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Empenho Social, Solidariedade, Caridade... Como vamos?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 14 de February de 2003 06:23

Este tópico surgiu-me ao ler no «Público» de hoje a notícia que a seguir copio.

É minha impressão que na Igreja Católica muito de faz em matéria de solidariedade, na maior parte dos casos com histórias heróicas que nunca virão nos jornais nem sequer nas reportagens de Natal. Muitas pessoas dão discretamente a sua vida nisso: trabalho gratuito (ou quase) em instituições de solidariedade social, animadores de bairros degradados, visitas aos doentes, compra e venda de materiais em favor dos mais carenciados, etc... Temos também muitas instituições de relevo, algumas mais “celulares”, como as “Conferências de S. Vicente de Paulo”, outras mais “mediáticas”, como o “Banco Alimentar Contra a Fome”...

Contudo, para além do outro lado da questão que é de sabermos que muito mais há a fazer, também fico com a impressão de que em Portugal este tipo de instituições ligadas à Igreja, com honrosas excepções, vive muito da carolice de uns tantos, do carisma pessoal de um ou dois e tudo numa “santa” desorganização. Às vezes espanta o espírito “paroquialista” com que certos movimentos ou instituições recusam a colaboração mútua, sabe-se lá porque “cristão” motivo... Não há aqui nada a fazer?

A minha proposta é que neste tópico se fale daquilo que se vai fazendo ou sabendo que outros fazem. Movimentos, obras, iniciativas, tipo de trabalhos... E alguma reflexão. Seria um tópico sobre o bem que se vai fazendo por aí, para que não seja verdade que “o bem não tem história”.

Alea jacta est...

Alef

Re: Empenho Social, Solidariedade, Caridade... Como vamos?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 14 de February de 2003 06:26

Igreja Quer Paróquias a Colaborar com Hospitais


Ideia para serviços de apoio aos doentes nas comunidades locais

A Igreja Católica quer pôr as suas paróquias a colaborar com os hospitais e unidades de saúde da zona em que se inserem, criando ao mesmo tempo serviços de acompanhamento dos doentes. A ideia foi explicada ao PÚBLICO pelo padre Victor Feytor Pinto, responsável da Comissão Nacional de Pastoral da Saúde (CNPS), da Igreja Católica, que estabeleceu mesmo uma meta: dentro de um ano ou ano e meio, Feytor Pinto quer que, pelo menos no Patriarcado de Lisboa, haja uma centena de paróquias já com este serviço a funcionar.

De acordo com este responsável, este serviço das paróquias no âmbito da saúde incluiria três componentes: uma primeira, de educação para a saúde, numa dinâmica de medicina preventiva, abrangendo questões como os hábitos de consumo, a alimentação, os comportamentos sexuais ou a prevenção do "stress".

A segunda vertente seria a do acompanhamento e serviço aos doentes, de "pontes com os hospitais da zona". Como exemplo, Feytor Pinto fala do que se passou domingo passado, na celebração do Dia Mundial do Doente. O patriarca celebrou missa no Hospital Amadora-Sintra e, no final, o próprio responsável da CNPS propôs que as 19 paróquias da vigararia (equivalente ao concelho) da Amadora estabelecessem uma relação mais intensa com aquele hospital. Seria, explica, uma relação a dois tempos: quando há pessoas da paróquia no hospital, tenta-se que haja apoio aos doentes; quando estes vão para casa, a paróquia continuaria a apoiar, com a ajuda dos serviços hospitalares.

Esta dinâmica teria ainda, diz, a vantagem de sair economicamente mais barata. Um doente em casa custa 500 euros por mês, enquanto o mesmo doente hospitalizado gasta quase 300 euros por dia.

Esta proposta vem ao encontro do que o próprio Papa João Paulo II escreveu, na sua mensagem para o Dia Mundial do Doente: "Há-de ser prestada a devida atenção aos doentes que permanecem em suas casas, uma vez que o internamento hospitalar se vai reduzindo cada vez mais, encontrando-se frequentemente aqueles confiados aos seus familiares." O Papa nota mesmo que "nos países onde faltam centros de cura adequados para doentes terminais, também estes são deixados nas suas casas".

O serviço paroquial de ajuda aos doentes deverá incluir ainda uma terceira vertente, de apoio espiritual. A relação entre a dimensão social e espiritual, bem como a oração e os sacramentos, cabem nesta vertente.

Neste momento, em Portugal, há já algumas paróquias a entrar nesta dinâmica. Em Lisboa, há 83 a fazer experiência e, destas, 24 já têm trabalho realizado, diz o padre Feytor Pinto.

ANTÓNIO MARUJO
«Público», 14 de Fevereiro de 2003

Fonte: [jornal.publico.pt]

Re: Empenho Social, Solidariedade, Caridade... Como vamos?
Escrito por: Ana Amorim (IP registado)
Data: 14 de February de 2003 09:03

Acho louvável.
Bem vejo pelo Hospital de Egas Moniz, onde se encontra o meu irmão (novamente internado): às vezes, certas auxiliares, certas enfermeiras, deixam muito a desejar no tratamento aos doentes, sobretudo àqueles que, à semelhança do meu irmão, não conseguem falar.
Pior mesmo, é o Hospital de Cascais! Que a Vigararia deste concelho faça alguma coisa urgentemente!!!!



Anna

Re: Empenho Social, Solidariedade, Caridade... Como vamos?
Escrito por: ana paula (IP registado)
Data: 14 de February de 2003 10:58

Amiga ana:
Penso que a melhoria dos cuidados de saúde ao passa pela Vigaria...
Mas concordo que as Paróquias se podem organizar para apoiar doeñtes e idosos no domicílio.. .Mas apoiar espiritualmente, socialmente e até económicamente...

Quanto ao resto ( cuidados de saúde diferenciados) tenho sérias dúvidas.

ana

Re: Empenho Social, Solidariedade, Caridade... Como vamos?
Escrito por: Celia Freire (IP registado)
Data: 23 de February de 2003 18:38

Venho deixar um testemunho vivido (desde Dezembro último), de uma paroquia (mais concretamente 2 pessoas), que gratuitamente se disponobiliza a dar explicações a um grupo de crianças entre os 9 e os 14 anos.

Passo a especificar: Na paroquia da igreja que frequento, existe uma catequista que dá regularmente (desde á uns anos) catequese aos miudos aos sabados de manhã. Como um dos grupos, é composto por meninos oriundos de Cabo Verde, com algumas dificuldades financeiras e de integração no nosso sistema escolar, esta catequista (com apenas 23 anos de idade) disponibiliza o seu tempo de domingo á tarde para dar explicações (matemática, português, inglês,...) a estes meninos. Como são cerca de 12 miudos, díficeis de lidar, pela sua natural irreverencia, disponibilizei-me a ajudá-la nesta tarefa, ajudando as crianças nos seus trabalhos de casa.

Confesso que está a ser uma experiencia muito interessante, pela receptividade que mostram, ao contrário dos seus pais, que nunca vieram agradecer, nem sequer apareceram...

Mas a razão que me move não será a de esperar um agradecimento, mas o facto de me sentir útil durante 2 horas da minha semana. Sentir que de alguma forma ajudo o meu semelhante.

Outro facto é o de estas expicações ocorrerem na sede de uma Sociedade Recreativa, que nos disponibiliza (gratuitamente, é obvio) a sua sala de reuniões.

Quantos mais exemplos deste tipo haverá por este país? De pessoas que dispoem do seu tempo (bem tão precioso hoje em dia), para pôr em practica acções concretas de amor ao próximo?

Celia



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