O Correia "obrigou-me" a lançar para debate esta pergunta:

O QUE FARIA A IGREJA CATÓLICA A UM DOS SEUS PADRES, FREIRAS E SEMINARISTAS QUE DISSESSEM, PEREMPTORIAMENTE, A UM DOS SEUS SUPERIORES: EU QUERO, EU VOU, CASAR-ME!

Ao JMC, que tem reagido em relação às minhas opiniões de Cristão-católico progressista como se ainda descendesse ou seja um discípulo das ideias do padre dominicano espanhol Tomás Torquemada (1420-1498, prior de Segovia, construtor do convento de Ávila e organizador/executor da "santa" e assassina Inquisição Católica na Península Ibérica, em Espanha e Portugal), tenho que lhe devolver os "mimos" que me dirigiu, pois ele demonstra que de católico não tem nada da tolerância cristã e da Democracia tem a proibição de não respeitar as opiniões e reflexões dos outros.

Ao Miranda e ao Gonçalves, que pela frontalidade das verdades chocantes e opiniões deles podem "magoar" o Catolicismo parado no tempo, atrasado, paroquiano, de analfabetos velhos e doentes do interior do Norte e Centro do país, é de cristãos corajosos as suas tentativas de "catequisar" o pensamento religioso com factos que não gostaríamos de continuar a ver na nossa Igreja Católica e não abonam a Religião, seja ela qual for.

DEIXEM CASAR OS PADRES E AS FREIRAS!

DEIXEM OS SEMINARISTAS NAMORAR SEM SER ÀS ESCONDIDAS...

Alan,

Talvez não tenhas pensado muito bem naquilo que acabas de escrever, nomeadamente na referência da Inquisição ao JMA, pois se tiveres presente o que se passava na Inquisição, ninguém aqui te lançou na fogueira, nem pediu a tua ex-comunhão. Penso que nos limitamos a expressar as nossas opiniões, e, muitas das vezes, temos opiniões diferentes. Nada mais.

Se queremos liberdade na Igreja, temos de começar por aceitar que há católicos que são da opinião que as coisas estão bem como estão e que não se deve mudar. Não estou a dizer que é o meu caso ou do JMA, mas todas as pessoas tem direito à sua opinião.

Esta liberdade de opinião também deve ser extendida aos padres, religiosos e religiosas. Quando dizem e apelas para que deixem os padres casarem, dá a sensação que todos os padres querem casar. O que não corresponde à verdade. Aliás, ninguém vai para padre obrigado. Há umas décadas atrás ainda se poderia considerar que ir para o seminário era a única saída para uma instrução educativa e uma vida melhor. O que está bem longe de ser verdade nos dias de hoje.

Quanto ao celibato dos religiosos e religiosas a questão penso que nem sequer se coloca! Se não diz-me, quantos padres religiosos (pertencentes a uma ordem religiosa e não os padres diocesanos) ou quantas freiras conheces que tenham deixado de o ser para se casarem? Eu não conheço um único caso.

O celibato é um caminho de santidade que alguns católicos decidem seguir. É uma adesão radical a Cristo. E como tal deve ser respeitada. Também acho que seguir o caminho de partilha a dois, o casamento, é uma opção radical, pois a responsabilidade de criar e educar os filhos não é mais fácil que o celibato.

Luis

Alan,

Na minha mensagem anterior não respondi à tua mensagem. Não faço parte do clero nem da formação dos seminaristas pelo que dificilmente algum seminarista me colocaria tal questão. Mas supondo que o fizesse, talvez a minha resposta fosse...

"Sentes que a tua vocação é casares-te com uma mulher, amá-la, caminharem juntos, terem filhos e constituires família? Se assim é, reza a Deus para que te ajude nessa tua escolha, e segue o teu caminho, pois nem todos temos que seguir o mesmo caminho para chegar até Deus. Lê o Evangelho, estuda a Sagrada Escritura e vive a tua vida de acordo com o que Jesus Cristo nos ensinou!"

Luis

Caro Alan,

O meu "mestre Torquemada" ficou muito sensibilizado por te lembrares dele, e manda-te cumprimentos.

Pediu-me que te perguntasse se tu és um "Cristão-católico progressista" que te inclinas mais para o "rito escocês" ou para a "obediência francesa".

Mas não és obrigado a responder: faz parte dos direitos fundamentais de qualquer cidadão poder pertencer a tais "organizações".

Aliás como o Torquemada já se reformou, nada tens a temer...

João (JMA)

Por certo diria:não casas!Há poucas mulheres disponíveis e estas estão reservadas para os homens normais.

Caro Emilio:

No caso de seres seminarista, irias falar com o teu director espiritual e ele o q iria fazer era aconselhar-te, a reflectir bem sobre a tua vocação e no final para escolheres a q realmente achas a q o Senhor te escolhe: Sacerdócio ou Matrimónio, o q já aconteceu.

Se for um Padre ñ sei como é q as coisas se processam, mas o padre possivelmente falará com o Bispo, q lhe dirá parar reflectir sobre o assunto e se mm dp disso o pe continuar a querer casar pede dispensa dos seus votos (ñ sei se este é o termo correcto) para assim poder vir a casar.

A Igreja é mt mais liberal do q se pensa, de q lhe serve alguém contrariado?

Bem , se me perguntasse a mim eu dizia logo:
Não sejas parvo, com a vida boa que tens........

Pois fiquem sabendo que eu conheço um seminarista que desistiu para casar!

Depois os padres fizeram-lhe a vida negra perseguindo-o, e ele para arranjar trabalho teve de saír para Angola...

Depois finalmente casou e teve muitos filhos...

...e um deles está agora aqui a escrever...

PERGUNTA:EU DEVO A VIDA AO ESPIRITO INQUISITORIAL DOS RELIGIOSOS PORTUGUESES?

Os padres podem tirar trabalho a um gajo???? desde quando?? se fores da Opus Day... Mas isso é mais uma agencia de emprego do que de desemprego....

Deves a vida ao teu pai e a tua mae que se amaram e te amaram. O resto sao tretas.

Ai, ai, talibana,

quando tiras essa burka?

Alef

A primeira reacção ao ver este tópico foi de alguma estranheza pelo "ar" de "pedrada no charco" que a mensagem assumia... Bem pelo conrário, as alusões à Inquisição, além de fora do contexto, mostram algum desconhecimento da realidade... Será mais um caso em que sabe bem dizer mal por dizer mal, batendo mais no ceguinho?...

Ora, nada de especial novidade há aqui. O que não impede que se trate do tema, mais uma vez.

Nos últimos quarenta anos no mundo inteiro foram aos milhares os padres e freiras que deixaram a vida celibatária para se casarem. Até aconteceu com alguns bispos. Alguns são até bem conhecidos. Vários dos editores de assuntos de religião dos principais jornais portugueses foram ou padres ou diáconos. Não parece ser este o local para dar nomes. É verdade que alguns casos foram difíceis, devido a incompreensões das pessoas (por exemplo, de colegas padres ou freiras ou dos paroquianos), mas isso não impediu que tais pessaos pudessem definir um rumo diferente na sua vida, casando.

Portanto, se alguém quiser casar, pode fazê-lo, já que ninguém é obrigado a ser padre ou freira.

Outra questão, bem diferente, mas envolvida na mensagem é a questão da obrigatoriedade do celibato no sacerdócio. Creio que já se discutiu isso neste fórum por mais de uma vez. Mesmo repetindo o que já foi dito, importa recordar que o celibato é uma norma disciplinar não de toda a Igreja Católica, mas apenas da Igreja Católica latina. Os greco-católicos, por exemplo, não têm a obrigação do celibato. Têm é que ser ordenados já casados. Isso singifica uma coisa curiosa: os seminaristas greco-católicos têm cerca de um ano entre o final dos estudos e a data da ordenação para encontrar noiva e casarem. Se enviuvarem, não poderão casar novamente. Os bispos não podem ser casados e por isso provêm normalmente dos mosteiros e conventos. Mas mesmo entre os padres de rito latino há alguns que são casados, como é o caso dos pastores anglicanos que se reconciliam com a Igreja Católica. Assim aconteceu recentemente com um Arcebispo Anglicano, que agora é padre católico (não quis ser bispo católico) e mantém-se obviamente casado. Em Lisboa há ou havia um caso semelhante.

A lei do celibato obrigatório é apenas disciplinar e não teológica, pelo que é bem possível que num futuro não muito longínquo tenhamos padres católicos de rito latino casados. Mas isso passará por um período de transição: não se dará aos padres a possibilidade de casar, mas dar-se-á aos homens casados a possibilidade de serem ordenados padres. Muitos homens casados já são diáconos permanentes.

Um outro elemento deve ser tido em conta. O casamento nunca poderá ser uma opção para as religiosas (freiras) nem religiosos (franciscanos, dominicanos, etc.), porque para estes o celibato não é uma exigiência disciplinar mas uma opção de vida, de livre iniciativa. Isto significa, simplificando: ou se é religioso/a ou se é casado. Um elemento essencial da vida religiosa é a opção de vida celibatária e de vida em comunidade. Se alguém quiser casar, terá outras opções, que as há e muitas... Não se pode é fazer a quadratura do círculo.

De qualquer forma, e esta parece ser a preocupação do Alan, se uma freira ou um padre quiserem casar, podem fazê-lo. A freira ou o religioso não pode é continuar no estado de consagração religiosa, porque não se pode ser duas coisas alternativas ao mesmo tempo. Mas há "opções intermédias" em muitos movimentos: há casais que têm uma espécie de votos religiosos (estou a lembrar-me de alguns membros do movimento "Comunione e Liberazione" ou "Comunhão e Libertação", já presente em Portugal)...

O grande problema em relação aos padres que deixaram o celibato para se casarem é que muitas vezes o processo é bastante complicado (normalmente o Vaticano demora a conceder a licença de se poderem casar pela Igreja), que implica muitas vezes uma estigmatização social, e, mais importante, é que muitos destes padres poderiam dar um contributo importantíssimo na Igreja e são muitas vezes preteridos, sub-aproveitados. Mesmo que não lhes fosse permitido presidir à Eucaristia, poderiam dar enormes ajudas nas paróquias e dioceses, por exemplo, na orientação de retiros e - porque não? - na direcção espiritual.

Na maior parte dos casos, a Igreja declara que tais padres continuam padres, mas apenas têm o seu ministério suspenso. Em condições excepcionais poderão exercer novamente alguns tipos de ministério. Por exemplo, se alguém estiver em risco de vida, um "ex-"padre pode confessar e dar a absolvição validamente a tal pessoa.

Alef

Olha o Alef tau !!

Mas eu já te conheço de outros carnavais...

Eu sou aquele... lembras-te? Agora estou mais crescido.

Fica descansado:eu não volto mais aqui. Não quero embaraçar-te.

Já basta bem o que se lê por aí nos jornais de hoje.

PS.
Emilio Mondavarius é o nome do personagem que Rowan Atkinson interpreta no filme do Scooby-Doo, e já deves ter visto este filme meia duzia de vezes-como eu!

Gostarias de ir ao McDonald comer um hamburguer?Eu também!

Sabias que o UNABOMBER tem esse nome porque gostava de atacar
UNiversidades e Aeroportos?Eh eh, ele agora tá na prisa a acalmar.

Sabias que a janela da sala da casa de Adolf Hitler em Berghof era a maior do mundo naquela época?Não, não é no Estoril... era em Obersalzbërg.Tens de ver mais o canal história, em vez do canal da cúria carioca...

Sabias que Rowan Atkinson é o popular Mr Bean?

Sabias que ele teve um desastre violento, onde destruiu o seu poderoso McLaren de estrada?

Também gostava de ter um:é aquele carro que o condutor se senta no centro.Isso! No sítio onde está normalmente a manete das velocidades.

Mondavarius, se te conheço ou não, não sei. Que não me conheces, disso tenho a certeza, mas não importa...

Dizes que estás mais crescido... Bem, nem te vou perguntar como eras em (mais) pequeno...

Não voltas? Mas por que razão? Não me queixei que me embarassasses, nem sou dono disto. Eu passo por cá muitas vezes, mas também passo longas temporadas sem participar...

O teu Post Scriptum poderá ter graça, mas não percebi qual... Não sou fã do Scooby-Doo, nem vi o filme. E não tenciono ver. Nada contra, nada a favor ;-)

Se desconversar for uma arte, serás um bom artista, mas eu mudei de canal. Peço desculpa.

Alef

Oops, olha o embaraço... Onde se lê "embarassasses" leia-se "embaraçasses"...

Xorry... Herrar é umano. O paroquias.org tem que colocar um curretor hurtográfico... :-)

Alef

Alef,

No final da tua mensagem de 27/07/03 01:56, falaste do problema que mais me incomoda:
-por um lado a estigmatização, por parte de elementos da Igreja, dos padres que se pretendem casar (sendo que essa estigmatização é a meu ver um comportamento que não é cristão);
-ainda mais grave é o facto dessas pessoas não assumirem posições para as quais teriam preparação.

Dada a falta de acompanhamento espiritual da população em geral por insuficiência de religiosos, parece-me inaceitável essa posição de os colocar de parte.

Nessa medida tenho-me questionado:
estarão os bispos a assumir, nesta matéria, plenamente, a sua condição de sucessores dos apóstolos?
não deveriam assumir mais a sua vocação profética - com a Bíblia numa mão e o jornal na outra?
Onde ficam aqui os sinais dos tempos?

João (JMA)

Alef.
Não uso Burka. mas obrigo as minhas seis mulheres e duas concubinas a usar.
DEvias fazer o mesmo.

taliban,

seis mulheres? então o máximo não são 4? Olha o Profeta...

Bem , parece que até o Profeta teve muitas mais mulheres que eu...
E a maior parte dos "monogâmicos" cristãos também...

Taliban,

ao menos que sejam sete, que é o nº da perfeição.

É que o seis representa a imperfeição.

João (JMA)