroquias.org. Estou sim preocupado em manter (e aumentar) esta comunidade virtual, e, nesse sentido, gosto de vos ver por cá e conversar convosco.

Sabes que não concordei com algumas das tuas mensagens, mas isso, tive oportunidade de te dizer, pessoalmente, no sábado passado. Pelo que não vou repeti-lo aqui, em público.

O Fórum é livre e aberto, pelo que sempre que queiras voltar a escrever, poderás fazê-lo.

Como dizes na tua mensagem, é necessário estar atento a certos fenómenos, estranhos ao Cristianismo, que vivem dentro da Igreja Católica. A única forma que eu vejo de termos sucesso é mantermo-nos firmes na fé, dialogando sempre com todos, com a moderação e o respeito que todo o ser humano nos merece.

Boas Férias e ficamos à tua espera.

Luis Gonzaga

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 26 de July de 2005 23:19

Cara catolicapraticante,

Decidi escrever neste tópico só para te responder. E não é por acaso que não me vês escrever neste tópico e outros similares.

Concordo que existe alguma falta de rigor neste tipo de discussão. Mas isso não se resolve com o abandonar pura e simplesmente o fórum.

Já que são temas que te motivam convido-te a sugerires alterações para que as discussões sobre temas complexos possam ser mais profícuas.

Este fórum é sobretudo evangelização. E se nos é dado a todos a vocação para a santidade, igualmente nos é dada a tarefa de anunciar o evangelho.

De sermos apóstolos como Maria Madalena.

E a nossa melhor função foi descrita por Paulo: ai de mim se não evangelizar.

Ninguém aqui cala ou impede a expressão de outros irmãos na Fé. Mesmo porque da discussão é que nasce a luz.

É precisamente essa a diferença deste para outros fóruns: aqui é permitida e mesmo incentivada a troca de pontos de vista diferentes. Só é pedido é o respeito pelas normas de funcionamento do fórum.

Na essência, o que é pedido não é nada de novo.

E é enriquecedor podermos deparar com visões diferentes da nossa para analizarmos criticamente quer a nossa posição quer as outras. Desde que não partamos para a discussão na armadura das nossas certezas, é certo que dela saímos mais enriquecidos.

Continua o teu caminho. São importantes as questões que colocas.

João (JMA)

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 26 de July de 2005 23:58

Caro Moises.

Vamos por partes.

1. Dizes «O que realmente importa, e cada um dará contas a Deus é a fidelidade. Somos fieis a Jesus Cristo ou não. Essa fidelidade passa pela aceitação de que Deus me ama tanto a mim como o outro, e que por isso o tenho de respeitar. »

Sempre ouvi dizer que o que realmente importa, e cada um dará conta a Deus é quanto amou! Amaste o teu próximo? Amaste o teu irmão? Amaste-me a mim que sou teu Deus? Sempre foi isto que me ensinaram na catequese, que, um dia, Deus nos iria perguntar. Nada mais.

2. «Assusta-me ver posts uns atraz dos outros a acusar de fundamentalistas aqueles que defendem a vida, e são esses mesmos que são insultados, ridicularizados, apenas porque ousam discordar.»

Será mesmo que é apenas porque ousam discordar, ou será pela forma como discordam?

Penso que estamos a ir buscar coisas antigas. Já te disse, no tópico Ciência - Novo Fundamentalismo, que quem utilizou a expressão "fundamentalistas pró-vida" tinhas sido tu. Buscar coisas antigas é bom, quando estas são positivas. Se é para ficarmos sempre a tropeçar na mesma perda, não caminhamos.

3. «Para que não surjam "Martires da verdade" que são impedidas de falar pela Igreja clericalista, e que agora vão para as catacumbas viver o seu cristianismo.»

O facto de alguém que pensa de forma diferente da tua decidir deixar de participar no Fórum, dever-te-ia preocupar. Pois mantendo-se no Fórum, seria a única forma de poderem continuar o diálogo, e, quem sabe, com o tempo, chegarem a um consenso.

4. «Espero que não mostrem coisas destas em próximos multifestivais.»

Estarás a referir-te aos links das imagens colocados neste fórum? Em caso afirmativo, "coisas destas" não foram mostrado neste nem em qualquer outro festival. Aliás, seria de muito mau gosto, sobre qualquer que fosse o tema, excepto de carácter medico-científico, alguém exibisse tais imagens, e, só após ter avisado toda a assistência do teor das mesmas.

5. «Espero que os moderadores façam cumprir as regras deste forum, e exijam que quem insulta publicamente, publicamente peça desculpa, em vez de apagar os posts.»

O facto da Catolicapraticante ter tratado o Camilo por "camilinho" pode ser depreciativo, mostrar menosprezo, mas não me parece que seja um insulto. São coisas distintas. Convém salientar que a menos que o interlocutor o aceite de bom grado, este tipo de tratamento deve ser evitado no fórum.

Quanto ao pedido desculpa público, tal não é referido nas Regras de Funcionamento. Nunca ninguém o sugeriu. Não nos pareceu necessário. Existe apenas a necessidade de todos cumprirem as regras. Se pensa que se devem alterar as regras, ficamos à espera das tuas sugetões.

Porém, eu prefiro Jo 8,7.

Luis Gonzaga

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 27 de July de 2005 00:14

Caro Camilo,

Não disse que o filme era falso. Aliás, não vi o filme. Vou esperar por outro dia em que esteja com predisposição para isso. Como disse anteriormente, não creio que alguém mude de opinião sobre o aborto, só pelo simples facto de ver imagens reais. Não percebo muito de medicina, mas suponho que haverá formas mais e menos chocantes para o realizar.

Quando eu falo em construir pontes é porque existe uma distância enorme que separa ambas as margens, e, com a ponte, ambos se poderão aproximar, deixando de estar onde estão. É este o caminho que penso termos de precorrer. Se mesmo quem é "pró-escolha" afirma que o aborto é sempre uma experiência traumatizante, não acredito que alguém o incentive apenas por incentivar. Por esse motivo, aquilo que é necessário fazer, é apostar no planeamento familiar, e nos métodos contraceptivos. Dir-me-ão que não são 100% eficazes e continuará a haver situações onde o aborto se colocará. Certo. Concordo. Mas também é certo que o número diminuirá drasticamente.

Outra solução que raramente é mencionada é a possibilidade de a mulher grávida levar a gravidez até ao fim e, depois, dar o filho para adopção. Pelo que tenho lido e ouvido, existem milhares de pessoas em fila de espera para adopção, sobretudo, de bebés recém-nascidos.

Luis Gonzaga

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 27 de July de 2005 00:18

Caro João (JMA).

Deixa-me felicitar-te pela tua mensagem, pela simples razão que, hoje, parece politicamente (ou será religiosamente?) incorrecto destacar-se o apostolado de Maria Madalena, mas ainda há quem tenha coragem para o fazer! Bravo! Já noutro dia aqui comentei, que recentemente assisti a uma homília em que, pela primeira vez ouvi alguém dizer, que foi Pedro a primeira testemunha de Cristo Ressuscitado. Isto, para compreendermos o trauma que o Código Da Vinci provocou em algumas pessoas na Igreja.

Um abraço,
Luis

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Moises (IP registado)
Data: 27 de July de 2005 03:06

Caro Luis
Não comento saida de forunautas.
Quem está está. É com esses que contamos. Lamento que vejas as coisas assim. Não fui eu quem iniciou o termo fundamentalistas no forum como deves estar lembrado, mas o mesmo pode ser encontrado, algumas paginas atras num texto Ingles - dia 17 de Julho pagina 14.
A verdade é sempre a verdade, e não são as metodologias para a exporem que a muda. Nos dias hoje como poderia Jesus chamar hipocritas e sepulcros caiados de branco aos fariseus, expulsar com xicotes os vendedores. Não é politicamente correcto.
Por certo te lembrarás de outros casos em que outras pessoas chamaram a outras diminuitivos e foram exortadas a não o fazerem pois estavam a menorizar as figuras em questão.
Reitero que a fidelidade é o fundamental. E a fiedelidade passa necessáriamente por amar. Se não amo, não posso ser fiel a Deus que é amor. Mas o amor é exigente, não pactua com falsidades nem dá palmadinhas nas costas. O Amor corrige chama a atenção.
Quanto a esta questão, o que me tem insugido tem sido o tom altivo de certos forunautas dada a sua formação intelectual, que tem ridicularizado quem ousa discordar.
E desculpa caro Luis, não creio que o Camilo tenha insultado ninguém.
Quanto a este assunto, estou conversado.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 27 de July de 2005 17:00

Existe uma imprecisão nas minhas afirmações anteriores. As situações (não referidas exautivamente) em que admiti a possibilidade de aborto não significa que o ache moralmente correcto mas apenas que não me parece que devam ser criminalizadas. Nem tudo o que é mau deve ser criminalizado.

Luis Gonzaga, quem colocou em duvida a veracidade do filme foi a CatolicaPraticante.

Quando ao aborto ser sempre traumatizante alguns dados:

1 - na ex-URSS 70% das gravidezes acabavam em aborto, o que indica claramente que o aborto era (e nalguns desses paises ainda é) usado largamente em substituição do planeamento familiar.

2 - O aborto é usado de forma quase generalizada pelas desportistas de alta competição como metodo de doping. Devido a alterações hormonais a gravidez seguida de aborto provoca um aumento da massa muscular e uma melhoria generalizada da forma fisica. Basta procurar na net por aborto e doping para confirmar isso... ou ir a qualquer ginasio e perguntar aos monitores. Um sintoma disso é a grande parte, senão a maioria das atletas de alta competição não conseguirem ter filhos. Isso devesse aos secessivos abortos que acabam por posteriormente impossibilitar que engravidem.

3 - Se alguem muda de opinião por ver imagens reais. As pessoas tomam mais as decisões ao nivel emotivo que racional. As imagens ajudam a consciencializar a realdade. O tsunami teria suscitado a onda de solidariedade que suscitou se não existissem imagens? guerra do iraque suscitou muita oposição e revolta porque existiam imagens. No mesmo periodo as guerras do sudão e do Congo provocaram muitos mais mortos sem que provocassem quase nenhuma reacção. Porque? Em grande parte porque não existiram imagens dos massacres provocados nesses paises. Timor foi ignorado em todo o ocidente até existirem imagens do massacre do cemiterio de Santa Cruz. Já tinham ocorrido muitos massacres piores, devidamente denunciados mas as pessoas só tomaram consciencia da realidade quando a viram. Até aí uma noticia a dizer que tinham sido mortas 1000 pessoas era uma estatistica. Mas uma filmagem de uma unica pessoa a sofrer tem uma força completamente diferente. Não é por acaso que o filme, com imagens reais de abortos tardios (creio que nos USA) tanto incomodou a CP. Porque custa ver a realidade daquilo que se defende. Enquanto não se vê é apenas estatistica, numeros, conceitos intelectuais. Ter uma garrafa de vinho na despensa nunca embriagou ninguem. Da mesma forma é diferente racionalizar e consciencializar.

4 - Sou inteiramente favoravel a que se criem instituições que acolham os recem-nascidos que as mães não queiram criar. Existe uma longa fila de espera para adopções e um recem-nascido não tem dificuldades em ser adoptado. Existem essas instituições na alemanha.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: tony (IP registado)
Data: 27 de July de 2005 23:50

Querida Católica Praticante

Tenho estado ausente do fórum porque a minha actividade jornalística me rouba muito tempo, mas hoje dirijo-me especialmente a ti e reitero o que disse uma vez a teu respeito. És uma voz que vale a pena ouvir, tens a coragem de dizer o que muitos pensam, mas calam.

Cada um tem a sua forma de estar, viver e experiênciar as coisas que nos rodeiam, tu tens a tua! Cabe-nos aceitar e respeitar cada um como centelhas de Deus, únicas e irrepetíveis. É assim que olho para ti, memo quando não concordo contigo.

Por tudo isto amiga, se achas que deves tirar umas férias deste fórum, então fá-lo. Acho que a tua participação também merece umas férias para carregar baterias. Mas olha amiga, vai e volta.

O mais importante é não baixarmos os braços. Espero que não baixes os teus, porque Deus precisa deles, somos apenas instrumentos de trabalho ao Seu dispor, neste processo de evolução, mudança e comunhão que acontece todos os dias.

Para tua reflexão: 1 Macabeus 12, 24 - 34

Espero por ti aqui!


Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 02 de August de 2005 17:42

quanto à saida da CatolicaPraticante. Ela diz que sai porque existem pessoas que têm por objectivo impedir outros de expressar as suas opiniões.

Não vejo como. Ela propria é/era das pessoas que mais agressivamente se exprimia aqui no forum.

Num debate temos opiniões diferentes e argumentamos conforme sabemos e conhecemos. Isso não impede ninguêm de expressar as suas opiniões.

Francamente as razões que ela apresenta não me parecem ter o menor cabimento.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 16 de September de 2005 18:26


Lá anda o governo a falar novamente no referendo do aborto. O Alberto João Jardim, parece muita vez agressivo e mal educado, mas desta vez parece ser a favor do Não.
Se o governo, olhasse para o desemprego, para a fome que afecta portugal, seria muito melhor.
Muitas dizem o corpo é meu, se o corpo é delas, que façam abstinência. Há muita sida e há que ter cuidados, o governo está cheio de despesas.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 16 de September de 2005 20:36

UM REFERENDO INOPROTUNO?

Os portugueses sentem este referendo ao aborto como absolutamente inútil?
Em Portugal, no inicio do Século XXI, não abortam maioritariamente as pobres ou as desamparadas. Abortam especialmente as que deitam contas à vida, natural e emocionalmente falando. Abortam as mulher donas da sua vontade própria, não pela pobreza na vida, mas as das classes médias, a quem o filho pesa nos modelos de vida em que ele não é desejado. Abortam as mulher que se adequam no objecto da piedade Cristã que chocam os militantes católicos e todos os defensores da vida humana.
Abortam as mulheres que “queriam sempre deixar prosseguir a as gravidezes” mas que se propõem interrompe-las por que não desejam a vida que geraram por acidente ou talvez não. Abortam nem sempre pela pobreza, a solidão ou falta de apoios da sociedade e sem terem em conta os valores espirituais ou as leis da cidadania em que o primeiro direito dos humanos é o direito à vida.”
Um referendo como este nunca é inoportuno no que à sociedade diz respeito nem esta concepção de aborto pode deixar de ser avaliada pela cidadania civilizada que respeita os Direitos do Homem, enquanto eugenismo social que é do mais preocupante possível.
O referendo ao aborto nunca é absolutamente inútil, e direi mais: - O referendo é absolutamente necessário para se poder afirmar a segurança de quem está do lado da Civilização do Amor e do Direito à vida. O referendo é absolutamente útil para dizer NÃO à cultura da morte, dizer Não às condenações à morte sem defesa, de inocentes apenas por se encontrarem dentro dos úteros das suas mães. - Só por isso o referendo será útil.
Desde já desafio quem se revê no meu pensamento a que não deixe de manifestar inequivocamente aquilo em que acredita: A civilização do amor e o direito à vida, contra as condenações sumárias à morte, de inocentes e de indefesos, por leis que facilitam, despenalizam e descriminalizam o aborto pela IVG, como se estas não sejam matar, num campo de concentração de um qualquer ditador, que passa a ser o útero de uma mulher grávida. E interrompem a gravidez - para deixar continuar quando? Interromper, implica poder dar continuidade não será?
Os que defendem valores espirituais da vida e da dignidade humana, não levam ninguém ao aborto.
Se, no que diz respeito à sociedade, os que defendem valores espirituais e ainda mais os valores do Cristianismo Católico, podem e devem perdoar mais do que condenar quem chega à pratica do aborto, estes mesmos não podem, nem devem, deixar de reafirmar todo o seu apoio a que o desejos, sinceros, destas mulheres de deixarem prosseguir estas gravidezes (as suas gravidezes) possa tornar-se uma realidade, sem hipótese de interrupções.
O continuar estas gravidezes apenas depende destas terem direitos contemplados com leis dignas de apoio ás famílias, à educação, à saúde, ao direito ao trabalho e à justiça para a dignidade da mulher grávida e do seu filho em gestação. Não compreendo as pressões que promovem as razões para não deixar continuar essa vontade de prosseguir a gravidez como desejavam.
Aos políticos e aos defensores do NÃO AO ABORTO deixo o desafio: participando conscientemente no referendo, para ele ser de verdade útil, defendam a civilização do amor, contra a cultura da morte, e a vida contra a IVG e o aborto Não permitam que se torne politicamente correcto, pelas abstenção e demagogias contra a realidade factual da dignidade da vida, que pelas ideologias dos conceitos partidários desumanizados se passe a defender valores que por serem mais fáceis de aplicar, matam.
Para terminar.
À sociedade em geral também fica um desafio, digam no referendo, se aceitem que esta concepção de aborto, enquanto método de eugenismo social, e querem que seja algo do mais preocupante possível?
Pois há que pensar antes de tomar a decisão do sinal a por no refendo – no Sim ou no Não, se o direito à vida é discutível?
Referendando com um sim ou um não, responsável, consciente, pensada inteligentemente, que ideia fazem ou têm da CONCEPÇÃO DA VIDA - (e não a concepção do aborto que não se concebe), uma vez que ninguém é condenada a engravidar, quando se pode recorrer sempre a tantas formas de planeamento familiar e de controlar a natalidade e em que basta apenas a vontade própria, até para se praticar ou não o acto sexual.
Aos políticos para srem coerentes com o seu papel de representantes do povo que os elegeu peço que se dignem, em sede própria como é a Assembleia da Republica, à petição apresentada em Março / Abril 04 com mais de 217 000 assinaturas e que pediam políticas pró vida em vez de legislação pró aborto.
O que estes signatários pediam e pedem é honestidade política e não jogos de interesses partidários ou outros.

Joaquim José C. Lopes Galvão

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 16 de September de 2005 20:46

É muito fácil falar, mais difícil é tentar entender os problemas que muitas mulheres têm (desemprego, doenças, muitos filhos, maridos que são autênticos grunhos e só querem sexo sem se ralarem com as consequências dos seus actos). Todos conhecemos a realidade do país em que vivemos por isso, para quê falar como se vivêssemos no melhor dos mundos?
Se tiver uma aventura extraconjugal e houver um "descuido" até pode ir a Londres e fazer a coisa lá com toda a limpeza. Por favor, chega de hipocrisias! Dirão alguns procurando a linguagem do politicamente correcto: -“Quem está contra o aborto não o faça mas não atire pedras a quem é obrigada (não o faz por gosto ou então seria masoquista) a fazê-lo”!
- Poderíamos pedir para se usar da mesma teoria para quem rouba para comer ou para dar de comer aos filhos e para sobreviver mesmo no mundo da miséria. Seria politicamente correcto?

Todos conhecemos a realidade
Mas mesmo as esposas dos Grunhos (independente e até mesmo com respeito aos valores morais delas) porque não usar de um meio de controlo da natalidade proposto pelo médico da saúde materna que existem na maioria dos Centros de Saúde?
Tomar a pílula, usar um DIU com vigilância, usar o preservativo até por causa das doenças de transmissão sexual, tudo pode estar ao alcance de qualquer mulher. Sem entrar em conta com aspectos éticos ou morais dadas as hipóteses em análise, e as liberdades de opções pessoais pois outras seriam as minhas propostas e considerações.
É de inteira e exclusiva responsabilidade que quem tiver as tais aventura, (extra conjugal, pré-matrimonial ou outra) aí então assuma a responsabilidade é pessoal do acto que realizaram e, como popularmente se diz "quem vai para o mar... que se cuide, para que depois, ao torcerem a orelha ...". Mas que não se assumam inconscientes das consequências de terem feito o que livremente e conscientemente fizeram).
Hipocrisia é atribuir aqui culpas aos outros - que não levaram para a cama, não despiram e não aconselharam a praticar os actos de que tiraram e gozaram o prazer e satisfação sem prevenção.
Quem defende o valor da vida, defende princípios que dignificam os seres humanos e os seus inocentes que sendo humanos mas indefesos são as vítimas da irresponsabilidade da sociedade face aos direitos humanos.
Quem defende a vida não pode senão marcar presença e afirmar que o aborto não pode ser despenalizado nem muito menos descriminalizado desde a concepção até qualquer intervenção que não seja o parto e o nascer para a vida terrena.
Quem defende a vida não pode calar os atentados contra os embriões e os fetos.
Quem defende a vida tem de esperar a educação da sexualidade para o respeito e a saúde materna e infantil com segurança e liberdade.
Quem defende a vida tem de denunciar o negócio do corpo e a exploração de mulheres e de crianças assim como os machismos e marialvismos contra a paternidade responsável.
Quem defende a vida só pode exigir aos políticos que sejam honestos e não hipocritas ao serviço de lóbis anti vida e mesmo de características mais internacionais que nossas e para as nossas realidade e, que muito menos sejam demagógicos.
Que se não atirem pedras 100% de acordo, mas que sejam chamados a assumirem as suas responsabilidades, e depois se orientem e apoiem para não voltarem a situações semelhantes.
Quanto aos Grunhos ou machões que se dê educação para o respeito e a responsabilidade

Carta por mim enviada ao Expresso e não publicada...




Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 16 de September de 2005 21:14


Conheço aquí senhoras que engravidaram já com 40 anos e mais e têm filhas tão lindas. Se fizessem aborto, o que não perdiam? Quando passo por essas crianças, penso para comigo mesma, se essas mães tivessem abortado? Mas graças ao Bom Deus, que nunca lhes passou pela cabeça tal coisa, no entanto vivem num país onde o aborto é legal.
Conheço outra jovem mãe que casou apressadamente, estava grávida. Porém nasceu um menino lindo. Porquê fazer abortos, se as crianças são as flores de um jardim?

Já criei os meus filhos e espero com ansiedade um dia ter netos, gostava de lhes fazer o melhor que pudesse.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 17 de September de 2005 23:50

encontrei hoje no outlook expreess
esta mensagem

Vírus mata em Portugal
dá pelo nome de aborto ou de IVG
e ataca principalmente a classe política
e os deputados de Portugal

Está a actuar na assembleia da república
mas prepara-se para ser um perigo nacional
por entrar livremente após o referendo
e o antivírus para os seus ataques
é no referendo o nosso não ao aborto e à IVG


O período de maior risco será no outono
O dia maior perigo para os seus ataques
será o dia 27 de nov 2005
a menos que o presidente da republica
não aprove o projecto do PS e BE

Atenção só pode ser combatido no referendo
com o antivírus não ao aborto e à IVG

Este vírus mata e já é uma pandemia
na sociedade sem respeito pela vida humana
da concepção à morte natural

A sua prevenção implica
politicas sociais e económicas
que valorizem a mulher o nascituro
o embrião, o feto e o recém-nascido
e os políticos não querem fazer nada
pela sua prevenção útil

combater este vírus
é um dever de consciência
e uma prova de defesa da pessoa humana
é um sinal de modernidade e maturidade
da civilização do amor
contra a cultura da morte

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 18 de September de 2005 00:33

Haja um mínimo de rigor .


"O referendo NÁO É SOBRE O ABORTO, ou seja, não é para exprimir uma posição a favor

ou contra o recurso ao aborto (até porque, suponho, NINGUÉM É A FAVOR dele).

O referendo é, sim, sobre a despenalização (parcial) do aborto, ou seja, tem por objecto

saber se a interrupção voluntária da gravidez -- quando realizada nas primeiras 10

semanas de gestação em estabelecimento de saúde legal -- deve, ou não, deixar de ser

punida criminalmente, como actualmente sucede (salvo nas três situações limitadas que

hoje já não são puníveis).

Uma coisa é a posição ou o juízo social ou moral de cada um sobre o aborto em si

mesmo, outra coisa é saber se, qualquer que seja essa posição, achamos que as

mulheres que o pratiquem devem ser punidas como CRIMINOSAS e condenadas a

PRISÃO.

O objecto do referendo é somente a criação, ou não, de uma excepção ao artigo do

Código Penal que o qualifica como crime."
[Publicado por vital moreira no seu blogue ] 16.9.05 [causa-nossa.blogspot.com]

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 18 de September de 2005 01:45

Se hipoteticamente o referendo fosse sobre o roubo poderia ler-se o comentário anterior com o seguinte texto:
Haja um mínimo de rigor .


"O referendo NÃO É SOBRE O ROUBO, ou seja, não é para exprimir uma posição a favor

ou contra o recurso ao ROUBO (até porque, suponho, NINGUÉM É A FAVOR dele).

O referendo é, sim, sobre a despenalização (parcial) do ROUBO, ou seja,

tem por objecto saber se O FURTO -- quando realizado PARA MATAR A FOME

E EM PROVEITO DE SATISFAÇÃO DE PRIMEIRAS NECESSIDADES

PARA O PRÓPRIO OU A FAMÍLIA -- deve, ou não, deixar de ser punido criminalmente,

como actualmente sucede.

Uma coisa é a posição ou o juízo social ou moral de cada um sobre o ROUBO em si

mesmo, outra coisa é saber se, qualquer que seja essa posição, achamos que os

HOMENS E as MULHERES que o pratiquem (nas referidas circunstancias)

devem ser julgados e punidos como CRIMINOSOS e condenados a PRISÃO.

Já sei o vosso comentário

- Lá está o Galvão é o que vai alguém dizer

e sei que irei ver comentar que como sempre estou a desconversar

mas permitam que faça um inocente jogo de palavras…

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