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Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 06 de February de 2007 12:05

Citação:
CP
Aí sim, citando uma forista radical aqui do forum, "abortam as mulheres que quiserem, pelas razões que quiserem, quantas vezes quiserem, sem terem de dar satisfações a terceiros". Exactamente. O único critério é o saldo da conta bancária e do cartão de crédito.

Se o sim vencesse as clínicas clandestinas passariam a legais e o financiamento viria do estado. Ninguém faria qualquer esforço para as dissuadir. E a facilidade do aborto aumentaria o seu número.


Citação:
S7v7n
Os do SIM não querem acabar com o aborto. Eles querem é legalizar o aborto.
Citação:
CP
É isto que os do Não querem manter.

Acho estas generalizações perigosas e desnecessárias no debate.

pontosvista

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 06 de February de 2007 12:11

Claro que as clinicas não fariam qualquer esforço para reduzir os seus lucros.

Os dados de outros paises mostram a legalização do aborto conduz a um maior numero de abortos. Dizer o contrario mostra ignorancia ou má fé.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 06 de February de 2007 12:17

1 -
Citação:
Se o sim vencesse as clínicas clandestinas passariam a legais e o financiamento viria do estado


É mentira que as parteiras de vão de escada ou os "gabinetes" de bairro obtenham financiamento do Estado ou sejam legalizados .

Quanto ás clínicas bem que operam por aí e já fazem abortos ás escondidas, duvido que venhama ser financiadas pelo estado.

2 - "
Citação:
Ninguém faria qualquer esforço para as dissuadir"

Espero bem que não. Um aconselhamento é precisamente o contrário de uma imposição ou de um esforço para impõr a nossa vontade ou os nossos conceitos morais. Ou de dissuadir quem quer que seja de agir de acordo com a sua consciência íntima.

Aconselhamento e apoio é precisamente o contrário - dar á mulher todas as possibilidades de escolha, toda a informação disponível, todos os recursos de que necessita para optar em liberdade e autonomia.

católica praticante



Editado 4 vezes. Última edição em 06/02/2007 12:25 por catolicapraticante.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 06 de February de 2007 12:24

"Claro que as clinicas não fariam qualquer esforço para reduzir os seus lucros."

Nem mais. Ou seja , só o atendimento através do SNS pode reduzir efectivamente o número de abortos, porque não se baseia na lógica do lucro pelo lucro.

católica praticante



Editado 1 vezes. Última edição em 06/02/2007 12:26 por catolicapraticante.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 06 de February de 2007 12:43

A chacina de seres humanos não diminui o aborto!

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 06 de February de 2007 12:56

Citação:
Quanto ás clínicas bem que operam por aí e já fazem abortos ás escondidas, duvido que venhama ser financiadas pelo estado.
LOL?

Citação:
O que observei ontem num debate televisivo foi precisamente o contrário.
Pois, estivemos a ver programas diferentes. Só pode. Enquanto o NÃO falava na mulher e no feto, os do SIM despejavam a cassete da humilhação, os julgamentos, bla bla bla. Sempre a mesma conversa egoísta. É só a mulher que conta. O feto, ou a coisa humana como alguns lhe chamam, não tem importância.
Citação:
Como com tanta clareza explicou, entre outros a Dra Ana, uma mulher que coloca a possibilidade de abortar nunca será alvo de aconselhamento ou ajuda psicológica, social ou jurídica se não tiver as portas e as jenelas abertas dos serviços de saúde.
Claro, primeiro aprova-se o mal, e depois logo se verá. Claro. Deve ser por isso que as clínicas privadas já se estão a instalar. Como o Estado sabe que não conseguirá dar vazão os pedidos, as clínicas trataram de fazer o acto de misericórdia. Só espero é não ter de contribuir para o extermínio. Há pessoas com problemas sérios que precisam realmente de ajuda. É tão bonito ver estas pessoas a falarem do aconselhamento. Realmente nas clínicas de abortos devem ter pessoas que desencorajam as mulheres a não abortar. Eles querem ir à falência e tudo.
Haja bom senso e caridade!

Pontosvista
Citação:
Acho estas generalizações perigosas e desnecessárias no debate.

Onde está a mentira que proferi? É mentira o que disse? Para já o aborto vai ficar totalmente legal até às 10 semanas. E daqui a mais uns anos veremos se não quererão alargar mais o prazo. Porque será inadmissível julgar mulheres às 10 semanas e 1 dia.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho



Editado 1 vezes. Última edição em 06/02/2007 13:03 por s7v7n.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 06 de February de 2007 13:20

"
Citação:
É só a mulher que conta. O feto, ou a coisa humana como alguns lhe chamam, não tem importância. "


Até agora, só houve uam pessoa neste forum que escreveu um disparete destes.
O seven

católica praticante

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Cunha (IP registado)
Data: 06 de February de 2007 13:20

Citação:
catolicapraticante
O simplismo e fundamentalismo não diminuem o aborto.
Escusa de colocar as letras tão grandes que eu vejo bem. Desde quando ser a favor da vida é fundamentalismo? Você então também é fundamnetalista, só pensa nas mulheres que abortam, como que o que fosse nascer aparecesse ali por obra de magia. Quem não quer os filhos que os não faça, apenas isto.
Cunha

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 06 de February de 2007 13:27

Citação:
catolicapraticante
"
Citação:
É só a mulher que conta. O feto, ou a coisa humana como alguns lhe chamam, não tem importância. "


Até agora, só houve uam pessoa neste forum que escreveu um disparete destes.
O seven

Sim sim taliban, se lhe dessem importância não o matavam. Isto é tão disparate como acharam disparatado quando ontem o Dr. que presidia ao NÃO falou em extremínio e todos os do SIM se exaltaram. Claro, a verdade doi. Mas é preciso que seja dita. Até parece que a propaganda do SIM não se baseia na mulher, e mais na mulher, e na vontade da mulher, sem NUNCA referirem o feto. Basta de chalaças! Sejamos verdadeiros!

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 06 de February de 2007 13:28

"só pensa nas mulheres que abortam"


É mentira.

católica praticante

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: nc32 (IP registado)
Data: 06 de February de 2007 15:12

Falo com a garantia de quem, há 8 anos atrás, votou não. Falo com a garantia de já me ter inclinado bastante para mudar de opinião, pois não há quase semana que não encontre na comunicação social notícias de maus tratos infantís. Quando ouvimos relatos de crianças que chegam à escola cheias de fome e com marcas evidentes de agressões começamos a pensar "afinal, o que é que é melhor?"

Sou homem e sou pai. Nunca saberei que tipo de trauma sofrerá uma mulher que quis abortar nem tenho muita vontade de discutir isso. A lei prevê a defesa de mulheres que engravidaram forçadas.
A mim custa-me, como homem, pensar que podia nunca chegar a conhecer o meu filho porque a mãe não deixou.
A mim custa-me pensar que se condene à morte alguém que nem teve hipótese de se defender porque não conseguiria, de qq forma.
A mim custa-me ver que a sociedade em que estou inserido não evolui. Quando surge o problema, foge-se pelo lado mais fácil.
A mim impressiona-me como uma questão etica, se assim a quisermos chamar, foi transformada numa questão política.

As campanhas trazem sempre à tona as causas mais caricatas:
"Voto sim porque sou jovem"
"Voto sim porque sou moderno"
"Voto sim porque sou responsável"-Claro, os outros são todos uns miseráveis, caro Sr. Engenheiro.


Nos foruns de discussão, e neste também, a discussão acaba sempre por descambar no combate pessoal de opiniões. Tenho pena que andem aqui para mostrar aos outros que voces é que têm razão em vez de acrescentarem algo de novo ao assunto.
Por muito que seja dificil de acreditar, eu entendo o princípio da despenalização do aborto e gosto de ouvir os defensores com argumentos válidos para os apregoar. Só me revolta a maneira leviana como alguns tratam o assunto. Se eu ainda acreditasse que o aborto era realmente o mal menor, tinha tanto pudor de levantar o braço para o defender que provavelmente tinha vergonha de fazer campanha. Ora a campanha do sim levanta braços, pernas, enfim tudo o que dê para levantar. E tenho pena que ao erguer-se tanto levanta da parte do não aquilo que este tem de pior.

É assim a modos que mesmo só uma opinião

Votem todos em consciência e depois logo se vê

Obrigado pela oportunidade

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 06 de February de 2007 23:52

Portanto, combatemos a fome e os maus tratos matando seres humanos antes de nascerem. Boa!

Não obrigado!

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de February de 2007 08:57

"Aprimeira confusão é de fundo, é voluntária e tem sido explorada na propaganda.

O "não" apresenta-se como se fosse o "não ao aborto" e como se os outros fossem seus apoiantes.
Mas o referendo, como tem sido dito até à exaustão, é apenas sobre a despenalização e apenas em certas circunstâncias.

Ninguém pretende uma promoção do aborto. É má-fé sugerir o contrário. Mesmo que o "não" ganhasse por cem por cento no dia 11 não haveria por isso um aborto a menos do que há hoje. O "não" no referendo não é um "não ao aborto".



2. A segunda confusão é sobre "a opção da mulher".

Quem vota "não" vê esta "opção" como um sinal de leviandade, um capricho, e quer vincar que é contra o aborto por capricho, por irresponsabilidade, por dá-cá-aquela-palha, por desfastio ou por irreflexão.

Mas votar "não" vai manter na clandestinidade as mulheres que não se encaixam nas condições legais admitidas hoje para o aborto.

E a clandestinidade não permite avaliar a real vontade da mulher, as suas reais necessidades, não permite oferecer à mulher alternativas viáveis ao aborto.

Votar "não" a esta "opção da mulher" é abrir a porta à arbitrariedade, ao aborto forçado, ao aborto contra a opção da mulher, por imposição do pai, por pressão do marido, por ameaça do amante.


3. A terceira confusão é sobre "as primeiras dez semanas".

Quem diz "não" pode querer sublinhar o dever de defesa de uma entidade frágil e indefesa e pode sonhar que o consegue ou que, pelo menos, vai conseguir baixar o limite desta intervenção até um estádio em que o grau de desenvolvimento do embrião se revele menos problemático. Mas quem nega estas dez semanas está na prática a permitir o aborto clandestino sem limite, até estádios onde o feto é já viável."

José Vítor Malheiros, no Público de hoje

católica praticante

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Cunha (IP registado)
Data: 07 de February de 2007 09:20

«Quem procurar o aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae», cânone 1398, Código de Direito Canónico

E quanto aos cúmplices temos o cânone 1329. Segundo o CDC, Edição anotada, podemos ver nas notas de rodapé: «O critério de punibilidade que estabelece a lei é óbvio: o codelinquente sofre igual ou menor sanção que o autor, em razão da sua capacidade pessoal e da natureza da sua cooperação».

Cooperar pelo SIM é ajudar a instituir o aborto como algo de direito. Agora que cada um vá ler os cânones 1329 e 1398 e leia a sua situação.

Cunha

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: nc32 (IP registado)
Data: 07 de February de 2007 10:01

Permitam-me apenas um pensamento:
««
O "não" apresenta-se como se fosse o "não ao aborto" e como se os outros fossem seus apoiantes.
Mas o referendo, como tem sido dito até à exaustão, é apenas sobre a despenalização e apenas em certas circunstâncias
»»

Não deixa de ser engraçado como eu posso apresentar uma realidade de tantas maneiras diferentes. Pelo simples facto de eu incluir uma clausula de 10 semanas, tanto posso dizer
-o aborto é completamente livre até às 10 semanas-
como posso dizer
-a despenalização do borto ocorre apenas em certas circunstâncias-

Os meus votos de bom senso a todos os participantes

PS: Eu vou ja ler o CDC, é só um instantinho enquanto vou tomar um cafezinho...
peço desculpa mas nao consegui resistir

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: nc32 (IP registado)
Data: 07 de February de 2007 11:15

Citação:
s7v7n
Portanto, combatemos a fome e os maus tratos matando seres humanos antes de nascerem. Boa!
Não obrigado!

Estou farto de ler a minha mensagem e não compreendo de todo como foi que você chegou a esta brilhante conclusão.

Para quem não percebeu onde eu queria chegar, essa criança em particular veio a falecer vítima dos maus tratos, se eu não estou enganado numa localidade de Monção. Como o caso é recente, pensei que conseguisse acompanhar a ideia.
Ainda assim, e dado o conteúdo completo da minha mensagem, fico com a sensação que está de tal forma empenhado na defesa do seu sentido de voto que isso lhe está a toldar de alguma forma o raciocínio.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Cunha (IP registado)
Data: 07 de February de 2007 13:09

Belo reciocínio!!!
Então, é melhor impedir as crianças de nascer, porque, se calhar, (nunca se sabe, não irá o Diabo tecê-las...), vão ser vítimas de maus tratos?
Não tem lógica: o futuro a Deus pertence.
Cunha

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: nc32 (IP registado)
Data: 07 de February de 2007 13:51

Citação:
Cunha
Belo reciocínio!!!
...

Parece-me que o problema é recorrente. Ponto final, não vale a pena pelos vistos.

E já agora: estava a ouvir um programa na TSF com opiniões de alguns elementos dispersos, onde um deles dizia que a campanha (naturalmente) servirá para aliciar os indecisos para um ou outro lado.

Acham mesmo que é possível ao indeciso português médio (termo utilizado no debate da TSF) conseguir distinguir entre o José Sócrates que morava não-se-sabe-bem-onde e o Exmo.Sr. Primeiro Ministro, sem que isso acabe por derivar consequentemente pela inclinação política de cada um? E não, não me sinto preocupado por algum favorecimento do lado oposto dado o PS ser o partido com maioria no parlamento e lembrar-me do peso que teve nos resultados de 98 a afirmação do Eng. António Guterres quando disse que o cidadão António Guterres era contra a liberalização do aborto.

Cumprimentos a todos

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 07 de February de 2007 20:37

Citação:
nc32
Citação:
s7v7n
Portanto, combatemos a fome e os maus tratos matando seres humanos antes de nascerem. Boa!
Não obrigado!

Estou farto de ler a minha mensagem e não compreendo de todo como foi que você chegou a esta brilhante conclusão.

Para quem não percebeu onde eu queria chegar, essa criança em particular veio a falecer vítima dos maus tratos, se eu não estou enganado numa localidade de Monção. Como o caso é recente, pensei que conseguisse acompanhar a ideia.
Ainda assim, e dado o conteúdo completo da minha mensagem, fico com a sensação que está de tal forma empenhado na defesa do seu sentido de voto que isso lhe está a toldar de alguma forma o raciocínio.

Meu caro, permita que lhe pergunte:

Mas onde é que está escrito no seu post sobre alguma criança que veio a falecer na localidade de Monção??

Cuidado com essas sensações....

A minha resposta baseou-se nisto

Citação:
Falo com a garantia de quem, há 8 anos atrás, votou não. Falo com a garantia de já me ter inclinado bastante para mudar de opinião, pois não há quase semana que não encontre na comunicação social notícias de maus tratos infantís. Quando ouvimos relatos de crianças que chegam à escola cheias de fome e com marcas evidentes de agressões começamos a pensar "afinal, o que é que é melhor?"

Onde é que aqui como no resto do post se refere a tal localidade??? Devo estar ceguinho. Antes de partir para o ataque frontal sem fundamentos convém ler o que se escreve. Cuidado.

Mas aproveito desde já para responder que essa sua resposta também não foi melhor. Tenha ela nascida em Monção ou em Marte. Vamos matar os nossos filhos, só porque achamos que eles vão sofrer? Então administramos o acto de misericórdia que é exterminá-lo??? Que amor é esse pergunto eu?? Não é isso que Deus nos pede.

"Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei."

E de uma coisa podem estar certos, Deus nunca recomendaria um aborto. Está bem explícito e explicado pela nossa Igreja Católica. O aborto é largamente contrário à lei de Deus. Quem o faz ou aconselha não está em sintonia com a Igreja. Mesmo que se afirme praticante. Palavras leva-as o vento.

Hoje comprei um livro sobre Bento XVI que se chama "BENTO XVI, Pensamento Ético, Político e Religioso"

Na página 111 faz-se o seguinte reparo:

Sobre o Aborto e a Eutanásia:

Em relação ao pecado grave do aborto ou da eutanásia, quando a cooperação formal de uma pessoa se torna manifesta(entenda-se, no caso de um político católico, o facto de fazer campanha sistemática e votar a favor de leis que permitem o aborto e a eutanásia), o seu pastor deveria encontrar-se com ele, instruí-lo acerca do ensino da Igreja sobre tais questões, informa-lo de que não deve apresentar-se para a Santa Comunhão enquanto não puser fim à objectiva situação de pecado em que se encontra, e avisá-lo de que de contrário lhe será negada a Eucaristia (23)

23 - Dignità a ricevere la santa comunione. Principe generali(Instruzione Redemptionis Sacramentum), memorando reservado para a ConferÊncia Episcopal dos Estados Unidos, ocasionado pela candidatura às eleições de políticos católicos que fazem campanha sistemática pelo aborto, Junho de 2004, nº 5.

É só para não haver dúvidas no que pensa a Igreja sobre tais actos crueis.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho



Editado 1 vezes. Última edição em 07/02/2007 20:39 por s7v7n.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 07 de February de 2007 22:43

Vi no Público

Acho o artigo com interesse.
Aqui vai:

"Sim+Não+Não = Assim Não!, por Graça Franco
05/02/2007

O que me impressionou foi o silêncio. Espesso. Pesado. Agarrado às cadeiras rotativas do estúdio como se lhes roubasse de repente o movimento. E só por isso volto ao tema. O tom inquisidor produzira efeito. E eu, em casa, acordando para "a culpa" a responder à intimação de dedo em riste, que me vinha do lado de lá do televisor, num apressado exame de consciência: será que eu soube alguma vez de um aborto realizado por alguém próximo ou longínquo e, "em coerência" (segundo a invectiva de Vital Moreira), não me agarrei de imediato ao telefone para denunciar o crime e exigir a rápida punição dos envolvidos?
E não é que não? Mesmo sem localizar com clareza o momento exacto (quem sabe os meus amigos me poupam a um certo tipo de desabafos... ou no meu meio "privilegiado" essa não seja mesmo a solução corrente!). Tenho a certeza que não. Dei comigo, aliás, a constatar que a figura de denunciante não faz o meu género. Excepto uma meia dúzia de vezes e sempre pelo mesmo motivo. Como daquela vez que já aqui contei. Nos idos de Abril. Quando o Ribeiro espancou, pela milionésima vez, a pobre D. Esmeralda. Veio-me de novo à ideia a figurinha da senhora, frágil, no seu casaquinho de malha preto, num luto antecipado por si própria. E estremeci à ideia de o Ribeiro poder alguma vez ter exigido à pobre senhora que abortasse? Era bem capaz! A avaliar pela descrição do bicho e pela amostra que presenciei. E iria eu apontar o dedo à D. Esmeralda, perante o escárnio do vómito do Ribeiro?

De repente apeteceu-me estar também nos Prós e Contras. Só para saber se, por acaso, naquele palco, naquela plateia, também o silêncio responderia a esta questão: quem sabendo que alguém das suas relações próximas, ou remotas, era vítima sistemática de violência doméstica (sendo regularmente insultada, maltratada, violentada, espancada, etc...) já tinha denunciado o criminoso, enviando-o com guia de marcha para o merecido calabouço? A violência doméstica já é crime!

Quantos diriam SIM? Muitos, poucos? Nenhuns? Ou na sala perpassaria o mesmo silêncio pesado? A esvair-se pelos cantos das bocas em trejeitos de culpa? Ou o silêncio daria antes lugar a um risinho nervoso, incomodado? Do género: Eu? Se já denunciei o senhor juiz do oitavo andar? O polícia do quarto? O primo Óscar? O pai da Ana da turma da Joaninha? O Sousa? Se já fiz queixa à polícia do patrão? E com que provas? Arriscando-me à fúria da família? Aos escândalos à minha porta. Com a mulher chorosa invectivando-me porque lhe roubara a companhia do "monstro que ela amava" e lhe deixava os filhos sem educação. Já para não falar da humilhação causada aos descendentes do polícia ou do juiz que assim os veriam enviados para a cadeia pelos respectivos pares.

E antes do programa ir para intervalo talvez houvesse ainda tempo para perguntar à plateia se, mesmo assim, e sem nos pretender transformar num país de "bufos", acreditavam que a lei podia, "criminalizando" essa ou outras condutas, ter algum efeito dissuasor? Útil pelo menos do ponto de vista da sinalética legal. Não que eu queira comparar aborto e violência doméstica, mas só para concluir que o facto de a sociedade pactuar com um certo tipo de comportamentos aplicando simples censura moral não é caso para os legitimar e, menos ainda, para os legalizar ou financiar com os nossos impostos. Pelo contrário, muitos progressos civilizacionais (e a luta contra a violência doméstica é um deles) podem passar exactamente pela opção oposta. Por quebrar esse pacto social e um belo dia dizer: Basta!

Como escrevia Jacinto Lucas Pires, "do que se trata é de discutir se o direito deve ter um fundamento ético mínimo ou se é apenas a regulação convencional do "facto consumado"".

Partilho com o cronista do DN o escândalo perante o baixar de braços, nesta batalha, dos que se dizem de esquerda. Os que consideram que a sua luta em defesa dos mais pobres e dos mais fracos não passa por lhes garantir todos os meios para poderem responsavelmente exercer o direito a ter o número de filhos que muito bem entenderem, mas por lhes oferecer "grátis" nos hospitais públicos o "desembaraço" daqueles a quem não poderão alimentar com o fruto do seu trabalho.

Se eu fosse uma daquelas mulheres trabalhadoras a que se referia Jerónimo de Sousa no seu discurso pró-SIM, forçadas a abortar porque a alternativa é perder o emprego ou passar a entregar todo o seu salário para pagar uma creche, não queria que ele lutasse pelo meu direito a abortar. O que eu exigiria a um dirigente comunista era a defesa do direito de todas as mulheres trabalhadoras a não serem despedidas quando engravidam, a serem reintegradas depois da gravidez e a disporem de creches gratuitas, horários de trabalho compatíveis, salários justos e apoios estatais à maternidade, reconhecendo-a como um bem económico e social precioso. A tudo isso eu voto SIM.

Mas o que vai a votos não é isso, e, embora paga com os nossos impostos a liberalização do aborto até às dez semanas, é uma medida bem mais fácil e baratinha do que uma política de intervenção social de apoio à maternidade das mulheres trabalhadoras (do tipo das adoptadas por Blair na Grã-Bretanha, pelos socialistas franceses ou pelo actual Governo alemão). Em Portugal o que vai a votos é a típica medida de cariz liberal e capitalista que Jerónimo de Sousa não deixaria de rotular, noutras circunstâncias, "da direita". As clínicas privadas de abortos passarão a ser parcialmente sustentadas com as verbas desviadas do SNS. Rentabiliza-se-lhes o negócio e, em contrapartida, passarão a pagar IRC, coisa que actualmente, por "falta de eficiência fiscal", ainda não se consegue cobrar às abortadeiras de vãos de escada.

Mas o PC, como a extrema-esquerda e como alguns intelectuais, como Lídia Jorge, argumentam hoje com os mesmos dados do problema de há trinta anos (como se ainda não houvesse ecografias num mundo das ecografias a 4D), como se a informação e contracepção não estivesse generalizada. Falar hoje de "coisa humana" não é um insulto à "coisa" é sobretudo um insulto ao estádio actual da evolução da ciência e ao grau de conhecimento da humanidade. Se "coisa" fosse, porque se consideraria "dramática" a sua eliminação? O drama resulta de se saber que aquela vida, com olhos, braços, pernas, e coração a bater é um filho. E essa "eliminação" tem nome. E coração é coração, por muito que aquele senhor dos Médicos pela Escolha venha agora dizer que o órgão que qualquer mãe ouve bater na primeira ecografia a não sei quantas pulsações por minuto é apenas e tão-só uma outra "coisa" qualquer. Demagogia sem limites!

Não é por acaso que na tal Europa desenvolvida, a que aprovou há trinta anos leis liberalizadoras (desconhecendo nessa ocasião o que hoje os neonatologistas nos mostram até à exaustão) a experimentação embrionária é proibida a partir do 14.º dia e não até às dez semanas. Porquê? Óbvio não é?

Dia 11 vai perguntar-se aos portugueses se dizem sim ou não a uma pergunta múltipla, confusa e ambígua. Creio mesmo que poderia ter sido com vantagem substituída por três: É favorável à despenalização, em certas circunstâncias, da mulher que aborte? É favorável à liberalização do aborto (a pedido da mulher e sem invocação de nenhum motivo) desde que praticado até às dez semanas? E finalmente: Acha que o aborto deve ser livre e gratuito nos hospitais públicos desde que praticado até às dez semanas? Assim ficava tudo mais claro. Eu responderia Sim, Não, Não. O que obviamente não é igual a SIM. Quando muito resulta em Assim Não! Como bem concluiu o professor Marcelo.

E dado que o professor já juntou um número de penalistas suficientes para resolver essa questão da ameaça da cadeia, pode o SIM dormir descansado e tranquilamente votar NÃO! Caso o que pretenda seja apenas conseguir a despenalização desejada das tais mulheres que abortam em estado de necessidade desculpante (como diz o prof. Freitas). Está conseguida. Basta ganhar o NÃO. A menos que a pergunta não seja directa e o que se pretenda seja mesmo a liberalização do aborto até às dez semanas, sem sequer estar sujeita ao aconselhamento dissuasor como na Alemanha, mas tão-só porque se considera ser esse "um direito da mulher". E até às dez semanas porque, pelo menos para já, não se tem coragem de ir mais longe como queria o PS no seu projecto inicial... É esse sim o meu receio e por isso votarei Não, Não, e uma vez mais NÃO!"

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Este tópico foi encerrado

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