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Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 14 de May de 2005 14:44

So faltava agora aos argumentos pro aborto, este tipo de chantagem emocional. Esta sim é que dá nojo e envergonha qualquer catolico que a defenda.
Quanto as considerações pessoais que faz da minha pessoa, já devia saber que não lhe respondo à letra, porque cumpro as regras deste forum, e tenho alguma educação.
Mas este tipo de relatos chantagistas não levam a lado nenhum. A mulher é a vitima e a criança é o que? Culpada?

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 14 de May de 2005 15:16

Não. Na situação relatada não está em causa a vida de uma CRIANÇA. Estava em causa a Vida de uma MUlher.

E a vida de um feto. O feto é culpado, pergunta o padre, para quem a culpa da mulher é definitiva.... Não. Será é apenas mais uma vítima.

Mas a Vanessa não era um feto, ou um embrião ou um conjunto de células indiferenciadas...

A Venessa era DE FACTO uma CRIANÇA, uma menina de cinco anos.

[www.correiodamanha.pt]

Assim como a Joaninha.

[visaoonline.clix.pt]

[www.correiodamanha.pt]


Repito, quem faz campanhas contra o Planeamento Familiar, a paternidade responsável, ou a utilização consciente da pílula e do preservativo, está a fomentar o Aborto.

Ou, neste caso concreto, está a fomentar o infanticídio ou o assassínio de crianças, quem proclama publicamente que esta situação "é menos grave" que a interrupção de uma gravidez.

Quem utuiliza de uma forma asquesrosa estes casos dramáticos com fins propagandísticos não é cristão.


Repito, devemos rezar por estes "padres", que tanto nos envergonham pela sua falta de amor para com as crianças. Mas não basta rezar por eles ou baixar a cabeça envergonhadamente.

É preciso continuar a fazer o que eles são incapazes de fazer, por ignorância, má fé ou falta de caridade.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 14 de May de 2005 15:28

É preciso dar apoio às crianças e mulheres deste país, investindo em cuidados médicos, em apoio social e jurídico, em Educação ( incluindo educação sexual) e em prevenção.


Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 14 de May de 2005 15:32

Vejo-me na contingencia de ter de desobecer as norrmas deste forum para esclarecer uns pontos.
Precisamos é de rezar por si, por ser amarga, azeda, sempre a atacar as pessoas, nomeadamente os padres que não pensam como a prezada forunauta. Além da falta de humildade que ja conhecemos, a falta constante ao mandamento de Cristo de não julgar para não ser julgada, ha uma falta de cultura democrática. Ninguém pode ousar discordar de si. A consequencia é o ataque, o julgamento, o escrever a fazer queixas aos senhores bispos para silenciar quem a incomoda, confesso que são tudo práticas pouco cristãs que envergonham qualquer simples seguidor de Jesus. Ele são ataques à escolha de Bento XVI, á Inquisição, aos padres aos movimentos eclesiais, tudo aquilo de que não gosta tem de ser dizimado. Menina caprichosa - opus dei, CL etc.
Aprenda a respeitar os outros como os outros a respeitam e não a insultam sistematicamente. Ao menos em nome da boa educação.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 14 de May de 2005 15:45


O José Socrates e o Jorge Sampaio, visitam este Fórum?


CP esta tua última mensagem devia ser enviada ao governo...quem pode fazer mais do que o governo?
Aquí cada escola tem um psicólogo, uma enfermeira, um gestor e professores licenciados em educação. Ninguém aquí pode dar aulas, se não tiver o curso em educação. Em portugal tudo dá aulas, qual a preparação que tiveram? lol

Primeiro pede para que cada coisa seja no seu lugar. Depois podem educar pessoas!!!

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 14 de May de 2005 15:52

Tens razão, Ana - O Governo deve cumprir a sua obrigação.

Mas nós todos, cidadãos deste país também temos responsabilidades pessoais e profissionais.

" Em portugal tudo dá aulas, qual a preparação que tiveram?"

Deves estar mal informada sobre o teu país - em Portugal, os professores do Ensino

Básico e Secundário(presumo que é a esses que te referes) são Licenciados em várias

áreas científicas e têm formação em Pedagogia.



Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 14 de May de 2005 15:56

Quanto ao estilo JL, no comments...

Quando não tem razão, nem capacidade argumentativa, descontrola-se bastante.

Não deixa de ter imensa piada a acusação de "falta de cultura democrática"... Vinda de quem vem....



Continuaremos a rezar por ele, para que Deus o Ilumine, o torne mais humilde e com

capacidade de escutar os outros.

Amen.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 14 de May de 2005 16:02

CP

Mas aquí se não for mesmo licenciado em educação, não pode dar aulas. Seja ele advogado ou engenheiro. Não é licenciado não dá aulas. Aí é igual? Há uns tempos atrás, não era! O que se licenciou em educação sempre tem melhor preparação do que o Eng. que tirou matemática.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 14 de May de 2005 16:12

Repara, deves estar a referir-te ao Ensino Básico até ao 4ºano, aquilo que se chamava no teu tempo Escola Primária.

Aqui em Portugal todos os professores desse nível de Ensino são Licenciados em "educação"... Referes-te a Ciencias da Educação? A Pedagogia?

Nos ciclos seguintes ( do 5º ao 12ºano) , os professores são licenciados em várias áreas científicas - por exemplo, os que ensinam Matemática têm essa licenciatura, os que ensinam Língua Portuguesa também, os que ensinam História ou Física ou FIlosofia também...

Obviamente que um Professor Licenciado em Matemática ou em Filosofia, tem mais competências científicas para leccionar esta temática específica de que um licenciado em Ciências da Educação....

EStão portanto melhor formados do ponto devista científico.

Quanto ao ponto devista pedagógico, todos os licenciados que optam pelo ramo do ensino também têm essa formação acrescida em Pedagogia.



Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 14 de May de 2005 16:19

CP

Desculpa-me.

Mas conheço professoras de Inglês em Portugal, que aquí nem sequer eram professoras. Não queria ir por este ponto, mas teve de ser. Podem até ser boas professoras, mas não são licenciadas...Até te podia dizer a cidade onde estão a leccionar.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 14 de May de 2005 19:32

Desculpa, queres dizer que não têm uma Licenciatura em Inglês ou um Curso Superior reconhecido nesta Língua????

E dão aulas numa escola Pública???

Com tantop professor licenciado no desemprego...

Não acredito!.. Só se for num colégio privado...

:)

De qualquer forma, mesmo que conheças um caso isolado, essa não é a regra, é a excepção - pelo menos na instituições públicas...

Os professores de Matemática Filosofia, Língua Portuguesa, etc, etc, são todos licenciados.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro / Auto-genocídio universal, o hiper-holocausto!
Escrito por: José Avlis (IP registado)
Data: 14 de May de 2005 23:47

Caros Forunautas

Em face do que ultimamente e em geral foi aqui escrito (infelizmente muito mais negativo que positivo!) - após a minha anterior intervenção de 05 de Maio de 2005 10:33 -, cumpre-me comentar/elucidar o seguinte:

1. O Catecismo da Igreja Católica diz/ensina a tal propósito, entre o mais (que todo o bom Católico deveria saber e respeitar), o seguinte:

a) «A Vida humana dever ser respeitada e protegida, de modo absoluto, a partir do momento da concepção [...]» (§ 2270).

b) «[...] O aborto e o infanticídio são crimes abomináveis» (§ 2271; GS 51, § 3).

c) «[...] A Igreja pune, com a pena canónica de excomunhão, este delito [do aborto] contra a Vida humana [...]» (§ 2272; GS 51, § 3).

d) «O inalienável direito à Vida, por parte de todo o indivíduo humano inocente, é um elemento constitutivo da sociedade civil e da sua legislação:

e) «[...] Os direitos do homem não dependem nem dos indivíduos, nem dos pais, nem mesmo representam uma concessão da sociedade e do Estado.
Pertencem à natureza humana e são inerentes à pessoa, em razão do acto criador a que vai buscar a sua origem[...].

f) «Desde o momento em que uma lei positiva priva determinada categoria de seres humanos da protecção que a lei civil deve conceder-lhe, o Estado acaba por negar a igualdade de todos perante a lei.
Quando o Estado não põe a sua força ao serviço de todos os cidadãos, em particular dos mais fracos [e indefesos], encontram-se ameaçados os próprios fundamentos do "estado de direito" [...].

g) «Como consequência do respeito e da protecção que devem ser garantidos à criança, desde o momento da sua concepção, a lei deve prever sanções penais apropriadas para toda a violação deliberada dos seus direitos» (§ 2273); CDF, Instr. 'Donum Vitae' 3).

h) «Uma vez que deve ser tratado como pessoa desde a concepção, o Embrião terá de ser defendido na sua integridade, tratado e curado, na medida do possível, como qualquer outro ser humano [...]» (§ 2274).

2) Resumindo e concluindo:

a') O Embrião/Feto humano é uma "Pessoa completa, independente, única e irrepetível" - embora em inicial/contínua/plena evolução, analogamente ao que acontece depois do nascimento até à velhice e/ou morte natural -, e jamais uma simples "vida em potência", ou um mero projecto/esboço de vida humana.

b') Nem a progenitora, nem mais ninguém (para além de Deus e da Natureza), tem o mínimo direito de dispor livremente da vida do Nascituro, em plena gestação uterina, mesmo a pretexto de grave deficiência, de violação, ou, até mesmo, do risco de vida da própria mãe, tal como nunca tem-no após o nascimento.

c') Nunca se pode, portanto, chamar, correcta/justamente, ao "aborto provocado" uma "interrupção voluntária de gravidez", porquanto:

- A gravidez/gestação do Embrião/Feto/Nascituro é o primeiro, independente e principal período da Vida, em pré-formação contínua/plena da respectiva Pessoa humana (pelo qual todos nós passamos), cujo total direito à Vida é tão inalienável/sagrado quanto no pós-nascimento, em qualquer idade/situação.

- Nunca se pode, verdadeira/propriamente, "interromper" uma gravidez, mas tão-somente destruí-la/aniquilá-la/assassiná-la, radical e definitivamente; ou seja, quem o fizer, ou contribuir consciente/activamente para tal fim altamente criminoso, é um autêntico infanticida/homicida, para todos os efeitos, e deve, por conseguinte, sujeitar-se às consequências físicas e psíquicas, humanas e jurídicas, morais e espirituais correlativas/proporcionais/respectivas, doa a quem doer, haja o que houver.

- Nunca pode ser "voluntária/livre" tal destruição/aniquilação total e definitiva, egoísta e caprichosa, aberrante e hedionda, da Vida humana uterina, por mais incipiente ou insignificante que pareça, porquanto ninguém tem, absolutamente, esse direito ou liberdade, seja a que pretexto ou em que circunstância for.

3. O Rev. Padre Nuno Serras Pereira, assim como qualquer outro idóneo Clérigo católico, tem todo o direito de recusar, segundo as leis canónicas em vigor, não só a Sagrada Comunhão, mas também o Sacramento da Confissão, a quem for um abortista assumido e obstinado, público e/ou escandaloso, ainda que de modo passivo como apoiante ou cúmplice indirecto (tal como afirmou/avisou publicamente).
O Sr. Pe. Nuno Serras é um digníssimo apóstolo/paladino anti-abortista, cem por cento pró-Vida (por quem nutro especial admiração!), muito sensato, piedoso e responsável - como deveriam ser todos os Bispos, Presbíteros, e Religiosos; honra lhe seja!
Por isso mesmo, não concordo minimamente com a crítica-censura (que considero algo negativa e bastante injusta!) do Cardeal Patriarca de Lisboa, assim como do progressista Bispo ("castrense"?!) Januário T. Ferreira, e do Superior hierárquico do Pe. Nuno, para além de mais alguns padres, teólogos e religiosos, algo mediáticos, mas pouco católicos/ortodoxos e demasiado liberais, o que lamento profundamente.
É assim (com paninhos quentes e remendados, aos ziguezagues...!) que querem combater o "abominável crime do aborto", assim como a vigente crise/corrupção/depravação em geral? Impossível!

4. O Rev. Padre Domingos Oliveira, assim como qualquer outro digno Sacerdote ou Religioso (graças a Deus!), tem o pleno direito e dever em afirmar e advertir, em pregar e ensinar publicamente (mesmo que numa qualquer homilia eucarística), não só que o assassínio de um Nascituro, seja em que período de gestação for, é tão grave e execrável, horrível e escandaloso, quanto o infanticídio de uma qualquer criança já nascida, por mais violento e nefando que seja este homicídio, mas também e certamente que ainda é bastante pior e gravoso – dado que o bebé ainda por nascer é, real e infelizmente, muito mais inocente, indefeso e vulnerável, que qualquer criança já nascida, assim como é o Ser humano que, desgraçada/injustamente, beneficia de menos direitos e regalias a quase todos os níveis, sendo por isso mesmo a pessoa mais perseguida e discriminada, torturada e aniquilada, de todo o género humano, como super-vítima silenciosa/invisível que é, ao extremo/cúmulo do maldito aborto já ser considerado o crime dos crimes a nível moral, espiritual e humano - muitíssimo pior que a droga, a pedofilia e o terrorismo, um autêntico super-genocídio/holocausto contínuo e universal, já na ordem dos setenta milhões/ano!! -, que só em Portugal haverá cerca de cento e cinquenta mil, no mínimo!!!...

5. Finalmente, se mesmo assim ainda restarem dúvidas a tal respeito, por mal dos pecados/vícios/iniquidades de muitos e/ou de cada um de nós, queiram consultar/constatar as sanguinárias/hediondas imagens de imensos abortos-homicídios, perpetrados pérfida e selvaticamente em muitas clínicas abortistas de vários países ditos civilizados, sob as mais diversas e diabólicas formas (para todos os gostos...!) – horríveis e premeditados assassínios aborcionistas, extremamente violentos, nefandos e bárbaros, a cerca de dois terços das Pessoas humanas em plena gestação - do que há, tragicamente, imensas, chocantes e abomináveis amostras/provas na Internet (é só clicar!), um autêntico açougue humano generalizado!! -, tal como quem mata/esfola frangos e coelhos, porcos e cabritos (...!!??); como por exemplo:

- [www.nrlc.org]

- [abortionno.org]

- [abortionno.org]

- [www.abort73.com]

- [www.spiritonecc.org]

- [foruns.terravista.pt]


V./ Meu Deus, vinde em nosso auxílio!
R./ Senhor, apressai-Vos em socorrer-nos!

V./ Ó Maria concebida sem pecado,
R./ Rogai por nós, que recorremos a Vós.

V./ Ó meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do Inferno!
R./ Levai as almas todas para o Céu, principalmente as que mais precisarem!

Atenciosa e respeitosamente,

José Avlis

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 15 de May de 2005 01:35

Avlis.

EStás bem acompanhado... quqluer dia ainda és convidado para o MCL!

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 15 de May de 2005 01:41

"dado que o bebé ainda por nascer é, real e infelizmente, muito mais inocente, indefeso e vulnerável, que qualquer criança já nascida"

Extraordinário, não é?

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 15 de May de 2005 02:56

Duas perguntas rápidas.

1. Se a Igreja considera mesmo que o aborto é mais violento que matar uma criança, como é possível que até hoje, na Igreja, ninguém tenha defendido que a pena por se ter feito um aborto, seja superior ao matar uma criança?

2. Como é possível que alguns padres e bispos da nossa Igreja ousem sequer colocar como hipótese a discriminalização da mulher-mãe que aborta, visto isso ser (supostamente) contrário à doutrina da Igreja?

A pergunta que o Alef menciona faz sentido «Mas onde está escrito que os padres têm que fazer sempre má figura?». É preciso ter cuidado e não generalizar, mas é também necessário que surjam padres que não radicalizem o discurso e consigam construir pontes no sentido de tentar encontrar uma solução para o problema. Não sou a favor do aborto. Disse-o anteriormente e apontei alguns caminhos possíveis que é preciso explorar para tentar resolver o problema.

Luis Gonzaga

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 15 de May de 2005 03:05

Quanto á criminalização do aborto por malformações fetais imcompatíveis com a vida eis o que stamos a flar.
[images.google.pt]

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 15 de May de 2005 03:11


Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 15 de May de 2005 03:15

Então bons sonhos, Avlis.

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 29 de May de 2005 15:41

Da imprensa de hoje:
Citação:


Reitor do Santuário de Fátima diz que despenalização do aborto vai encher lixeiras de bebés mortos



Declarações publicadas na Voz da Fátima consideradas "infelizes" e "fanáticas"

Se continuar a tendência de despenalização do aborto na Europa, "os contentores de resíduos hospitalares vão transbordar de crianças mortas". Foi o que escreveu o reitor do Santuário de Fátima, Luciano Guerra, num editorial do último número do jornal católico Voz da Fátima. O coordenador nacional da Pastoral da Saúde, Vítor Feytor Pinto, considerou já as declarações "infelizes". "Não gostaríamos de ver o tema do aborto tratado assim", disse ontem ao PÚBLICO.

"Os corpos esquartejados de bebés vão aparecer em lixeiras de toda a espécie ao olhar horrorizado ou faminto de pessoas e animais", continua o padre Luciano Guerra no seu texto. "Estou a recordar imagens que têm aparecido publicamente e serão mais numerosas à maneira que o aborto deixar de ser considerado crime", diz ainda o artigo, publicado no passado dia 13.

Luciano Guerra contesta o acesso das "mulheres abortistas" aos hospitais, "onde já faltam camas e serviços para as parturientes, para os doentes das urgências e para os que estão meses ou anos à espera de ser operados". Prevê então que esta "visão do sangue de tantos corpos inocentes atirados para as lixeiras" ou "transformados em cremes de amaciar a pele das próprias mães" criará uma revolta, maior do que a "dos dramas das mulheres pobres que morrem em abortos clandestinos".

O coordenador nacional da Pastoral da Saúde, o padre Vítor Feytor Pinto, manifesta "respeito pelo colega" mas considera as suas declarações "infelizes". Afirma que o tema do aborto "tem que ser tratado cientificamente e não assim, dando-lhe uma dimensão chocante".

Segundo disse ao PÚBLICO, o aborto é uma questão ética, e não religiosa, que tem de ser estudada. Feytor Pinto cita a Convenção dos Direitos da Criança quando diz que a vida humana deve ser respeitada "antes e depois do nascimento". "Não lhe estou a citar um Papa...", ressalva.

O responsável, que é membro do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde (um órgão da Santa Sé), acrescenta que este tipo de declarações "devem ser evitadas", porque acabam por "criar resistências, em vez de discutir a questão de fundo". "Preocupamo-nos muito com o problema do aborto mas não gostaríamos de vê-lo tratado assim", reforça.

"Com o país outra vez a discutir a questão do aborto é natural que posições mais fanáticas se exacerbem neste momento", comenta por seu lado o director executivo da Associação de Planeamento Familiar, Duarte Vilar. "É o preparar de posições para um referendo que vai acontecer proximamente". Considera, ainda assim, que "é um tipo de declarações que só compromete quem as diz" porque revelam "fanatismo e autismo em relação ao problema". E critica esta "obsessão pelo sangue", quando do que se trata é "de atender à saúde da mulher".

O aborto não pode ser uma forma de controlo da natalidade, sustenta, mas o aborto clandestino faz-se "de forma insegura, indigna e desacompanhada"; no aborto legal "trabalha-se com a mulher, para não repetir a experiência".

No seu editorial, Luciano Guerra coloca o aborto ao mesmo nível da união de homossexuais. Prevendo que um dia o Parlamento europeu imponha a toda a Europa casamentos do mesmo sexo, considera que, tal como o aborto, este é um problema que coloca em causa "a sobrevivência civilizacional do nosso continente".

Catarina Gomes, «Público», 2005-05-29 ("link" válido para assinantes)

Re: Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 29 de May de 2005 22:21

"é um tipo de declarações que só compromete quem as diz" porque revelam "fanatismo e autismo em relação ao problema"
Infelizmente o fanatismo e o autismo parece estar a contagiar muitos clérigos...

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