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Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: José Avlis (IP registado)
Data: 11 de July de 2005 23:50

A propósito da terrível falsidade e perversidade, com que alguns tentam justificar/desculpar (ainda que inconsciente/ingenuamente), a grosso modo, o "abominável crime do aborto" – cuja perpetração (nunca é demais repeti-lo!) acontece mais de setenta milhões de vezes por ano em todo o mundo!!! - Quem se preocupa realmente com os direitos humanos destas Crianças nascituras (tal como todos nós fomos), as mais inocentes e desprotegidas de todas, e mesmo assim muito mais violadas, massacradas e dizimadas que os próprios animais selvagens e ferozes em geral, de que tantos abortistas cegos e obstinados hipocritamente se queixam??!! –, tomo a liberdade de apresentar, para eventuais comentários positivos, o seguinte comentário do nosso conspícuo escritor de serviço A. Sílvio Couto, texto esse de que tomei o cuidado de sublinhar algumas pertinentes frases, para melhor leitura, destaque e compreensão:


A FALSIDADE DO ABORTO

Seria preciso que Odete Santos (PCP) se abespinhasse, que Fernando Rosas (BE) se amofinasse, ou Vitalino Canas (PS) se emproasse – atendendo ainda aos outros intervenientes difusos do espectro parlamentar –, para percebermos que falar do aborto (referendário) tem tanto de inoportuno quanto de serôdio, seja na forma como no conteúdo, ou mesmo na matéria de fundo.

De facto, certa ‘esquerda’ há-de continuar a falar do assunto até lhe esvaziar o interesse, nem que seja preciso levar sucessivamente a matéria ao Parlamento, fustigando os eleitores com ameaças e promessas, ofendendo quem pensa e vive com outros valores... desde que (só eles) pareçam defensores de conveniências e ideologias noutros países ultrapassadas.

Mais do que placebo racional ao ritmo de conivências, o aborto toca alicerces da nossa identidade colectiva, seja pela educação sexual (feita ou não), seja pelo espaço dado à família (enquanto união estável entre homem e mulher), seja enquanto modelo (pela negativa) do controle da natalidade (no mundo ocidental), neste tempo e sobretudo neste país.

O tema do aborto põe a nu o falhanço de diversos aspectos da cultura reinante de ‘relativismo moral’:

* De teorias anti-concepcionais (de sabor) populistas, como o preservativo, a pílula e outros menos divulgados – com tantas hipóteses de evitar gerar a vida (mesmo que de forma menos responsável) –, por que se terá depois de recorrer à dita [maldita!] "interrupção voluntária da gravidez"?

* De uma certa pandemia erotizante – em que a pessoa é subjugada pelo prazer imediatista, normalmente fechando-se à possibilidade da vida –, a difusão de certas doenças será (só) fatalidade, ou deriva dessa amoralidade em curso?

* De alguns projectos anti-família – entre homossexuais, singlers com animais de estimação e outros, ao sabor de modas –, será que certos desfiles dignificam as opções (seja pela diferença psicológica, genética ou social) das pessoas, ou antes as ridicularizam?

De facto, ser contra o aborto não pode ser rotulado de (meramente) religioso, de ético ou mesmo de conservador.
Ser contra o aborto é lutar pela dignidade da Vida humana, desde a concepção até à morte natural.
E mesmo que o Parlamento decida – atendendo às actuais contingências da maioria que o apregoa e favorece, ou (sabe-se lá) o pratica, mesmo à socapa –, pelo alargamento do tempo de ser legalizado, isso não lhe dará foro de legitimidade, embora possa ser legal.
Até porque a volatilidade eleitoral pode – mais não seja, daqui a quatro anos – modificar-se, e a lei aprovada no hemiciclo de São Bento poderá mudar de novo.

Por acreditarmos que "a vida não se referenda" (seja qual for a circunstância), é que preferimos [como mal menor] que seja (antes) a Assembleia da República a decidir (politicamente) sobre o assunto, do que este seja/venha a ser submetido à (idolatrada, capciosa ou manipulada) consulta popular do "referendo ao aborto"...

Esse (até agora) mecanismo ‘tão’ vinculativo (ao menos de forma psicológica) das decisões sobre um assunto assaz complexo, poderia ser usado como arma de arremesso, entre facções ideológicas antagónicas, sobre o sentido da pessoa e da vida.

A questão do aborto é um falso problema social, político e religioso. Quase que em mais nenhum outro sector se olha preferencialmente para o negativo – no caso, a opção de matar! – do problema.
Então, ao falarem tão insistentemente do aborto, é já motivo de enjoo intelectual e disfunção emocional.
Vamos optar pela dignidade da Vida... sempre e sem qualquer dúvida.


Mesmo que de forma menos distanciada do assunto, deixem que apresentemos um caso – tão complexo quão significativo –, de que tivemos conhecimento recentemente (que o atingido até já morreu):
Depois de uma experiência de opção dela pelo aborto, o pai da criança entrou num processo degenerativo (psicológico, físico e social) que muito poucos compreendiam: Ela (já lá vão mais de vinte anos) optou pelo aborto, e ele nunca se (ou lhe) perdoou... até à morte por desistência.

Para quem argumenta sobre a vulgaridade do aborto pela mulher – neste como noutros casos –, cremos que, no mínimo, não conhece a realidade desse fenómeno humano, social, emocional... e espiritual.

Basta de discurso heróico. Deixem-nos, afinal, acreditar na Vida!

*** *** ***

Fonte: Agência Ecclesia – Opinião, por A. Sílvio Couto (11/07/2005)

Adaptado ao fórum, por
J. Avlis

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Joaquim José Galvao (IP registado)
Data: 12 de July de 2005 01:08

Julgar ou não julgar como referendar ou não.


A vida defende-se não se despenaliza nem descriminaliza tal como o aborto ou qualquer assassinato.
Assim como não se referenda - como lotaria, pois o referendo não é mais que uma roleta russa.
Se a lei passa é como se calhar a bala na câmara... mata
Aborto legal ou ilegal, aos x + 1, ou aos x - 1 dias, é uma falsidade de quem se diz defensor da carta dos direitos do homem.

À porta de um Tribunal como o de Setubal ou de Aveiro ou qualquer outro não é cantar vitória e chorar vidas.

O que se esconde de facto atrás desta campanha é outra realidade. A de aqueles que não conseguem suportar que, pelo menos desde 1997, o povo português e os seus representantes no Parlamento, lhe venha sistematicamente negando o aborto livre e a pedido da mulher em tantas semanas quantas as possíveis. Trata-se dos mesmos que envolvidos nas suas pressas e trapalhadas estão dispostos a revolver o sistema jurídico para à força ainda encaixarem um referendo entre as autárquicas e as presidenciais. Trata-se dos mesmos que desde Março de 2004 ainda não tiveram tempo, na Assembleia da República, para processar e discutir em plenário, uma petição subscrita, em quatro semanas, por 217 mil cidadãos portugueses, em que estes reclamam leis e medidas políticas adequadas à protecção do embrião, à promoção da família e ao apoio às grávidas em dificuldades.

Trata-se dos mesmos a quem repetimos as mesmas palavras que dissemos no final da noite de 28 de Junho de 1998 [data da realização do primeiro referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez em Portugal] para nós o aborto é uma resposta errada a um problema verdadeiro.

O nosso compromisso é pois o de proteger toda a vida humana desde a concepção até à morte natural, dando a nossa vida para que não haja nas nossas cidades nenhuma mulher que diga "eu abortei porque não encontrei quem me ajudasse".

citação do comentário escrito no Diário de Notícias
Opinião Factos, confusões e verdades
António Pinheiro Torres
Movimento Juntos Pela Vida

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 13 de July de 2005 08:29

Hum.. .
A expressão "dando a nossa vida" para atingir um de terminado objectivo soa-me muito a suicídio altruista.. ( Durkheim)

E o Suicídio altruísta por uma causa religiosa soa-me muito a fundamentalismo... Uma espécie de mártires de Alá ou homens-bomba...

Não me parece uma expressão muito apropriada aos pseudo-defensores da vida... ( embora algusm elementos destes grupod nos EUA recorram ao homicídio de mulhers e médicos pra impedir a realização de IVG)

Sobretudo nos tempos que correm , onde o suicídio religioso como arma de guerra chegou á europa...

SErá talvez uma força de expressão...

Mas infelizmente não não é.
Para quem quem tem o objectivo de acabar com a legislação actual e proibir todas as formas de IVG em Portugal através d euma alteração constitucional, , se calhar é isso memso que querem dizer - entre a vida de uma mulher e a potencial vida de um conjunto de células indiferenciadas, morra a mulher...

Prece-me bem, para pseudo-defensores da vida.


Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 13 de July de 2005 11:38

conjunto de celulas indiferenciadas já o blastocisto não é.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 13 de July de 2005 12:12

A Sério?

Blastocisto (blasto = que vai gerar algo; cisto = cavidade).

Blastocisto: Esse estágio precede a fase embrionária, denominada gástrula (inglês: blastocyst). Blastócito: Célula indiferenciada da fase de mórula ou blástula de um embrião (Fonte: Rey, Dicionário de termos técnicos de Medicina e Saúde). Blastocisto: esta fase corresponde às células entre o quarto e quinto dias após a fecundação, antes da implantação no útero (Fonte: Moore, Color Atlas of Clinical Embryology).

O blastocisto tem aproximadamente 200 células, a maioria das quais formarão a placenta e outros anexos embrionários . Apenas sete a dez por cento das células do blastocisto formarão o embrião. São células indiferenciadas que darão origem aos vários orgãos e tecidos.

Ah e para os que dizem que um blastocisto é um bebé aqui fica a fotografia

[embriogenesis.galeon.com]

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 13 de July de 2005 12:29

As células da camada interna do basltocisto são ainda totalmente indiferenciadas: têm a capacidade de se dividivir nelas mesmas e de se transformar em qualquer outra célula que constitui o organismo. Essas células da camada interna do blastocisto são consideradas as verdadeiras células-tronco embrionárias ,

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Lopes Galvao (IP registado)
Data: 13 de July de 2005 13:03

A verdade nem sempre é bem aceite especialmente quando não convém

Retiro de caixas anteriores a expressão de catolicapraricante:
: _"O blastocisto tem aproximadamente 200 células, a maioria das quais formarão a placenta e outros anexos embrionários. Apenas sete a dez por cento das células do blastocisto formarão o embrião. São células indiferenciadas que darão origem aos vários órgãos e tecidos.
Sabendo o que é o ADN ou DNA como queiram e o que é a chave cromossómica humana, limito-me a perguntar se esse conjunto de 10% de células mesmo que só retiradas de 200 células do blastocisto, não têm a sua origem no ovo e este na união de gâmetas ou células reprodutoras que com origem em seres humanos dotados de dimorfismo sexual não são 10% de células humanas?
E estas células humanas com um potencial incomensurável de capacidades de diferenciação não são a origem do ser vivo que virá a nascer praticamente 36 a 39 semanas depois desta etapa de blastocisto a que nos referimos, é ou não verdade?

Interromper a evolução fisiológica do desenvolvimento das capacidades destas, por minoria de números +/- 20 células a que se refere sem poder repor a sua evolução após se ter interrompido a evolução fisiológica é ou não por fim à vida destas células?

E vou mais longe, para quem trabalha tanto e tão bem com números, se forem uns milhares ou milhões de células às 9, 10, 11, .... 16 semanas.... Não é isso que se pretende com a IVG ABORTO?

Ora no ser humano com fisiologia saudável e em constante evolução hígido esta acção é causar a morte, e essa acção é um atentado à vida. Então isso não é crime?

Note que não falo em valores morais mas em evoluções fisiológicas que têm início ao ser constituído o ovo resultante de gâmetas humanos.

Joaquim Galvão

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 13 de July de 2005 13:46

EScreveu muito bem :

" estas células humanas com um potencial incomensurável de capacidades de diferenciação são a origem do ser vivo QUE.." irá ou não formar-se e nascer nove meses depois ...

São a origem de um ser vivo, não são esse ser vivo, são um potencial de...

Nem vou referir as doenças do trofoblasto nem o facto de uma larga percentagem de blastocistos não se transformar em embriões viáveis...

Em suma- alteração constitucional que estes grupos pseudo-provida pretenedem terá como imediota consequência legal :


1 - Proibição absoluta de técnicas de procriação medicamente assistida ( Impedindo casais inférteis de terem crianças)
2 - Proibição absoluta de toda e qualquer IVG, nomeadamente as previstas na actual legislação ( memso que isso implique riscos para a saúde e vida as mulheres - essas sim, pessoas humanas com vida e, já agora, com personalidade jurídica.

3 - Proibição total e absoluta de investigação com células tronco que permitam curar e tratar pessoas humanas.

EStas células indiferenciadas podem dar origem a diferentes tecidos do organismo humano.. Esta é uma capacidade especial, porque as demais células geralmente só podem fazer parte de um tecido específico (por exemplo: células da pele só podem constituir a pele).

Outra capacidade especial das células-tronco é a auto-replicação, ou seja, elas podem gerar cópias idênticas de si mesmas.

Por causa destas duas capacidades, as células-tronco são objecto de intensas pesquisas hoje, pois podem no futuro funcionar como células substitutas em tecidos lesionados ou doentes, como nos casos de Alzheimer, Parkinson e doenças neuromusculares, doenças cardíacas em geral, ou ainda no lugar de células que o organismo deixa de produzir por alguma deficiência, como no caso de diabetes.















Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 13 de July de 2005 13:47

E A verdade é esta - um blastocisto NÃO É UM BEBÉ

[www.drpabon.com]
[www.watermark-design.com]

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Moises (IP registado)
Data: 13 de July de 2005 17:32

E deveras curioso o facto de a comunidadede cientifica ainda nao ter chegado a um consenso e alguem neste forum ja descobriu. Engana-se contudo a Catolicapraticante. O que e um bebe? Um blastocito seguindo o raciocinio Aristotelico e tomista è uma criança em potencia. Mas que cientistas estes que nao tem humildade nenhuma. Pensam que tudo nasceu com eles e o trabalho passado nao interessa. A ciencia sem humildade è uma tirana

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 13 de July de 2005 19:39

Caro Moisés,

Nesse caso, estás a dar razão à Catolicapraticante: Um blastocisto não é um bebé! Como dizes, seguindo o raciocínio aristotélico e tomista, um blastocisto é uma criança em potência. Logo, não o é em acto.

Aliás, eu penso que se está presente um erro de casting, ou melhor, de argumento. Que um blastocisto não seja um bebé ou uma criança, parece uma verdade La Palisse que me surpreende alguém querer contra-argumentar. O fulcral da questão é saber se o blastocisto é uma vida humana ou não. Um bebé ou uma criança são diferentes fases da vida de um ser humano, mas, não temos que dar uma cambalhota na retórica, a ponto de afirmar que um blastocisto é um bebé para se continuar a defender posições pró-vida.

Aliás, tem sido a frequente utilização destes e doutros argumentos, qual deles o mais rebuscado, pelos movimentos ditos pró-vida, para que não se possa afirmar que a sociedade, no seu todo, está junta na luta a favor da vida.

Uma maior contenção de argumentos associada a uma moderação na linguagem faria que os movimentos pró-vida tivesse melhor recepção dos seus argumentos junto da sociedade. Sempre afirmei, e continuo a afirmar, que a esmagadora maioria dos portugueses é contra o aborto! Então é legítimo perguntar-se, porque pouco menos de metade dos portugueses que votaram no último referendo eram a favor? Ou porque as recentes sondagens mostram , quase sempre, uma vantagem do Sim à despenalização? Na minha opinião, porque este tema não tem sido apresentado e discutido numa base racional e moderada. Antes pelo contrário. São os discursos mais emocionados, fundamentalistas e radicais que sobressaiem do ruído de fundo, e, como diz o povo, não é com vinagre que se matam moscas.

Um abraço,
Luis


Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 14 de July de 2005 02:02

ao descrever as diferentes partes do blastocisto mostrou que não é um conjunto de celulas indiferenciadas, como é a morula.

é errado dizer que não é um ser vivo. Qualquer biologo lhe dirá que o ciclo da vida nunca se interrompe. De um ponto de vista biologico é um ser vivo desde o inicio.

A questão está em saber quando esse ser vivo adquire a dignidade humana.

Do ponto de vista biologico é um ser vivo da nossa especie, apenas variando a fase de desenvolvimento. Um embrião não é uma criança e uma criança não é um idoso mas todas estas fases do ponto de vista estritamente biologico são fases do ciclo de vida da especie humana.

A questão está em quando se deve dar a esse ser vivo da nossa especie a dignidade humana. Aquilo que nos torna unicos na natureza só se desenvolve já depois do nascimento. Só por volta dos 3 anos o cerebro humano adquire caracteristicas unicas entre todos os seres vivos e só está plenamente desenvolvido por volta dos 25 anos.

Existem varios criterios, varias barreiras.

O biologico puro e simples, é ser vivo da especie humana é ser humano embora num estagio de desenvolvimento muito insipiente.

O aparecimento das celulas que irão gerar as celulas nervosas (creio que este criterio foi usado durante muitos anos na alemanha federal). Coincide praticamente com a individualização, a unicidade do novo ser. Depois do 14º dia não é possivel dar-se o aparecimento de gemeos verdadeiros. Até aí ainda pode acontecer. (outro criterio muito considerado é esta unicidade do ser vivo). Isto coincide com o fim da nidificação.

etc...

Seja como for no caso de risco de vida serio para a mãe acho que vida por vida a mãe deve ter o direito de decidir.



Editado 1 vezes. Última edição em 14/07/2005 02:08 por camilo.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Lopes Galvao (IP registado)
Data: 14 de July de 2005 08:59

Parabéns Camilo

Já o afirmei antes e agora por si fica mais claro.

Se pelo ADN podemos fazer estudos e determinar identidades e até neste tema com elevado grau de segurança até a probabilidade de paternidade, fica claro que o que é concebido por células com vida de humanos é da sua espécie logo é humano.

Também os seus argumentos – "A questão está em quando se deve dar a esse ser vivo da nossa espécie a dignidade humana. Aquilo que nos torna únicos na natureza só se desenvolve já depois do nascimento. Só por volta dos 3 anos o cérebro humano adquire características únicas entre todos os seres vivos e só está plenamente desenvolvido por volta dos 25 anos.
Existem vários critérios, varias barreiras.
O biológico puro e simples, é ser vivo da espécie humana é ser humano embora num estágio de desenvolvimento muito incipiente.
O aparecimento das células que irão gerar as células nervosas (creio que este critério foi usado durante muitos anos na Alemanha federal). Coincide praticamente com a individualização, a unicidade do novo ser. Depois do 14º dia não é possível dar-se o aparecimento de gémeos verdadeiros. Até aí ainda pode acontecer. (outro critério muito considerado é esta unicidade do ser vivo). Isto coincide com o fim da nidificação" são válidos, sendo que ainda susceptíveis de especulações de rigores científicos que já espero...

Mas para mim o essencial não é só isto.
O essencial é o porquê de se abortar ou de se ser pela solução extrema que despenalize ou descriminalize este.
O que é uma verdade é que tendo engravidado, ou algumas vezes admitindo estar grávida – até de horas, caso que justifica a pílula de emergência, interessa é deixar de estar.

Quem se vê nestas situações não pensa em mórulas, blastocisto, estatutos do embrião, fazes do desenvolvimento fetal, etc.
Quer é ver-se livre depois da vida sexual que realizou do "produto dessa relação que é indesejado ou acidental. Pedem-se ou fazem-se abortos, sendo-se sempre contra eles, quando se ADMITE ou SABE que se está grávida.

Não entremos em rigores filosóficos, em rigores científicos, nem em relativismos, moralismos, eticas etc. Seja-se pratiquíssimo, há gravidez ou hipótese de, e decide-se aborto aborto aborto...

Não é uma causa de discussão científica é – Estou ou está grávida e... (desculpem a terminologia) tira-se essa "merda".

Amigos, diz o povo e com razão: Contra factos não há argumentos.

Apenas se quer despenalizar e descobrir como justificar esta opção. Mas a motivação de quem pede ou faz o acto que leva ao aborto é acabar com uma gravidez, e que eu saiba ninguém está grávida de "uma coisa" mas de um filho.

Custe o que custar a elementos do fórum a motivação para o aborto é única e exclusivamente esta.

Joaquim Lopes Galvão

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Moises (IP registado)
Data: 15 de July de 2005 01:56

A diferença entre um Blastocito e uma criança é apenas TEMPO.
Só isso.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 15 de July de 2005 21:17

Caro Moisés,

Esse é um argumento pernicioso e válido para os defensores da despenalização do aborto. Se não, vejamos: a diferença entre um blastocisto e um conjunto de células mortas é apenas TEMPO. Só isso. Ora se é apenas TEMPO, porque não permitir o aborto? E porque não o homicídio e a pena de morte, de qualquer forma todos havemos de um dia morrer...

Luis

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Moises (IP registado)
Data: 16 de July de 2005 00:57

Não luis. Porque Um Blastocito é uma crianca em Potencia. Já é uma criança. Não é uma coisa qualquer em potencia, tipo pode ser que seja uma criança como pode ser que seja um gato. `
Já é uma criança. É um ser humano. Não é algo indiferenciado, não se trata de celulas indiferenciadas.
Todos nós caminhamos para a morte, e a diferença entre a vida e morte, já dizia a filosofa Lili caneças é uma questão de oposições.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 16 de July de 2005 01:11

Creio que há uma diferença com algum peso. Na fase de blastocito ainda não está estabelecida a unicidade do ser.
Podem ainda originar-se gemeos.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Moises (IP registado)
Data: 17 de July de 2005 01:42

Mas não se geram galinhas nem perus. Geram-se crianças.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 17 de July de 2005 02:07

Caro camilo:

Parece-me conveniente não confundir individualidade com indivisibilidade, que é o que a tua observação supõe.

Alef

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 17 de July de 2005 02:18

sim, tem razão. A linguagem não foi a mais clara.

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