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Autoridade da Igreja...
Escrito por: Gonçalves (IP registado)
Data: 04 de July de 2003 14:08

Tenho andado a pensar naquilo que dizem ser a autoridade da Igreja. Logo pensei no Papa e nos Bispos. Os padres também são autoridade e são os que se encontram mais próximos do "irmão"... Autoridade religiosa, económica e política! É verdade em especial no nosso Alto Minho! O Padre põe e dispõe e atraiçoa bastantes vezes o rebanho, que lhe é obediente. Ameaça a rêz com o inferno e a desgraça para além desta vida, só para colher as benesses desse povo humilde e respeitador. De autoridade, para a autoritário... e terá que ser assim; escolhe a dedo os seus colaboradores... talvez seja por isso que os templos (locais de oração) estão cada vez mais vazios. As camadas de mais idade frequentam e obedecem... têm medo da morte e dos males eternos! A juventude anda longe da "mensagem". A Igreja da forma como se comporta e nas contradições que se encontra envolvida já não ama, já não salva... E vós leitores e críticos que dizeis sobre tão actual tema nas paróquias de Portugal?
Fiquem bem.
Miguel

Re: Autoridade da Igreja...
Escrito por: Ana Amorim (IP registado)
Data: 04 de July de 2003 14:15

Comportamentos assim no seio da Igreja são mesmo muito preocupantes.
É por tudo isto que anda tanta gente afastada. Penso que sentem que não será este o ideal que Cristo veio anunciar.


Anna

Re: Autoridade da Igreja...
Escrito por: Correia (IP registado)
Data: 07 de July de 2003 00:54

Desculpem mas discordo de vcs.
A Igreja tem cd vez menos pessoas, pq cd vez mais se tem medo da radicalidade da cruz; de amar e dar sem receber nd em troca. Cd vez mais as pessoas se preocupam apenas com os seus umbigos e ñ olham em seu redor. Ñ gostam de ouvir as verdades, e qd estas são ditas sem rodeios na maior das frontalidades, vão-se embora pq acham q a Igreja exige mt delas. Ñ estão nem aí para o Ideal q o nosso tão amado JC nos deixou. Kerem lá saber q alguém tenha morrido por eles numa cruz em sinal de puro amor. Kerem simplesmente q ninguém lhes diga como é q deveriam actuar para ñ se sentirem mal, kerem continuar os seus eskemas para subir de lugar na empresa (por exemplo). Td bem q o "sermão" de alguns padres especialmente nas ditas "terrinhas" por vezes ñ é o + adequado, mas os padres são humanos logo ñ são perfeitos, têm as suas falhas e nem todos tem o dom da retorica mas o q importa é q transmitem a Palavra do Senhor, importa sim q Ela pase e sj transmitida.

"O Padre põe e dispõe e atraiçoa bastantes vezes o rebanho, que lhe é obediente. Ameaça a rêz com o inferno e a desgraça para além desta vida, só para colher as benesses desse povo humilde e respeitador." - ñ me parece q as coisas assim se processem, mas se tu o dizes... espero q tenhas como o provar pois tal como eu ñ acredito + assim o acharão. Kual é o interesse de atraiçoar td um rebanho?

Que Cristo vos acompanhe


Re: Autoridade da Igreja...
Escrito por: Miranda (IP registado)
Data: 07 de July de 2003 09:17

Saudações a todos. Este tema trazido pelo sr. Gonçalves é uma evidência. A Igreja, desde sempre explorou os mais pobres, protegendo os mais abastados. Basta "olhar" para o seu património; seria de assustar se houvesse o controlo dos movimentos económicos da Santa Católica, como o fazem as empresas, o Estado, as instituições! A Igreja vive à sombra de privilégios, de riqueza, de vaidade... e prega a pobreza, a miséria e a fome, a morte e a desgraça, o inferno e a condenação... Grande hipocrisia! Nesta linha de acção a Igreja visa um objectivo: Controlar o povo e explorá-lo "santamente"! A Igreja está recheada de contradições... as pessoas começam a duvidar da sua mensagem que se distancia daquela que o próprio JC veio trazer... Um pequeno exemplo?: JC/Homem/Deus nunca proibiu os sacerdotes do matrimónio, de constituir família! Ora a Santa Católica Romana e Apostólica e Interesseira decidiu que havia de sert assim... e lá vai que os padres não podem "casar" e andam, a maioria, porque nem todos, a trair a sua própria consciência, "casando" com quem lhes apetece... e até estragam casamentos que a Santa Católica havia dito de fidelidade... Esta "lei" foi votada por homens, especialistas em economia, com o fim de proteger os bens da Santa Igreja! Esta a verdaeira razão que justifica o celibato dos padres; não há outra! É por isso que eles "fornicam" como querem... têm filhos e exigem abortos nas "suas mulheres"... estes factos podem ser comprovados, infelizmente. É que os padres não são "anjinhos" e as freiras também gostam de "saltar à corda"... É natural e até saudável, o que não está bem é a "santa" imposição da Madre Igreja Católica Romana Prepotente...
Fiquem bem e até breve.
José da Silva Miranda
Caros amigos do "Paróquias"

Re: Autoridade da Igreja...
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 07 de July de 2003 21:56

Miranda,

Não posso concordar contigo quando dizes que "A Igreja, desde sempre explorou os mais pobres, protegendo os mais abastados. ". Se leres o Evangelho, se vires o trabalho da Igreja ao longo dos anos, se te lembrares do trabalho social e pastoral que a Igreja faz por esse mundo fora (e mesmo bem perto de nós), verás que aquilo que afirmaste não está correcto. Existiram erros graves na interpretação do Evangelho por parte da Igreja e na sua vivência. Isso é um facto que ninguém o nega e o próprio Papa João Paulo II já fez referência a ele, nos vários pedidos de desculpa que tem feito.

Por existirem situações erradas e que se devem corrigir, não se pode extrapolar a todas as outras situações e apagar tudo o que de bom acontece na nossa Igreja, mas que isso ninguém vê.

Peguemos num exemplo. Peguemos no caso da pedofilia na Igreja dos EUA: Algo que nunca poderia te acontecido na Igreja, aconteceu. Na minha opinião, ainda mais grave que o próprio abuso de menores por parte dos padres, foi o encobrimento que alguns bispos fizeram do caso durante anos, e a forma como reagiram quando confrontados pelos jornais. Uns reagiram dizendo que era algo criado pela comunicação social, outros, em vez de ajudarem as vítimas, tentaram proteger a instituição e negociar indeminizações. É claro que também existiram bispos que se colocaram do lado das vítimas, procurando apoiá-las e ajudando a justiça civil a investigar e a resolver o caso segundo a lei existente. Mas tenho a leve sensação que destes últimos pouco se lembrarão.

Num ápice, se rotularam todos os padres americanos de pedófilos. Insinuou-se que o problema não se restringia aos EUA, mas também na Igreja por todo o mundo. Em poucas semanas, o fantasma da pedofilia pairou um pouco sobre todos os padres. Então e se pegarmos nos números que existem? As estatísticas dizem-nos que nos EUA, há casos de abusos sexuais em todas as profissões e que a incidência nos padres não é maior do que nas outras profissões. Serve isto de desculpa? Não! Mas serve para dizer que a pedofilia não é um problema exclusivo do sacerdócio.

Enquanto a Igreja for feita por homens e mulheres (pois sempre assim será), continuar a cometer os seus erros. Sempre assim foi e sempre assim será. O que podemos fazer? Rezar para que o Espírito Santo nos acompanhe e que as nossas vidas se revejam no Evangelho.

Luis

Re: Autoridade da Igreja...
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 08 de July de 2003 23:09

POr acaso a incidência de pedofilia e homosexualidade nos padres é muito maior do que nas outras "profissões".

Re: Autoridade da Igreja...
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 08 de July de 2003 23:38

Taliban,

Se é essa a tua opinião, partilha connosco os números estatísticos que tens.

Luis

Re: Autoridade da Igreja...
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 09 de July de 2003 13:45

Ministério do Vaticano veta ordenação de padres homossexuais
da Reuters, em Cidade do Vaticano

Um influente ministério do Vaticano disse que os homossexuais não deviam ser ordenados padres, em uma opinião que pode ter um grande impacto na Igreja Católica.

A informação estava em uma carta publicada no último boletim da "congregação para a divina adoração" em resposta a um pedido oficial de um bispo sobre se um homem gay poderia ser ordenado.

"A ordenação... de um homem homossexual ou com tendências homossexuais é absolutamente desaconselhável", escreveu na carta o cardeal Jorge Medina Estevez. "Do ponto de vista da pastoral, é muito arriscado".

"Então uma pessoa homossexual ou com tendências homossexuais não é qualificada para receber o sacramento da ordem divina', ele disse.

Enquanto a opinião de Medina Estevez, aposentado em outubro, não é definitiva, ela pode influenciar um futuro documento do Vaticano sobre homossexuais no clérigo.

Os escândalos de pedofilia nos Estados Unidos abriram um debate sobre muitos aspectos da sexualidade entre todo o clérigo masculino, particularmente em razão de a maioria dos casos corresponder a actos homossexuais. As a utoridades da Igreja tacitamente questionam arelação entre pedofilia e celibato, sobretudo quando esse celibato corresponde a tendencias homosexuais.

De acordo com fontes do Vaticano, a Santa Fé prepara um documento que pode evitar que homens com tendência homossexual se tornem padres.
Isto destina-se a evitar casos de pedofilia.

O documento está sendo feito por vários ministérios do Vaticano, incluindo a "congregação para a divina adoração", que fiscaliza a aplicação de todos os sacramentos.



Significativamente, Medina Estevez disse ter formulado sua resposta depois de consultar a "congregação para a doutrina da fé", o departamento mais importante em assuntos de ortodoxia doutrinal.

Re: Autoridade da Igreja...
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 09 de July de 2003 14:11

A Igreja admite assim que o actual recrutamento de padres abarca um grande numero de homens com problemas sexuais.
"Em recente artigo na Folha, um monge beneditino e professor de Teologia tentava minimizar a incidência da pedofilia no clero dos Estados Unidos, referindo-se a uma estatística científica segundo a qual "apenas" 6% dos padres de lá tiveram contato sexual com menores - "4% deles com adolescentes e o restante com crianças". E o monge concluía: "Quer dizer que 94% dos sacerdotes norte-americanos se mantêm isentos de culpa nesse sector." Absolutamente assustador.
A incidência de pedofilia na populaçao em geral seria menor...
Seria curioso fazer as contas... Quantos padres ha em portugal? se 10% deles sao pedofilos, imaginem os milhares de casos encobertos...

Outra Noticia :
Uma diocese da Igreja Católica na Irlanda proibiu hoje clérigos se reúnam sozinhos com jovens. A Diocese de Ferns, ao sul de Dublin e cujo ex-bispo Brendan Comiskey foi obrigado a renunciar no ano passado sob acusação de ocultar casos de abuso de crianças envolvendo ao menos um padre, divulgou uma directriz dizendo aos clérigos que eles não devem nunca encontrar-se sozinhos com crianças.
A proibição parece ser a primeira do tipo a ser adotada na Irlanda, que, como os Estados Unidos e outros países da Europa, viu-se recentemente tomada por vários casos de padres pedófilos. "O ministério pastoral para crianças e jovens deve acontecer apenas em locais de acesso público", diz o código de conduta divulgado pela diocese.
O documento acrescenta que as portas devem ser deixadas sempre abertas durante tais encontros e devem ser evitadas visitas de crianças ou jovens aos lares de voluntários da Igreja. Além disso, o código diz que os padres e os funcionários da Igreja não devem tirar fotos de crianças enquanto elas estiverem em locais de troca de roupa, como vestiários e banheiros. "

As regras por aqui deviam ser as mesmas. Apelo aos pais para cuidarem bem dos seus filhos.

Re: Autoridade da Igreja...
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 09 de July de 2003 19:47

"... os homossexuais não deviam ser ordenados padres, em uma opinião que pode ter um grande impacto na Igreja Católica". Concordo que os homossexuais não deveriam nunca ser ordenados padres. Aliás, nunca se deveriam ordenar padres que não concordem com a doutrina da Igreja. Se a doutrina condena a homossexualidade, não faz qualquer sentido ordenar homossexuais. Para além disso, não compreendo em que aspecto esta medida terá um "grande" impacto na Igreja. Mas talvez alguém me consiga esclarecer...


"A Igreja admite..." baseado num artigo dum monge beneditino não identificado, publicado numa "Folha" que não se sabe qual? Não me parece.

Utilizemos informação credível. Pode-se ler no capítulo 1 do livro The Courage to Be Catholic: Crisis, Reform, and the Future of the Church, George Weigel, o seguinte (tradução feita por mim):

Citação:
Ninguém sabe com exactidão qual a extensão do abuso sexual dos sacerdotes católicos. Estimativas plausíveis, que extrapolam um resultado a partir de estudos realizados nas arquidioceses maiores, situam a percentagem de sacerdotes culpados de abusos sexuais entre o 1.6 e 2 por cento de todo o clero, (embora um sacerdote possa ter mais que uma vítima).


Luis

Re: Autoridade da Igreja...
Escrito por: Miranda (IP registado)
Data: 10 de July de 2003 11:54

Só que imensos padres, muitos quase todos são gayardos.Foram p'ra padres por não "aguentarem" com as mulheres... depois a coisa muda e o apetite surge... esta situação só dá prejuizo a todos começando pela Santa Igreja Casta e Púdica... Há bem poucos anos era proíbido falar de sexualidade no seio da Madre Igreja... que continua aquém da nossa realidade quotyidiana.

Re: Autoridade da Igreja...
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 10 de July de 2003 22:16

Segundo dados do Vaticano ha cerca de 450.000 Padres ordenados no activo.
2 por cento corresponde a ........... milhoes de vitimas

Re: Autoridade da Igreja...
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 10 de July de 2003 22:19

Taliban,

Esse valor foi calculado nos EUA tendo em conta os casos existentes. Dúvido que noutros continentes fosse tão elevado. De qualquer forma, serve esse valor para justificar que, mesmo assim, é inferior a outras profissões ou classes.

Luis

Re: Autoridade da Igreja...
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 10 de July de 2003 22:52

Parece que em africa os valores sao muito maiores. Para a pedofilia e para a violaçao de mulhreses e crianças por padres.

Re: Autoridade da Igreja...
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 10 de July de 2003 23:01

Foi tornado público um relatório confidencial da autoria de uma voluntária católica da Caritas Internationalis, Maura O´Donohue, onde são denunciados crimes sexuais e abusos de poder cometidos por um grande número de membros da hierarquia católica romana num conjunto variado de países. A autora afirma que a SIDA, que afecta uma proporção crescente de padres, leigos católicos e religiosas em África e nos outros continentes, originou uma mudança do comportamento sexual do clero católico. Havendo perdido a confiança nas prostitutas a que recorriam habitualmente, os padres intensificaram o assédio sexual sobre as freiras, outras religiosas, e leigas. O relatório nota que os padres se utilizam frequentemente da sua posição de poder social, espiritual e financeiro para obter favores sexuais de freiras e religiosas em geral, ou de candidatas à vida religiosa. O resultado imediato destes eventos tem sido um aumento de gravidezes indesejadas, de abortos, e de disseminação da SIDA. O procedimento da hierarquia católica romana em todos estes casos tem sido, sistematicamente, o de expulsar as mulheres utilizadas, permitindo aos padres envolvidos continuarem a exercer as suas funções. Consequentemente, estas mulheres têm sido obrigadas a tornarem-se mães solteiras, por vezes em países onde o estigma social contra este tipo de família é fortíssimo. Muitas destas ex-religiosas acabam por cair na prostituição. Muitos padres têm aconselhado as religiosas que deles engravidam a abortarem, geralmente aproveitando-se da discreta cumplicidade de instituições hospitalares católicas. Pelo menos uma freira morreu em consequência de um aborto, após um padre a ter engravidado. Num caso típico descrito no relatório, uma candidata à vida religiosa foi violada pelo padre que lhe deveria dar o certificado necessário para entrar na congregação religiosa que escolhera, e consequentemente engravidou. Ao descobri-lo queixou-se ao bispo local, que se limitou a aconselhar o padre em questão a partir num retiro de duas semanas, não tendo comunicado o ocorrido à polícia. Noutros casos de violação, as freiras ou mulheres candidatas à vida religiosa foram igualmente expulsas, enquanto os padres violadores são enviados para um retiro, ou, na pior das hipóteses, transferidos para outra paróquia. Jamais estes casos são denunciados às autoridades civis, isto em países onde a violação é um crime previsto no Código Penal. A hierarquia da ICAR, nota o mesmo relatório, tem igualmente boicotado todas as tentativas de rodear as pessoas infectadas com VIH ou sofrendo de SIDA de uma atmosfera de compaixão e solidariedade, preferindo geralmente isolá-las socialmente e marginalizá-las do ponto de vista humano. O relatório, datado de 1995 mas só agora publicado pelo «National Catholic Reporter», foi escrito a partir da experiência da autora e de outros voluntários católicos em 23 países dos cinco continentes, do Brasil ao Botsuana e ao Malauí, da Itália à Nova Guiné, da Irlanda e dos EUA à Índia e às Filipinas. Outros relatórios submetidos posteriormente à apreciação das autoridades do Vaticano não levaram a qualquer alteração da política interna da ICAR para estes assuntos. Este relatório, curiosamente ignorado pela generalidade da Comunicação Social portuguesa, vem provar mais uma vez que a ética católica está longe de melhorar humanamente os próprios sacerdotes da ICAR, e que a instituição romana, ao invés de denunciar estas injustiças sobre os nossos semelhantes, reage de forma corporativa, protegendo os seus antes dos outros, mesmo quando os seus são criminosos, e particularmente quando as vítimas são mulheres.

Re: Autoridade da Igreja...
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 10 de July de 2003 23:04

Le Monde 22.03.01

Le Vatican reconnaît les nombreux abus sexuels de prêtres sur des religieuses



ACCUSÉ DE "conspiration du silence", le Vatican a reconnu, mardi 20 mars, la réalité d'abus sexuels et de viols commis par des prêtres, y compris sur des religieuses, et couverts par la hiérarchie catholique. Son porte-parole, Joaquin Navarro-Valls, a cherché à limiter l'ampleur du scandale, en affirmant qu'il était " restreint à une aire géographique limitée ". Pourtant, le rapport rédigé par Maura O'Donohue, médecin et religieuse américaine, à l'initiative de la congrégation vaticane pour les ordres religieux, cite pas moins de vingt-trois pays concernés. Si l'Afrique est le plus souvent citée, de tels cas d'abus sexuels sont signalés dans les cinq continents, et notamment au Brésil, en Colombie, aux Philippines, aux Etats-Unis et même en Irlande et en Italie.
Le rapport de Soeur Maura O'Donohue soulève le coeur. Il a été remis au Vatican en 1995, mais vient d'être révélé par un journal américain, le National Catholic Reporter, et par La Repubblica du 20 mars. Il cite le cas d'un prêtre qui a célébré la messe de requiem d'une religieuse qu'il avait contrainte à avorter et qui avait succombé à l'opération. D'autres témoignages sont rapportés de relations sexuelles forcées, de harcèlement sur des jeunes filles candidates à l'entrée dans un établissement catholique, de pressions sur des médecins pour permettre à de jeunes femmes, y compris des religieuses, de prendre la pilule et même d'avorter. Des cas sont signalés de communautés religieuses dont des soeurs se sont retrouvées enceintes au même moment.
Active dans des associations de prévention du sida, Maura O'Donohue accuse : " Des prêtres et des responsables de la hiérarchie catholique abusent de leur pouvoir et trahissent la confiance " de femmes, laïques ou religieuses, contraintes de céder à leurs avances. Elle proteste contre l'injustice qui consiste à chasser des religieuses enceintes de leur couvent, alors que le prêtre qui a eu avec elles une relation sexuelle reste en fonctions. Quand elles se plaignent, " elles ne sont pas entendues ", note le rapport. Une supérieure a même été relevée de ses fonctions par son évêque parce qu'elle avait signalé la grossesse simultanée de vingt-neuf de ses soeurs ! Deux raisons sont avancées. En Afrique, convient Maura O'Donohue, " il est impossible à une femme de dire non à un homme, spécialement à un ancien et à un prêtre ". Par ailleurs, les religieuses sont des partenaires " sûres " pour des prêtres qui craignent de contracter le virus du sida auprès de prostituées.
Une autre religieuse, Marie Mc Donald, supérieure des Missions de Notre-Dame d'Afrique, avait également remis un rapport au Vatican, en 1998, allant dans le même sens et regrettant " l'absence d'inspection et la conspiration du silence". Au cours du synode des évêques d'Océanie, qui s'était tenu à Rome en novembre 1998, Mg Geoffroy Robinson, évêque de Sydney, avait également affirmé que " les abus sexuels de la part des prêtres et des religieux sont devenus le principal obstacle à la prédication de l'Evangile en Océanie ". Au Vatican, on ne cherche plus à nier pareilles révélations. On insiste sur l'urgence de travailler à la solution des cas individuels et à la formation des futurs prêtres, tout en ajoutant qu'on ne doit pas oublier " la foi souvent héroique manifestée par la grande majorité des hommes et femmes des ordres religieux et du clergé ".
Henri Tincq

Re: Autoridade da Igreja...
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 10 de July de 2003 23:04

SE quiseres mais estatisticas diz.

Re: Autoridade da Igreja...
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 10 de July de 2003 23:24

6 January 2003
From the St. Louis Post-Dispatch.

Already shaken by a yearlong sex abuse scandal involving priests and minors, the Roman Catholic Church has yet to face another critical challenge - how to help thousands of nuns who say they have been sexually victimized.

A national survey, completed in 1996 but intentionally never publicized, estimates that a "minimum" of 34,000 Catholic nuns, or about 40 percent of all nuns in the United States, have suffered some form of sexual trauma.

Some of that sexual abuse, exploitation or harassment has come at the hands of priests and other nuns in the church, the report said.

The survey was conducted by researchers at St. Louis University and was paid for, in part, by several orders of Catholic nuns.

The study, recently obtained by the Post-Dispatch, indicates that the victimization often has had devastating psychological effects on the women. Many of the nuns said they were left with feelings of anger, shame, anxiety and depression. Some said it made them consider leaving religious life, and a few said they had attempted suicide.

"These women have been the stalwarts of the church for centuries, and a significant percentage of them have been victimized as a result of the structure of the very institution to which they have dedicated their lives," said study co-author John T. Chibnall, a research psychologist and associate professor at St. Louis University.

Another of the researchers, Ann Wolf, said she believes it is vital that the Catholic Church recognize the problem.

"The bishops appear to be only looking at the issue of child sexual abuse, but the problem is bigger than that," Wolf said. "Catholic sisters are being violated, in their ministries, at work, in pastoral counseling."


Entao, keres mais estatisticas?

Re: Autoridade da Igreja...
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 11 de July de 2003 00:51

"... about 40 percent of all nuns in the United States, have suffered some form of sexual trauma.", não afirma qual a percentagem de vítimas de abusos sexuais por parte de sacerdotes católicos! Aliás, se foi elaborado um estudo e único número que o artigo cita é o de "40 %" para aquelas que sofreram qualquer trauma sexual, parece claro qual o objectivo do artigo: não ser objectivo.

Decerto que se um estudo elaborado por uma Universidade tem números mais exactos. Talvez para os especuladores, 40% seja um número simpático para servir de arremesso para qualquer discussão. Mas fico sem saber qual o número de vítimas efectivas de violação ou abuso sexual por parte de padres católicos. Decerto bem longe dos 40%...

Luis

Re: Autoridade da Igreja...
Escrito por: Ana Amorim (IP registado)
Data: 11 de July de 2003 13:31

Penso que estamos todos a esquecer um ponto fundamental: não é a Igreja que diz que devemos ser castos, púdicos, desinteresseiros, pobres e humildes. É o próprio Jesus Cristo.
E se Ele o diz, é porque o é para TODA A GENTE, padres e freiras incluídos.
A Igreja somos todos nós. É inútil continuarmos com as teorias de que a Igreja é um punhado de padres, diáconos, bispos, cónegos, cardeais, freiras, frades, etc. à parte dos restantes crentes. A Igreja somos todos nós, seres humanos que professamos este Credo.
E, como seres humanos, somos imperfeitos.
Essas mensagens ou, como preferirem, pregações sobre moral, humildade, pobreza, são como que ideais de vida, não imposições. É como se fosse um convite a experimentar esse tipo de vida, deixar o velho e ir sempre em direcção ao novo. Um convite endereçado a todos, inclusivamente ao pregador.

Esta é a leitura que eu faço.

Anna

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