Fóruns Paroquias.org
paroquias.org

  A participação no Fórum Paroquias.org está condicionada à aceitação das Regras de Funcionamento.
Inteligência Espiritual
Fóruns Paroquias.org : Arquivo - Geral

 

Ir para tópico de discussão: AnteriorPróximo
Ir para: Lista de fórunsLista de mensagensNovo tópicoPesquisarEntrar
Página actual: 68 de 68
Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: nc32 (IP registado)
Data: 09 de February de 2007 14:05

Citação:
s7v7n
Ela não tem culpa de ter engravidado, e o filho não tem culpa de ter sido gerado. O mínimo que podemos fazer é deixa-lo viver e da-lo a quem o queira amar.

Aqui penso que talvez não quisesse dizer exactamente isto (só você saberá responder, naturalmente). Pelos casos que conheço continuo convencido que muitas grávidas são efectivamente culpadas de terem engravidado e que não sei porque deva a sociedade desresponsabiliza-las totalmente.

Citação:
s7v7n
A mãe está no direito de não querer aquele filho. Mas não tem o direito de o matar.

Gostei de ler esta sua frase na medida em que está explicito o seu reconhecimento de que a mãe tem o direito de não querer o filho (mas não de o matar). Apenas uma simples frase (ou duas, se quisermos) que resumem o que eu penso ser a questão fundamental que irá domingo a votos.

Na minha visão muito pessoal, mais depressa aceitaria (não aceito de facto, entenda-se) a eutanásia por ser uma vontade expressa pelo próprio.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 09 de February de 2007 21:04

Zé:
è precisamente esta demagogia que dá uma imensa força ao Sim. A força tranquila da razão versus a demagogia asssente em malabarismos jurídicos.

católica praticante

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 09 de February de 2007 21:17

"Três breves mensagens.

Primeiro, gostaria de fazer um apelo sincero à participação de todos os eleitores e a todas as eleitoras neste referendo, seja votando Sim, Não, branco ou nulo. O voto de cada um indivíduo fortalece e legitima a nossa democracia política e é dever cívico de cada um dar o contributo possível para esse fortalecimento.

Em segundo lugar, gostaria de me dirigir aos apoiantes convictos do Sim moderado que está na mesa.
É importante que todos votem. Como há 8 anos, é previsível que o resultado final seja muito renhido. Todos os estudos indicam que existe uma menor abstenção entre aqueles que apoiam o Não. É desejável que o resultado final, consagrado nas urnas, seja um espelho tão fiel quanto possível das preferências dos portugueses. Seria uma pena se a maioria dos portugueses fosse favorável ao Sim e a maioria dos votos validamente expressos fosse favorável ao Não.
(..)
Finalmente, gostaria de dirigir uma palavra a todos aqueles que são favoráveis à despenalização das mulheres mas e que ainda estão indecisos quanto ao seu sentido de voto.

É positivo que quase toda a sociedade portuguesa seja, hoje em dia, favorável à despenalização das mulheres. Mas é preciso falar Verdade aos portugueses temos de ser honestos e perceber bem o que está em causa.

Qualquer alteração à actual lei que regula a IVG terá de ser autorizada pelo voto directo dos portugueses.

Se o Não vencer, o voto dos portugueses terá de ser respeitado.

Respondendo os portugueses a uma pergunta sobre a despenalização da IVG, não é legítimo nem possível interpretar um eventual voto maioritário dos portugueses no Não como permitindo uma despenalização da IVG, seja em que moldes for.

Por muito boas que sejam as intenções de alguns tipos do Não, possuídos por uma notável desonestidade intelectual, uma democracia tem regras. Foram essas regras que nos levaram a este segundo referendo. São essas mesmas regras que não permitirão despenalizar o aborto se o Não ganhar.

Há quem seja favorável à despenalização e esteja indecido em votar Sim por ser desfavorável a uma liberalização do aborto. Mas o que está em cima da mesa não é uma liberalização do aborto. Nem uma liberalização total, nem uma liberalização até às 10 semanas, como ouvimos alguns apoiantes demagogos do Não referir. Está em cima da mesa a despenalização e a regulamentação do aborto até às 10 semanas. Se o Sim for maioritário, serão tomadas medidas legislativas que devem e seguramente irão incluir um período de reflexão e aconselhamento para a mulher, tal como acontece noutros países europeus civilizados."

católica praticante

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 09 de February de 2007 22:03

Cara Catolicapraticante.

Se o SIM ganhar, o que impede uma mulher grávida até às 10 semanas de gestação de abortar? Absolutamente nada. Mais, poderá fazê-lo num estabelecimento autorizado para o efeito.

A isto chamo Liberalização do aborto até às 10 semanas, com a agravante do pai da criança não ser tido nem achado para o que quer que seja. Para ti, como és mulher, compreendo que aceites isso de bom grado. Aliás, acho que te chocaria que uma mulher para interromper a gravidez tivesse que perguntar ao pai da criança.

Eu, como homem e pai, não posso aceitar que o Estado legalize tal liberalização do aborto sem que o consentimento do pai.

É importante que as pessoas tenham a noção disso, e, em caso de dúvida, votem NÃO, ou se abstenham.

Luís Gonzaha

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 09 de February de 2007 23:19

Caro Luís Gonzaga:

Citação:
Se o SIM ganhar, o que impede uma mulher grávida até às 10 semanas de gestação de abortar
?

Respota - O aconselhamento, apoio especializado, soluções jurídicas e assistenciais apoiadas pelo Estado, de forma a que a mulhe rpossa decidir com auonomia.

Se o Não ganhar, o que impede uma mulher grávida até às 10 semanas de gestação de abortar?


Nada. Tal como hoje. Não é a o medo da pena de prisão ( solução actual) que impede as mulheres de abortarem se estiverem deciidas a isso.

2 - Quanto á questão do consentimento pai, acho demagógico que se fale em consentimento do pai para abortar e ao mesmo tempo se argumente que a prtir de dia 11 os pais vão forçar as mulheres a abortar contra sua vontade. ( Discurso que ainda ontem ouvi)

Aliás, diz-nos a experiência de vida, que a igualdade de géneros ainda não é prática comum em Portugal e que a violência contra as mulheres em questões de liberdade na área reprodutiva é endémica.

O que me chocaria profundamente é que uma mulher para interromper a gravidez tivesse que pedir autorização juridicamente relevante ao putativo pai da criança.
Aliás , antes das dez semnas é praticamente impossível provar uma hipotética paternidade.

Não é aliás essa a questão do referendo.

A pergunta é clara.
Quem defende a despenalização de mulheres deve votar Sim. Quem considera que a criminalização e respectiva sanção penal se deve manter deve votar Não.

É importante que as pessoas tenham a noção disso, e, em caso de dúvida, se acharem por bem, abstenham.


Mas em liberdade. E que tenham a noção de que a abstenção tem consequencias políticas e jurídicas concretas.

O apelo á abstenção como manobra, em vez do apelo ao voto consciente e responsável parece-me pouco útil ao exercício da democracia participativa

católica praticante



Editado 1 vezes. Última edição em 09/02/2007 23:26 por catolicapraticante.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 09 de February de 2007 23:41

E nada de mais demagogias.

católica praticante



Editado 2 vezes. Última edição em 09/02/2007 23:44 por catolicapraticante.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 10 de February de 2007 01:22

Citação:
Nada. Tal como hoje. Não é a o medo da pena de prisão ( solução actual) que impede as mulheres de abortarem se estiverem deciidas a isso.
Taliban,isto é tão verdade como dizer que o pai natal existe. São assim os argumentos do SIM. É assim que se vai fazendo a lavagem. Uma lei que apela à desresponsabilização e que dá total autonomia à mulher para fazer o que quiser.
Quem disse o contrário é um mentiroso. O aborto será legal, a mulher abortará sem nada que a impeça.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 10 de February de 2007 01:26

Citação:
nc32
Citação:
s7v7n
Ela não tem culpa de ter engravidado, e o filho não tem culpa de ter sido gerado. O mínimo que podemos fazer é deixa-lo viver e da-lo a quem o queira amar.

Aqui penso que talvez não quisesse dizer exactamente isto (só você saberá responder, naturalmente). Pelos casos que conheço continuo convencido que muitas grávidas são efectivamente culpadas de terem engravidado e que não sei porque deva a sociedade desresponsabiliza-las totalmente.

Citação:
s7v7n
A mãe está no direito de não querer aquele filho. Mas não tem o direito de o matar.

Gostei de ler esta sua frase na medida em que está explicito o seu reconhecimento de que a mãe tem o direito de não querer o filho (mas não de o matar). Apenas uma simples frase (ou duas, se quisermos) que resumem o que eu penso ser a questão fundamental que irá domingo a votos.

Na minha visão muito pessoal, mais depressa aceitaria (não aceito de facto, entenda-se) a eutanásia por ser uma vontade expressa pelo próprio.

nc32, caso esteja distraído(a), verá que estou a falar de violação. Convém ter atenção ao tópico quando queremos contra argumentar. Uma mulher não engravida por que quer quando é violada.

E sim, mais vale dar o filho do que mata-lo. Sei que isso é confuso porque a vossa política tende toda para a morte. Aborto, eutanásia, etc..compreendo que seja difícil perceber o que eu digo. Paciência.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Paulo (IP registado)
Data: 10 de February de 2007 14:13

O documento que segue é a transcrição de um editorial da edição clandestina portuguesa do Jornal «Avante!» - Órgão do Partido Comunista (4ª Semana de Novembro de 1937)


Editorial

Resposta da Direcção

PORQUE É PROIBIDO O ABORTO NA URRS?

Damos imediata resposta a esta pergunta, formulada por algumas operárias do Barreiro. O aborto é um acto inteiramente anormal e perigoso, que tem roubado não poucas vidas e tem feito murchar não poucas juventudes. O aborto é um mal terrível. Mas, na sociedade capitalista, o aborto é um mal necessário, inevitável, benfazejo até. Na sociedade capitalista um filho significa, para os trabalhadores, mais uma fonte de privações, de tristezas e de ameaças. Quem tem filhos — diz-se — tem cadilhos. Pode-se imaginar algo mais doloroso que uma família de operários obrigados a sustentar, dos seus miseráveis salários, 5 ou 6 filhos? É a fome, o raquitismo, a tuberculose, a tristeza da vida, vivida em promiscuidade. E que futuro espera essas crianças? Serem uns desgraçados… como dizem as nossas mulheres. Por isso a mulher do [?] capitalista é obrigada a sacrificar o doce sentimento da maternidade , é obrigada a recorrer, tantas vezes com o coração sangrando, ao aborto. Por isso, a proibição do aborto, na sociedade capitalista, é uma hipocrisia e uma brutalidade. Na URSS, a situação é tão diferente como é diferente a noite do dia. Na URSS não há desemprego, não há miséria; há abundância de produtos. Tanto a mulher como o homem recebem salários que satisfazem as necessidades. A mulher grávida tem 4 meses de férias durante o período da gravidez, com os salários pagos. Há maternidades, creches, jardins de infância e escolas por toda a parte. O Governo soviético dá prémios que vão até 5 mil rublos para as mães que tenham mais de 5 filhos, etc. Ser mamã é uma das maiores aspirações das jovens soviéticas. ?E onde há uma esposa que não quisesse ser mamã sabendo que o mundo floria para acolher o seu menino? Sabendo que o seu filho não seria um desgraçado mas um cidadão livre da grande República do Socialismo? A criança, na URSS, deixou de ser um motivo de preocupações, para se tornar numa fonte luminosa de alegria e de felicidade. O aborto perdeu portanto a sua única justificação; tornou-se desnecessário. Por isso, o Governo Soviético resolveu propor ao povo trabalhador, a abolição da liberdade de praticar o aborto — liberdade essa concedida a título provisório, nos primeiros tempos da República Soviética quando esta gemia sob o peso da fome e da peste, ocasionadas pela guerra e pela contra revolução capitalista. Depois de discutirem amplamente a lei proposta pelo Governo Soviético, as mulheres e todo o povo trabalhador aprovaram essa lei que correspondia inteiramente às condições de existência livre e feliz que gozam os que trabalham na grande Pátria do Socialismo triunfante. .


Fac-simile do Jornal Avante

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 10 de February de 2007 15:00

rancho!!!

[www.youtube.com]

não esquecer as palminhas

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 11 de February de 2007 16:30

Hoje é o dia do Referendo sobre o Aborto e, logo mais, quando se souberem os resultados provisórios e finais, haverá um novo tema de debate.

Como após o referendo os temas de discussão serão relativamente distintos do que aqui se discutiu, decidi criar um novo tópico de discussão e encerrar este. As 1350 mensagens deste tópico são um bom exemplo de uma discussão muito participativa.

O novo tópico de discussão chama-se Referendo sobre o Aborto - Resultados e comentários.

Obrigado,
Luís Gonzaga

Página actual: 68 de 68


Este tópico foi encerrado

Nota: As participações do Fórum de Discussão são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, pelo que o Paroquias.org não se responsabiliza pelo seu conteúdo, nem por este estar ou não de acordo com a Doutrina e Tradição da Igreja Católica.