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Remuneração dos sacerdotes
Escrito por: Susete Gonzaga (IP registado)
Data: 17 de May de 2003 11:53

Caros amigos,

preciso novamente da vossa ajuda. Recebemos este e-mail e queria saber a vossa opinião e conhecimentos sobre o assunto, para poder esclarecer a Luisa.

Obrigado,
Susete

"Gostaria, na medida do possível que me informassem como são remunerados os sacerdotes, há valores estipulados? as regras são iguais em todo o país ou não? penso que na minha paróquia esses valores saem do Fundo Paroquial, mas gostaria de ser informada da verdade para poder fazer frente a uma "afronta" que me foi colocada... e como gosto de (pela verdade) ir até ao fim... Obrigada. Luisa"

"Entretanto falei para a "nossa Diocese" onde me foi dito o que eu já sabia ou seja, que a remuneração é retirada da comparticipação dos paroquianos. onde me foi dito também que, quando a Paróquia é pobre poderá haver alguma contribuição a nível da Diocese. até aqui tudo bem, agora eu gostaria que me ajudassem a encontrar algum documento (caso haja), para eu me apoiar.
Obrigada. Luisa"


Re: Remuneração dos sacerdotes
Escrito por: pedro fonseca (IP registado)
Data: 17 de May de 2003 12:38

Existe um estatuto remuneratório do clero, onde se determina quando devem ganhar os padres mensalmente. Encontrei este documento, já com doi anos, que talvez te possa ajudar. penso que os salários actuais devem ser bastante superiores.

"CARTAS DA VIGARARIA GERAL





ACTUALIZAÇÃO DA REMUNERAÇÃO MENSAL DOS SACERDOTES


Rev.mo Senhor Padre

1. Quando, em 26.05.99, o Senhor Patriarca ouviu o Conselho de Presbíteros sobre a actualização da remuneração mensal dos sacerdotes, ficou acordado que em Janeiro de 2001 se procederia a uma nova actualização.
2. Na sequência dessa decisão e depois de ter ouvido de novo o Conselho de Presbíteros, a 29.11.2000, o Senhor Patriarca decidiu, a teor do Artigo 9º do Estatuto Económico do Clero (EEC), que, a partir do dia um de Janeiro do corrente ano, a remuneração mensal dos sacerdotes passaria a ser de Esc. 130.000$00.
3. Como prevê o EEC, a remuneração mensal é em regra a mesma para todos, sem prejuízo dos casos em que está previsto quer o direito a um suplemento (Artigos 11º e 12º) quer o recurso ao Fundo Diocesano para complemento supletivo (Artigo 15º).
4. Nos casos em que a remuneração mensal resulta do contributo de várias paróquias ou instituições, proceda-se a um ajuste que respeite quanto possível a proporcionalidade.
5. Para os sacerdotes hospedados nos seminários ou noutras instituições diocesanas a importância a descontar na remuneração mensal continua a ser de 42.500$00.
6. Os párocos deverão dar conhecimento deste aumento às suas respectivas comunidades e estudar com os Conselhos Económicos Paroquiais a melhor forma de implementar o cumprimentos destas normas.

Lisboa, 5 de Janeiro de 2001

Re: Remuneração dos sacerdotes
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 30 de November de 2003 14:49

«...E o Sr. Padre passa factura da missinha?...»

Uma boa sugestão para mais um "slogan" das campanhas do Ministério das Finanças ;-)

Alef


Nova Concordata Estabelece Pagamento de Impostos nos Actos do Clero


O texto da nova Concordata entre Portugal e a Santa Sé deverá abrir as portas a que o clero passe a descontar impostos sobre o dinheiro recebido em resultado do exercício do ministério de padre - actividades como o ensino já estavam sujeitas a IRS. Ao mesmo tempo, o texto poderá abrir portas para que os capelães das forças militares deixem de ter patente militar, passando a exercer apenas o cargo de assistente eclesiástico. Mas este tema deverá ser remetido para legislação posterior, enunciando a Concordata apenas critérios genéricos sobre o assunto.

Estas deverão ser, de acordo com diversas fontes diplomáticas e eclesiásticas contactadas pelo PÚBLICO, duas das principais regras estabelecidas no novo tratado internacional que regula as relações entre o Estado português e a Igreja Católica. A Concordata, que substituirá idêntico tratado assinado em 1940, quando Salazar governava, deverá ser assinada "em breve", de acordo com o primeiro-ministro, Durão Barroso, que esta semana esteve em Roma. Recebido pelo Papa e pelo secretário de Estado do Vaticano, um dos assuntos do primeiro-ministro foi exactamente a nova Concordata.

Negociado por uma comissão paritária com representantes do Estado português e da Santa Sé, o texto acordado foi dado por concluído há quase um ano, em Dezembro de 2002. O documento foi então remetido ao Vaticano, onde foi analisado pela Secretaria de Estado, responsável por este tipo de tratados. Questões de incompatibilidade jurídica entre o ordenamento português e o Direito Canónico, teriam sido a razão para estes meses de demora, como o cardeal-patriarca de Lisboa referiu, em Setembro.

Alguns pormenores do texto podem, eventualmente, ter sido alterados nesse processo que envolveu a Secretaria de Estado do Vaticano e a Embaixada de Portugal junto da Santa Sé.

Agora que o texto estará praticamente concluído, as várias fontes ouvidas pelo PÚBLICO coincidem em alguns aspectos essenciais: os padres passam a estar sujeitos ao desconto do imposto sobre o rendimento (IRS) em todas as verbas - mesmo as que recebem a título do exercício do ministério sacerdotal, o que não acontecia até agora. Para se perceber melhor o que isto significa, tome-se um exemplo do que acontece em algumas dioceses do país - Lisboa e Porto estão entre esses casos - desde há vários anos: o dinheiro oferecido pelos fiéis nas paróquias passou a ser integrado num fundo comum, de onde sai uma remuneração igual para todos os padres. Essa verba passará, se vingar esta versão da Concordata, a estar sujeita ao desconto de impostos (ver caixa).

No que respeita aos capelães militares, a solução que era defendida já há tempos pelo bispo castrense, D. Januário Torgal Ferreira - de retirar as patentes aos padres que exercem o serviço de capelães - não deverá ficar contemplada no novo tratado. A solução adoptada terá sido a de estabelecer princípios genéricos e remeter para a legislação ordinária a resolução do assunto. Mas a possibilidade de acabarem os "alferes-capelão" - já através de uma lei normal - mantém-se de pé.

O estatuto da Universidade Católica Portuguesa (UCP) - para o qual foi encontrada a designação de ensino concordatário - deverá ser mantido na sua especificidade. Na prática, a UCP ficará como uma universidade privada, mas o seu reitor poderá deixar de integrar o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas.

Novos decretos entram em vigor dia 1

De resto, o conteúdo da Concordata deverá aproximar-se muito da Lei da Liberdade Religiosa, aprovada pelo Parlamento em 22 de Junho de 2001. Nomeadamente, abrindo a possibilidade de os crentes passarem a destinar 0,5 por cento do seu IRS para a confissão da sua preferência. Esta medida, que não está dependente da Concordata para a sua aplicação, está ainda dependente da concretização de dois decretos que entram em vigor depois de amanhã, dia 1 de Dezembro: o que estabelece o Registo de Pessoas Colectivas Religiosas e o que regula o funcionamento da Comissão de Liberdade Religiosa.

O facto de ambos os textos entrarem em vigor só nesta data - já depois de apresentado e votado o Orçamento de Estado para o próximo ano - levou os evangélicos a protestar, tendo em conta que não será ainda em 2004 que as confissões minoritárias podem usufruir dos 0,5 por cento que os crentes destinem à religião de sua escolha.

Por ANTÓNIO MARUJO
«Público», Sábado, 29 de Novembro de 2003
[jornal.publico.pt]

Re: Remuneração dos sacerdotes
Escrito por: jeová (IP registado)
Data: 30 de November de 2003 20:07

eu acho bem que paguem aos padres. e que eles paguem impostos.
desde que não seja em géneros...

Re: Remuneração dos sacerdotes
Escrito por: Torquemada (IP registado)
Data: 09 de December de 2003 23:21

CAMPANHA A FAVOR DA REPOSIÇÃO DO DÍZIMO

Vou liderar a campanha a favor da reposição do dízimo.
Por causa da inflação e dos impostos a pagar ao estado, vai mudar de nome e passar a ser o trintízimo (acrescido de IVA à taxa legal).
E dedutível no IRS. Penso em tudo - como sempre.
Alegra-te Gonçalves. Já viste quanto imposto a Igreja vai passar a pagar?

Torquemada
grão mestre inquisidor na reforma
ao vosso dispor em tomasdetorquemada@sapo.pt



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