Algumas vezes diz-se que a Igreja acolhe e favorece a prática religiosa dos jovens, participação nos sacramentos, nas actividades pastorais, nos movimentos de acção pastoral etc. Ora na prática e a ser verdade, os jovens estão algo "excluídos" da Igreja! São bastantes as restrições "pecado" que se apontam aos jovens que vivem saudavelmente uma vida bem característica e adaptada à generalidade da juventude. Vem isto a propósito de, em duas paróquias os respectivos padres terem proferido violentas críticas aos jovens que "ousam" frequentar a discoteca e se deslocam, sem ir a casa, à missa do domingo! Ora alguns desses jovens que de sábado para domingo não pregam olho, porque se estiveram a divertir, em discotecas... mesmo assim comparecem na missa para, quem sabe reformular propósitos, orar em comunidade. Se é verdade que só Deus pode julgar, por que razão o pároco aponta o dedo escorraçando a participação dos jovens, neste cenário concreto? É mau preconceito e deve ser revisto.
miguel

Miguel,

Às vezes sinto que uma grande fatia da Igreja (não só padres como alguns leigos) parou no tempo há umas valentes décadas atrás, como se se tivesse cristalizado. Suspeito que algumas delas se cristalizaram ainda antes do Concílio Vaticano II. Há algumas coisas que forçosamente têm de mudar. Mas creio que esta mudança dificilmente terá a sua origem no clero.

Penso que os leigos terão que ter uma voz mais activa na Igreja e também eles devem-se sentir Igreja, que o são com toda a legitimidade. Todavia, não se pode pedir aos leigos nem esperar que eles tomem alguma iniciativa quando, regra geral, tem uma terrível falta de formação.

No caso particular que citas, penso que a melhor forma de melhorar a situação é o diálogo entre as partes, sobre essa situação em concreto. Por um lado, compreendo o sacerdote que talvez pense que os jovens precisam de descansar e de se prepararem interiormente antes de participarem na Eucaristia. Mas por outro, se os jovens se sentem preparados e "com pica" para irem à missa depois de uma directa, só eles e Deus saberão se estão em condições.

Luis

Se calhar esses párocos não gostam da "borga"...

João (JMA)

Vamos com calma . Qual o objectivo da discoteca?
A discoteca é local de convivio? Com o barulho da musica não se conversa nada , berram-se umas pequenas e estupidas frases. Os decibeis a que ficam sugeitos altera o sistema nervoso do mais controlado ser vivo , nomeadamente excitação exarcebada , perda de atençaõ e de concentração, juntando a confusão das luzes , a racionalidade vai embora , uns copos de alccol e uns sons criados com determinados fins são as condições perfeitas para encontros do terceiro grau que terminam em grande ressaca. Libertam-se os instintos e soltam-se as bestas que há em cada um: vivam os animais!

É claro que o Padre tem razão. A missa é bem mais edificante e o silêncio incomoda muita gente , o que é pena , pois só no silêncio conseguimos ouvir a voz de Deus a falar no coração e a nossa sociedade está surda e o Padre Borga bem que podia fazer menos barulho e louvar a Deus com mais requinte. prefiro a missa da coroação de Morzat, não tem comparação possivel, ou já não sabem o que quer dizer adoração?

cristina

errata : Mozart...:) tenho um problema com os rrrrrrrrrrrrrrrrrrr

Os esterotipos fazem-nos ver as coisas de uma forma limitada. É evidente que no meio da tempestade de sons , luz e corpos também sabemos ouvir a voz de Deus e sabemos quem somos e não perdemos o norte. Nada como ir com cautela :) Coitadinhos dos jovens de 15 anos pregados num banco da igreja a ouvir mozart. Deixem-nos divertir , mas advirtam-nos dos problemas que pode trazer a exposição prolongada a decibeis superiores a 90 , por mais de uma hora , nas discotecas andam pelos 112:)

E o Padre Borga ? Até gosto , mas só um bocadinho.
Have fun
cristina

Na verdade há igrejas que têm poucos, mas muito poucos jovens! Quase todos os padres que visitam igrejas que têm poucos jovens, eles perguntam, onde estão os jovens desta Comunidade?

Eu também pergunto: onde andam os jovens de hoje? O que eles frequentam?