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Re: Referendo sobre o Aborto - Resultados e comentários
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 04 de March de 2007 20:16

Mas quem se admira?

Re: Referendo sobre o Aborto - Resultados e comentários
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 05 de March de 2007 04:53

Luís Gonzaga:

Como sabes, os partidos do e movimentos do não ainda não divulgaram integralmente as contas da campanha, mas dos dados provisórios que forneceram á CNE, sabemos que gastaram bastante mais que os movimento e grupos do Sim ( Partidos políticos incluídos).
Concordo contigo: os orçamentos do NÃO foram mais eficientes que o do SIM e, acrescento eu, sobretudo na angariação de fundos. Ou seja, nos recursos económicos, o não ganhou. É um dado adquirido.

Quanto á eficácia da campanha do não, não há dúvida que foi muitíssimo profissional( como resultado de um consistente investimento de $$$) muitíssimo estratégica, pensada ao milímetro e bastante faraónica em termos de gastos.
E por isso mesmo, a vitória do SIm é ainda mais reconfortante.

católica praticante



Editado 1 vezes. Última edição em 05/03/2007 05:02 por catolicapraticante.

Re: Referendo sobre o Aborto - Resultados e comentários
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 05 de March de 2007 06:58

A repetição de uma mentira não a torna verdade. Os dados conhecidos até agora, conhecidos tambem pela CP, mostram que no seu total os defensores do Sim gastaram cerca do dobro dos defensores do Não.

Com uma agravante. A maior parte do dinheiro gasto pelos defensores do Não veio de donativos privados (eu por exemplo devo ser um dos milionarios anonimos, embora tenha rendimentos inferiores ao Francisco Louçã que lançou essa atoarda). A quase totalidade do dinheiro gasto pelos defensores do Sim veio dos partidos e estes são principalmente financiados pelo dinheiro do estado (e por particulares interessados em ganhar favores do estado)

Re: Referendo sobre o Aborto - Resultados e comentários
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 05 de March de 2007 11:05

Camilo - não basta mentires repetidamente para que os teus pontos de vista sejam aceites.

Se tiveres dados diferentes dos que foram divulgados publicamente, é favor colocá-los on line.

Até lá tenho de acreditar nos dados da CNE: Todos os movimentos do «não» fizeram uma despesa de 630 mil euros. Só a Plataforma Não Obrigada», inscreveu 427.735 euros de despesas., o que ultrapassa largamente o financiamento dos movimentos do Sim.

católica praticante

Re: Referendo sobre o Aborto - Resultados e comentários
Escrito por: Paulo (IP registado)
Data: 05 de March de 2007 16:25

Cada qual acredita no que quer. Contudo reitero "QUe fizeram os movimentos pelo sim no sentido de apoiar as mulheres gravidas que pensam abortar?
NADA!!! Empurram-nas para o aborto.
E isso ninguém o poderá negar.

Re: Referendo sobre o Aborto - Resultados e comentários
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 05 de March de 2007 20:53

Só a Plataforma Não Obrigada», inscreveu 427.735 euros de despesas.

E só o PS inscreveu quase 600 mil euros, 598 mil euros para ser mais preciso. Pode-se ver a cópia aqui.

Se a isso juntarmos os 133.088 euros do Bloco de Esquerda, e 250.000 euros do Partido Comunista, como é que se pode dizer que o SIM gastou mais que o NÃO? Só os três grandes partidos que defenderam o SIM gastaram 981 mil euros! Catolicapraticante, como é possível afirmares que o NÃO gastou mais que o SIM, incluindo os partidos políticos? Os dados que aqui apresento estão no site da Comissão Nacional de Eleições.

Ou para essas contas não contam os partidos? É que nesse caso, não é justa a comparação, pois os movimentos do SIM quase não tiveram expressão.

Aliás, a notícia do Jornal de Notícias já fez as contas e revela que o SIM gastou mais do dobro que o NÃO. Podemos dizer o contrário, mas nesse caso, convém apresentarem-se provas. Os dados que retirei estão disponíveis

Luís Gonzaga

Re: Referendo sobre o Aborto - Resultados e comentários
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 05 de March de 2007 21:10

Caro luís Gonzaga:

Distingui claramente os movimentos cívicos do não e do sim, dos partidos políticos.

Quanto ás despesas e dotações orçamentais dos partidos políticos nesta campanha referendária, houve um certo equilíbrio.

O Não foi apoiado por um grupo de partidos minoritários: o PP, o PNR, o PPM, e PH, com dotações na ordem dos 80.000 Euros.

E Claro que nesta contabilidade pelo não tenho de contar o PSD, que apresentou uma conta de campanha de 500.000 Euros ( enquanto que o PS foi de 580.000 E), com a agravante de dizer que não fez campanha, embora não tenha feito outra coisa através do seu presidente. E foi um partido que gastou 500.000 Euros neste refrendo, dos quais 49.000 em alimentação ehotéis...! E de certeza que não os gastou em favor do Sim...

Em suma, se somaramos as contribuições partidárias, houve algum equilíbrio.
SE considerarmos os movimentos ditos da sociedade civil, o Não teve mais dinheiro.

católica praticante



Editado 2 vezes. Última edição em 05/03/2007 21:28 por catolicapraticante.

Re: Referendo sobre o Aborto - Resultados e comentários
Escrito por: Paulo (IP registado)
Data: 05 de March de 2007 23:34

O Sim foi apoiado por partidos minoritários.
Extrema esquerda - Bloco de Esquerda
Esquerda Ditadura do Proletariado - PCP
Esquerda - PS .

A grande diferença, é que o Não vai continuar a criar oportunidades para que as mulheres possam ter os seus filhos. O Sim apenas criou oportunidades para que as mulheres os possam matar.

Re: Referendo sobre o Aborto - Resultados e comentários
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 06 de March de 2007 09:35

Citação:
Paulo
O Sim foi apoiado por partidos minoritários.
Extrema esquerda - Bloco de Esquerda
Esquerda Ditadura do Proletariado - PCP
Esquerda - PS .

A grande diferença, é que o Não vai continuar a criar oportunidades para que as mulheres possam ter os seus filhos. O Sim apenas criou oportunidades para que as mulheres os possam matar.

Caso curioso... os partidos minoritários têm mais votos do que os maioritários. Acho que estão se esquecendo que o referendo já aconteceu e o Sim ganhou de lavada!

Re: Referendo sobre o Aborto - Resultados e comentários
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 07 de March de 2007 14:26

Ganhou de lavada? Aconselho a rever a percentagem de abstenção. E depois vemos se ganhou de lavada....

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: Referendo sobre o Aborto - Resultados e comentários
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 07 de March de 2007 14:27

Citação:
Paulo
A grande diferença, é que o Não vai continuar a criar oportunidades para que as mulheres possam ter os seus filhos. O Sim apenas criou oportunidades para que as mulheres os possam matar.

Concordo inteiramente. Mais verdade que isto é impossível.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: Referendo sobre o Aborto - Resultados e comentários
Escrito por: JoseDias (IP registado)
Data: 09 de March de 2007 00:02

Só p'ra católicos... Somos mesmo uma nódoa!
.
Hoje quero escrever para os católicos. Sei que nisto, como em tudo, não se pode generalizar e, portanto, não quero meter tudo no mesmo saco. Mas quero tomar consciência da responsabilidade que recai sobre os católicos como católicos. Nós somos injustamente acusados de muitas coisas pelos de fora e justamente censurados em tantas outras. Não o podemos ignorar. Sabemos assumir a nossa culpa e sabemos reagir contra a injustiça. Mas hoje quero falar para dentro.
Dizia S. Paulo, no passado domingo, que muitos se comportam como inimigos da Cruz de Cristo. Inspirado por ele, Eu digo isso de outra maneira: muitos comportam-se como inimigos da sua própria Igreja. Esses muitos são, no meu alcance, todos os baptizados na Igreja católica que, não tendo renegado a sua fé, se continuam, por isso, a chamar católicos: Católicos que pedem o baptismo para os seus filhos, católicos que querem educar os seus filhos na linha dos valores em que foram educados, valores que eles próprios não seguem, católicos que desejam contrair matrimónio na Igreja ou na igreja, católicos de missa ao domingo, alguns católicos de comunhão, alguns catequistas, festeiros e outros. Está dentro da Igreja a força negativa da própria Igreja. Acredito que os maiores inimigos não são os de fora, são os que estão dentro e que não andam nem deixam andar.
A liturgia do 2.º Domingo da Quaresma põe diante dos nossos olhos a transfiguração do Senhor. Ele, que se fez em tudo igual a nós menos no pecado, mostra-se, aos que já o conheciam na sua expressão humana, na realidade da sua condição divina, para manifestar à humanidade a riqueza da presença divina em cada um de nós. Riqueza essa que nos desafia à transfiguração interior e exterior. Todos nos apreciamos quando nos olhamos ao espelho; todos cuidamos da nossa imagem e todos gostamos que nos apreciem. Os outros são o espelho onde nos vemos reflectidos, ainda que alguns espelhos aumentem a imagem e outros a diminuam. A sociedade de hoje vive muito da imagem. E direi que não estará mal se tal apreciação for objectiva.
Cada um de nós, e a Igreja no seu todo, tem uma imagem diferente, conforme se observa de fora para dentro ou de dentro para fora. Em resposta à sua missão, a Igreja apresenta, tem de apresentar, a sua imagem real. Esta imagem é, muitas vezes, fictícia, qual máscara de Carnaval; esta imagem é, frequentemente, distorcida; outras vezes é mesmo uma caricatura; outras ainda uma pesada herança dos antepassados; só algumas vezes é a imagem real, ainda que, aqui ou ali, envergonhada, de um compromisso e uma entrega de vida, consciente do seu pecado, mas certa da ressurreição. Por isso, aos católicos compete fazer passar a imagem de Deus em cada um, de um Deus que quer as pessoas, a Igreja e a sociedade transfiguradas.
Perdemos uma grande oportunidade de dar uma imagem positiva ao nosso mundo, nós, os católicos, que até fomos acusados de ter dado a vitória ao sim, ao aborto. Sem rodeios! Aceito a verdade dessa acusação, quando reconheço que mais de noventa por cento da população deste país é gente católica porque baptizada, embora também aceite que a maioria não passa disso mesmo. É que só receberam o baptismo por causa da imagem! Mas, deixando esta maioria que, não querendo a Igreja, nos continua a incomodar pedindo sacramentos para os seus filhos, quero voltar-me para os que vão enchendo as nossas igrejas.
A Igreja não tem uma disciplina partidária que penaliza os que votaram contra a opinião imposta pelo partido. A Igreja tem princípios segundo os quais podemos formar a nossa consciência e agir, depois, de acordo essa consciência doutrinal e moral. Não é uma doutrina imposta mas uma doutrina proposta e acolhida na linha dos valores-suporte da humanidade, de ontem e de hoje, nesta terra ou naquela.
Não me lamento pela derrota, mas entristeço-me pela imagem suja que demos, pela imagem conspurcada que permitimos ser entendida como imagem de todo este país. Lamento a hipocrisia de tantos católicos que não se comportaram como cristãos, discípulos do mesmo Cristo, que assumiu a humanidade até às últimas consequências. Sujámos a cara da humanidade, escarrámos na imagem da nossa Igreja, lançámos mais poeira para as rugas da nossa sociedade envelhecida. Obrigados pela força moral da nossa consciência e da nossa fé a ter comportamentos transparentes, resultantes de ideias desempoeiradas, abdicámos daquilo que nos poderia engrandecer, e lavámos as mãos, em atitude cobarde, em nome de uma pseudo-defesa da mulher.
As cruzadas e a inquisição envergonham-nos, a colonização e a destruição de culturas tornaram-nos bárbaros, o fascismo e as ditaduras massacraram-nos, é verdade! Agora, em princípios do séc. XXI, no início do terceiro milénio, vemos a democracia invadida por uma imensa maré negra e somos esta Igreja que deixa uma nódoa enorme no seu historial.
E pensar que fomos nós, os católicos, por ausência ou por inconsciência culpada, os responsáveis por esta situação, quando nos pertencia apresentar ao mundo uma imagem lavada da Igreja, comprometida com a sua fé e com a missão de salvar a humanidade.

In Correio do Vouga

Re: Referendo sobre o Aborto - Resultados e comentários
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 09 de March de 2007 03:13

Citação:
entristeço-me pela imagem suja que demos, pela imagem conspurcada que permitimos ser entendida como imagem de todo este país. Lamento a hipocrisia de tantos católicos que não se comportaram como cristãos, discípulos do mesmo Cristo, que assumiu a humanidade até às últimas consequências. Sujámos a cara da humanidade, escarrámos na imagem da nossa Igreja

É verdade. Cartas de fetos e declarações desequilibradas de gente católica que queria excomungar todo mundo passaram uma péssima imagem. Incluindo o texto nodoso aí, cheio de ressentimento, nada faz para melhorar, muito pelo contrário. Se se comportar como cristão fosse essa lamúria de vingança reprimida todos fariam bem em deixar de sê-lo.

Re: Referendo sobre o Aborto - Resultados e comentários
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 09 de March de 2007 12:46

É tal como o aborto,também não faz nada para melhorar, muito pelo contrário. Permite apenas que a morte seja feita em condições de higiene e segurança para quem extermina. E a vergonha lá está em nos fazermos passar por uma coisa que não corresponde à realidade. Mas isso está à vista de qualquer um.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: Referendo sobre o Aborto - Resultados e comentários
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 09 de March de 2007 13:34

"À vista de qualquer um" não está mesmo! Senão o SIM não teria vencido de lavada.

Re: Referendo sobre o Aborto - Resultados e comentários
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 09 de March de 2007 13:52

Obviamente.

católica praticante

Re: Referendo sobre o Aborto - Resultados e comentários
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 10 de March de 2007 11:50

Citação:
firefox
"À vista de qualquer um" não está mesmo! Senão o SIM não teria vencido de lavada.
Está à vista sim. As pessoas é que gostam de fingir que não vêem. Obviamente!

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: Referendo sobre o Aborto - Resultados e comentários
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 11 de March de 2007 02:12

Em Aveiro reuniram-se pessoas de todo país empenhadas pela Vida e a Federação Portuguesa pela Vida (FPV) .

Desse encontro saiu uma declaração a 24/2/07: A Declaração de Calvão

Apresento-vos parte dessa Declaração, aquela que considero mais significativa para o debate

"(...)
3. A FPV e todos as entidades e grupos reunidos em Calvão vêm exigir desde já as seguintes medidas ao Governo de Portugal:

a) Atribuição de um valor fixo a cada mulher que deseje levar a sua gravidez a termo num montante, no mínimo, igual ao montante que o Estado pagará por um aborto

b) aumento da percentagem de financiamento das Associações/IPSS que acolhem mulheres grávidas ou crianças em dificuldade para 80%;

c) financiamento a 75% dos Centros de Apoio à Vida que fazem o acompanhamento de mulheres grávidas e famílias em dificuldade

d) o controle efectivo e transparente através de relatórios semestrais e públicos das condições e outras circunstâncias relevantes da prática do aborto legal nos estabelecimentos de saúde públicos e privados. "



(...)

5. A FPV congratula-se pela fantástica mobilização em torno da causa do " NÃO". De norte a sul do país, de forma voluntária e desinteressada, e apesar do clima mediático e político muito desfavorável, apareceram grupos plurais e espontâneos de pessoas que, batendo-se pelas suas convicções, deram uma lição de cidadania e de coragem cívica que tem ser reconhecida e salientada por todos.



6. A FPV entende ser importante canalizar esta explosão de energia para o surgimento e reforço das iniciativas de apoio à gravidez e à maternidade e, em geral, à vida em todas as suas fases.
Nesse sentido, a FPV desafiou os presentes nesta reunião de Calvão para que se empenhem agora na criação e na dinamização instituições de apoio à vida, estendendo a todo o território de Portugal o trabalho que, há muitos anos, é feito pelas instituições que compõem esta Federação. O contexto legislativo que se adivinha irá aumentar a exigência e dificuldade deste trabalho e constituirá um motivo acrescido de compromisso de todos nesta causa de civilização que é acabar com o aborto.



7. A FPV recorda que do referendo saiu um vasto consenso nacional quanto à necessidade de combater o flagelo do aborto, legal ou clandestino, e quanto à necessidade imperiosa de não banalizar o aborto como meio de planeamento familiar. Tanto o "Sim" como, naturalmente, o "NÃO" assumiram publicamente a intenção de tudo fazer para evitar essas situações e fazer com que o número de abortos em Portugal se reduza ano após ano."


Nota: o negrito é meu

Re: Referendo sobre o Aborto - Resultados e comentários
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 11 de March de 2007 15:38

Neste mundo que é imperfeito, compreendo UM «SIM» em favor do ABORTO porque:
Citação:
1 Jo 5, 19
E bem sabemos que somos de Deus, ao passo que o mundo inteiro está sob o poder do Maligno.

Mas num mundo futuro, que está prometido, vos asseguro que este problema não se põe porque não haverá lugar para mais abortos, porque:
Citação:
2 Pe 3, 13
Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos uns novos céus e uma nova terra , onde habite a justiça.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Referendo sobre o Aborto - Resultados e comentários
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 10 de April de 2007 14:41

( Recebi este correio do Brasil do padre Alex, que vou aqui colocar!)
****


USAR A INTELIGÊNCIA – UM DESAFIO URGÊNTE



Por Bosco e Eunides





Mal acaba de tomar posse e o ministro da saúde José Gomes Temporão vai tornando pública sua posição favorável à legalização do aborto, dando continuidade a uma política que vem de seus predecessores deste governo, mas que já dava suas primeiras investidas no governo anterior.



Este assunto atenta de tal maneira contra a racionalidade humana que chega a nos causar indignação ter que enfocá-lo. Mas, isto se torna necessário, diante da incoerência teimosa.



Nestes dias líamos artigo de um jornal no qual o colunista iniciava seu artigo exaltando a energia com que o novo ministro da saúde José Gomes Temporão abre o debate "sobre o direito da mulher interromper a própria gravidez". O articulista informava ainda que o ministro se diz favorável à mudança da lei (entenda-se, favorável à legalização do aborto) e que o tema seja decidido por um plebiscito.



Para o jornalista e o ministro proclamamos, nós, que este último tem sim, que ter muita energia para encarar e minimizar o sofrimento e humilhação de milhões de brasileiros pobres, de todas as idades, que enfrentam e às vezes morrem, nas filas e nos corredores de hospitais, para conseguirem uma consulta ou qualquer atendimento nos serviços de saúde pública.



Alertamos que falar em "direito da mulher interromper a própria gravidez", significa, em outras palavras e mais claramente, dizer que "é direito da mãe matar seu próprio filho"! E questionamos: isto pode chamar-se direito? É isto que querem as mulheres? Quais mulheres querem tal barbárie como direito? Promover o genocídio dos pequeninos é papel da maior autoridade da saúde?



O articulista faz referência ao "silencio maroto à palavra aborto" nos governos tucano e petista, mas é preciso ter clareza que nestes governos tivemos desastrosas experiências de ministros da saúde promovendo a morte através da tentativa da legalização do aborto e outras iniciativas. Talvez tenha razão quanto ao silêncio, porque a escalada da promoção do genocídio é cheia de falta de transparência, a começar pela terminologia – não se fala em matar um ser humano, mas em interromper a gravidez; não se fala em barbárie da condenação do inocente, mas se fala em direito e saúde da mulher e assim por diante.



Qual é a ética em que se baseiam os defensores da eliminação dos fragilizados? É a ética do poder econômico? É a ética que valoriza cada pessoa por sua utilidade, produção, força, poder? Nestas falsas éticas, a grande maioria da população é descartável! Nelas a forma de resolver o problema da pobreza é eliminando os pobres!



Seria muito bom se as pessoas com grande poder e com grandes espaços na formação da opinião pública, tivessem correspondentemente uma maior profundidade de reflexão e uma responsabilidade proporcional ao poder que exercem. Estas pessoas precisariam ter clareza de que a Justiça não é democrática; a legalização de um fato não o torna justo; o direito positivo que tem o poder coercitivo, pode se afastar da justiça e deteriorar o bem comum, a liberdade, a segurança. Saber que a paz caminha com a justiça (e com a lei quando o direito se aproxima da justiça). Se pensassem um pouco saberiam que o plebiscisto não é instrumento adequado para questões éticas! Mas também descobririam que ministro da saúde é para defender a vida e não a morte.



Mais ao final do artigo, o colunista adere ao chavão surrado de malhar a Igreja Católica. Na questão do aborto, a malhação é positiva para a Igreja. Apesar de colocá-la como instituição superada, não omite que ela é contra o aborto. Deixa transparecer, entretanto, com o raciocínio incoerente, que é exclusividade da Igreja Católica defender a vida da criança indefesa que habita o ventre da mãe! A igreja realmente o faz. Mas acreditar que é preciso ser igreja para defender a vida é subestimar a inteligência humana de toda a população! A vida é o bem maior de qualquer pessoa! Assim, eleger a defesa da vida como base de todo e qualquer direito, não é matéria de religião, é questão de racionalidade coerente!



Ser igreja é uma opção livre de cada pessoa. Ninguém deixa de ser cidadão, nem abdica do direito de expressar sua opinião, por ser igreja, por ter religião! Tentar desqualificar a Igreja ou a religião, seja ela qual for, é querer caçar a cidadania das pessoas que são igreja! Isto se chama totalitarismo!



Ser cristão implica desafios muito maiores! Quem optar, com seriedade por seguir o Mestre Jesus Cristo, há que aprender a amar o inimigo! Não oferecer a vida do nascituro em holocausto, mas doar a própria vida pelo outro! Isto é bem maior do que não matar o inocente, para que todos tenham direito ao bem primeiro de cada um – a vida.



Acreditamos que quando estas questões forem refletidas em maior profundidade, teremos ministros da saúde cuidando da saúde e da vida e não legalizando a morte.



E nós que somos Igreja, juntamente com todos os que não aposentaram a capacidade de pensar coerentemente, compreendendo a gravidade da investida contra a vida, ocuparemos todos os espaços como cidadãos, para defender do genocídio os pequenos não nascidos.




Em Cristo!



PE. ALEXSANDER CORDEIRO LOPES

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Desculpe, não tem permissão para escrever ou responder neste fórum.

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