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Re: Virgem Maria
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 25 de April de 2003 21:29

Cara Andréia:

É deveras lamentável que respondas a uma exposição feita com um certo cuidado com uma acusação gratuita, a “despachar”. Afinal, não respondes a nenhuma das minhas questões, limitando-te a acusar-me de eu ter preconceitos e de não querer assimilar nada (será “assimilar” “concordar”? “aprender”?). Nunca neguei ter preconceitos. Estou à espera de encontrar a primeira pessoa que não os tenha. Mas, embora com preconceitos, nunca me recuso ao diálogo. Só não percebo o que significa a tua acusação de que não quero assimilar nada...

Talvez a tua acusação fosse aceitável se estivesses imune ao preconceito e se não desses mostras de te fechar ao diálogo. Ora, mostras precisamente o contrário. Explico, cingindo-me a alguns exemplos.

Começo por algo terrível. Acho incrível, aterrador e anti-cristão o teu preconceito contra os muçulmanos:
Citação:
«Sobre os muçulmanos, islâmicos, disse não gostaria de estar lá pregando, pois são agressivos, MATAM, COLOCAM FOGO NAS CASAS DOS MISSIONÁRIOS. Não disse que não gostaria de estar lá porque eles são Filhos do diabo!».
Andréia, isto é elementar. Tu fomentas uma atitude de ódio, que nada tem de cristão. Os muçulmanos são filhos de Deus, como o és tu e eu. Não estás acima nem abaixo deles. Eles serão julgados por Deus segundo a sua consciência como tu e eu o seremos. O que dizes sobre os muçulmanos viola o maior dos mandamentos! Afinal, chamar-lhes “filhos do diabo” não é comungar da mesma raiz do fanatismo de que os acusas? E pensava eu que as Cruzadas e a Inquisição eram coisas do passado longínquo...

Digo ainda mais: implicitamente colocas Deus do teu lado e o diabo do lado deles. Tenho uma má notícia a dar-te: a tua atitude padece da mais perigosa das idolatrias, o mesmo tipo de idolatria que "conduziu" os americanos à guerra no Iraque. Coloca-se Deus do "nosso" lado e o diabo (ou eixo do mal, tanto faz) do lado deles. Demoniza-se o adversário e promove-se uma "guerra santa"... Afinal, fazes Deus à tua imagem e semelhança, ainda por cima com a manipulação da palavra de Deus. Isto, Andréia, é muito grave!

Acusas-me de preconceituoso, quando eu me limitei a defender o ponto de vista católico, como resposta a repetidas acusações gratuitas e, essas sim, preconceituosas, de que os católicos são idólatras. Acusas-me de não querer assimilar mais nada, mas nunca te retrataste dessas acusações depois de eu ter explicado até à exaustão que as imagens dos santos não são ídolos nem os católicos adoram imagens nem o culto dos santos é o centro da fé católica. Chegas ao absurdo de colocar “venerar” como sinónimo de “adorar”... Vives com uma caricatura dos católicos e preferes atacar a caricatura, não prestando a atenção devida à realidade. Isso é feio. A prova cabal é a tua última resposta: uma deliberada não resposta. Afinal, essa caricatura que tens dos católicos é também ela um complexo de preconceitos.

Outro exemplo é a tua acusação ao título “Mãe de Deus” ou “Theotókos”. Depois de eu ter explicado o que significa exactamente não voltaste a referir o assunto. Será por medo? E posso dar muitos mais exemplos de preconceitos ou de escolhas que se baseiam num preconceito e não num critério de tipo racional, por exemplo. Um desses exemplos é o sentido da palavra “irmão”. Sabes muito bem que no contexto semítico a palavra significa “parente”, tal como acontece hoje em muitas culturas, por exemplo, no Congo, onde todos os elementos da família alargada são “irmãos”. Mas preferes ler “à portuguesa” tal palavra, porque assim tens mais uma forma de te distinguir dos católicos. Mesmo que essa “tua” leitura signifique o absurdo de que Maria tivesse que ter uns 100 filhos ou que Maria tivesse uma irmã do mesmo nome ou algumas pessoas tivessem que ter duas mães... Pergunto: foi a “tua” exegese escolhida por critérios que não preconceituosos? Estás tu livre de preconceitos? Estás aberta ao diálogo? Atira então a primeira pedra!

Alef


Re: Virgem Maria
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 25 de April de 2003 21:59

Caro Hugo:

Respondo à tua mensagem de 13 de Abril.

O título de “Mãe de Deus” é uma tradução possível de “Theotókos” que significa “aquela que deu à luz Deus”. Isto é importante para responder ao teu tópico nº 2. Quando dizemos que Maria é Mãe de Deus nunca pretendemos dizer que Maria deu origem à natureza divina de Jesus, mas dizer que em Jesus não há qualquer divisão entre natureza divina e humana. Maria não é mãe só da natureza humana, como se o corpo de Jesus fosse um fato-macaco que o Filho de Deus vestiu; Maria é mãe de Jesus, que é inteiramente homem e inteiramente Deus. “Theotókos” é um título teológico sobre a identidade de Jesus, onde não tem sentido falar dos “avós de Deus” e por aí fora... O título “Theotókos” está ligado ao mistério da Encarnação, logo não tem sentido falar do equívoco de ser Maria a dar origem à natureza divina. Se assim fosse, não teríamos uma Encarnação mas uma teogonia. A Encarnação não é uma teogonia. Os Católicos são claros ao dizer no Credo que o Filho foi gerado, não criado... Não estranha que Lutero tenha aceitado o título “Theotókos”...

Dizes também que o título não tem sentido, porque não aparece na Bíblia. Bom, por si mesmo, o facto de não aparecer na Bíblia não proíbe que seja usado, se ele estiver de acordo ou sem contradição com a Bíblia. Nota que na Bíblia nunca aparece a palavra “Trindade” e, no entanto, esta palavra é fundamental para todos os cristãos! Contudo, o título “Mãe de Deus” até aparece confirmado na Bíblia por uma expressão muito próxima. Isabel diz a Maria: “E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?” Ora, nota que a palavra “Senhor” é “Kyrios”, a mesma palavra que no Novo Testamento traduz o hebraico “YHVH” (Yahweh, Yavé, Javé ou, questionavelmente, Jeová). Portanto, este título é mais bíblico do que possa parecer...

Alef


Re: Virgem Maria
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 26 de April de 2003 01:12

Andréia:

A minha mensagem anterior foi injusta numa coisa, pelo que te peço desculpa. É que, de facto, a referência ao diabo foi feita pela Ana Amorim e tu usas uma dupla negativa, sendo que eu apenas li o segundo “não”. As maiúsculas no «matam, colocam fogo nas casas dos missionários» e a crueza da expressão "filhos do diabo" facilitaram o não ver a dupla negativa. Portanto, não é verdade que tu digas que “os muçulmanos são filhos do diabo”, mas foi a Ana que interpretou a tua mensagem anterior atribuindo-te a ideia de que “os muçulmanos são a incarnação do diabo”. Folgo em ver que não disseste tal coisa literalmente e peço desculpa no meu erro de leitura. Na verdade disseste: «Não disse que não gostaria de estar lá porque eles são Filhos do diabo!» (realces meus).

De qualquer forma, o tom da tua mensagem anda próximo do radicalismo de tal hipotética afirmação, pois mantém-se a demonização dos muçulmanos. Vejamos:
Citação:
Sobre os muçulmanos... parece que não os conhecem. [...]. Ora, francamente! Eles matam crianças, jovens, mulheres, velhos.... "São, são muito bonzinhos...." [...] Acha mesmo que o Alá deles, apesar de o nome significar Deus é o mesmo Deus que criou o céu e a terra? Para começar a Torah nada mais é do que uma imitação muito falsificada da nossa Bíblia; o nome de Adão se tornou outro, de Eva se tornou outro... e acrescentaram coisas horrorosas que Deus não falou... Muito bonzinhos...
Andréia, será que podemos fazer este tipo de afirmações generalistas e demonizadoras? Não é esta linguagem que precede a da “guerra santa”? Será que os muçulmanos são mesmo como os pintas? Ou será isto preconceito? Costumo ir a uma missa onde às vezes preside um padre católico filho de um muçulmano e de uma família onde há muitos muçulmanos, de um dos maiores países muçulmanos do mundo (aliás, do maior). Estranho, não? Mas é verdade. É com um grande respeito que se tratam uns aos outros. Há muitos muçulmanos fanáticos, mas os fanatismos acontecem em quase todas as religiões, incluindo o cristianismo... Não há muitos séculos foram os cristãos a aniquilar pessoas de outras religiões, em nome de Deus... Em nome do mesmo Deus os cristãos mataram-se uns aos outros, nas chamadas "guerras das religiões", concretamente entre católicos e protestantes... No mínimo, seria bom que admitisses que os muçulmanos não são todos como os pintas, nem nós somos substancialmente melhores...
Finalmente, nota que a Torah não é o livro sagrado dos muçulmanos, mas dos Judeus. O livro sagrado dos muçulmanos chama-se Corão.

Reitero o meu pedido de desculpas pelo meu erro de leitura.

Alef


Re: Virgem Maria
Escrito por: Hugo Castro (IP registado)
Data: 26 de April de 2003 15:40

Nós cremos que Jesus era Deus também nos dias da sua carne mas não é por isso que vamos dizer que Maria é a mãe de Deus ou que Maria deu à luz Deus ou gerou Deus etc… porque isso é um erro que só serve para tornar aquela humilde serva de Deus escolhida para dar à luz o Filho de Deus (segundo a carne) como sendo a mãe do Criador!

A expressão "Maria deu à luz Deus" é um erro porque sempre alguém poderia dizer: Se Maria deu à luz Deus e sendo Deus constituido por três pessoas distintas então também o Espírito Santo encarnou no ventre de Maria (na verdade a Bíblia diz que o Espírito Santo gerou o Filho de Deus segundo a carne no ventre de Maria) ou que o Pai encarnou no ventre de Maria. Mas dizer uma coisa destas seria um erro. Também seria um erro dizer que Deus dormiu porque sendo Jesus Deus também nos dias da sua carne a Bíblia diz que ele dormiu (Mat. 8:23-24), mas dizer tal coisa é um erro porque Deus não dorme. Também seria um erro por Jesus além de homem ser também Deus chamar aos irmãos carnais de Jesus irmãos de Deus. Também seria um erro chamar a Davi "pai de Deus" porque sendo Jesus Deus a Bíblia chama a Jesus "Filho de Davi" visto que ele descendia segundo a carne de Davi. Da mesma forma também seria um erro sendo Maria mãe de Jesus segundo a carne chamar a Maria "Mãe de Deus". E poderia-se fazer muitos mais exemplos. Podemos dizer que Jesus como homem, isto é, segundo a carne é filho de Maria e José, Jesus como Deus não tem Pai nem Mãe e por isso devemos dizer apenas que Maria é mãe de Jesus. É preciso ter bom-senso quando se fala deste mistério da encarnação do Filho de Deus.

Não é necessário chamar mãe de Deus a Maria para defender que Jesus é Deus. Podemos defendê-lo com a sagrada Escritura que o confirma amplamente. Chamar a Maria mãe de Deus é criar um sofisma usando o mistério da trindade incompreensível ao entendimento humano para engrandecer uma criatura em vez do criador.

Esta doutrina de atribuir a Maria o título de "mãe de Deus" é mais uma dentre muitas formas de paganismo disfarçado de cristianismo que há na doutrina católica porque na realidade na mitologia pagã é que acontecia com frequência que alguma deusa fosse apresentada como mãe de um deus. Zeus, por exemplo, deus supremo, tinha por mãe a deusa Reia.

Sim a palavra trindade não vem na Bíblia mas o conceito de um Deus trino está amplamente expresso na Bíblia coisa que já não acontece com "Maria mãe de Deus" uma vez que a Escritura, que é inspirada por Deus, define Maria a mãe de Jesus; por isso, considerando que os que a chamaram assim falaram inspirados pelo Espírito Santo e criam que Jesus Cristo era Deus porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse, ninguém tem o direito de chamar Maria mãe de Deus

Por Isabel cheia de Espírito ter dito a Maria: "E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?" isto sustenta que temos o direito de chamar a Maria "mãe de Deus"?. Claro que não porque Cristo Jesus é o nosso Senhor mas não é o nosso Pai celestial, na verdade nós quando nos dirigimos a Cristo seja em cânticos como em adoração não o chamamos Pai, mas sim Senhor. Este era também o comportamento dos apóstolos de facto Paulo aos Coríntios diz: "Para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por ele nós também" (1 Cor. 8:6); e aos Filipenses diz: "Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai" (Fil. 2:9-11). Como se pode ver o apóstolo confessava com a sua boca que Cristo é o Senhor e não o nosso Pai celestial, de facto nestas Escrituras o Senhor Jesus Cristo é mencionado separadamente de Deus Pai. Portanto Isabel fez bem em chamar Maria, "mãe do meu Senhor", porque chamando-a assim reconheceu que aquele que estava no ventre de Maria era o seu Senhor (como era bom que os católicos fizessem o mesmo, mas preferiram antes reconhecer Maria como sua Senhora). Também nós afirmamos que Maria era a mãe do nosso Senhor, mas assim dizendo não atribuimos a Maria, nem culto, nem particulares e especiais cuidados mas dizemos somente a verdade a respeito dela.

Re: Virgem Maria
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 26 de April de 2003 19:03

Bem, parece que está a chover no molhado.

O título "Theotókos" tem uma razão e origem Cristocêntrica - existe para afirmar a união hipostática de Jesus Cristo: Jesus Cristo é uma Pessoa (divina) em duas Naturezas (divina e humana) unidas: sem separação ou divisão (contra a posição de Nestório que defendia a divisão e distinção das naturezas). "Theotókos" é afirmado por causa de Jesus Cristo e não de Maria.

Ora bem, isto remonta ao século V, Concílio de Éfeso (ano 431), em plena época Patrística. Toda a doutrina da época Patrística é aceite por todos os Cristãos: Católicos, Ortodoxos e Protestantes. Por isso Hugo, ao não aceitares o título "Theotókos", onde te situas no Cristianismo? Não estarás a seguir Nestório e a sua heresia?

Luis

Re: Virgem Maria
Escrito por: cristina (IP registado)
Data: 26 de April de 2003 19:17

Hoje fui a Fatima.

Logo à entrada estava escrito em letras bem gordas:


Local DE ADORÇÃO. Fiquei logo preocupada. Entrei na Igreja principal e andei a ver todas as talhas douradas esculpidas com uma atenção muito especial. Quem as fez de certo estava inspirado e acreditava no que fazia eram de uma rara beleza. retratavam os seguintes passos:
O anjo a falar com Maria, o nascimento de Jesus cristo , a Sua vida , morte e ressureição e tinham mais três só sobre Maria , rodedada de homens ( suponho serem os discipulos ) e a sua ascenção ao cèu . No final a coroação de Maria. Olhei para o abobada principal tinha a Maria a ser coroada por dois anjos e umas pinturas de uma mulher ( Maria )lindissimas como forma de luz a projectarem-se num vulto que suponho ser o do papa ou um bispo .
saí da Igreja. Cá fora as gravuras só representavam a vida de Cristo.
Andei mais um pouco e vi a seguinte tabuleta : Fatima luz e Paz.
Continuei fui até à capela do silência do santissimo. Estava eu a rezar -orar a Deus e sentou-se uma senhora perto de mim a rezar um avé-maria, na capela do altissimo. Sai da capela. No local onde apareceu Maria , vi o costume ,mulheres com joelheiras arrastando-se pelo chão. Doi-me o coração quando vejo aquilo. Virei-me para o lado direito , lá estava a imagem de Cristo muito pequenina dourada. Ninguem lhe prestava atenção . Enquanto todos prestavam atenção as freiras ( que falavam no altar) e dirigiam o olhar para a imagem de Fatima eu ajoelhei-me perante a imagem de Jesus cristo , fiquei la sozinha por um pouco de tempo. Levantei-me .Mesmo por tras dessa imagem estava a igreja com uma enormissima imagem da Virgem Maria, com os pastorinhos ao lado. Por baixo da enorme escadaria onde se celebram as eucaristias via-se numa fita verde as seguintes palavras:
jesus ressuscitou ,aleluia.

O Santuario para quem considera que Jesus Cristo é o principal , para quem só adora a Deus está muito mal decorado. Devia ter lá uma imagem de Jesus do tamanho da que esta no Rio de Jeneiro e uma bem pequenina da Virgem Maria...

Hugo tens razão , o Alef tem razão, todos temos razão se amamos a Deus e cada uma prestara contas a Deus n pelo que se faz ou diz mas de acordo aquilo em que acreditamos. A verdade é Jesus e Jesus amou e por muito que custe a um protestante devemos acolher os catolicos com amor e integramo-nos no seu meio. Os protestastantes sairam , têm de voltar e façam-se ouvir não pelo lado de fora mas dentro da propria igreja de Jesus Cristo Nosso Senhor. Porque por muito que vocês protestem só serão ouvidos quando retornarem à casa de Deus , falar e sair qual cristão ofendido e julgar os outros não é de todo cristão. voltem dobrem os joelhos diante de Deus e depois então sereis ouvidos e respeitados , sacrifiquem, a vossa mania de serem os donos da verdade e escutem outras verdadees porque algumas são grandes misterios que Deus só os revelará a seu tempo , quando bem entender. Milhares de igrejas e ceitas aparecem todos os dias uma verdadeira vergonha para um cristão . Que testemunhos damos nós de cristo se guerreamos entre nós? Voltem para a casa de Deus , se acham que têm razão façam como Jesus fez : venham para o templo conversar.
Cristina

Re: Virgem Maria
Escrito por: milene (IP registado)
Data: 26 de April de 2003 22:08

olha cristina, a minha experiência com a Virgem Maria foi diferente..

eu nunca fui muito devota de Nossa Senhora, achava q ela era uma grande mulher mas nada comparado com a grandeza de Jesus.

depois do crisma, fui crescendo um pouquito na fé: o Espírito Santo marcou-me com um desejo de Amor, depois foi conhecer a Misericórdia de Deus Pai..

chegou uma altura, perto do ano jubilar, q eu me apercebi q pouco conhecia Jesus.. e n sabia muito bem por onde começar, estava preguiçosa.

foi neste contexto q me encontrei com Nossa Senhora..

sabes, acho q ela é sempre tão discreta, que qdo nos dirigimos a ela, somos sempre encaminhados para Jesus "fazei tudo o que Ele vos disser"

por isso, sei q há mta tradiçãozinha pouco religiosa em Fátima, infelizmente, mas o relevo q se dá a Nossa Senhora remete-me sempre para Jesus. afinal, no centro do recinto, está o Sagrado Coração de Jesus, afinal, no centro da Avé Maria está o Nome bendito de Jesus..


a Virgem Maria foi uma prenda q o Senhor nos deu, para que nela encontrassemos mais um caminho para Jesus.. e foi-nos oferecida (pq oferecida a João e, por ele, a toda a igreja contemplativa) como um legado preciosíssimo, à beira da Santa Cruz "Eis aí a tua mãe!"

tua mana no amor de Cristo
milene

Re: Virgem Maria
Escrito por: cristina (IP registado)
Data: 26 de April de 2003 22:17

Milene

estive agora a ler a biblia à procura de Maria , pouco falam dela. Quase nada mesmo. Acabei lendo Lucas cap 11 versiculo 27. Uma mulher louvava as suas entranhas e Jesus respondeu : que isso não era de todo importante. Então senão é importante , mais uma razão para deixar o meu protestantismo de lado e continuar na Igreja Catolica. Maria é para mim uma presença silenciosa dificil de entender , mas acredito que Deus conhece bem a sinceridade do meu coração e que a seu tempo me revelará a verdade. E para já a verdade que encontrei foi esta:
-não julgar os outros , tentar entender , somos todos irmãos em Cristo Jesus e isso me basta.
É essa doçura com que falas que me encanta...
cristina

Re: Virgem Maria
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 27 de April de 2003 03:56

Caro Hugo:

Como já foi dito anteriormente e agora reiterado pelo Luís, o título “Mãe de Deus” ("Theotókos") é um título que é primordialmente e directamente cristológico e tem que ser entendido o contexto histórico em que ele apareceu. O Concílio de Éfeso não se reuniu para resolver uma questão mariana, mas cristológica (ou dogmática, sobre a natureza de Jesus Cristo). Embora a bibliografia sobre o assunto seja abundante, vou tentar resumir a questão.

I. O contexto histórico das definições dogmáticas. A Trindade.

Como saberás, embora a Bíblia suporte a doutrina da Trindade e da divindade de Jesus Cristo, levou muito tempo até que os cristãos fossem capazes de pôr em frases concisas aquilo em que acreditavam. O conceito não era certamente conhecido nem de Paulo nem de nenhum dos Apóstolos. O Novo Testamento denota até alguma confusão nas formulações. Por exemplo, a atribuição da “autoria” da Ressurreição oscila entre o Pai e o Filho... Foram precisos cerca de 300 anos para se chegar à definição do dogma trinitário tal como o recebem hoje todos os cristãos. Enquanto não chegámos à definição do Credo niceno-constantinopolitano muitas tentativas de formulações e muitas heresias apareceram, que não se podem explicar aqui, por agora: modalismo, adopcionismo, subordinacionismo... O concílio de Niceia (325) veio responder ao arianismo, que sublinhava a diferença entre o Pai e o Filho, levando a pensar que o Filho e o Pai não eram da mesma “substância”. Jesus não seria completamente Deus... E Ário tinha alguns argumentos bíblicos de peso (por exemplo, 1Tim 2:5: “Porque há um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo Homem” – ou “o homem Jesus Cristo”, noutras traduções...) Mas estava errada a sua leitura.
Estabelecida a relação entre o Pai e o Filho, permanecia o entendimento sobre o Espírito Santo, que também gerou grandes polémicas entre os cristãos. Foi preciso o Primeiro Concílio de Constantinopla para ficar clara a definição dogmática sobre a Trindade...

II. A questão da identidade de Jesus Cristo

Mas permaneciam muitas querelas sobre a identidade de Jesus Cristo, muitas vezes colocadas pelos problemas vindos da terminologia da filosofia grega: como podiam coexistir numa mesma pessoa uma natureza humana e outra divina? (humano-divino; temporal-eterno; infinito-finito; imortal-corruptível...) Pode haver união ou simples justaposição? Poderia o Jesus histórico ser omnipotente e omnisciente? Mas não teve que aprender como todas as crianças? Teria Jesus uma só vontade (humana ou divina?) ou duas?

III. Sinais bíblicos das disputas

A questão não era nova. Desde muito cedo se colocou a questão sobre a real identidade de Jesus Cristo. Os primeiros relatos a serem escritos foram sobre a Paixão e só mais tarde os relatos sobre as origens de Jesus. Por isso, mesmo os relatos bíblicos da Anunciação (ou anunciações, a Maria, a José, a Zacarias, aos pastores, etc) são textos teológicos e não pretendem primariamente fazer relatos de tipo jornalístico... De qualquer forma, estes relatos têm um objectivo muito claro: mostrar que Jesus é Deus e homem. As polémicas sobre a real natureza e identidade de Jesus começaram muito cedo e os evangelhos mostram nas entrelinhas já o aparecer dessas mesmas polémicas. Note-se que o Evangelho de Marcos começa com um título que é uma profissão de fé, tem um ponto central que é a confissão de Pedro e atinge o ápice quando o centurião repete a profissão do título: «Na verdade este homem era o filho de Deus». É uma resposta antecipada àquilo que viria a ser uma das grandes heresias dos primeiros tempos, o arianismo. O Evangelho de S. João mostra, por seu lado, um “ponto na agenda” contra os docetistas: estes achavam que Jesus era Deus mas não verdadeiro homem, pelo que a Sua a morte teria sido aparente. Contra esses João afirma claramente a morte inequívoca de Jesus (o lado trespassado), com uma declaração muito solene (Jo 19:35).

IV. Algumas heresias cristológicas famosas

a) Arianismo. Ário defendia que Jesus não era verdadeiro Deus. Ário tinha uma boa intenção: salvar a transcendência de Deus e o monoteísmo. Ele achava que era necessário não “abusar” das características divinas de Jesus, para que Deus permanecesse desconhecido, não condicionado e absolutamente único. Para ele a geração do Filho significaria uma limitação a Deus (Pai), que teria que gerar Alguém da mesma substância e pela Encarnação poderíamos dizer que conhecemos (vimos) Deus e isso é negado pela Escritura...
O Concílio de Niceia respondeu categoricamente a esta heresia, condenando-a, porque ela põe em risco a essência do Cristianismo.
Esta heresia é defendida pelas Testemunhas de Jeová... O que faz delas um grupo não cristão! Infelizmente em alguns meios teológicos, católicos e protestantes tende-se hoje a um neo-arianismo...

b) Apolinarianismo. Apolinário aceitava então que Jesus é Deus, mas que não pode ser completamente homem). Baseava-se ele no seguinte: não é possível que duas substâncias ou naturezas completas não se podem tornar numa só; por outro lado, o Espírito anularia a possibilidade de pecado, característica de todos os seres humanos, logo Jesus não podia ser completamente homem.
Também esta heresia foi justamente condenada, porque ultimamente cai no mesmo erro que a anterior: nega-se uma real Encarnação.

c) Nestorianismo (heresia relacionada com o título “Theotókos”). Nestório (Patriarca de Constantinopla) achava que era impossível a unidade numa só pessoa de duas naturezas distintas. Logo, a grande questão era a seguinte: Se Cristo é completamente Deus (contra Ário) e completamente homem (contra Apolinário), como se poderia pensar que fosse uma só pessoa? Nestório não estava sozinho, pelo que muitos outros tomaram uma posição semelhante (como os influentes bispos Diodoro e Teodoro). Alguns pensavam que a união do Verbo a Jesus seria apenas moral ou como se o corpo de Jesus fosse um templo do Logos... Ao contrário daquilo que veio a ser confirmado pelo Concílio de Éfeso, estas posições heréticas viam uma divisão interna em Jesus Cristo. Em Cristo haveria como que duas entidades separadas. O título “Theotókos” não foi inventado pelo Concílio de Éfeso. Ele já existia e foi Nestório que reagiu contra ele (tal como tu, Hugo!). Os argumentos são os mesmos que apresentaste: que uma criatura humana não podia gerar Deus, Deus não podia ter uma mãe. Por isso, Nestório propôs como alternativa o termo “Christotókos” (mãe de Cristo). O grande problema é que esta terminologia sugere a negação da unidade de Cristo.
Ora, o Concílio de Éfeso rejeitou e condenou tal heresia, reafirmando o uso do título “Theotókos” (uma prova de que o título já existia é que existia uma catedral em Éfeso com esse título). O título não é tanto um título sobre Maria (é-o secundariamente), mas sobre Cristo. Se Maria é proclamada como Mãe de Deus (Jesus Cristo como Deus) fica garantida definitivamente a unidade de Jesus Cristo, já que o filho é Deus, mas ela é humana.
Há agora que polir as objecções que fazes, que só teriam algum sentido se abstraídas do cerne da questão cristológica. Vamos então ao teu texto.

V. As tuas objecções (nestorianas):

1) "Mãe do Criador"? “Se Maria é vista como Mãe de Deus isso torna-a como sendo Mãe do Criador” (apesar das aspas, é uma paráfrase do teu 1º parágrafo). Respondo: não. Se prestares atenção ao contexto, verás que a questão é cristológica. O termo “Deus” refere-se ali à identidade divina de Jesus Cristo, não à Primeira Pessoa da SSma. Trindade. Na Teologia da Trindade sempre se distinguiram as propriedades, as processões e as missões... Não foi o Pai que encarnou nem o Espírito Santo morreu na cruz... Em contexto cristológico falar de “Theotókos” só se pode referir a Jesus Cristo!

2) Cindir Deus? «Se Maria deu à luz Deus e sendo Deus constituido por três pessoas distintas então também o Espírito Santo encarnou no ventre de Maria [...] ou que o Pai encarnou no ventre de Maria. Mas dizer uma coisa destas seria um erro». Claro que seria um erro e não é isso que o título diz. Maria não é Mãe do Deus-Trindade em sentido ontológico, se assim, no podemos exprimir, mas é mãe de Jesus que é Deus e não podemos cindir Deus. Afinal, a Teologia da Trindade diz que, embora com missões específicas, todas as pessoas estão presentes umas nas outras (pecorésis). Jesus é Deus e está sempre unido ao Pai e ao Espírito Santo. Distinguimos, mas não separamos.

3) "Os irmãos carnais de Deus" e a "Encarnação do faz-de-conta". «Também seria um erro por Jesus além de homem ser também Deus chamar aos irmãos carnais de Jesus irmãos de Deus». Em primeiro lugar, não tens nenhuma prova irrefutável de que Jesus teve irmãos carnais, como já se debateu noutras ocasiões. Em segundo, estás a sugerir uma divisão nestoriana de Jesus, que é errada, herética. Claro que com a Encarnação Deus fez-Se um de nós, fez-Se irmão, fez-Se filho, parente, membro de um povo. A Encarnação é isso mesmo! Deus não veio brincar à Encarnação, jogar ao faz-de-conta. Fez-Se um de nós! A Encarnação rompe com todas as visões e categorias cartesianas ou gregas!

4) A loucura da Encarnação e o "bom" senso. «É preciso ter bom-senso quando se fala deste mistério da encarnação do Filho de Deus.» Claro que é. Bom senso significa em primeiro lugar admitir que a Encarnação é verdadeira, real, não fictícia. Se o Verbo fez-Se um de nós, fez-Se totalmente, encarnou numa família concreta, teve que aprender uma língua e uma cultura concretas. Ou defendes uma visão aristotélica de Deus? Essa é incompatível com o Cristianismo! O mistério da Encarnação é uma loucura, pois. Deus faz-Se um de nós! Mas será bom senso não levar a Encarnação a sério? É claro que em Jesus Cristo Deus faz-Se filho, primo, parente, concidadão... Tudo isso! E tudo isso sem deixar de ser Deus!

Já agora faço uma pergunta difícil, desdobrada em várias: quem morreu no Calvário? Foi (apenas) a natureza humana de Jesus? Foi o Verbo de Deus? Terá sido Jesus Cristo Homem-Deus? Que aconteceu à Trindade no Calvário? Nada? Deixou de ser Trindade por um momento? Mas se o Filho morre o Pai deixa de ser Pai e não pode haver Espírito Santo (“rendeu o Espírito”). Não são questões que dão pruridos?

Contudo, estas questões são fundamentais para perceber a profundidade do problema relacionado com a “Theotókos”. O cerne da questão é o mesmo!

5) «Não é necessário chamar mãe de Deus a Maria para defender que Jesus é Deus. Podemos defendê-lo com a sagrada Escritura que o confirma amplamente. Chamar a Maria mãe de Deus é criar um sofisma usando o mistério da trindade incompreensível ao entendimento humano para engrandecer uma criatura em vez do criador». Nota, a questão de fundo não é simplesmente defender que Jesus é Deus. A questão é defender a unidade absoluta na pessoa de Jesus. Maria não dá origem ao Verbo, sabemo-lo bem, mas ao dizermos que é Mãe do Verbo Encarnado não deixamos margem de manobra para ver uma divisão interna em Jesus. Depois nota que o título não foi afirmado para engrandecer Maria, mas para reconhecer a unidade de Jesus Cristo. Que Maria tenha passado a ser mais “apreciada” depois de Éfeso é um facto, mas não foi para promover a devoção mariana que o Concílio se reuniu!

6) Maria e os mitos pagãos. «Esta doutrina de atribuir a Maria o título de "mãe de Deus" é mais uma dentre muitas formas de paganismo disfarçado de cristianismo que há na doutrina católica porque na realidade na mitologia pagã é que acontecia com frequência que alguma deusa fosse apresentada como mãe de um deus. Zeus, por exemplo, deus supremo, tinha por mãe a deusa Reia». Este argumento (muito desenvolvido por Harnack) está viciado em vários aspectos, um dos quais é o de confundir semelhança com dependência. Em primeiro lugar, há uma enorme diferença: Maria não é uma deusa, mas uma criatura. Depois, historicamente está visto que não houve continuidade directa entre os santuários à Grande Mãe ou a Reia e os santuários marianos. Houve um grande vazio no tempo. Por outro lado, basta ver que a Igreja foi muito clara em rejeitar algumas heresias que quiseram fazer de Maria uma deusa, como é o caso dos marcionitas e os colidirianos (século IV). Há uma independência histórica e estrutural entre os ritos pagãos às divindades femininas e a Maria. Se quiseres investigar mais sobre isto, talvez possas ver alguma bibliografia em Stefano De Fiores, Maria Madre di Gesù, Bologna 1993.

7) "Mãe do meu Senhor". A resposta/explicação que dás sobre o texto em que se refere as palavras de Isabel a Maria já aparece em [web.tiscali.it], de que fazes uma tradução. Contudo, continua a funcionar com pressupostos errados a que já aludi acima. Perguntas: «isto sustenta que temos o direito de chamar a Maria "mãe de Deus"?» E respondes prontamente: «Claro que não porque Cristo Jesus é o nosso Senhor mas não é o nosso Pai celestial». Ora, aqui há um pressuposto errado, que é o de que o título de Deus não tem relação directa com o de Senhor ou o de que o título de Deus só se refere ao Pai (logo, “Mãe de Deus” seria “Mãe da Primeira Pessoa da Trindade”). Estaria errado Tomé ao exclamar diante de Jesus «Meu Senhor e meu Deus»? Portanto, se a Bíblia não se contradiz a si mesma, o título de “Mãe do meu Senhor” significa também “Mãe do meu Deus”, caso contrário Tomé estaria a dizer uma heresia; pelo contrário, Jesus confirma o profundo acto de fé de Tomé. Jesus é Senhor e é Deus. Maria é mãe do Senhor, que é Deus.


VI. RESUMINDO E EM CONCLUSÃO:

Maria não é mãe de uma parte do Filho; não é mãe de uma natureza. Maria é mãe da pessoa de Cristo, que é divina! Maria é a Sua Mãe. Ela é mãe de toda a sua pessoa! Essa pessoa é divina! Maria é Mãe do Filho de Deus, “pelo qual foram criadas todas as coisas” (Jo 1:3). Logo, Maria é “Theotókos”. Negar isto é admitir uma cisão em Jesus Cristo e admitindo uma cisão em Jesus Cristo cai-se fora do Cristianismo! Este dogma é tão importante que é celebrado na Igreja Católica no primeiro dia do ano! É que se este dogma (da união de Jesus Cristo), tudo o resto se desmorona: só um Deus nos pode salvar e só pode ser salvo aquilo que é assumido, pelo que Jesus Cristo tem que ser inteiramente humano e inteiramente divino, sem separações!

Alef


Re: Virgem Maria
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 27 de April de 2003 10:12

Pequena errata:

Na mensagem anterior, na parte V, tópico 2), onde se vê "pecorésis", leia-se "pericorésis".

Na última frase da msg falta a forma verbal "cai", embora se perceba a frase. Leia-se então:
«É que se este dogma (da união de Jesus Cristo) cai, tudo o resto se desmorona: só um Deus nos pode salvar e só pode ser salvo aquilo que é assumido, pelo que Jesus Cristo tem que ser inteiramente humano e inteiramente divino, sem separações!»

Alef


Re: Virgem Maria
Escrito por: cristina (IP registado)
Data: 27 de April de 2003 16:06

alef

Vou imprimir e ler tudo muito devagar e visitar os lincks que recomendas.. Vai ser o meu trabalho de casa este mês. Hoje fui à missa e o padre disse que este mês era dedicado a Maria. apanhei um susto daqueles. Acho que a minha dedicação vai ser estudar sobre ela para ver se começo a rezar sem medo que me caia o tecto da casa em cima.
Tu és incansavel e muito dedicado. Agradeço a Deus a tua presença aqui:)

cristina

Re: Virgem Maria
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 28 de April de 2003 09:28

Cristina:

Se a devoção mariana do "Mês de Maio" te causa algum tipo de reacção menos benigna (perfeitamente compreensível dado o teu "background"), não te "massacres", não forces, não vás por aí. Para ser católico não é obrigatório o culto mariano. Mas fazes bem estudar e ler e meditar como e com Maria. Naturalmente e sem violência descobri-la-ás como companheira de caminhada, alguém com quem podes aprender a guardar a palavra de Jesus e a pô-la em prática. Esta é a grande bem-aventurança de Jesus sobre a Sua Mãe... E descobrirás também que Jesus não é um tirano que meta no inferno quem venerar e gostar da Sua Mãe... Não seria um absurdo?

Alef


Re: Virgem Maria
Escrito por: cristina (IP registado)
Data: 28 de April de 2003 13:35

Alef

Há alguma possibilidade de me enviares os textos que aqui escreveste sobre Maria , para o meu e-mail? Gostava de os imprimir e dar a ler a umas certas pessoas. Acho que estão muito bem.
Se for possivel optimo, senão estudo e faço o resumo.
cristina

Re: Virgem Maria
Escrito por: Andréia (IP registado)
Data: 28 de April de 2003 14:35

Meus queridos, não entendo por que me interpretam tão mal...

1) Não agredi ninguém quando digo para ler a Palavra, pois ela traz revelação e como é importante conhecer as Escrituras (Mt 22:29). Essas palavras são um conselho e eu as veria como um bom conselho. Por que vê-la como uma acusação? Afinal, essa é uma ordenança de Deus. Concordo que só teremos a revelação plena quando formos para a Glória do Pai, mas a cada leitura Deus revela algo diferente, mesmo em um mesmo texto. Isso é sobrenatural e muito gratificante. Qual o mal em aconselhar alguém a ler as Escrituras Sagradas?

2) Alef, obrigada por concordar que nunca, jamais disse que os mulçumanos são filhos do diabo. Releiam o contexto das minhas palavras: "Sobre os muçulmanos... parece que não os conhecem. Eles acham que somente eles tem a salvação, todos nós somos condenados. Por isso acreditam que quanto mais filhos do diabo matarem mais virgens estarão esperando por eles no além... " (20/02/2003)
Como está citado, eu disse que eles acham que NÓS somos filhos do diabo. Sobre a citação do livro, sim, eu citei errado e nem percebi. O livro deles é o Corão.

Quando falei dos mulçumanos, falei em sua generalidade. Na verdade são os xiitas que agem da maneira que falei. Eles são inflexíveis. Talvez os mulçumanos que conheceste fazem parte de outra linha, uma linha menos rígida. Mas quando disse que eles matam por sua fé, em nome de Alá, todos sabem. As torres gêmeas foram destruídas e milhares de pessoas morreram. Muitos morrem em atentados com homens bombas. Muitos missionários, católicos e protestante são queimados vivos todos os dias em suas casas. Quando alguém se converte ao cristianismo, são expulsas de casa, são rejeitadas, torturam e matam seus filhos na sua frente para que eles voltem aos islamismos. O que digo não é mentira, se quiseres provas, pesquise sobre os missionários naquela região.

É uma pena ter tirado o pedido de desculpas por ter me insultado, pois mesmo eles fazendo isso, nunca os chamei de "filhos do diabo". Eles são pessoas enganadas, e muitas vezes , a maioria é forçada a agir dessa maneira. Deus os ama, como ama vocês, como me ama e o Espírito de Deus geme e está a procura de pessoas para pregar nesses lugares, pois como hão de louvar ao Deus verdadeiro se não há quem pregue? (quando disse que não gostaria de pregar nesses lugares, digo como humana, mas minha vontade não é a de Deus e se Ele queser que eu vá para lá, ancunciar o Evangelho, irei, pois Ele me deu esse ministério, e onde me mandar irei).

Quando uma pessoa tem pré-conceitos, ela está em dificuldades para assimilar conceitos diferentes do que elas aceitam como verdadeiros. Ao ler a Palavra de Deus devemos nos limpar dos pre-conceitos, pois devemos aceitar que os conceitos verdadeiros estão contidos na Palavra de Deus, porém, muitos a tem como uma alegoria, e por isso não tem desejo de ler para que o Espírito de Deus revele a verdade. Pois Jesus disse que Ele é a verdade, e no príncípio, ele era o verbo, ou seja, Ele estava sendo revelado através das Escrituras do Antigo Testamento e se fez carne e habitou entre nós para tomar nossas transgressões para si e nos purificar. Essa mensagem do Evangelho é tão profunda, mas, infelizmente algumas pessoas enfeitam com outras coisas tão secundárias, as fazendo primordiais. O centro da Bíblia, tanto o Antigo quanto o Noto testamento é a pessoa de Cristo. É a salvação através dEle. A comunhão com Deus que seria restaurada através dEle. A remissão dos pecados do homem, que seria possível através da fé em Cristo Jesus e o arrependimento dos pecados. A Nova Vida, pois é impossível dizer que está em Cristo, se não há renovação de entendimento, se não há mudaça em nossas vidas. é necessário preder a vida mundana na cruz do calvário, juntamente com a morte de Cristo e ter uma vida espiritual, longe de pecados, e finalmente a evangelização de todas as nações, pois essas bênçãos maravilhosas devem ser espalhadas por todo o mundo.

Cristina e Milena,

Estão sendo muito prudentes em examinar as Escrituras. Certamente Deus falará com vocês. Deus esteja iluminando seus pensamentos e mostrando-lhes a Sua vontade.
Estou muito feliz em ver que procuram estar caminhando na verdade.

Grande abraço.

Re: Virgem Maria
Escrito por: cristina (IP registado)
Data: 28 de April de 2003 18:34

Andreia

Acabei por me rir . Olha só as tuas contradições:

Primeiro criticas os mulçumanos pk são doidos barridos e até se deixam matar pela sua fé , são radicais e tu no fim dizes que farias o mesmo que eles , se Deus te pedisse ias para lá. Então qual a diferença entre eles e os que para lá vão?

Numa segunda ideia apresentas os protestantes como amigos , catolicos e protestantes andam lá a ensinar a palavra , tem ambos missionarios . Mas depois esqueces essa ideia facilmente e vês que os mulçumanos são aqueles loucos que precisam do nosso Deus e rematas dizendo : mas Deus os ama assim como ama vocês ( como se pertencessemos ao grupo dos mulçumanos).

Oh ....Andreia , pensar um bocadinho antes de escrecer e lê melhor os artigos do Alef , lê duas vezes se não entenderes à primeira , estuda , não leias à pressa.

Os catolicos são cristãos , quando entendes isso? Amamos a Jesus Cristo que consideramos filho de Deus , o pp Deus como vocês fazem . Afinal porquê tanta discussão?

paz de Cristo
cristina

Re: Virgem Maria
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 28 de April de 2003 18:46

Andréia:

Nada de especial a objectar desta vez, concretamente no que diz respeito à importância da sagrada Escritura para os cristãos e no papel central de Jesus Cristo. Só não percebi a seguinte frase: «É uma pena ter tirado o pedido de desculpas por ter me insultado». Não retirei qualquer pedido de desculpas, pois ele continua lá bem claro, no princípio e no final da mensagem. Pedi-te desculpa por erradamente te ter atribuído uma afirmação tresloucada, mas reafirmei que, mesmo assim, fizeste afirmações tendencialmente segregadoras e demonizadoras (eles, os maus, etc.). Disseste agora que falaste da generalidade. Pois, foi foi sobretudo contra essa generalização que eu me pronunciei.

Alef

PS.: Nunca mais disseste nada sobre o título "Mãe de Deus" ("Theotókos"). Será que depois de toda a exposição do tema os teus argumentos continuam válidos? Será que os católicos são mesmo os cristãos de segunda ou terceira categoria (idólatras!) que as tuas mensagens e as de tantos websites de apologética protestante querem fazer crer?
Entretanto, lembro apenas que uma outra Igreja igualmente antiga no tempo, a Ortodoxa, tem uma enorme devoção a Maria. Será que foi necessário esperar 15 séculos (e no caso de muitos grupos, 19 ou 20 século) para se descobrirem os verdadeiros cristãos?


Re: Virgem Maria
Escrito por: Hugo Castro (IP registado)
Data: 28 de April de 2003 19:46

>> "Será que os católicos são mesmo os cristãos de segunda ou terceira categoria (idólatras!) que as tuas mensagens e as de tantos websites de apologética protestante querem fazer crer?"

Visto que os católicos prestam culto às mais variadas personalidades (Nossa senhora e os santos) são idólatras que precisam se arrepender e crer de todo o coração em Cristo, embora se digam cristãos.

O culto, por sua própria definição, significa adoração, e deve ser rendido só ao Criador. Jesus mesmo disse: "Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele renderás culto" (Mateus 4:10).

O culto da criatura humana é sempre idolatria, e a mãe de Jesus é uma criatura humana. Além disso, quando se invoca Maria chamando-a "esperança e advogada", se demonstra uma evidente falta de fé em Jesus Cristo.

Quando se ajoelha diante de alguem, se ora a ele, o se invoca, se confia nele para a sua salvação eterna, o se leva em procissão religiosa, o se levanta nos altares, isto não é simples "veneração", mas verdadeira adoração, e quando se adora uma criatura em vez de o Criador, cai-se no pecado de idolatria.

Para nos convencermos que não basta mudar os nomes para mudar as coisas, não há nada melhor que ler esta oração de São Bernardo (1090-1153), onde ele fala de Maria exactamente nos mesmos termos que os Evangelhos atribuem a Jesus Cristo:

"Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria. Seguindo-A, não te transviarás; se Ela te sustenta, não cairás; se Ela te protege, nada terás a temer; se Ela te conduz, não te cansarás; se Ela te é favorável, alcançarás o fim.". Nenhum cristão verdadeiro diria tal coisa.

>> "Entretanto, lembro apenas que uma outra Igreja igualmente antiga no tempo, a Ortodoxa, tem uma enorme devoção a Maria. "

Já no tempo dos apóstolos eram pregadas várias heresias, já Paulo dizia aos cristãos que "que depois da minha partida entrarão no meio de vós lobos cruéis que não pouparão rebanho, e que dentre vós mesmos se levantarão homens, falando coisas perversas para atrair os discípulos após si." (Actos 20:30) E também: "Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm a sua própria consciência cauterizada, proibindo o casamento, e ordenando a abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos com ações de graças pelos que são fiéis e que conhecem bem a verdade; (1 Tim 4:1)


>> "Será que foi necessário esperar 15 séculos (e no caso de muitos grupos, 19 ou 20 século) para se descobrirem os verdadeiros cristãos?"

Não, os verdadeiros cristãos sempre ouveram durante os séculos desde Cristo até aos nossos dias embora não pudessem confessar publicamente a sua fé sob pena de ser presos ou queimados na fogueira. A nossa doutrina evangélica é muito mais antiga que a doutrina católica, visto que ela esta toda contida na Bíblia Sagrada portanto ela tem a idade da Bíblia sagrada, a doutrina católica ja nao se pode dizer o mesmo pois foi sendo feita ao longo dos séculos pelos homens tendo alguns pontos como por exemplo o DOGMA DA IMACULADA CONCEIÇÃO que foi necessário esperar dezoito séculos e meio para que a Imaculada Conceição ingressasse oficialmente no credo católico romano. Data: 02 de fevereiro de 1849. Ou o dogma DOGMA DA ASSUNÇÃO DE MARIA que foi declarado a 1º de novembro de 1950, pelo papa Pio XII

Re: Virgem Maria
Escrito por: Hugo Castro (IP registado)
Data: 28 de April de 2003 19:56

Para que não fiquem dúvidas porque parece que não entenderam, eu creio que Jesus Cristo, o Filho de Deus é a Palavra feita carne e assumiu a natureza humana no ventre de Maria virgem, por conseguinte tem duas naturezas, a divina e a humana por isso é chamado verdadeiro Deus e verdadeiro homem. (Luc., 1:27,35; João 1:14). A isto não há necessidade de acrescentar mais nada nem de atribuir títulos seja a quem for para não ir além do que está escrito.

Pelo que percebi os teólogos católicos raciocinam da seguinte maneira sendo Jesus além de homem Deus se Maria deu à luz Jesus então pode-se dizer que Maria é mãe de Deus "Theotókos". Afirmar uma coisa destas não é correcto, é uma falta de prudência, porque se esquece que Jesus tem características humanas resultantes da sua natureza humana que não devem ser imputadas a Deus. Aqui os católicos a afirmar isto atribuem arbitráriamente uma característica humana de Jesus que é ter uma mãe a Deus.

Jesus Cristo tendo duas naturezas, a humana e a divina consequentemente tem características humanas e divinas. E estas características não podem ser misturadas nem confundidas sob pena de surgirem as maiores aberrações.

Vejamos alguns exemplos de características humanas de Jesus:

- Tinha uma mãe porque para ter uma natureza humana teve necessidade de nascer de um ser humano,
- Tinha um Pai José
- Tinha irmãos (ou sobrinhos)
- Cansava-se porque tinha um corpo humano sugeito a limites,
- Dormia porque tinha um corpo que se cansava e tinha necessidade de repouso,
- Jesus como homem tinha necessidade de comer e beber porque tinha um corpo igual ao nosso.

Portanto ter uma mãe, pai, irmãos, cansar-se, dormir comer e beber são características de Jesus como homem e não como Deus, são características que resultam da natureza humana de Jesus porque sabemos que Jesus além de Deus era também homem.

Agora, sabendo isto, não se pode pegar nestas características humanas de Jesus e associá-las a Deus, isto é, não se pode pegar em Maria e dizer que ela é a mãe de Deus, pelo facto de Maria ser a mãe de Jesus e ele nunca deixar de ser Deus nos dias da sua carne ou dizer que José é pai de Deus pelo facto de ser pai adoptivo de Jesus e ele nunca deixar de ser Deus ou dizer que Deus dormiu pelo facto de Jesus enquanto dormia nunca deixar de ser Deus, ou dizer que Deus se cansava pelo facto de Jesus quando se cansava nunca deixar de ser Deus porque uma questão de bom-senso e para não surgirem aberrações. Repito Jesus tinha uma mãe, um pai e irmãos, dormia cansava-se porque além de Deus era também homem.

Dizer que maria é a mãe de Deus é atribuir uma característica humana de Jesus resultante da sua natureza humana de forma arbitrária a Deus.

Jesus "nasceu da descendência de Davi segundo a carne" (Rom 1:3), mas por acreditarmos que Jesus é Deus além de homem não vamos dizer que Deus nasceu da descêndencia de Davi, porque essa é uma característica que diz respeito à natureza humana de Cristo que não deve ser atribuída a Deus. "Dos quais [dos Israelitas] é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém" (Rom. 9:5). Cristo é Israelita mas apesar de Cristo ser inteiramente humano e inteiramente divino, sem separações, nós não devemos dizer que Deus é Israelita porque ser Israelita é uma característica humana de Cristo que não pode ser atribuida a Deus. Nestas passagens de Paulo percebe-se que ele sabia isto e quando fala tanto da descêndencia de Cristo como do facto de ele ser Israelita ele realça que isso é segundo a carne não atribuindo essas características a Deus mas a Cristo. Da mesma forma Jesus ter como mãe Maria também é uma característica que diz respeito à natureza humana de Cristo ou dito de outra forma Maria é mãe de Jesus segundo a carne, por isso não vamos dizer que Maria é mãe de Deus porque não é correcto e não convém, dizemos sim que Maria é mãe de Jesus Cristo, embora nós acreditemos que Jesus também é Deus. Espero ter sido claro e que compreendam o que quero dizer

Dizer que maria é a mãe de Deus é atribuir uma característica humana de Jesus resultante da sua natureza humana de forma arbitrária a Deus.

A Bíblia diz que Jesus como Filho do homem (Filho do homem porque nasceu segundo a carne de uma mulher) era pouco menor do que Deus, conforme o que está escrito nos Salmos: "Pouco menor o fizeste do que Deus" (Sal. 8:5).

Portanto Jesus como homem era pouco menor do que Deus, esta é outra característica de Jesus como homem.

Certamente, toda a vez que falamos da natureza humana que assumiu o Filho de Deus embora permanecendo Deus todos os dias da sua carne, reconhecemos falar de uma coisa que não compreendemos plenamente.

Conclusão não se podem atribuir características humanas de Jesus que resultam da sua natureza humana a Deus pelo facto de Jesus além de homem ser também Deus.

Além do mais se ainda restassem algumas dúvidas sobre se seria correcto ou não chamar a Maria mãe de Deus, basta irmaos à Bíblia que é palavra de Deus e lá Maria é sempre definida como mãe de Jesus apesar daqueles que escreveram a Bíblia creram que Jesus era Deus e que nunca o deixou de ser. João no seu evangelho nem sequer diz o nome da mulher em quem o verbo encarnou porque na verdade o importante não é saber em quem o Verbo encarnou mas saber que encarnou e se fez homem e cumpriu o plano de redenção de Deus sofrendo a morte pela culpa de todos homens sendo por isso o único Salvador.

Agora fazendo só referência por alto a duas ideias que li neste tópico:

O apóstolo Paulo conhecia perfeitamente o conceito de trindade existem muitos textos de Paulo (mas também em todo o Novo Testamento) que citam as três pessoas da divindade. Aqui ficam alguns Romanos 15:16, 30; 2° Coríntios 1:21, 22; Efesios 2:18. Portanto o novo Testamento revela-nos Deus como Pai, Filho e Espírito Santo.

Quanto à ideia que só no velho Testamento é que era proibido representar Deus e que depois de Cristo ter encarnado isso já seria possível eis o que diz o apóstolo Paulo: "Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos, E MUDARAM A GLÓRIA DO DEUS INCORRUPTÍVEL EM SEMELHANÇA DA IMAGEM DE HOMEM CORRUPTÍVEL, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Pelo que também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem os seus corpos entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente. Amém" (Rom 1:22-25). E também o mesmo apóstolo faz a seguinte declaração em Atos 17.29: "Sendo nós pois geração de Deus, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens"


Se o título atríbuido a Maria de "Mãe de Deus" não é para engrandecer Maria os títulos de "Nossa Senhora" "Rainha dos Céus", "Rainha da Paz", "Mediadora", "Intercessora" e "Advogada dos pecadores" "Mãe da Igreja" etc. são para engrandecer quem? Que objectivo tem atribuir todos estes títulos a uma mulher simples e humilde que não é nada dessa coisas que dizem dela. Porquê esta obsessão dos católicos por Maria quando ela disse referindo-se a Jesus "fazei tudo quanto ele vos disser" (João 2:5) e Jesus disse "aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração" (Mat 11:29). Nós honramos Maria porque a consideramos bem-aventurada entre as mulheres (não sobre as mulheres) por ter sido escolhida por Deus para fazer nascer neste mundo o nosso Senhor e Salvador segundo o propósito de Deus estabelecido antes da fundação do mundo mas não vamos além disto, não a idolatramos porque sabemos que ela é um ser humano ao mesmo nível que nós sendo nossa irmã na fé e assim como ela também nós somos bem-aventurados porque conforme disse Jesus "bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus, e a observam." (Lucas 11:28). Mas vós desonrais Maria associando-a a um ídolo mudo que milhares de pessoas idolatram desviando-se da verdade, atribuindo-lhe esses títulos heréticos que pertencem a Jesus Cristo e dizendo coisas de Maria que não são verdade como a sua assunção ao céu em corpo e alma à semelhança de Jesus Cristo, que Maria na sua vida nunca pecou porque nasceu e viveu livre do pecado coisa que não é verdade porque o único que viveu sem pecar foi Jesus Cristo, a sua capacidade de ouvir as orações e interceder pelos homens, Maria não tem poder algum de fazer alguma coisa em favor dos homens que vivem sobre a terra, honrai Maria dizendo toda a verdade a seu respeito e não mais mentiras.

Re: Virgem Maria
Escrito por: Andréia (IP registado)
Data: 28 de April de 2003 20:05

Cristina,

Não estou entendendo onde viu que eu me contradisse. Acho que não deve ter entendido bem o que eu escrevi.
Dissestes que eu disse: "Primeiro criticas os mulçumanos pk são doidos barridos e até se deixam matar pela sua fé , são radicais e tu no fim dizes que farias o mesmo que eles , se Deus te pedisse ias para lá"

Porém, eu disse que eles agem dessa forma, matando missionários em nome da fé e fazendo atentados em várias nações dizendo ser em nome de Deus; disse também que não tenho vontade de EVANGELIZAR lá por esses motivos, mas se Deus quisesse que eu fosse EVANGELIZAR lá eu iria, pois a minha vontade é fazer a vontade de Deus. JAMAIS DISSE QUE FARIA O MESMO QUE ELES. (as letras estão maiúsculas para frisar, não estou "gritando", tá?)
Te aconselho a ler novamente meu texto, com mais atenção.

Alef,

Sobre "Maria ser mãe de Deus"... eis meus comentários.

A trindade é um mistério de Deus. Nós, com nossas mentes limitadas não podemos entender a profundidade desse mistério enquanto Deus não nos der o corpo glorificado, dia em que seremos transformados.
Por esse motivo, não devemos ousar tirar conclusões que não estão contidas nas Escrituras Sagradas. A Bíblia se interpreta a si mesmo, basta conhecê-la por completo e não tirar nenhuma conclusão baseada em apenas um versículo.
O que ela diz é que Jesus já exitia, juntamente com Deus, antes da criação do mundo. Isso nem eu, nem você, nem ninguém pode negar. Jesus é Deus, juntamente com o Espírito Santo, que também exitia antes da criação. Trindade misteriosa!
Partindo dessa afirmativa, é impossível que uma criatura, como Maria, seja "mãe do Deus", pois essa afirmação a torná-la maior do que o Criador, afirmação, portanto, muito perigosa, mesmo sendo explicado que esse "Deus" diz respeito só a pessoa de Jesus. Sabemos que Maria foi mãe de Jesus 100% homem, ou seja, do corpo natural, mas de Jesus 100% Deus, não, pois já sabemos que Ele exitia antes dela.
O fato é: Maria é filha de Deus, não mãe de Deus. Se é filha de Deus, por que ousar dizer que ela é mãe de Deus? Só porque foi abençoada por Deus sendo escolhida para ser mãe de Jesus e criá-lo?
Por esses motivos, que são muito fortes, nós protestantes, continuamos protestando contra essa denominação a uma criatura. Maria foi uma mulher espetacular, mas devemos tomar muito cuidade para que a "veneração" não fique com cara de "idolatria" pois é isso que não deve acontecer JAMAIS. Vocês podem dizer que o que fazem é honrá-la, venerá-la, mas os atos não correspondem a essas palavras, portanto a palavra "venerar" e "idolatrar" acaba tendo o mesmo significado.
O mesmo refiro-me às pessoas santas que foram usadas por Deus na terra, como Abraão, Isaque, Jacó, José, Moisés, Paulo, Pedro, Tiago, João, etc, etc, etc, cuidados e cuidados devemos ter para não dar honra maior a eles do que ao Criador.

Andréia.

Re: Virgem Maria
Escrito por: milene (IP registado)
Data: 28 de April de 2003 21:51

e voltamos ao mesmo!!!

andamos teimosamente em torno de questões que não são o essencial!

e teimamos em orgulhosamente andarmos a argumentar e argumentar, a entalar e entalar, pq n somos capazes de perceber que há um Outro que nos espera de braços abertos!

é irónico como somos capazes de encher este tópico com as nossas discussões circulares e n somos capazes de encher o tópico do ecumenismo com as nossas vivências nesse sentido! pequenos e orgulhosos, "homens lentos em compreender", é triste mas teimamos em ficar por aqui!

para os meus manos cristãos protestantes, parece-me que os termos que usamos têm muitas vezes sentidos diferentes dos vossos, por exemplo, já mais do que uma vez neste tópico os católicos disseram que nós não adoramos mas veneramos e dissemos como isso é diferente. agora, expliquem-me porque é que vocês continuam a chamar-nos mentirosos?? porque é isso que estão a fazer, não percebem?

venerar é honrar
adorar é amar com todo o nosso ser, com todo o nosso entendimento, com todas as nossas forças


Louvor e Glória sejam dados à Santíssima Trindade!!!


que O Senhor nos abençoe e guarde
que a Virgem Maria interceda por nós cristãos junto do seu Amado Filho

vossa mana no amor de Cristo
milene

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