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A Religião do Carpinteiro, o que fizeram dela?
Escrito por: Allah (IP registado)
Data: 23 de February de 2003 21:47

O CONCÍLIO DE NICÉIA

325 Depois de Cristo – É realizado o Concílio de Nicéia, província de Anatólia, na Turquia. Primeiro Concílio Ecumênico da Igreja, convocado pelo Imperador Constantino. Trezentos Bispos se reúnem para condenar o Arianismo – heresia que nega a Divindade de Jesus Cristo.

O momento decisivo sobre a doutrina da Trindade ocorreu neste Concílio, quando a igreja rejeitou a idéia ariana de que Jesus era a primeira e mais nobre criatura de Deus, e afirmou que Ele era da mesma "substância" ou "essência" (isto é, a mesma entidade existente) do Pai. Assim, há somente um Deus, não dois; a distância entre Pai e Filho está dentro da unidade divina, e o Filho é Deus no mesmo sentido em que o Pai o é. Dizendo que o Filho e o Pai são "de uma substância", e que o Filho é "gerado" ("único gerado, ou unigênito", João 1. 14,18; 3. 16,18, e notas ao texto da NVI), mas "não feito", o Credo Niceno, reconhece a deidade do homem da Galiléia, embora essa conclusão não tenha sido unânime. Os Bispos que discordaram, foram simplesmente perseguidos pelo Imperador Constantino.

OBS : Em 313 D.C., com o grande avanço da "Religião do Carpinteiro", o Imperador Constantino Magno enfrentava problemas com o povo romano e necessitava de uma nova Religião para controlar as massas. Aproveitando-se da grande difusão do Cristianismo, apoderou-se dessa Religião e modificou-a, conforme seus interesses. Alguns anos depois, em 325 D.C, no Concílio de Nicéia, é fundada, oficialmente, a Igreja Católica...

OS LIVROS RETIRADOS DAS SANTAS ESCRITURAS

Os quatro evangelhos canônicos, que se acredita terem sido inspirados pelo Espírito Santo, não eram aceitos como tais no início da Igreja. O bispo de Lyon, Irineu, explica os pitorescos critérios utilizados na escolha dos quatro evangelhos ( reparem na fragilidade dos argumentos...) : "O evangelho é a coluna da Igreja, a Igreja está espalhada por todo o mundo, o mundo tem quatro regiões, e convém, portanto, que haja também quatro evangelhos. O evangelho é o sopro do vento divino da vida para os homens, e pois, como há quatro ventos cardiais, daí a necessidade de quatro evangelhos. (...) O Verbo criador do Universo reina e brilha sobre os querubins, os querubins têm quatro formas, eis porque o Verbo nos obsequiou com quatro evangelhos”.

As versões sobre como se deu a separação entre os evangelhos canônicos e apócrifos, durante o Concílio de Nicéia no ano 325 D.C, são também singulares. Uma das versões diz que estando os bispos em oração, os evangelhos inspirados foram depositar-se no altar por si só !!! ... Uma outra versão informa que todos os evangelhos foram colocados por sobre o altar, e os apócrifos caíram no chão... Uma terceira versão afirma que o Espírito Santo entrou no recinto do Concílio em forma de pomba, através de uma vidraça (sem quebrá-la), e foi pousando no ombro direito de cada bispo, cochichando nos ouvidos deles os evangelhos inspirados...

A Bíblia como um todo, aliás, não apresentou sempre a forma como é hoje conhecida. Vários textos, chamados hoje de "apócrifos", figuravam anteriormente na Bíblia, em contraposição aos canônicos reconhecidos pela Igreja.

Segundo o Dicionário Aurélio, o termo Apócrifos significa :

" Entre os Católicos, Apócrifos eram os Escritos de assuntos sagrados que não foram incluídos pela Igreja no Cânon das Escrituras autênticas e divinamente inspiradas ". ( destaque nosso ).

Obs - Note que o próprio Dicionário Aurélio registra a expressão : " divinamente inspiradas ". Por que será ?

Maria Helena de Oliveira Tricca, compiladora da obra Apócrifos, Os Proscritos da Bíblia, diz: "Muitos dos chamados textos apócrifos já fizeram parte da Bíblia, mas ao longo dos sucessivos concílios acabaram sendo eliminados. Houve os que depois viriam a ser beneficiados por uma reconsideração e tornariam a partilhar a Bíblia. Exemplos : O Livro da Sabedoria, atribuído a Salomão, o Eclesiástico ou Sirac, as Odes de Salomão, o Tobit ou Livro de Tobias, o Livro dos Macabeus e outros mais. A maioria ficou definitivamente fora, como o famoso Livro de Enoch, o Livro da Ascensão de Isaías e os Livros III e IV dos Macabeus."

Perguntamos : Quais foram os motivos para excluir esses Livros das Santas Escrituras definitivamente ? Será que os "santos padres" daquela época se achavam superiores aos Apóstolos e mártires que vivenciaram de perto os acontecimentos relacionados a Cristo e ao judaísmo ? De que poder esses mesmos "santos padres" se revestiam a ponto de afirmarem que alguns Textos Evangélicos não representavam os ensinamentos e a Palavra de Deus ?

Existem mais de 60 evangelhos apócrifos, como os de Tomé, de Pedro, de Felipe, de Tiago, dos Hebreus, dos Nazarenos, dos Doze, dos Setenta, etc. Foi um bispo quem escolheu, no século IV, os 27 textos do atual Novo Testamento. Em relação ao Antigo Testamento, o problema só foi definitivamente resolvido no ano de 1546, durante o Concílio de Trento. Depois de muita controvérsia, acalorados debates e até luta física entre os participantes, o Concílio decretou que os livros 1 e 2 de Esdras e a Oração de Manassés sairiam da Bíblia. Em compensação, alguns textos apócrifos foram incorporados aos livros canônicos, como o livro de Judite (acrescido em Ester), os livros do Dragão e do Cântico dos Três Santos Filhos (acrescidos em Daniel) e o livro de Baruque (contendo a Epístola de Jeremias).

Os católicos não foram unânimes quanto a inspiração divina nesses livros. No Concílio de Trento houve luta corporal quando este assunto foi tratado. Lorraine Boetner ( in Catolicismo Romano ) cita o seguinte : " O papa Gregório, o grande, declarou que primeiro Macabeus, um livro apócrifo, não é canônico. O cardeal Ximenes, em sua Bíblia poliglota, exatamente antes do Concílio de Trento, exclui os apócrifos e sua obra foi aprovada pelo papa Leão X. Será que estes papas se enganaram ? Se eles estavam certos, a decisão do Concílio de Trento estava errada. Se eles estavam errados, onde fica a infalibilidade do papa como mestre da doutrina ? "

No inicio do cristianismo, os evangelhos eram em número de 315, sendo posteriormente reduzidos para 4, no Concílio de Nicéia. Tal número, indica perfeitamente as várias formas de interpretação local das crenças religiosas da orla mediterrânea, acerca da idéia messiânica lançada pelos sacerdotes judeus. Sem dúvida, este fato deve ter levado Irineu a escrever o seguinte: " Há apenas 4 Evangelhos, nem mais um, nem menos um, e que só pessoas de espírito leviano, os ignorantes e os insolentes é que andam falseando a verdade ". Disse isso, mesmo diante dos acontecimentos acima relatados e que eram de conhecimento geral.

Havia então, os Evangelhos dos Naziazenos, dos Judeus, dos Egípcios, dos Ebionistas, o de Pedro, o de Barnabé, entre outros, 03 dos quais foram queimados, restando apenas os 4 “sorteados” e oficializados no Concílio de Nicéia.

Celso, erudito romano, contemporâneo de Irineu, entre os anos 170 e 180 D.C, disse: "Certos fiéis modificaram o primeiro texto dos Evangelhos, três, quatro e mais vezes, para poder assim subtraí-los às refutações".

Foi necessária uma cuidadosa triagem de todos eles, visando retirar as divergências mais acentuadas, sendo adotada a de Hesíquies, de Alexandria; e de Pânfilo, de Cesaréía e a de Luciano, de Antióquia. Mesmo assim, só na de Luciano existem 3.500 passagens redigidas diferentemente. Disso resulta que, mesmo para os Padres da Igreja, os Evangelhos não são fonte segura e original.

Os Evangelhos que trazem a palavra "segundo", que em grego é "cata", não vieram diretamente dos pretensos evangelistas.

A discutível origem dos Evangelhos, explica porque os documentos mais antigos não fazem referência à vida terrena de Jesus.

Não é razoável supor que uma "palavra divina" possa ser alterada assim tão fácil e impunemente por mãos humanas. Que fique na dependência de ser julgada boa ou má por juízes e dignitários eclesiásticos.

Só me foi possível escrever este livro através dos conceitos que pude assimilar da obra Na Luz da Verdade, a Mensagem do Graal de Abdruschin. ( Segundo o Dic. Aurélio: Graal – Vaso Santo de esmeralda que segundo a tradição corrente nos romances de cavalaria, teria servido a Cristo na última Ceia, e no qual José de Arimateia haveria recolhido o Sangue que de Cristo jorrou quando o centurião lhe desferiu a lança ).

Allah

Re: A Religião do Carpinteiro, o que fizeram dela?
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 23 de February de 2003 21:50

Só não percebo uma coisa. Afinal a palavra divina é humana. Se é humana, para quê divinizá-la?

Re: A Religião do Carpinteiro, o que fizeram dela?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 23 de February de 2003 23:43

Este texto não é da autoria de Allah, nem de quem o pôs aqui, mas de Roberto C. P. Júnior. Curiosamente teve um "comentário" da Ana três minutos depois...

Hmmm...

É impressionante o facciosismo e falsidade deste texto. Porque usando dados correctos os relaciona de uma forma completamente distorcida. Acho muito estranho que alguém dê crédito a um texto destes...

Alef

Re: A Religião do Carpinteiro, o que fizeram dela?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 24 de February de 2003 05:14

«Afinal a palavra divina é humana. Se é humana, para quê divinizá-la?»

Duas perguntas teológicas de suma importância:

- Pode Deus revelar-Se de um modo não humano? Será/seria isso revelação?

- «Para quê divinizá-la»? Será o Cristianismo uma religião onde tem sentido a oposição entre humano e divino? Que significado tem a Incarnação para o caso? [Incarnação de quê/quem? Do VERBO!]


Alef

PS.: Ainda sobre o texto que iniciou este tópico, vale a pena ver o quadro gnóstico em que o autor se insere... Bem como o grupo a que pertence... Ver [www.graal.org.br]...

Re: A Religião do Carpinteiro, o que fizeram dela?
Escrito por: Susete Gonzaga (IP registado)
Data: 24 de February de 2003 20:59

Obrigado Alef, pela tua partilha de conhecimentos e saberes.

Susete

Re: A Religião do Carpinteiro, o que fizeram dela?
Escrito por: cristina (IP registado)
Data: 11 de March de 2003 18:46

Alef
Por favor quando tiveres um tempinho rebate este comentario ponto por ponto ....dentro dos conheciementos que tens . Isto que aqui está é muito grave , não basta responder assim à pressa , confunde e muito , e a historia do imperador constantino acho que devia ser melhor contada. É muitro falado este homem , foi o primeiro que misturou politica com cristianismo e ai perdeu-se o essencial . Não foi?Essencial que anda um pouco por aí disperço num mar de tradições. Não se faz guerra por cristo a guerra só é feita por causa da tradição. Essa dos 4 evangelhos .. .Mas afinal a tradição é importante ou não e porquê? bem a tradição já não é o que era está visto...
cristina

Re: A Religião do Carpinteiro, o que fizeram dela?
Escrito por: xalassadus (IP registado)
Data: 15 de March de 2003 16:11

De acordo com o texto, a igreja católica, foi fundada pelo Imperador Constantino, que na época, era um homem político, sem batismo cristão e possivelmente um pagão.

De acordo com as escrituras sagradas, Cristo pediu que Pedro seu apóstolo, homem de fé e cheio do Espírito Santo, batizado para a remissão dos pecados, edificasse a sua igreja.

Se não foi Pedro que fundou a igreja católica, onde está a igreja que Cristo pediu a Pedro para fundar?

Que relação existe entre a igreja de Constantino e a igreja, que Pedro fundou em Jesrusalém, a pedido de Cristo?

Se o papado, foi instituído, já dentro da igreja de Constantino, o Imperador, porque chamar Pedro de primeiro Papa da igreja católica?

Que conhecimentos tinha Constantino sobre Jesus Cristo e sua doutrina, para fundar uma igreja em nome de Cristo?

Porque os seguidores de Constantino: Papas, Bispos, Sacerdotes e religiosos católicos, se afirmam seguidores e apóstolos de Cristo?
será que o facto, de lerem o novo testamento, durante a missa, ja é suficiente para serem chamados de apostólos de Cristo?

Agora, compreendo melhor o porquê de tanta igreja cristã. Se um político pagão, homem sem fé, ditador, assassíno do seu próprio filho, fundou uma igreja em nome de Cristo e a expandiu pelo mundo fora, tornou-a um império de riquezas materias, porque um qualquer não poder fazer o mesmo, convertendo-se mais tarde, na hora da morte, como foi como Constantino?

Re: A Religião do Carpinteiro, o que fizeram dela?
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 15 de March de 2003 17:58

Xalassadus,

Não acredites em tudo o que lês, sem teres em conta a fonte. É claro que não foi o Imperador Constantino que fundou a Igreja Católica. O Imperador Constantino foi o (primeiro) Imperador Romano a decretar o Cristianismo como a religião oficial do Império Romano. É diferente.

O Cristianismo teve a sua origem em Jesus Cristo, e a Sua Igreja é criada "sobre" Pedro.

Luis



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