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Re: Deus e o sofrimento
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 05 de September de 2003 23:07

Se Deus nos "mandasse" tribulações estaria a interferir na nossa escolha de caminho.

Deus NÃO é uma espécie de rei sentado num trono, interferindo na nossa ida, destruindo a nossa liberdade, nosso rival, responsável pelos desastres que ocorrem.

Aliás se procurarem nas palavras de Cristo nada encontram desta natureza: encontram o ABBA, paizinho, Deus de Amor.

João (JMA)

Re: Deus e o sofrimento
Escrito por: Vitor Santos (IP registado)
Data: 06 de September de 2003 13:33

Taliban

A experiência de estimulação eléctrica de que fala, e que pode produzir uma experiência de natureza parecida com a experiiência fora do corpo, é a indução de uma alucinação, que nada tem a haver com a realidade.

Há experiências fora do corpo relatadas por monges budistas em estado de meditação e em casos quase morte, por exemplo, em que as pessoas testemunham ter-se deslocado a outros locais, relatando o que se estava a passar nesses locais, o que foi posteriormente confirmado por outras pessoas que estavam nesses locais. Nestes casos não se trata obviamente do mesmo fenomeno.

Acreditar na vida depois da vida é a única coisa que pode dar sentido à nossa vida. Se não acreditamos que a nossa vida tem sentido, estamo-nos a considerar seres com tanto valor como um monte de excremento de vaca.

Posso morrer à procura. Nunca na minha vida encontrar evidências completamente convincentes da existência da vida depois da vida, mas não tenho dúvidas que vale a pena procurar até à exaustão e manter essa esperança, a não ser que a ciência venha a provar essa impossibilidade, o que até agora não aconteceu. Não ter provas cientificas de que uma coisa existe não é o mesmo de que ter provas cientificas que essa coisa não existe. A partir do momento em que há pessoas que testemunham ter contacto com o mundo Espiritual, há que investigar até aos limites esses testemunhos. Arranjar estratégias para tentar encontrar qualquer indicio palpavél que seja consequência desses testemunhos.

Para além disso a esperança da vida depois da vida é benéfica para o mundo em geral. Uma pessoa que pensa que tem tanto valor como um monte de excremento de vaca, racionalmente (ainda bem que as pessoas não agem sempre racionalmente...), deve ser o mais hipócrita e fria possivel, não hesitando em matar, roubar, etc., desde que tenha a garantia de não ser apanhado. Se um homem não vê nas outras pessoas mais que meras máquinas biológicas, como uma galinha, por exemplo, qual é, racionalmente, o impedimento moral de matar um homem? Não será o mesmo do que matar uma galinha?

Vitor Santos

Re: Deus e o sofrimento
Escrito por: Taliban (IP registado)
Data: 08 de September de 2003 10:07

"Há experiências fora do corpo relatadas por monges budistas em estado de meditação e em casos quase morte, por exemplo, em que as pessoas testemunham ter-se deslocado a outros locais, relatando o que se estava a passar nesses locais, o que foi posteriormente confirmado por outras pessoas que estavam nesses locais. Nestes casos não se trata obviamente do mesmo fenomeno."
Como se pode fazer esta afirmação?
Claro que é o mesmo fenómeno!
Trata-se de uma alucinação!

Curiosamente, os traçados electroencefalográficos de monges budistas em meditação e de pessoas em situações próximas da moprte, como o coma, são muito semelhantes... Há portanto u8ma BASE BIOLÓGICA PARA ESTAS EXPERIÊNCIAS SUBJECTIVAS, e essa base biológica reside em alterações cerebrais.
As "Experiências de quase morte" muito provavelmente são "a última alucinação", uma forma engenhosa do nosso cérebro, privado de O2, nos permitir um suave apagamento. A Natureza é fascinante, muito mais que a metafísica delirante. Dito de outra forma, a realidade é mais interessante que a ficção.
Quanto á aceitação de que após a morte nada fica de nós - é verdade que só os muito fortes podem aceitar esta realidade.
A dignidade dos seres humanos não deriva da sua imortalidade ou da sua divindade - só os deuses seriam imortais. A dignidade do ser humano é intrínseca à sua HUMANIDADE, À SUA NATUREZA HUMANA, MORTAL, FRÁGIL, VULNERÁVEL E, POR ISSO MESMO DOTADA DE UMA DIGNIDADE INALIENÁVEL.

ALIÁS, AO LONGO DA HISTÓRIA, A CRENÇA NA IMORTALIDADE DA ALMA E DO ESPÍRITO CONDUZIRAM ÁS MAIORES ATROCIDADES E ATENTADOS À DIGNIDADE HUMANA.
Basta pensar nos atentados bombistas com homens bomba. Porque se suicidam estes infelizes homens bomba, arrastando com eles a destruição? Porque acreditam que têm uma alma imortal e que vão para o paraíso assim que morrerem. Por isso, para eles, o valor supremo da vida e a maravilha de um corpo saudável nada significa - nem a sua vida tem valor nem a dos outros... Se tivessem a convicção realista que quando se destroem isso é definitivo, acabavam os atentados bombistas...

O ser humano é como o Amor - eterno, enquanto dura........

Re: Deus e o sofrimento
Escrito por: Vitor Santos (IP registado)
Data: 08 de September de 2003 20:08

Amigo Taliban

Tu acreditas que todos os casos de experiências relatadas em estado de quase morte são alucinações. Pois muito bem. Estás no teu direito. Não podes é dizer, sem mentir, que tens a certeza, a não ser que apresentes provas cientificas irrefutáveis do que dizes.

Relativamente ao facto de os electroencefalogramas de um monge Budista em meditação ser semelhante ao de uma pessoa em estado de coma, a ser verdade, é precisamente uma evidência de que existem estados alterados de consciência que se conseguem obter através da meditação, pois ter um electroencefalograma igual ao de um individuo em coma, sem estar em coma, não é propriamente caracteristico de um estado normal de consciência, ou é?
A outra conclusão interessante que se tira é que a dois estados biológicos semelhantes registados pelo electroencefalograma correspondem estados de consciência completamente distintos pois meditar e estar em coma não é obviamente o mesmo.

Quanto ao facto de se ser fraco ou forte por se acreditar na vida depois da vida ou não, é um mero preconceito seu. A história dá-nos a conhecer inumeras experiências de vida de pessoas religiosas que acreditavam na imortalidade da alma, cuja força para viver era indiscutivel. Veja, por exemplo, a Madre Teresa de Calcutá, que "transpirava" força.

Os homens bomba suicidam-se porque há homens poderosos (esses não se suicidam, pode ter a certeza) que os manipulam, o que não é muito dificil em familias que vivem em condições miseráveis e que ganham com a morte dos seus entes queridos. Esses homens poderosos são ricos e ganham muito dinheiro com a miséria dos coitados.

É um facto que , ao longo da história, se cometeram inumeras atrocidades em nome de Deus, mas se investigar bem verá facilmente que era o interesse material e a ganância do poder que estava poe detrás dessas atrocidades e não a crença em DEUS.

Uma coisa é dizer-se religioso outra coisa é ser religioso. Uma coisa é dizer-se ateu, outra coisa é ser ateu.

Uma coisa é ter uma crença outra coisa é comportar-se coerentemente com essa crença. Nenhum Cristão pode dizer que está a ser coerente com o Cristianismo ao fazer mal a alguém, pois Cristo disse: "amai-vos uns aos outros...".Em relação aos Budistas a mesma coisa se poderá dizer. Em relação ao Alcorão não sei, pois não conheço esse livro, mas não acredito que mande matar ninguém.

Vitor Santos

Re: Deus e o sofrimento
Escrito por: Taliban (IP registado)
Data: 09 de September de 2003 18:37


Bom parece que o teu conceito de estados alterados de consciência não é bem o meu. Tu atribuis-lhe um significado "transcendente", quando
Um estado alterado de consciência, por definição, é meramente biológico. POr exemplo, um indivíduo inconsciente apresenta uma alteração do estado de consciência. Um indivíduo em coma também. Um indivíduo sedado por drogas também. Tudo resulta da bioquímica cerebral.

Quanto ao O Corão é muito parecido com a Bíblia. Apela á paz e aos valores universais.Aliás, O Corão, tal como o cristianismo inspira-se no judaísmo. O judaísmo, por sua vez tem a sua origem em religiões e mitos mais antigos, Os mitos relatados na Bíblia, como o mito da criação tem versões noutras culturas...
Também a história de uma Trindade de Deuses ou de Deuese sob a forma de animais ( a pomba que é oe Espírito Santo) tem as suas origens em religiões mais ancestrais.
Como são religiões muito antigas, datadas historicamente, ostextos t~em as marcas culturais dos tempos em que foram escritros. Tempos em que a tortura, a escravatura, a pena de morte e a inferioridade das mulheres eram considerados valores normais.

Re: Deus e o sofrimento
Escrito por: Mário Abel (IP registado)
Data: 13 de September de 2003 16:34

Boa tarde.


Quando trato um tópico, trato logos dois ou três...
Aí vai!
Tanto que se tem dito... e para mim poco.
Eu continuo a crer no ensinamento da página bíblica que nos dá a parábola do samaritano ( Lc 10, 29-37).
Que todos pudessemos ser os bons samaritanos dos tempos modernos!...
Quantas pessoas ao longo destes tempos têm dado a demonstrar que vale a pena dedicar-se à atenção de quem sofre e à dedicação com o sentido de procurar uma qualidade de vida digna da pessoa humana.
"Quem embarca na barcazinha do respeito á vida, não é um naufrago levado á deriva, mas um viajador intrépido que sabe onde ir e que mantém o timão com solidez na justa direcção" - Albert Schweitzer in LA CIVILISATION ET L'ÉTHIQUE, 63-64.
O facto de que a fé na mensagem de Cristo esteja hoje chamada a manter e a reforçar o fundamento racional do dever comum de servir a vida em todas as fases da existência humana é, em certamente, um providencial sinal dos tempos.
O BOM SAMARITANO da parábola evangélica interpela toda a consciência humana para que aspire à verdade e esteja atenta ao futuro da humanidade.

Mário Abel.

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