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perturbação mental e misticismo
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 21 de February de 2003 17:27

Acho particularmente fascinante a constatação de que o excesso de misticismo está normalmente associado a várias formas de perturbação mental e sintomatologia psiquiátrica grave...

Como definir as fronteiras?

As grandes experiências místicas são sintomas psicóticos?

De que forma as várias seitas e religiões ( assim como movimentos new age) se aproveitam e exploram a vulnerabilidade emocional e fragilidade psicológica das pessoas?

Reconheço o papel fundamental da igreja Católica e de muitos Padres - com sólida formação - no encaminhamneto de pessoas perturbadas e até em apoio terapêutico a essas pessoas..

Mas nem sempre isso sucede, sobretudo quando se está perante seitas , crendices e malabarismos vários e formas de religiosidade primária.

Re: perturbação mental e misticismo
Escrito por: cristina (IP registado)
Data: 21 de February de 2003 18:51

Para seu azar a pessoa que me levou à igreja catolica é medica e andou na especialidade de psiquiatria...em Coimbra . Azar , não é ? :)
Cristina ( a louca )

Re: perturbação mental e misticismo
Escrito por: carlos (IP registado)
Data: 21 de February de 2003 20:59

ana
Para começar (e acabar rapido): LOLOLOL
Para si tudo o que não for a sua particular visão do catolicismo é uma "forma primaria de religião".
Tambem acho muito "interessante" iniciar um tópico para recalcar a ideia de perturbação mental de outra pessoa.
Resumindo: a mente é como o pára quedas... ambos funcionam melhor abertos, e voce vai em queda livre.
Os protestantes não sabem amar, quem tem duvidas na sua fé tem perturbações mentais...
que mais virá a seguir?
Valha-lhe Deus!!!
Já pensou rever o seu comportamento?
Esse sim, parece um pouco perturbado!

PS: Não pretendo responder ao seu tipo de argumentação...... Over and out!

carlos

Re: perturbação mental e misticismo
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 22 de February de 2003 01:42

É interessante a incapacidade de debater em profundidade um tema que seria útil e pertinente debater....


A cristina anda a ser seguida por uma médica que "andou na especialidade de psiuiatrai". E conclui-a?
Encaminhou a cristina para a Igreja católica porque considerava essa visão da religião mais terapêutica?

quanto ao carlos, claro que a minha mente vai em queda livre - funciona muitíssimo bem.....:))
Você afirma que "Os protestantes não sabem amar, quem tem duvidas na sua fé tem perturbações mentais..."
Se de facto acha que ter dúvidas na fé equivale a ter perturbações mentais, talvez possa tentar explicar melhor este estranho raciocínio e contribuir de forma inteligente para o debate que propuz.


Como definir as fronteiras entre excessivo misticismo e perturbação psquiátrica grave, como delírios místicos e messiânicos e/ou alucinações auditivas e visuais???

As grandes experiências místicas são sintomas psicóticos?
Como definir a diferença?

De que forma as várias seitas e religiões ( assim como movimentos new age) se aproveitam e exploram a vulnerabilidade emocional e fragilidade psicológica das pessoas?




ana

Re: perturbação mental e misticismo
Escrito por: carlos (IP registado)
Data: 22 de February de 2003 02:47

ana
Só para esclarecer:
Quando me referi a "os protestantes nao sabem amar, quem tem duvidas na fé tem perturbações mentais", na realidade estava a cita-la a si ana. Tente lembrar-se do que escreveu, é certo que eu parafraseei mas o espirito era esse.
Espero estar enganado, mas duvido que haja grande participaçao neste tópico.

carlos

Re: perturbação mental e misticismo
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 22 de February de 2003 12:46

Desculpe, pode reproduzir, entre aspas a minha citação?
Onde está?


A frase é sua, pode explicá-la?

É natural que haja pouca participação..
O tema é demasiado complexo e exige algum esforço... mas nem por isso é menos pertinente...

Re: perturbação mental e misticismo
Escrito por: cristina (IP registado)
Data: 22 de February de 2003 16:27

Olá Ana

Em resposta às suas questões gostaria antes demais de lhe falar um pouco de mim e talvez depois me entenda melhor. Quando tinha 6 anos o meu padrinho explicou-me o aparelho digestivo e eu fiquei desconfiada achei aquilo tudo muito estranho. Para me certificar que era verdade engoli uma moeda de dois tostões e andei à porcura dela no bacio às escondidas sem ninguém saber. Fiquei feliz quando encontrei a moeda e acreditei no meu padrinho:).
O que lhe quero dizer com isto é que não costumo acreditar no que me dizem à primeira e sempre gostei de viver as situações para poder falar delas. Como lhe disse cresci num ambiente de "seita" e duvidei do que me disseram e saí. Neguei tudinho e até neguei a Deus , Deus me perdoe por isso. Virei-me para a ciência e a filosofia a tentar negar a existência de Deus . È claro que depressa descobri que me tinham enganado no liceu , que só me tinham dado uns parcos lamirés de teorias cientificas mal amanhadas como a de Darwin e falado de uns filosofos doidos barridos ( alguns) .Fiquei irritada e resolvi procurar eu a verdade , ouvindo os outros , lendo , estudando , observando o mundo.
No que respeita à area cientifica tenho a dizer-lhe o seguinte:
Se for dar uma volta pela historia da ciencia sabe muito bem que a ciencia já cometeu muitos e estupidos erros a começar pela honrosa matematica que durante anos nos apresentou os numeros inteiros e quando descobriram os numeros imperfeitos fizeram juras de morte para não dizer a ninguém. O mesmo aconteceu`ao absolutismo de Newton que caiu com as incertezas de Einstein. Ok? Acho que não é necessario ficar aqui a contar mais historias destas. Em relação à psiquiatria tenho a recordar_lhe que até hà bem pouco tempo ainda se faziam tratamentos por choques electricos aos pobres dos esquizofrenicos que sofreram atrozmente nas mãos dos psiquiatras. Mais valia se calhar o antigo sistema dos padres que lhes tentavam "espantar os maus espiritos " aproximando-os do fogo. quem sabe não era melhor ? já experimentou um choque desses ? acho que devia experimentar , deve ser uma experiência única , para recordar até morrer.
Mas vamos á actualidade. O que é facto é que se for ver a definição de saude mental tem lá tanta coisinha escrita , são tantos os elementos que definem o termo que tentar classificar alguém de normal ou anormal é deveras complicado. Certo? O que acontece é que nestes ultimos tempos se tem feito a divulgação das doenças do foro psiquiatrico de um modo abusivo e pouco esclarecedor promovido por multinacionais que pouco se estão a preocupar com os verdadeiros males das pessoas e estão mais preocupados com os famosos e gloriosos cifrões. O que acontece é que durante muitos e largos anos os doentes psiquiatricos eram facilmente identificados , pois eram situações extremas de comportamentos considerados aberrantes. Hoje em dia o que interessa é vender medicamentos e qualquer pessoa sofre disto ou daquilo. Quem sofre e não é pouco da cabeça são os psiquiatras porque tentam curar os individuos através de componentes quimicos como se nós fossemos unicamente um um conjunto de celulas agrupadinhas em função de instruções quimicas organicas. esta visão de ser humano é deveras pobre e redutora. Mas o que mais me enfurece é o facto de os pp psiquiatras saberam muito bem a origem de muitos mal estares dos seus doentes e em vez de os ajudarem a encontrar a origen dos seus medos , anseios e doenças psicosomaticas consequentes , receitam uns anti-depressivos e mandam embora que a consulta é só de uma hora e tempo é dinheiro.
Os psiquiatras em geral sabem muito bem que as pessoas em geral têm um medo que se não for tratado ( exorcisado) leva a outros medos que se misturam numa grande amalaga de paranoias e neuroses. O medo está na origem de todas as perturbações como disse e muito bem , e o medo da morte é o medo número um. Ora com o avanço da ci~encia e a incrivel negação da espiritualidade , as pessoas em vez de resolverem o seu medo da morte com Deus resolvem-no com o psiquiatara que farto de saber o que se passa lhe dá uns comprimidinhos para aliviar as tensões. O que faz efectivamente falta é um admitir que enquanto a ciência não nos der respostas para certas questões ninguém tem o direito de classificar certos fenomenos de anormais , ou disto ou daquilo , um verdadeiro cientista vê o facto e não lhe atribui nomes sem primeiro o conhecer . Assim aconselho-a vivamente que antes de tentar compreender o que quer que seja se liberte de ideias pre estabelecidas , de conceitos pre-elaborados e definições tiradas de alguns livros . com esse espirito determinista e catologador não se avança para lado nenhum , nem a ciencia nem seja o que for. quando se dignar a escutar sem preconceitos e com pura curiosidade talvez eu me digne a contar-lhe o que se passou comigo. Não estava a pensar que ia aqui contar os meus sinaizinhos para depois me dar atestado de idiota ou mal formada , pois não?A minha amiga a médica como lhe disse é amiga e não me faz acompanhamento psiquiatrico nenhum , somos dois seres curiosos que partilhamos as nossas experiencias com as quais abrimos a boca de espanto e as nossas mentes educadas com tanta ciencia cintilam de alegria por descobriri que há outras verdades. mas isto é só para quem tem o arrojo de procurar Deus em branco , para a queles que se fazem pequenos e humildes e dizem : Meu Deus não sei nada , ensina-me a conhecer-te . E olhe minha amiga Deus não nega nem nunca negou sabedoria a quem lha pede. Mistico ...fé , crença . magia e sonho, amor e fantasia não cabem em tubinhos de ensaio , vivem-se , sentem-se , escutam-se prescrutam-se aprendem-se... Perturbação mental ? Não me diga que não entende a diferença ... Já agora se tivesse um pouquinho de mais sensibilidade veria que o meu discurso não é de uma pessoa perturbada , pois não? Vá lá não seja assim tão limitada a outras verdades. Deus confunde a propria ciência , sabia ?
cristina

Re: perturbação mental e misticismo
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 22 de February de 2003 23:45

Cara cristina .
Lamento que os seus conhecimentos adquirido no Liceu, quer de filosofia, quer de ciências tenham sido tão limitados... e não tenham sido aprofundados... Pode continuar a procurar e verá que encontrará respostas interessantes....

Sobre a Psiquiatria, realmente houve uma considerável evolução a partir da década de 50 do século passado. Você afirma que seria preferível a abordagem medieval da doença mental, interpretada como possessão demoníaca... E que o exorcismo seria uma reposta a tais situações..
Infelizmente, tal abordagem não foi nada eficaz... Apesar de terem sido torturadas e mortas milhares de doentes mentais acusados de bruxaria, nem por isso a doença mental deixou de existir... E se o exorcismo resolvesse as doenças, os hospitais estariam fechados...

Isto porque a doença mental, tal como qualquer outra doença, tem uma base biológica provavelmente bioquímica e só com os novos fármacos se tornou possível controlar com eficácia alguma sintomatologia grave...
Esta ideia já vem do tempo de Hipocrates, curiosamente...
Quanto á elecroconvulsivoterapia, que você aconselha como uma excelente experiência, ela ainda se utiliza mas muito esporadicamente, quando todos os outros recursos terapêuticos não resultaram.
Claro que com a utilização de psicofármacos eficazes ( que você põe em causa), o recurso ao ECT foi sendo cada vez mais reduzido...

O medo da morte é um medo universal, experienciado por todas as pessoas e mesmo por todos os seres vivos, mas felizmente, apenas um reduzido número de pessoas apresenta doenças mentais... Alías, muitas pessoas que têm doenças mentais muito graves não têm medo nenhum da morte, antes a procuram através de comportamentos suicidários... As explicações simplistas não resolvem tudo...
Portanto a raiz da doença mental não está definitivamente neste medo, embora a Psicanálise tenha uma visão interessante sobre o assunto...


Mas quando fala de fenómenos que você diz não poderem ser classificados como anormais, o que quer dizer com isso?

A que fenómenos se refere?

Quais são as experiências místicas que lhe fazem "abrir a boca de espanto", a si e á sua amiga médica que a acompanha? Ou não serão experiências místicas?

Você afirma-se contra aciência.
BEm, antes da haver conhecimentos de física estruturados, todos os fenómenos naturais eram explicados mestafisicamente, como referência ao sobrenatural...
As estçoes do ano, as alterações climáticas, as marés, mas também todas as doenças e causas de morte do ser humano... Por exemplo, uma pneumonia... Hoje, temos capacidade d efazer o diagnóstico de uma pneumonia e de salvar um apessoas recorrendo a fármacos... Você é contra este tipo de abordagens? Acha que perante uma pneumonia devemos recorrer a rezas e a exorcismos e não usar fármacos?
Perante uma doença mental grave que conduz muitas vezes á morte, também se deve ter a mesma postura?


Por último, quais são as "outras verdades" a que se refere?



Desculpe, não tem permissão para escrever ou responder neste fórum.

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