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Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 11 de January de 2007 04:56

A intervenção do Cardial Patriarca parece-me estranhamente ambígua, com muitas perguntas e contradições:



Citação:
"Parece ser a busca de uma solução para o drama do aborto clandestino. Que ele existe e é um drama, é uma realidade. Mas qual a sua dimensão? O várias vezes anunciado estudo sobre esta realidade nunca foi realizado.

Bem , há pelo menos um estudo credível sobre o tema. E estimativas da Organização Mundial de Saúde e de outras organizações de saúde internacionais. São dados bastante bastante fiáveis e fidedignos.
Há também estimativas e extrapolações a partir do número de casos de mulheres que são atendido nas urgências hospitalares como consequência de aborto - duas a três por dia.Todas as análises apontam para um número de pelo menos 20.000 abortos clandestinos por ano.


Depois esta frase tem uma ambiguidade subjacente - é pelo facto de não sabermos as dimensões de um problema social ético e humano gravíssimo que nada devemos fazer para o solucionar?


"
Citação:
Não quero, com o que acabo de dizer, negar a realidade do “aborto clandestino”."

Com esta argumentação, a mim parece-me que sim
.

Citação:
"
Citação:
O cruzamento dos métodos anticonceptivos com os métodos abortivos e as soluções químicas para a interrupção da gravidez fizeram diminuir a realidade do aborto de “vão de escada”. "

Ora cá está um efeito positivo da contracepção associada á solução medicamentosa para induzir a interrupção da gravidez nas primeiras semanas.

Deve-se então continuar essa tendência, permitindo o acesso a soluções químicas que só são eficazes nas primeiras semanas de gravidez e reduzem os tais tenebrosos abortos em vão de escada em idades gestacionais tardias???


Citação:
Esta nova realidade traz a decisão de abortar para o campo da liberdade pessoal e da consciência e não é razão para esta alteração na Lei.

Ou seja, a decisão de abortar já está no campo da liberdade pessoal e da consciência. Ou seja, o aborto já é acessível, por isso não é preciso mudar a lei.

Citação:
"Declarações que recentemente vi nos meios de comunicação social, dizem que, nos últimos trinta anos, nenhuma mulher foi presa por esse motivo. A afirmação surpreendeu-me."

Mas este dado não lhe merece nenhum comentário para além da susrpresa, nenhuma indignação, nenhum apelo a que a lei seja efectivamente cumprida de modo que a sanção penal tenha eficácia?


"Mas
Citação:
também me consta terem sido dadas instruções à Polícia Judiciária para não ter entre as suas prioridades as investigações sobre o “crime” de aborto.
"
ESta afirmação é gravíssima. Pela afirmação em si e pela reacção do mesmo face á informação. Nenhuma indignação, nenhuma exigência de investigação criminal, nada.[/u]

Só posso interpretar esta atitude de uma forma - [u]O cardel patriarca está profunda e intimamente convencido que o aborto em fases iniciais não é o homicídio de uma criança .

Só isso pode justificar tão inusitada indiferença face ao incumprimento da lei e a não condenação a pena efectiva de prisão para as milhares e milhares de autoras do crime de aborto..

católica praticante



Editado 3 vezes. Última edição em 11/01/2007 05:06 por catolicapraticante.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 11 de January de 2007 07:55

Maria José Ribeiro

Acho que é bem visível que apenas informei sobre um lançamento de um livro.
Na notícia original os nomes estão a negrito e o título é "meio estúpido"; como podes verificar, retirei ambos. Nem sequer usei um corpo de letra "gigantone" pois sei que os amblíopes por norma usam uma resolução menor.

Por experiência tenho por mais válida a opinião de muitas pessoas com apenas a antiga 4ª classe, que a de muito dos meus colegas cujo pedantimo e bazófia os torna ridículos, um enfado.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 11 de January de 2007 08:35

Citação:
camilo
O beneficio é a DH, hormona do crescimento. Atinge niveis elevados durante a gravidez.
Desculpe, mas está equivocado.
Faça uma busca neste texto por gravidez e verá.
[www.emea.eu.int]

Citação:
Francamente a UCI recorre-se dos melhores especialistas mundiais sobre doping. Para ter uma ideia o COI não faz analises sanguineas para detectar doping, a UCI faz. O ciclismo é a modalidade que tem os controles antidoping mais exigentes.
O Comité Olímpico Internacional não faz análises? Então todas aquelas noticias de atletas eliminados e com medalhas retiradas nos JO deve ser tudo mentira, não? Tenha lá paciência...

Citação:
Mas pesquise e verá que poucas atletas medalhadas nos JO conseguem engravidar depois. A razão é esta.
Pelas suas palavras até parece que toda a medalhada nos JO andou a fazer abortos sistemáticos.
A infertilidade das atletas de alta competição deve-se à amenorreia causada por anos de esforço intenso continuado e ao seu baixo peso (possuem menos 40% de gordura que uma mulher normal). Há tratamentos para reverter o quadro.

Citação:
Ah! Tenho um artigo de jornal digitalizado em que um ginasta da ex-URSS confessa ter sido obrigada a engravidar para poder participar nos JO. Afirma tambem que esta era a pratica corrente no pais dela.
Nos paises de leste, antes da queda do muro, faziam-se muitas barbaridades. Não é novidade nenhuma.

Citação:
O COI tambem afirma que durante os controles antidoping dos JO apenas são detectados meia duzia de casos isolados de doping. Pois, fizessem controles sanguineos que eliminavam no minimo 70 % dos atletas. E estou a ser optimista. Conheço o meio.
Se conhece o meio, óptimo! Poderá, por favor indicar-nos fontes comprovando que a IVG é prática normal nas atletas de alta competição?

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Maria João Garcia (IP registado)
Data: 11 de January de 2007 09:02

Deixo aqui excertos de uma entrevista que o Ministro da Saúde deu, no passado dia 6, à TSF e ao DN. Tirei apenas as perguntas que diziam respeito ao aborto.




Em breve vamos ter o referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez (IVG). Porque deixou cair os acordos com o sector privado para aplicar a actual legislação?

Não deixei cair acordos. Não iniciei os contactos. Apenas recebi entidades privadas que estavam interessadas em criar clínicas e facultei-lhes a legislação sobre as condições técnicas. O que não lancei de imediato foi um processo activo para canalizar a IVG que hoje os hospitais são obrigados a fazer... É preciso lembrar isso. Os hospitais e o SNS são obrigados, na sequência de uma resolução da Assembleia da República de maioria parlamentar CDS/ /PSD em 2004, a facultar no SNS ou fora dele, convencionadamente, meios de realizar a IVG. À medida que se ia aproximando o referendo entendi que uma decisão administrativa para criar esse tipo de organização iria contaminar o debate político.

Como poderão ser ultrapassadas as actuais barreiras à aplicação da actual lei num eventual "sim" no referendo?

É muito simples. O "sim" ao referendo, como espero, tem a enorme vantagem de acabar com o estigma da clandestinidade. Neste momento os médicos dos estabelecimentos públicos são relutantes em fazer a IVG, mesmo a prevista na lei, porque há uma carga cultural e social clandestina associada a essa prática...

Mas há médicos que consideram que viola a sua ética...


Alguns consideram que viola a sua consciência e esse princípio é de respeitar. Mas nos serviços onde existam médicos objectores de consciência, o director de serviços, mesmo que também o seja, é obrigado a montar esse sistema. É assim que acontece em Espanha. A objecção de consciência é individual, não é colectiva. E isso tem vindo a acontecer paulatinamente. Hoje já são quase mil as IVG nos hospitais portugueses. É evidente que é muito inferior à realidade. Dizem-nos que só nas cidades de Cáceres e Badajoz há cinco a seis mil mulheres portuguesas por ano que procuram lá, de forma segura e tranquila, o que não podem encontrar em Portugal. Imagine-se as pobres mulheres que, marcadas pelo infortúnio e desigualdade social, não têm acesso a essa possibilidade. O referendo é importante para acabar com o estigma da clandestinidade e para ampliar a igualdade.

Os hospitais públicos têm condições para cumprir um eventual "sim"?

Os hospitais públicos vão ter alguma relutância em realizar, nas suas instalações normais, a IVG. Ninguém está interessado em transformar maternidades ou serviços de obstetrícia ou ginecologia em unidades especializadas em IVG. Essas unidades vão ser criadas em departamentos à parte. Mas o que se vai passar é o aparecimento dessas instituições do sector privado.


... Com as quais o Estado vai fazer acordos...

Fará ou não. Hoje está obrigado a isso, repito, segundo a resolução de 2004 que não é cumprida. Se o referendo tiver resposta positiva, essa obrigação será ainda mais reforçada. Se a resposta for negativa, mantém-se essa obrigação.

As listas de espera podem aumentar noutras áreas?

Não, de maneira nenhuma. Vão ser serviços autónomos. Se quisermos fazer futurologia, será como em Espanha, onde a maior parte das IVG são feitas no sector privado e pagas pela própria. Mais de 90%. Em Espanha, para a IVG ser financiada pelo SNS a pessoa tem de se identificar. Não antevejo nenhum drama nem nenhum aumento de lista de espera, nenhuma responsabilidade financeira acrescida que o SNS não possa comportar.

Vai haver um maior número de IVG?

A IVG não é um método de planeamento familiar. Aí contamos todos com o brio profissional de médicos e enfermeiros. Não foi assim que se passou em França. Não teve influência na natalidade. O que acontece que é vem ao de cima toda a parte coberta do icebergue, ignóbil e arriscada, que por vezes cria complicações de saúde às mulheres.

Vai participar activamente na campanha pelo sim
?

Como cidadão, sim.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 11 de January de 2007 10:50

o COI não faz analises sanguineas quanto mais testes de despistagem de aborto que em muitos paises é legal. Tenha lá paciencia mas se acredita que apenas se dopam os atletas que são apanhados é de uma ingenuidade admiravel. O COI apenas faz analises à urina e mesmo estas não são muito eficazes. A UCI faz analises ao sangue e inexperadas. São muito mais efiazes. Pois mesmo assim a maior parte dos atletas dopam-se e escapam aos controles antidoping.
Nos ultimos JO o selecionador da inglaterra afirmou que se fizessem analises sanguineas aos atletas dos JO pelo menos 70% deles era erradiado. Eu que conheço um pouco o meio acho que ele estava a ser muito optimista. Acho que provavelmente apanhavam uns 90%. Francamente o controle antidoping da maior parte das modalidades é uma anedota. O desporto que tem o melhor controle é mesmo o ciclismo e mesmo assim sei que a maior parte dos ciclistas recorre sistematicamente ao doping.

O doping não faz bem à saude, logo o facto de o aborto como metodo de doping tambem fazer mal qual é a novidade? Ainda não vi metodo de doping que fosse saudavel.
Nem todas as modalidades implicam amenorreia, isso é valido para atletas de resistencia, que são uma minoria. Mas este problema afecta todas as atletas.

E claro que não há provas do uso de quase nenhum metodo de doping, é um meio clandestino, que raramente é descoberto pela autoridades desportivas oficiais ou policiais.

Nem a Lena nem a CP compreenderam o texto que a Lena referiu sobre os niveis de DH. Lêm que a hormona de crescimento baixa a partir da 20ª semana e julgam que baixa em relação aos niveis habituais, quando a mulher não está gravida. Baixa em relação aos niveis anteriores a essa 20ª semana, antes disso eram elevados.

[sadato.hypermart.net]

Hormônios da Gravidez:
...
lactogênio placentário=somatotropina coriônica humana;

a somatotropina é a hormona do crescimento.

E repito a UCI, melhor organismo em termo de combate ao doping, muito melhor que o anedotico controle do COI, refere que este metodo tem uma influencia de 10% no rendimento. Mas pelos vistos todas as referencias são boas se disserem aquilo que vos é agradavel, se não disserem mesmo um organismo internacional que é reconhecidamente a entidade oficial mais empenhada no assunto não é bom.

Maria João, em França a quebra de natalidade da população de origem francesa tem sido compensada pelo aumento de natalidade provocado pela população de origem arabe e negra.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Maria João Garcia (IP registado)
Data: 11 de January de 2007 11:30

Acredito, Camilo. Aliás, na entrevista percebe-se que há questões que o ministério ainda não conseguiu ultrapassar, como o código deontológico dos médicos e o local onde se vai realizar as IVG...

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Cunha (IP registado)
Data: 11 de January de 2007 12:59

O estranho é que muitos daqueles que defendem o sim ao aborto, manifestaram-se contra a execução de Sadam Hussein. Contudo, ao defenderem que não se devia aplicar a pena de morte a um criminoso (que como eu estão contra a pena de morte, e muito bem, em qualquer caso, ninguém tira a vida, só Deus), para eles já não há problema aplicar a mesma medida a um inocente que está no ventre da mãe. Neste aspecto diferem de mim e da Igreja, pois fale-se o que se falar, diga-se o que se disser, nunca ninguém irá falar daquele que não chegou a nascer, que ficou privado da vida. Tenham vergonha, inclusive alguns foristas aqui no fórum: a vida é inviolável, ninguém tem o direito de tirar a vida a outrem. Se fosse o teu caso, gostarias que a tua mãe fizesse isso? É que vejo aqui algumas pessoas, algumas que têm a lata de se dizerem praticantes, que não o são, estão fora da comunhão da Igreja.
Quanto a mim, defenderei sempre a vida.
Cunha

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 11 de January de 2007 13:08

Senhor Cunha:

Não tem qualquer capacidade para avaliar a minha comunhão com a Igreja.

E sou praticante, com serenidade, pois não há outra forma de ser católico.

E vou claramente votar SIM ao fim da prisão de mulheres no dia 11 de Fevereiro.

Depois de comungar.

católica praticante



Editado 2 vezes. Última edição em 11/01/2007 13:19 por catolicapraticante.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Cunha (IP registado)
Data: 11 de January de 2007 13:23

Não é essa a posição oficial da Igreja, nem das pessoas católicas. Os que votam como a Senhora, não são católicas veradeiramente. Eu passo a ser, por exemplo, o Presidente dos EUA se disser que o sou? Digo-lhe que você está errada e isto sem ofensa, mas com caridade, é meu dever dizer-lhe isso. Agora você é livre de fazer como entender, mas saiba que ao fazer isso, não está a tomar uma medida positiva: corrija o seu sentido de voto antes de ir às urnas.
Cunha

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 11 de January de 2007 13:30

SEnhor Cunha:

Pode fazer os seus juízos privados farisaicos sobre os outros.

"Eu passo a ser, por exemplo, o Presidente dos EUA se disser que o sou? "

Não. Não pode

Mas eu posso plenamente dizer que sou católica!Não se engane a si mesmo - sou católica , e por muito que lhe custe, tenho liberdade de voto e de consciência.

E mais, estou convicta que precisamente por ser católica, só pode ser este o sentido do meu voto político., pois só assim é possível reduzir a incidência do aborto em Portugal.

Só lhe resta conformar-se com a minha liberdade no seio da Igreja a que pertenço.

católica praticante



Editado 2 vezes. Última edição em 11/01/2007 13:34 por catolicapraticante.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Cunha (IP registado)
Data: 11 de January de 2007 13:35

Um católico para o ser deve estar de acordo com o que diz a sua Igreja. E o nos diz a Igreja? Veja as intervenções últimas da Conferência Episcopal e diga-me alguma coisa. Digo-lhe: ou se é ou não se é. Quanto a «juízos privados farisaicos» não me identifico com isso, a carapuça é para quem a serve e serve a si na íntegra: se é católica, deve seguir o que a Igreja Católica diz, caso contrário, não o é. A Igreja Católica diz-nos que o voto no NÃO é o único voto plausível. Não me venha a senhora dizer que sabe mais do que o Espírito Santo que move a nossa Igreja? Ou se sou católico voto NÃO, por isso não vejo onde está o farisaísmo: farisaísmo é ir votar SIM e dizer-se que se é católico.
Cunha

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 11 de January de 2007 13:42

Farisaísmo é ir votar Não e dizer-se que se não quer penalizar as mulheres, é condenar mulheres á prisão e ao risco de morte por aborto clandestinos e rezar uns tercinhos e dormir sossegado, sabendo que se a filhinha, a mulher ou a amante tiverem algum problemazito, sabe onde o resolver sem riscos...

SE isso é estar em comunhão com a Igreja...

SE para o senhor cunha, os padres é que decidem o seu voto político num referendo ( deve ser assim nas autárquicas legislativas e presidencias), o problema é seu.

Lamento por si.

católica praticante



Editado 1 vezes. Última edição em 11/01/2007 13:43 por catolicapraticante.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Cunha (IP registado)
Data: 11 de January de 2007 13:48

«penalizar as mulheres» e as crianças que não vão nascer? É isso ser-se cristão?
Eu voto NÃO porque a minha consciência assim me diz, porque acredito que a minha Igreja está movida pelo Espírito Santo. Eu sou cristão (ou tento ser) em todas as situações, na vida profissional, familiar, na vida social e política: não minha senhora, você não está em comunhão com a Igreja neste aspecto. Eu como católico sigo a Cristo. Mas para a senhora tem mais importãncia a penalização das mulheres do que destruir seres inocentes: assim digo-lhe o que você diz está fora do catolicismo, não se identifica com a Igreja. Eu sou um ser livre e por isso, com a liberdade que Deus me deu, sei agradecer-Lhe tudo o que Ele fez.
O ser que está no ventre da mãe é SEMPRE inocente: para si a mulher é dona e senhora da vida, pois fique sabendo o nosso Deus, o Deus da Igreja Católica é um Deus que ama a vida, só Ele a pode dar e tirar.
Cunha

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 11 de January de 2007 14:02

Acho bem que o Cunha vote de acordo com a sua consciência.

Eu, como Católica dentro da Igreja e tendo como referência Cristo, também o farei.

O resto é manipulação.

católica praticante



Editado 2 vezes. Última edição em 11/01/2007 14:03 por catolicapraticante.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 11 de January de 2007 14:23

Católica Praticante

Tu és aquilo que se chama teimosa.

Não queres ver aquilo que qualquer pessoa de bom senso e boa vontade vê.

Quando vamos votar não somos juizes. Não é correcto entender como o essencial a questão quero ou não quero que as mulheres vão presas.

E acho que o aborto não deve ser totalmente liberalizado até às 10 semanas. E essencialmente porque a maior parte da comunidade cientifica me diz que que o que está em causa é já vida humana. Com coração a bater com asa impressões digitais com o ADN formado tudo.

O essencial é se deve ser ou não permitido e sem qualquer razão até às 10 semanas.

Respeito as pessoas que entendem e estão convictas que não estamos perante uma vida humana. Mas para quem entende que é então não podemos concordar que seja totalmente libralizado até às 10 semanas.

- A questão da prisão.

Eu não conheço nenhum caso de mulheres efectivamente presas por abortarem até às 10 semanas.

Quer significar que não deva ser proibido? Claro que não.

Eu também não quero que uma mãe que furta pão para dar aos filhos que estão em casa seja presa. Mas taç não significa que o furto de pão para comer não seja crime.


O argumento da hipocrisia - uma lei que ninguém cumpre porque ningué, está preso.

Também não é verdade. A sociedade e o estado cumprem a lei e por isso que não se pode abris clinicas de aborto em Portugal nem o SNS pode realizar abortos a pedido.

Não foi nos ultimos três anos ninguém preso efectivamente por calunias, agrssões e por furto simples foram em 2004 apenas 2 pessoas. É por isso que se deve liberalizar?

Claro que não.

É uma questão de humanidade se reconhecemos uma vida devemos proteger a mesma.

Por não te esqueças; no referendo não és juiz és legislador.

Cristina Dinis Saraiva

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Maria João Garcia (IP registado)
Data: 11 de January de 2007 15:09

As pessoas podem votar Sim. São livres disso. Não podem é dizer que não se está a pôr termo a uma vida.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Maria João Garcia (IP registado)
Data: 11 de January de 2007 15:26

Mais notícias...



IN Diário Digital

O presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental afirmou hoje que pelo menos 14% das mulheres que abortam sofrem de stress pós-traumático, citando um estudo norte-americano, numa iniciativa da plataforma «Não, Obrigada».
«Pelo menos 14% das mulheres que abortam estão sujeitas a um distúrbio de stress pós-traumático», garantiu Adriano Vaz Serra, citando um estudo efectuado nos Estados Unidos em 2004.

De acordo com o psiquiatra, «um número muito maior apresenta parte dos sintomas da síndrome pós-traumática», entre os quais se incluem a lembrança constante do acontecimento, pesadelos, taquicardia e fobias graves, que, nos casos mais graves, pode conduzir ao suicídio.

«Esta patologia pode levar ao suicídio», garantiu o presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria, numa conferência sobre as consequências psicopatológicas do aborto na mulher, promovida pela plataforma «Não, Obrigada», que reúne vários movimentoS contra a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG).

Esta plataforma lançou esta semana um novo cartaz, onde se ê «Abortar a pedido e passar a o resto da vida a pedir que não tivesse acontecido?».

Adriano Vaz Serra, que pertence ao Movimento Aborto a Pedido Não, salientou que o propósito destes grupos de cidadãos é «defender os direitos das mulheres».

«Somos intransigentemente pela defesa da vida mas isso é incompleto se não dissermos alta e claramente que o nosso propósito é defender as mulheres», frisou, considerando que as mulheres que «pedem» um aborto têm de ser avisadas destas possíveis consequências.

Adriano Vaz Serra citou o mesmo estudo norte-americano para afirmar que «64% das mulheres que fizeram um aborto foram coagidas» e que, em 95% desses casos, os homens desempenharam um papel importante na tomada de decisão.

«Um dos propósitos maiores dos nossos movimentos é defender os direitos das mulheres para que deixem de ser manipuladas pela sociedade em geral e pelo homem, que se aproveita dela e depois a deita fora», afirmou o psiquiatra.

A psicóloga Maria José Vilaça, outra das oradoras, alertou que se o «sim» à despenalização da IVG ganhar, as mulheres «vão ficar ainda mais vulneráveis e desprotegidas, porque vão deixar de poder invocar a lei para rejeitarem fazer um aborto».

Na mesma linha, a psiquiatra Margarida Neto considerou um aborto «uma armadilha que tem corrido pelo mundo fora».

«É uma decisão apressada, angustiante, coagida. A mulher, em vez de resolver um problema, herda para si mesma o trauma pós-aborto», disse.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 11 de January de 2007 19:17

Lena

Obrigada por teres respondido.

Fiquei contente por saber que não desvalorizas as pessoas.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 11 de January de 2007 20:04

Cara Maria João:


Achas que o remédio para o hipotético trauma do aborto é...o julgamento e a prisão?

católica praticante

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 11 de January de 2007 21:09

Lei é Lei, se não é cumprida, isso não serve de desculpa. Todo o crime deve ser punido de acordo com a Lei.
É por mais evidente que, se a Lei não tem sido cumprida, é por causa do sobejamente desconforto na consciência social portuguesa que o seu cumprimento acarretaria.
Problema: a Lei existe mas ninguém está disposto a pagar o preço social/político da sua aplicação.

Solução 1: Manter tudo em águas mornas, e esperar que as pessoas esqueçam.

Solução 2: Mudar a Lei de modo a que esta seja exequível e socio-culturalmente sustentável.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Página actual: 44 de 68


Este tópico foi encerrado

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