Imaginem uma pessoa que vem ao fórum pela 1ª vez. Vê os tópicos e vê os assuntos.

Há uma grande probabilidade de escolher um tópico que lhe interesse e ver as últimas intervenções.

Vejam o que lhe acontece ao escolher este tópico: ou acha que há engano no Assunto indicado ou então pensa outra coisa qualquer.

Citação:

Camilo
"não há envolvimento sexual?
gerar um filho é o mais completo envolvimento sexual que pode haver, não há éenvolvimento fisico directo"

Camilo, nas técnicas de fertilização in vitro não há envolvimento sexual entre os progenitores biológicos.

Nem sequer nenhum contacto físico/ emocional ou mesmo psicológico, no caso de dadores anónimos.

Desconhecidos, portanto.

Pessoas que nunca se encontraram.

Fico extremamente perplexa por uma pessoa tão bem informada como tu desconhecer coisas tão básicas.

Agora, se achas que gerar e criar um filho que biologicamente é de outra pessoa é uma forma de adultério, só posso concluir que a adopção também tem de ser forçosamente uam forma de adultério.

católica praticante



Editado 2 vezes. Última edição em 18/07/2008 16:09 por catolicapraticante.

camilo

A violação de uma mulher, é uma situação de adultério?
Se desse acto abominável a mulher ficar grávida, o que distingue este acto do adultério que dizes ser praticado na FIV?

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

CP, está a confundir envolvimento carnal com envolvimento sexual.
O facto de serem desconhecidos é secundario.
Uma prostituta tambem desconhece geralmente o seu cliente. E normalmente também não há envolvimento emocional.
A reprodução humana é sempre um envolvimento sexual, na reprodução heterologa nas condições habituais o filho será de um dos elementos do casal e de um/a desconhecido/a. Diga-se que nalguns envolvimentos ocasionais tambem ocorre o mesmo, só que nesses casos existiu contacto fisico.
Pode existir contacto fisico e não surgir reprodução e pode surgir reprodução e não existir contacto fisico. Suponhamos então que alguém gerava intencionalmente um filho com outra pessoa, à traição do seu conjugue, sem existir contacto fisico. Isso era uma traição e um adultério, na minha opinião até mais grave que ter uma relação sexual extramatrimonial intencionalmente esteril.

Na adopção não se gera nenhum novo ser humano, acolhe-se uma criança que já existe. Além disso na adopção ambos os elementos do casal estão em igualdade de circunstancias, nenhum deles é progenitor da criança.

Lena, o que distingue a violação da FIV é a vontade. Não há valor moral nos actos sem existir liberdade, vontade. Francamente a tua comparação é totalmente desajustada do ponto de vista moral. É como comparar um assalto com arrombamento com um donativo voluntario. Não tem nada a ver.

Vitor, pode não existir traição porque é de mutuo acordo (se bem que esse mutuo acordo na intimidade do casal pode ter sido conseguido à custa de coações formidaveis). Mas é adultério. Conheço mulheres que foram pressionadas pelos maridos para se prostituirem. As que conheço resistiram e recusaram. Se elas tivessem aceite a proposta dos maridos não teriam cometido adulterio?
Teriam e explico porquê. O adulterio não é apenas a traição ao conjugue mas tambem uma infidelidade a um voto feito perante Deus. Mesmo que o conjugue queira que o outro/a cometa adulterio, tenha um envolvimento sexual com outro/a esse acto continua a ser moralmente reprovavel. Se aquelas mulheres tivessem aceitado prostituirem-se teriam pecado ou não?
Teriam pecado, não teriam cometido uma traição mas teriam cometido um adulterio.

Citação:

C
está a confundir envolvimento carnal com envolvimento sexual.

De forma alguma.

Repito, nas técnicas de FIV e na procriação heteróloga não existe:
1 _ Envolvimento sexual ( SEXO puro e duro - - aquele que é necessário para que nasçam crianças).

2 - Envolvimento físico de qualquer tipo / ou envolvimento carnal ( palavra esquisita, mas pronto)

3 - Envolvimento psicológico/emocional

4 - Envolvimento erótico , mesmo que platónico

Não existe nenhum tipo de ligação Entre o dador e a pessoa que recebe a doação de material biológico.

Como pode haver adultério???SE com estas técnicas até uam virgem pura pode conceber sem mácula ....
Enfim, é o preconceito.

Citação:

C
"na reprodução heterologa nas condições habituais o filho será de um dos elementos do casal e de um/a desconhecido/a. "

Precisamente . Não é apenas um desconhecido - é de uma pessoa anónima com quem nunca se teve qualquer contacto "carnal",sexual ou emocional.

Citação:

C
"Na adopção não se gera nenhum novo ser humano, acolhe-se uma criança que já existe. "

Tecnicamente , e seguindo a tua ideia de que criar um filho que não foi gerado biologicamente por um dos progenitores é adultério, então não há grande diferença.T
alvez a adopção não passe de um duplo adultério consentido .

católica praticante



Editado 1 vezes. Última edição em 26/07/2008 19:58 por catolicapraticante.

Isto é até engraçado... então camilo...

No caso das tentativas mal sucedidas de fertilização com esperma de um dador. não há concepção, não há qualquer tipo de envolvimento físico e emocional com o dito desconhecido.
Nesta situação há adultério?

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

CP, não há maior cego que aquele, neste caso aquela, que não quer ver. Depois de ter explicado claramente que é completamente adoptar uma criança que já existe a gerar um novo ser humano repete-me mecanicamente a mesma afirmação.

Contacto fisico, envolvimento emocional, são aspectos da sexualidade. A reprodução tambem, assim como é adulterio o envolvimento fisico com outra pessoa que não o conjugue é-o a reprodução heterologa.

Lena, há adultério nesse caso. Não disse Jesus que quem olhar com má intenção para outra pessoa que não o conjugue comete adulterio?
Basta a tentativa de conceber para ser cometido um adulterio, assim como basta alguem tentar seduzir e levar para a cama outra pessoa que não o conjugue para cometer adulterio, o facto de não conseguir os seus intentos não impede que tenha existido adulterio em ambos os casos.
Quanto a ser engraçado não partilho do seu sentido de graça, aliás é de mau gosto.

Adiante. Se uma mulher engravidasse por reprodução FIV heterologa contra vontade do marido (que por hipotese até pode nem ser esteril) seria adulterio?

De facto não tem graça nenhuma o que aqui se lê sobre os casais que de forma sincera e com muito amor desejam um filho. Nas suas consciências, bem mais puras que a de certos moralistas tacanhos, não há qualquer laivo de infidelidade. Recebem a oferta de um estranho com a mesma alegria de quem espera um transplante de medula.

Pode-se receber transfusões, transplantes, órgãos inteiros até de mortos do outro lado do mundo, mas esperma não. é adultério!!! Escândalo, pecado. sem salvação.

Pode-se usufruir das novas tecnologias, de novos medicamentos que melhorem o funcionamento do nosso corpo, que corrijam problemas incapacitantes. Tudo isso é aceite, excepto se estiver relacionado com sexo.
Ah mas aposto que o Viagra já pode...

Rio para não chorar...

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

agressividade



Editado 1 vezes. Última edição em 30/07/2008 18:17 por nick.

obrigado pelos elogios. Enfim, devolvo-os À procedencia, afinal não insultei nem julguei ninguem, apenas os actos, ao contrario de ti que me estás a insultar. Devolvo a medalha de moralista tacanho à procedencia.

Não há traição, infidelidade consentida há.
O filho não será dele e dela, será de um deles e de um desconhecido/a.

Vejo bem que não respondeste à minha pergunta, percebo bem porquê. Porque tornaria evidente a tua incoerencia.

Na doação de orgãos apenas estamos em questão nós proprios, o nosso proprio corpo, com a FIV heterologa criamos um novo ser. Ser que não é filhos dos 2 mas só de um.
Já agora se quiserem adoptar um embrião congelado não é infidelidade, é equivalente à adopção de uma criança já nascida.

Claro que com o viagra já pode, será filhos dos 2, não é?
E tambem podem fazer estimulação da ovulação e muitas mais coisas.

Camilo:
Há uma profunda falta de caridade e uma grave distorção sobre asexualidade humana na tua ideia de que a as técnicas de FIV significam um adultério.

Há também uma profunda incoerência na argumentação.
Em primeiro lugar, na FIV homóloga pode-se utiliza-se material genético do casal
( sem dador externo), O que a torna menos adúltera do que adoptar crianças.

Em segundo lugar, quando existe procriação heteróloga, tanto na FIV, como
na "adopção de embriões", a mulher acolhe no seu útero um embrião que já
está formado. A mulher "não gera"um embrião com um estranho.
Esse embrião é gerado numa caixa de Petri, num laboratório.
A mulher nem sequer tem contacto com o material biológico do dador, não
tem contacto com o esperma nem participa directamente no processo.O casal limita-se a acolher esse embrião resultante da sua vontade
expressa.

Reparem que essa vontade é do casal, ou seja também do marido, o que significa que o casal prefere ter uma criança que biologicamente é só da mâe, mas que emocional e afectivamente é dos os dois , pois vivem amorosamente todo o processo de gestação, de gravidez e parto, o que cria uma fortíssima vinculação emocional parental com a a futura criança.

Também no caso da adopção de embriões "congelados" há um homem estranho ao
casal que contribuiu biologicamente para a formação do embrião.
Só posso concluir que, para o Camilo, nos casos de adpopção de embriões
existe adultério e "infidelidadade consentida".Ainda por cima uma duppla
infidelidade.

Mas os "fantasmas" do Camilo são compreensiveis numa lógica machista em que a noção de controlo sobre o corpo das mulheres vale mais do que as lógicas do amor conjugal e da generosidade.
Uma lógica machista em que a noção de paternidade e o próprio conceito de virilidade podem se postos em causa se a mulher engravidar com o material biológico de outro homem.

Estas questões "psicológicas " e culturais devem ser tidas em conta nos
processos de decisão do casal no recurso a técnicas de PMA.
È minha convicçao que os casais inférteis que se submetem a estas técnicas se amam muito mais que outros casais que decidem ter filhos.

católica praticante



Editado 2 vezes. Última edição em 01/08/2008 08:01 por catolicapraticante.

[www.fundadores.org.br]

A Marcela não era anencéfala.

[txt.estado.com.br]

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Certo certo é que se tivessem levado o anterior diagnóstico em conta, a criança nem chegaria a respirar. O facto demonstra que se o diagnóstico não é seguro então que venha a criança ao Mundo. Vai e não vai ainda poderia(o que não foi o caso) viver, sei lá, 100 anos, Mesmo um, já está de bom tamanho. Por vezes as crianças com grave deficiência, não são só importantes pelo que vivem ou pela forma como vivem, mas por aquilo que fazem os outros viver. Tenho privado com pessoas com graves deficiências, mas que tem uma força de viver extraordinária, uma perseverança fora do comum e que acima de tudo isto, gostam de viver. O mais comum é vermos com antecedência as pessoas a julgarem que eles serão uns infelizes,que não vale a pena eles virem ao Mundo e não sei quê. Mas isso não corresponde à verdade. Estas pessoas gostam de viver. Querem viver. Mas é claro os Pais têm que aceitar o desafio. E quando o aceitam são pessoas que aceleram o seu crescimento como pessoas, porque lhes traz grandes desafios, que precisam de vencer.



Editado 2 vezes. Última edição em 06/08/2008 05:48 por vitor*.

Querem um desafio?
Trabalhem com autistas. Depois digam-me o que eles sentem.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Interessante não te dedicaste a rebater o que eu disse sobre :mais vale deixar viver se o diagnóstico não é fiável. Presumo que concordas.
Antes foste em frente com o problema dos autistas. Pergunto. Relembrando o problema da dignidade, não é igual a dignidade de uma embrião defeituoso e de um embrião completamente saudável ?É ? Será que é? Reflecte lá um bocado para pensar. Faz uma pausa come um kitkat e depois faz scroll down.










































































































Para mim são igualmente dignos, tal como os defeituosos que encontro na rua, são tão dignos como eu e de iguais direitos, que eu.
As pessoas que se advogam de liberalistas morais, e defensoras da dignidade humana e do direito à escolha, como um dos vértices dessa dignidade, acabam sempre por morder o rabo, com as voltas que dão.
Então porque se retira a hipótese a um de viver e a outro não? Não é falso que crianças defeituosas tem vidas tristes?
É, eu já o disse mas outros o poderão dizer.
Se os pais têm o direito de escolher, sim têm (ir ou não para a prisão por causa disso, é assunto que não me meto, mas para bem dos pais talvez fosse bom responderem perante a sociedade. As leis não foram incialmente feitas para seguir as pessoas, mas para que as pessoas sigam as leis.), mas também lhes deve ser dito, expressamente, que estão a ser cobardes, que essa não é atitude humanamente mais aceitável e que demonstram falta de Amor, para com quem iria nascer. Porque defeituosa ou não essa pessoa tem uma dinidade inteira, igual a mim e a qualquer ser. É pessoa.
Este não é o Mundo dos perfeitinhos, dos certinhos,em que só os perfeitinhos têm o direito de viver, em que só os brancos têm direito de viver, em que só os pretos têm do direito de viver. Impedir crianças defeituosas de vir ao mundo é sim uma espécie de xenofobia, porque as pessoas com deficiência impõem novos estilos de vida e novas formas de pensar a vida, uma nova cultura.
Relativamente aos autistas, os autistas sentem. Sentem felicidade, tristeza e outros sentimentos.Infelizmente têm uma zona afectada do cérebro(a parte anterior), que inibe a expressão desses sentimentos, a interacção com as pessoas. Mas já existem terapias que dão bons resultados, caso o problema seja detectado cedo. Os autistas amam os outros são capazes de se sentir amados, são capazes de mudar as vidas dos outros, só não o conseguem exprimir, relacionar-se.

Eu pessoalmente sou amigo do excelente e inimigo do óptimo.



Editado 4 vezes. Última edição em 06/08/2008 18:55 por vitor*.

Citação:

vitor*
As pessoas que se advogam de liberalistas morais, e defensoras da dignidade humana e do direito à escolha, como um dos vértices dessa dignidade, acabam sempre por morder o rabo, com as voltas que dão.

Está se referindo a si próprio? Porque parece que não se deu conta nem do assunto e nem da posição daqueles com quem discute.

Citação:

vitor*
As leis não foram incialmente feitas para seguir as pessoas, mas para que as pessoas sigam as leis.

Já é demais se isso é verdade para vc, e ainda temos de ler porcaria dessas apresentadas como argumento.

Citação:

vitor*
Então porque se retira a hipótese a um de viver e a outro não? Não é falso que crianças defeituosas tem vidas tristes? É, eu já o disse mas outros o poderão dizer. Se os pais têm o direito de escolher, sim têm (ir ou não para a prisão por causa disso, é assunto que não me meto, mas para bem dos pais talvez fosse bom responderem perante a sociedade. As leis não foram incialmente feitas para seguir as pessoas, mas para que as pessoas sigam as leis.), mas também lhes deve ser dito, expressamente, que estão a ser cobardes, que essa não é atitude humanamente mais aceitável e que demonstram falta de Amor, para com quem iria nascer. Porque defeituosa ou não essa pessoa tem uma dinidade inteira, igual a mim e a qualquer ser. É pessoa. Este não é o Mundo dos perfeitinhos, dos certinhos,em que só os perfeitinhos têm o direito de viver, em que só os brancos têm direito de viver, em que só os pretos têm do direito de viver. Impedir crianças defeituosas de vir ao mundo é sim uma espécie de xenofobia, porque as pessoas com deficiência impõem novos estilos de vida e novas formas de pensar a vida, uma nova cultura.

Esse discurso é dos mais falaciosos que já vi! Mascarando a si mesmo de "respeitador da dignidade dos defeituosos" mostra um desinteresse brutal com a dor do outro, pq mais vale vc cuidar da sua ideologia pessoal do que deixar-se tocar pelo sofrimento alheio. Longe desse seu mundinho cor-de-rosa, existe a realidade que uma pessoa com alguma patologia pode sofrer, e bastante. Em nenhum lugar aqui foi advogado o extermínio de portadores de deficiência, portanto é escusado esse seu discurso enganador. E se alguém com alguma doença ainda pode ser feliz, não significa que a doença é algo maravilhoso. O seu discurso é falso porque parte, não da preocupação com o outro, mas é principalmente centrado na defesa de uma ideologia. Começa dizendo sobre "pessoas" qdo nem há pessoas envolvidas, depois mistura tudo com xenofobia para tentar alcançar adeptos usando de um termo que não agrada ninguém. Enfim, uma verdadeira sopa fizeste.

Citação:

vitor*
Relativamente aos autistas, os autistas sentem.

Sim! É claro que eles sentem! Mas e vc? sente alguma coisa por eles?

Citação:

vitor*
Mas já existem terapias que dão bons resultados, caso o problema seja detectado cedo. Os autistas amam os outros são capazes de se sentir amados, são capazes de mudar as vidas dos outros, só não o conseguem exprimir, relacionar-se.

Parece-me que está a pensar principalmente em vc! Pois se os outros sofrem, existem terapias que podem fazer para que vc não precise nunca pensar em considerar outras opiniões. Não se estava a falar de alguma criança portadora de deficiência ser menos respeitada e amada, mas em lutar para que uma não precisasse carregar esse fardo toda uma vida apenas para satisfazer ao ego de um adulto insensível.

Vê como é desnecessário esse seu tom incriminador? Passa vc a réu bastante fácil.



Editado 3 vezes. Última edição em 06/08/2008 21:41 por firefox.

Citação:

vitor*
Interessante não te dedicaste a rebater o que eu disse sobre :mais vale deixar viver se o diagnóstico não é fiável. Presumo que concordas.

Se as análises feitas levantarem dúvidas pode-se sempre fazer novos testes. Seria o que eu faria, mas outro casal, outra mãe, pode ter opinião diferente.

Citação:

vitor*
Antes foste em frente com o problema dos autistas.

Falavas de desafios. Não conheço maior desafio do que aquele de tentar comunicar com um autista.

Citação:

vitor*
Pergunto. Relembrando o problema da dignidade, não é igual a dignidade de uma embrião defeituoso e de um embrião completamente saudável ?É ? Será que é? Reflecte lá um bocado para pensar. Faz uma pausa come um kitkat e depois faz scroll down.

Falas como se me conhecesses. Mas estás frio, muito frio.
Será que vês dignidade numa paramécia? Pois uma paramécia é um ser autónomo, um embrião nem isso é.

Citação:

vitor*
Para mim são igualmente dignos, tal como os defeituosos que encontro na rua, são tão dignos como eu e de iguais direitos, que eu.

Ninguém disse o contrário.

Citação:

vitor*
As pessoas que se advogam de liberalistas morais, e defensoras da dignidade humana e do direito à escolha, como um dos vértices dessa dignidade, acabam sempre por morder o rabo, com as voltas que dão.

Quem? Onde? como?
Isso foi um raciocínio ou uma descarga biliar?

Citação:

vitor*
Então porque se retira a hipótese a um de viver e a outro não? Não é falso que crianças defeituosas tem vidas tristes?
É, eu já o disse mas outros o poderão dizer.

Falam sempre das crianças. Há sempre tanta instituição que as apoia e às suas famílias, há campanhas de sensibilização com tanta gente colunável, mas esquecem-se sempre dos adolescentes e adultos que serão. É nisso que um pai e o uma mãe pensam quando sabem que aquela gravidez resultará numa pessoa com problemas graves - quem cuidará dele quando nós faltarmos? quem vai amar, mimar o meu filho(a)? Isto naqueles casos em que a esperança de vida não fica comprometida.
Quanto à felicidade que sentem em viver, acredito que muitos o sintam, mas é juízo que não sinto autoridade para fazer.

Citação:

vitor*
Se os pais têm o direito de escolher, sim têm (ir ou não para a prisão por causa disso, é assunto que não me meto, mas para bem dos pais talvez fosse bom responderem perante a sociedade. As leis não foram incialmente feitas para seguir as pessoas, mas para que as pessoas sigam as leis.), mas também lhes deve ser dito, expressamente, que estão a ser cobardes, que essa não é atitude humanamente mais aceitável e que demonstram falta de Amor, para com quem iria nascer. Porque defeituosa ou não essa pessoa tem uma dinidade inteira, igual a mim e a qualquer ser. É pessoa.

Será que só eu vejo a contradição?
Afirmas que a lei foi feita para ser seguida e não para ser mudada ao sabor do pensar das pessoas e questionas a validade da decisão de um casal cuja acção é válida perante a lei?!?
Embora te estejas a referir à Lei civil, a tua confusão acerca da génese e objectivo da Lei fez-me lembrar a conversa de jesus para os Fariseus.

Marcos 2:27 E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado.

Assim é a lei, qualquer uma, a lei foi feita para as pessoas.

Citação:

vitor*
Este não é o Mundo dos perfeitinhos, dos certinhos,em que só os perfeitinhos têm o direito de viver, em que só os brancos têm direito de viver, em que só os pretos têm do direito de viver. Impedir crianças defeituosas de vir ao mundo é sim uma espécie de xenofobia, porque as pessoas com deficiência impõem novos estilos de vida e novas formas de pensar a vida, uma nova cultura.

Nova descarga biliar? Tens de cortar nas gorduras...

Citação:

vitor*
Relativamente aos autistas, os autistas sentem. Sentem felicidade, tristeza e outros sentimentos.Infelizmente têm uma zona afectada do cérebro(a parte anterior), que inibe a expressão desses sentimentos, a interacção com as pessoas. Mas já existem terapias que dão bons resultados, caso o problema seja detectado cedo. Os autistas amam os outros são capazes de se sentir amados, são capazes de mudar as vidas dos outros, só não o conseguem exprimir, relacionar-se.

Sou mãe de alguém com uma síndrome do espectro do autismo, e tive muita sorte pois é dos tipos mais leves. Mas sei bem o que é não conseguir passar uma emoção, um sentimento.
Para ele não há gradientes, nuances, ponderações, é tudo muito dicotómico. Um perfeito fanático potencial. Um fanático pode ser feliz? (retórica, não precisas de responder) Nunca me imaginei a amar tanto um.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Citação:

Lena

Citação:

vitor*
Interessante não te dedicaste a rebater o que eu disse sobre :mais vale deixar viver se o diagnóstico não é fiável. Presumo que concordas.

Se as análises feitas levantarem dúvidas pode-se sempre fazer novos testes. Seria o que eu faria, mas outro casal, outra mãe, pode ter opinião diferente.

Citação:

vitor*
Antes foste em frente com o problema dos autistas.

Falavas de desafios. Não conheço maior desafio do que aquele de tentar comunicar com um autista.

Citação:

vitor*
Pergunto. Relembrando o problema da dignidade, não é igual a dignidade de uma embrião defeituoso e de um embrião completamente saudável ?É ? Será que é? Reflecte lá um bocado para pensar. Faz uma pausa come um kitkat e depois faz scroll down.

Falas como se me conhecesses. Mas estás frio, muito frio.
Será que vês dignidade numa paramécia? Pois uma paramécia é um ser autónomo, um embrião nem isso é.

Citação:

vitor*
Para mim são igualmente dignos, tal como os defeituosos que encontro na rua, são tão dignos como eu e de iguais direitos, que eu.

Ninguém disse o contrário.

Citação:

vitor*
As pessoas que se advogam de liberalistas morais, e defensoras da dignidade humana e do direito à escolha, como um dos vértices dessa dignidade, acabam sempre por morder o rabo, com as voltas que dão.

Quem? Onde? como?
Isso foi um raciocínio ou uma descarga biliar?

Citação:

vitor*
Então porque se retira a hipótese a um de viver e a outro não? Não é falso que crianças defeituosas tem vidas tristes?
É, eu já o disse mas outros o poderão dizer.

Falam sempre das crianças. Há sempre tanta instituição que as apoia e às suas famílias, há campanhas de sensibilização com tanta gente colunável, mas esquecem-se sempre dos adolescentes e adultos que serão. É nisso que um pai e o uma mãe pensam quando sabem que aquela gravidez resultará numa pessoa com problemas graves - quem cuidará dele quando nós faltarmos? quem vai amar, mimar o meu filho(a)? Isto naqueles casos em que a esperança de vida não fica comprometida.
Quanto à felicidade que sentem em viver, acredito que muitos o sintam, mas é juízo que não sinto autoridade para fazer.

Citação:

vitor*
Se os pais têm o direito de escolher, sim têm (ir ou não para a prisão por causa disso, é assunto que não me meto, mas para bem dos pais talvez fosse bom responderem perante a sociedade. As leis não foram incialmente feitas para seguir as pessoas, mas para que as pessoas sigam as leis.), mas também lhes deve ser dito, expressamente, que estão a ser cobardes, que essa não é atitude humanamente mais aceitável e que demonstram falta de Amor, para com quem iria nascer. Porque defeituosa ou não essa pessoa tem uma dinidade inteira, igual a mim e a qualquer ser. É pessoa.

Será que só eu vejo a contradição?
Afirmas que a lei foi feita para ser seguida e não para ser mudada ao sabor do pensar das pessoas e questionas a validade da decisão de um casal cuja acção é válida perante a lei?!?
Embora te estejas a referir à Lei civil, a tua confusão acerca da génese e objectivo da Lei fez-me lembrar a conversa de jesus para os Fariseus.

Marcos 2:27 E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado.

Assim é a lei, qualquer uma, a lei foi feita para as pessoas.

Citação:

vitor*
Este não é o Mundo dos perfeitinhos, dos certinhos,em que só os perfeitinhos têm o direito de viver, em que só os brancos têm direito de viver, em que só os pretos têm do direito de viver. Impedir crianças defeituosas de vir ao mundo é sim uma espécie de xenofobia, porque as pessoas com deficiência impõem novos estilos de vida e novas formas de pensar a vida, uma nova cultura.

Nova descarga biliar? Tens de cortar nas gorduras...

Citação:

vitor*
Relativamente aos autistas, os autistas sentem. Sentem felicidade, tristeza e outros sentimentos.Infelizmente têm uma zona afectada do cérebro(a parte anterior), que inibe a expressão desses sentimentos, a interacção com as pessoas. Mas já existem terapias que dão bons resultados, caso o problema seja detectado cedo. Os autistas amam os outros são capazes de se sentir amados, são capazes de mudar as vidas dos outros, só não o conseguem exprimir, relacionar-se.

Sou mãe de alguém com uma síndrome do espectro do autismo, e tive muita sorte pois é dos tipos mais leves. Mas sei bem o que é não conseguir passar uma emoção, um sentimento.
Para ele não há gradientes, nuances, ponderações, é tudo muito dicotómico. Um perfeito fanático potencial. Um fanático pode ser feliz? (retórica, não precisas de responder) Nunca me imaginei a amar tanto um.

Confesso que utilizei um tom, que não me agrada, mas devido a não ter feito a releitura como deve ser feita, saiu assim...A intenção do kitkat era fazer uma abordagem bem disposta e fazer mesmo reflectir. Peço desculpa por isso. Espero que não volte a acontecer. Não me agradam afirmações, como descarga biliar.
Acho que não era capaz de o fazer a ninguém. Mas isso sou eu.
Confesso que por agora não me apetece falar mais no assunto.
Não me agrada quando o diálogo escrito(principalmente o escrito, porque infelizmente pensamos, ou tomamos consciência do que falamos, mais lento do que falamos, mas pensamos mais rápido do que escrevemos), toma certos rumos e tons de escrita, por isso é melhor deixar amainar e depois a gente conversa.



Editado 4 vezes. Última edição em 07/08/2008 00:30 por vitor*.

Já agora parabéns pelo teu lindo filhote. E pelo desafio.