Fóruns Paroquias.org
paroquias.org

  A participação no Fórum Paroquias.org está condicionada à aceitação das Regras de Funcionamento.
Inteligência Espiritual
Fóruns Paroquias.org : Arquivo - Geral

 

Ir para tópico de discussão: AnteriorPróximo
Ir para: Lista de fórunsLista de mensagensNovo tópicoPesquisarEntrar
"Só na América"... ou algo mais? Ainda sobre o aborto...
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 19 de June de 2003 07:18

Mais uma acha para a fogueira da longa discussão sobre o aborto...
Do «Público» de hoje, reproduzo a notícia que se segue.
Alef
_________

Heroína do Aborto nos EUA Quer Proibição da Prática


A mulher que esteve na base de uma decisão jurídica que tornou o aborto legal nos Estados Unidos meteu um processo em tribunal pedindo que essa decisão seja revogada. Em 1973, Norma McCorvey era a queixosa (identificada pelo pseudónimo Jane Roe) num processo que chegou ao Supremo Tribunal dos EUA; o caso "Roe vs. Wade" estabeleceu o direito ao aborto nos EUA. Mas agora McCorvey, que há uma década se tornou numa activista antiaborto, considera haver novas provas científicas para anular a decisão de "Roe vs. Wade".

Norma McCorvey tinha 21 anos quando ficou grávida pela terceira vez. Tentou obter licença para abortar, mas isso era ilegal no estado do Texas, onde ela vivia. Em 1973, McCorvey interpôs um processo para revogar a lei contra o aborto. O caso "Roe vs. Wade" chegou ao Supremo Tribunal, que decidiu tornar o aborto legal nos EUA. Nessa altura o filho de McCorvey já tinha nascido - como aos outros dois, ela deu-o para adopção.

Em 1980, McCorvey revelou publicamente que ela era a "Jane Roe" do caso de 1973. Uma década mais tarde, juntou-se aos movimentos "pro-life" que combatem pela abolição do direito ao aborto. Agora McCorvey quer anular o resultado do processo que a fez famosa, argumentando que "o aborto faz mal às mulheres" e que o Supremo Tribunal em 1973 "baseou a sua decisão em falsidades".

Na conferência de imprensa em que anunciou o seu novo processo, McCorvey pediu desculpas pelo seu papel em "Roe vs. Wade" e disse: "Vamos conseguir os nossos bebés de volta." McCorvey foi acompanhada na conferência de imprensa por 60 mulheres, algumas das quais com cartazes onde se lia: "Arrependo-me do meu aborto."

O advogado de McCorvey, Allen Parker Jr., disse ser inédito que o queixoso de um caso que fez jurisprudência pedisse a anulação do seu processo. Parker mostrou-se confiante de que os tribunais irão dar razão a McCorvey. A presidente da organização "pro-choice" Planned Parenthood, Gloria Feldt, disse, contudo, à Reuters: "Não esperamos que os tribunais levem [o novo processo interposto por McCorvey] a sério, porque a decisão [de 1973, do Supremo Tribunal] foi a correcta."

Por PEDRO RIBEIRO, Nova Iorque
«Público», Quinta-feira, 19 de Junho de 2003
[jornal.publico.pt]

Re: "Só na América"... ou algo mais? Ainda sobre o aborto...
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 27 de June de 2003 00:41

calculo que a criatura ja esteja taao velha que nao possa conceber - por isso acha que como ja nao pode ter escolhas, que as outras mulheres nao tenham. SE se arrependem, que temos nos a ver com isso? Quantas mulheres se arrependem de o nao ter feito?

Re: "Só na América"... ou algo mais? Ainda sobre o aborto...
Escrito por: Mário Abel (IP registado)
Data: 27 de June de 2003 07:34

Não deixa de ser digno de registo que uma pessoa defensora de uma convicção passe para o "outro lado". Está tudo dito! Um pouco por todo o lado aparece este comentário...
Obrigado Alef pela tua contribuição.

Mário

Re: "Só na América"... ou algo mais? Ainda sobre o aborto...
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 28 de June de 2003 18:58

McCorvey, se em 1973 tinha 21 anos, em 2003 tem 51 anos .Foram precisos trinta anos para mudar "uma convicção "??????????? Ou simplesmente, a mulher entrou ma menopausa e deixou de necessitar de controlar a sua fertilidade? Ou converteu-se ao islamismo?

Está tudo dito, de facto, Só na América!!!!!!!!

Re: "Só na América"... ou algo mais? Ainda sobre o aborto...
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 30 de June de 2003 14:12

A questão fulcral do aborto está na definição do feto como ser vivo. Podermos considerar um feto como um ser vivo? Se sim, pode ser considerado logo a partir da concepção, ou a partir de que data?
Mas mesmo considerando ser vivo, será um ser vivo dependente de outro ser vivo, pois não subsiste fora dele (mãe). Assim sendo, os direitos desse ser vivo (feto) sobrepõem-se aos direitos do ser vivo que o "aloja" (mãe)?
Não poderia a mãe aceitar os direitos do feto, mas então encontrar-se uma solução de interesse mútuo: nem o feto morre, nem a mãe tem que o "alojar"?


Não estou aqui a defender as posições pró-aborto e desculpem-me os termos "alojar" para me referir à relação da mãe com o seu futuro filho. Mas aproveitando a notícia que o Alef colocou, talvez seja uma boa oportunidade para voltarmos a falar sobre um assunto que, mesmo entre os católicos, não tem uma posição unânime.

Luis

Re: "Só na América"... ou algo mais? Ainda sobre o aborto...
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 01 de July de 2003 01:15

Sim, a fêmea, quer dizer a mãe, tem que o "alojar", pois as mulheres não passam de "lojas" quer dizer, espaços vazios, continentes para um conteúdo mais importante que elas ( os fetos).. Afinal, são úteros ambulantes e nada mais.…LOjas????????
Gosto desta coisificação das mulheres, que ideia tão criativa!

Re: "Só na América"... ou algo mais? Ainda sobre o aborto...
Escrito por: Manny Santos (IP registado)
Data: 02 de August de 2003 02:00

taliban escreveu:

> Sim, a fêmea, quer dizer a mãe, tem que o "alojar", pois as
> mulheres não passam de "lojas" quer dizer, espaços vazios,
> continentes para um conteúdo mais importante que elas ( os
> fetos).. Afinal, são úteros ambulantes e nada
> mais.…LOjas????????
> Gosto desta coisificação das mulheres, que ideia tão criativa!




Desculpe, não tem permissão para escrever ou responder neste fórum.

Nota: As participações do Fórum de Discussão são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, pelo que o Paroquias.org não se responsabiliza pelo seu conteúdo, nem por este estar ou não de acordo com a Doutrina e Tradição da Igreja Católica.