Será que faziamos o mesmo?
Qual é a vossa opinião como católicos?
O que pensará a Igreja sobre estes casos?


Susete
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Clara Barata
PÚBLICO
James Harry Whitaker é o nome de um bebé nascido há quatro dias no Hospital Royal Hallamshire, em Sheffield, no Reino Unido. A sua existência criou ontem uma tempestade nos meios de comunicação britânicos. É que James nasceu para fornecer um transplante de medula ao seu irmão de quatro anos, que poderá curar a criança mais velha de uma doença que a condena a uma morte precoce. Há quem considere isto inaceitável e quem afirme que já é tempo de mudar a lei, de forma a poder salvar muitas outras crianças.

James Whitaker foi um dos vários embriões criados em laboratório através de fertilização "in-vitro" com células de Michelle e Jayson Whitaker. Foi o escolhido para ser implantado no útero de Michelle porque análises genéticas realizadas quando era apenas uma bola de células microscópica revelaram que está livre da rara e grave anemia de que sofre o seu irmão de quatro anos, Charlie Whitaker.

As células estaminais produtoras de células do sangue do seu cordão umbilical deverão agora ser usadas para um transplante de medula que se espera que livre Charlie da doença que o obriga a fazer uma transfusão de sangue que dura um dia inteiro de três em três semanas, bem como a tomar injecções de medicamentos diariamente. Além disso, a anemia de Diamond-Blackfan é uma espécie de sentença de morte a prazo: Charlie não viverá para além dos 30 anos.

Michelle e Jayson Whitaker tiveram de ir fazer a fertilização e selecção de embriões aos Estados Unidos, porque a Autoridade para a Fertilidade e Embriologia Humanas do Reino Unido (HFEA, na sigla inglesa) rejeitou, em Agosto do ano passado, o seu pedido para criar um novo bebé para salvar o seu filho mais velho.

Em Abril passado, um outro casal conseguiu autorização para criar embriões em laboratório e escolher um saudável para salvar uma criança mais velha. Mas a família Whitaker não foi autorizada a fazer isto porque a HFEA considerou que Charlie não sofria de uma doença hereditária. "Temos critérios para determinar se os embriões podem ser testados - uma é saber que o novo embrião corre o risco de sofrer de uma doença", explicou uma porta-voz daquele organismo, citada pela agência Reuters.

A ideia é garantir que a nova vida não seja criada por motivos puramente utilitários: se a selecção de embriões garantir que a criança que nascer será livre de uma doença grave, também esta lucrará com a intervenção, e não apenas a criança mais velha cuja vida pode vir a ser salva. Uma vez que a doença de Charlie não lhe foi transmitida pelos pais, julgou-se que o novo bebé não tiraria qualquer benefício da intervenção e esta não foi autorizada.

Mas a família Whitaker não se confirmou com esta decisão e recorreu ao Instituto de Genética Reprodutiva de Chicago, nos EUA, para fazer a selecção de embriões. No entanto, não é ainda absolutamente garantido que James esteja livre da doença de Charlie. Há 98 por cento de possibilidades de ser saudável e poder fornecer o transplante de medula que salvará o irmão, mas ainda é necessário fazer alguns testes.

Ainda assim, agora que James nasceu, começou a discutir-se se a legislação britânica não deve ser mudada.

A Associação Médica Britânica está de acordo com a selecção de embriões para salvar um irmão mais velho. "Como médicos, acreditamos que quando exista tecnologia que permita ajudar uma criança que esteja a morrer ou seriamente doente, sem que isso implique grandes riscos para terceiros, essa tecnologia deve ser usada", comentou a médica Vivienne Nathanson, numa declaração citada pela agência Reuters.

"As tecnologias hoje disponíveis são já diferentes das que existiam em 1990, quando a actual lei foi aprovada. Talvez seja necessário rever a lei, para a actualizar", reconheceu Suzi Leather, secretária da HFEA, citada pelo diário "The Guardian".

No meio de tantas questões que se podem colocar numa situação destas sigo a intuição , aquela vozinha interior:

É para o bem ? Avançem. É para o mal recuem. Que mal pode ter fazer nascer uma criança para salvar outra? Maravilha , ainda bem , ainda não tem consciencia de si e já é um heroi:)
A ciência deve estar ao serviço do bem e tudo que seja para diminuir o sofrimento de alguém é valido. Antes isso de que fazer um filho só para se prepetuar a si proprio , perdendo o verdadeiro significado de saber dar vida.
cristina

"antes isso que "prepetuar"..."
Dona Cristina. É demasiado evidente que é péssimo aquilo que a ciência está a fazer nomeadamente no caso em questão! "uma para salvar a outra"? mas que aberração! Ninguém salva ninguém! Há um só que pode salvar e que é o Salvador e Redentor da Humanidade! Sim a ciência deve estar ao serviço do homem e nunca servir-se dele para outros fins... a ciência, qualquer dia acaba connosco... é também este o mundo que temos!
miguel

" perpetuo" a minha dificuldade ...tenho problemas ...dislexia ligeira , sabe o que é caro Miguel?
De qualquer modo agradeço a correcção, se bem que me pareça vinda de uma pessoa um nadinha presunçosa já que emenda é feita descaradamente . "Só sei que nada sei " fica bem a toda a gente. Prefiro a humildade em vez de exaltações religiosas , não sei o que faria enquanto mãe de uma criança portadora da doença referida.
Humildade meu caro ...sabedoria ...fica bem em todo o lado...
Inté
Cristina

qual o pai que hesitaria em fazer este tratamento para salvar um filho da morte?? Trata-se de gerara uma nova vida para salvar uma muito amada.
Quem recusaria tal hipotese?
Talvez alguem sufuicientemente estupido....