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Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: luis (IP registado)
Data: 20 de January de 2007 19:38

catolicopraticante

permita-me corrigi-la, aceito que tenho uma boa dose de loucura mas com respeito a este assunto não estou sózinho na minha taradice estou muito bem acompanhado por todos os líderes religiosos de todas as principais religiões do planeta. Todos eles grandes machistas com graves problemas com as mulheres, ou assim deve ser porque não vejo um só que não condene veementemente o aborto.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 20 de January de 2007 20:32

Firefox, no que toca a métodos anti-concep,o Alef já deixou aqui uma mensagem do Papa sobre esse assunto que demonstra que não existe fanatismo da parte da Igreja quando não aprova a banalização dos métodos artificiais.

E já agora o Epafras não é Católico. Logo a boca não funcionou, passou-lhe completamente ao lado.

E mais uma vez, para quem diz que é contra o aborto mas defende o sim, isso é pura mentira. Propagandas....São é contra o aborto clandestino, não contra o aborto em si. Ou seja, a favor do aborto. Ou não estariam a defende-lo com unhas e dentes.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 20 de January de 2007 20:33

Ai taliban...quem te viu e quem te vê...

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 20 de January de 2007 20:49

"«Medo, incerteza e dúvidas», por Rui Tavares, no "Público" de Janeiro 13, 2007


Qualquer aprendiz de propaganda sabe o que fazer quando a mensagem do adversário parece ter boa aceitação entre o público: lançar FUD - a abreviatura em inglês para Fear, Uncertainty and Doubt. O Medo, Incerteza e Dúvida é uma arma poderosa na luta pela opinião pública.

Por isso os defensores do "não" no referendo de 11 de Fevereiro sobre a descriminalização do aborto não parecem muito preocupados com as sondagens que dão grande vantagem ao "sim" nas intenções de voto.
Em primeiro lugar, porque já no primeiro referendo sobre o assunto, em 1998, o quadro era semelhante e o "não" conseguiu uma vitória surpreendente, embora curta e pouco participada.

Mas principalmente porque o "não" tem a sua campanha construída em torno do medo, das incertezas e das dúvidas, e conta com essa campanha para desmobilizar o campo do "sim" e repetir 1998. Não é ilegítimo, embora possa ser reprovável; é certamente muito eficaz e já está a dar efeitos.

Considere-se o cartaz do "não" onde se lê: "Contribuir com os meus impostos para financiar clínicas de aborto?" Eis um exemplo básico da utilização do FUD, que consiste em pôr as pessoas a discutir uma incerteza para as desmobilizar da questão que vai efectivamente a referendo, que é saber se o aborto até às dez semanas deve deixar de ser crime.

O cartaz destina-se a suscitar dúvidas às muitas pessoas que acham que o aborto até às dez semanas deveria deixar de ser crime (que é aquilo que vai a referendo) e confundi-las com uma questão de gestão dos dinheiros públicos que pertence a um debate mais geral.

A formulação é intencionalmente vaga para dar a ideia de que o dinheiro (público) dos "meus" impostos poderia servir para financiar clínicas (privadas), desmobilizando também quem ache que o dinheiro público deve ir apenas para o Sistema Nacional de Saúde.

Mais uma vez, não é nada disto que está em causa. Cada governo terá certamente a sua opinião sobre como devem ser utilizados os dinheiros dos impostos, e cada parlamento sucessivo legislará em conformidade, na área da saúde pública como na da economia ou das artes. Mas é certamente muito útil para o campo do "não" que as pessoas se ponham a discutir incertezas em vez de certezas, porque essa é sempre a maneira mais eficiente de evitar que qualquer coisa mude. Basta perguntar a quem se quiser mudar se a casa nova não tem goteiras (ainda que a casa velha as tenha em maior quantidade): atiram-se as dúvidas para um futuro que ainda não existe e escondem-se os defeitos do presente que existe.
Para contrariar o espírito e responder à letra bastaria ao campo do "sim" fazer algumas perguntas simples. A diferença está em que nenhuma delas remete para possibilidades vagas num futuro incerto, mas todas dizem respeito à realidade e à lei que hoje em dia temos.

São elas:
"Contribuir com os meus impostos para financiar a perseguição de mulheres que abortaram?" - afinal de contas, de quem são os impostos que pagam as investigações policiais, as escutas telefónicas, os interrogatórios? Terá esse dinheiro caído do céu? Em Aveiro, mulheres que tinham acabado de abortar foram detidas na rua e obrigadas a fazer um exame ginecológico sob alçada da polícia. Quem pagou esse acto de violência e humilhação? Os "meus" impostos. Os "seus" impostos. Os "meus" impostos pagaram àqueles agentes que teriam certamente melhores coisas para fazer. Os "meus" impostos pagaram a papelada. Os "meus" impostos pagaram aos inspectores, aos procuradores e aos funcionários.
Mas há mais perguntas para entreter os nossos amigos do "não": "Contribuir com os meus impostos para financiar julgamentos a dezenas de mulheres?" é um exemplo. Outra: "Contribuir com os meus impostos para ajudar a entupir os tribunais com uma decisão que os próprios juízes dizem ser política?" Melhor ainda: "Contribuir com os meus impostos para ajudar a financiar clínicas de aborto (em Espanha)?" E que tal: "Contribuir com os meus impostos para ajudar a financiar o aborto (clandestino)?"

E contribuir com os meus impostos para atender mulheres em risco após abortos improvisados? E contribuir com os meus impostos para perpetuar um problema de saúde pública?

Poderia estar aqui a coluna inteira com estas perguntas, que não são possibilidades vagas ou a discutir no futuro mais realidades indiscutíveis que existem com a lei que temos hoje - e que os partidários do "não" querem manter.
Esse é outro aspecto revelador que a táctica do medo, da incerteza e das dúvidas permite esconder. Afinal de contas, o campo do "não" é favorável à lei actual, mas faz tudo o que pode para evitar referir-se a ela, chegando ao cúmulo de nunca citar a lei que defende, nomeadamente a parte que é a mais visada pela pergunta do referendo:

"A mulher grávida que der consentimento ao aborto praticado por terceiro, ou que, por facto próprio ou alheio, se fizer abortar, é punida com pena de prisão até três anos" (sugestão para uma campanha que não seja de "Medo, Incerteza e Dúvidas": colocar este artigo da lei ao lado da pergunta do referendo e deixar as pessoas decidir).

Mais uma vez, trata-se de substituir a certeza da lei que existe pelas incertezas na sua aplicação, e preconizar mesmo o seu desrespeito, nem que para isso o "não" tenha de rever periodicamente o seu discurso. Lembrem-se que durante anos eles nos garantiram que não havia "mulheres julgadas por aborto" (embora houvesse).

Depois aconteceram os primeiros julgamentos divulgados pelos media, e os partidários do "não" passaram a dizer que não havia "mulheres condenadas por aborto", como se a investigação policial e a suspeita não fossem já uma forma social de condenação.

Mas entretanto houve mulheres efectivamente condenadas em tribunal por terem abortado, e agora os partidários do "não" agarram-se à última réstia de credibilidade para dizer que "não há mulheres presas por aborto", embora saibam perfeitamente que a prisão até três anos está prevista pela lei que defendem.

Um dia, se esta lei não for mudada, poderemos sempre vir a ter mulheres presas por terem abortado. Adivinhem de onde virá o dinheiro para pagar as suas celas na penitenciária? Dos impostos de Ribeiro e Castro ou de Maria José Nogueira Pinto? Seria justo. Mas terá de vir dos "meus" impostos também.

católica praticante

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 20 de January de 2007 20:49

Citação:
s7v7n
E já agora o Epafras não é Católico. Logo a boca não funcionou, passou-lhe completamente ao lado.

Não seja leviano. Eu citei o nome de alguém aqui como não-católico prondo a excomunhao da igreja? Não! Deixo esse privilégio para pessoas como vc. Aliás, acha que perderia tempo com isso? Até onde sei, ser católico e ser cristão podem muito bem ser coisas diferentes. Uma não obriga a outra, embora na maior parte das vezes aconteçam as duas coisas a uma mesma pessoa.

.............

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 20 de January de 2007 20:56

Citação:
Métodos anti-concepcionais eficientes tb são proibidos pela igreja catolica do Epafras.

Palavras suas e não minhas. Agora barafuste o que quiser...

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 20 de January de 2007 20:56

Aqui fica a opinião de alguns católicos:


"A Igreja Católica insiste em dar razões para ser vista como bem mais afirmativa "nesta" defesa da vida do que nos combates por outras políticas da vida como as do emprego, do ambiente, da habitação ou da Segurança Social. Além de que, no caso do aborto, a defesa da vida deve sempre ser formulada no plural. Estão em questão as vidas de pelo menos três pessoas e não apenas a de uma

Somos católicos e assistimos, inquietos e perplexos, à reiteração de uma lógica de confronto crispado por parte de sectores da Igreja Católica - incluindo os nossos bispos - no debate suscitado pelo referendo sobre a despenalização do aborto. Frustrando as melhores expectativas criadas pelas declarações equilibradas de D. José Policarpo, a interrupção voluntária do diálogo volta a ser a linha oficial. E o radicalismo vai ao ponto de interrogar a legitimidade do Estado democrático para legislar nesta matéria. É um mau serviço que se presta à causa de uma Igreja aberta ao mundo.
A verdade é que a despenalização do aborto não opõe crentes a não crentes. Nem adeptos da vida a adeptos da morte. Não é contraditório afirmarmo-nos convictamente "pela vida" e sermos simultaneamente favoráveis à despenalização do aborto. Porque sendo um mal, não desejável por ninguém, o recurso ao aborto não pode também ser encarado como algo simplesmente leviano e fácil. As situações em que essa alternativa se coloca são sempre dilemáticas, com um confronto intensíssimo entre valores, direitos, impossibilidades e constrangimentos, vários e poderosos, especialmente para as mulheres. Ora, mesmo quando, para quem é crente, a resposta concreta a um tal dilema possa ser tida como um pecado, manda a estima pelo pluralismo que se repudie por inteiro qualquer tutela criminal sobre juízos morais particulares, por ser contrária ao que há de mais essencial numa sociedade democrática.
Por isso, não nos revemos no carácter categórico e absoluto com que alguns defendem a vida nesta questão, dela desdenhando em situações concretas de todos os dias: a pobreza extrema é tolerada como "inevitável", a pena de morte "eventualmente aceitável", o racismo e a xenofobia é discurso vertido até nos altares. A Igreja Católica insiste em dar razões para ser vista como bem mais afirmativa "nesta" defesa da vida do que nos combates por outras políticas da vida como as do emprego, do ambiente, da habitação ou da segurança social. Além de que, no caso do aborto, a defesa da vida deve sempre ser formulada no plural. Estão em questão as vidas de pelo menos três pessoas e não apenas a de uma. Por isso, quando procuramos - como recomenda um raciocínio moral coerente mas simultaneamente atento à vida concreta das pessoas - estabelecer uma hierarquia de valores e de princípios, ela nem sempre é fácil ou mesmo clara e não será, seguramente, única e universal. Nem o argumento de que a vida do feto é a mais vulnerável e indefesa das que se jogam na possibilidade de uma interrupção voluntária da gravidez pode ser invocado de forma categórica e sem quaisquer dúvidas.
É de mulheres e de homens que se trata neste debate. E também aqui, o esvaziamento do discurso de muitos católicos e sectores da Igreja relativamente aos sujeitos envolvidos nos dilemas de uma gravidez omite a recorrente posição de isolamento, fragilidade ou subalternização das mulheres, para quem o problema poderá ser absoluto e incontornável, reproduzindo a distância que sustenta a sobranceria e condescendência moral de muitos homens (mesmo que pais). A invocação do direito da mulher a decidir sobre o seu corpo é um argumento que, bramido isoladamente, corre o risco de reproduzir de uma outra forma a tradicional atitude de desresponsabilização de grande parte dos homens perante as dificuldades com que se confrontam as mulheres na maternidade e no cuidado de uma nova vida. A defesa da autonomia da mulher, da sua plena liberdade e adultez é indiscutível e será sempre tanto mais legítima e forte quanto reconhecer e atribuir ao homem os deveres e os direitos que ele tem na paternidade. Ignorá-lo é mais uma vez descarregar apenas sobre os ombros das mulheres a dramática responsabilidade de decidir sobre o que é verdadeiramente difícil. A Igreja tem, neste aspecto particular, uma responsabilidade maior. As suas preocupações fundamentais com a família exigem uma reflexão igualmente apurada sobre as responsabilidades conjuntas de mulheres e homens na concepção e cuidado da vida.
Infelizmente, pelas piores razões, o discurso oficial da Igreja está muito fragilizado para a defesa de abordagens à vida sexual e familiar que acautelem o recurso ao aborto. A moral sexual oficial da Igreja - e, em concreto, em matéria de contracepção - fecha todas as alternativas salvo a da castidade sacrificial. É um discurso que não contribui, de modo algum, para a defesa de uma intervenção prioritariamente preventiva, em que ao Estado fosse exigível um sistemático e eficaz serviço de aconselhamento e assistência no domínio do planeamento familiar e da vida sexual. Pelo contrário, o fechamento dos mais altos responsáveis da Igreja a uma discussão mais séria e aberta sobre a vivência concreta da sexualidade denuncia um persistente autismo, que ignora a sensibilidade, a experiência, o pensamento e a vida das mulheres e dos homens de hoje.
Em síntese, o recurso ao aborto é sempre, em última análise, motivo de um grave dilema moral. E é nessas circunstâncias de extrema dificuldade que achamos ter mais sentido a confiança dos cristãos na capacidade de discernimento de todos os seres humanos, em consciência, sobre os caminhos da vida em abundância querida por Deus para todos e para todas. Optar por uma reiteração de princípios universais, como o do respeito fundamental pela vida, confundindo-os com normas e regras de ordenação concreta das vidas é, além do mais, optar por uma posição paternalista, de imposição e vigilância normativas, e suspeitar de uma atitude fraternal, de confiança e solidariedade com os que, de forma autónoma, procuram discernir as opções mais justas. Partir para este debate com a certeza de que a despenalização do aborto é porta aberta para a sua banalização é abdicar de acreditar nas pessoas, em todas as pessoas, e na sua capacidade de fazer juízos morais difíceis. Não é essa abdicação que se espera de homens e mulheres de fé.

[Artigo de opinião de Ana Berta Sousa, José Manuel Pureza, Marta Parada, Miguel Marujo e Paula Abreu

católica praticante



Editado 1 vezes. Última edição em 20/01/2007 20:57 por catolicapraticante.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 20 de January de 2007 20:58

CP

sobre o aspecto economicista gostei bastante tb do texto do Boaventura de Sousa Santos:

As contas viciadas do aborto

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 20 de January de 2007 21:00

Sem dúvida. Um meu querido professor e mestre...

católica praticante

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 20 de January de 2007 21:03

Sortuda :D

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 20 de January de 2007 21:06

:)) Pois...

católica praticante

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 20 de January de 2007 21:22

Vocês já concordam que se penalize uma mulher que aborte às 10 semanas e 1 dia? Que critérios científicos foram utilizados para determinar este prazo?

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 20 de January de 2007 21:24

Citação:
s7v7n
Citação:
Métodos anti-concepcionais eficientes tb são proibidos pela igreja catolica do Epafras.

Palavras suas e não minhas. Agora barafuste o que quiser...

Vc está enxergando o que quer, não o que foi escrito. Se tem dificuldades, traduzo para vc: "Métodos anti-concepcionais eficientes tb são proibidos pela igreja catolica do Epafras" deveria/poderia ser lido como "Métodos anti-concepcionais eficientes tb são proibidos pela igreja catolica, do modo como o Epafras a entende.".

Não tente por palavras na boca dos outros que era o que mais faltava agora. Basta ler os meus posts para perceber que não vejo a igreja como um bando de pessoas purinhas vestindo asinhas de anjo. Tem nela lugar para pessoas que votam NAO e para pessoas que votam SIM. Simples. Tem lugar nela para o Epafras, e até para o maluco do cônego doutor da lei que nega sacramentos para quem vota. Teve lugar para inquisitores, e para santos. Não cabe a mim peneirar o trigo e separar o joio, e acho que outros tb nao deviam ir por esse caminho. A tentaçao de ser mais correto do que o Cristo acomete muitos. Ele não julgou e ensinou a não faze-lo.

............

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 20 de January de 2007 21:28

Citação:
Vc está enxergando o que quer, não o que foi escrito. Se tem dificuldades, traduzo para vc: "Métodos anti-concepcionais eficientes tb são proibidos pela igreja catolica do Epafras" deveria/poderia ser lido como "Métodos anti-concepcionais eficientes tb são proibidos pela igreja catolica, do modo como o Epafras a entende.".

Errado. Uma coisa é isto

Citação:
Métodos anti-concepcionais eficientes tb são proibidos pela igreja catolica do Epafras"

Outra é isto

Citação:
Métodos anti-concepcionais eficientes tb são proibidos pela igreja catolica, do modo como o Epafras a entende.

Aprenda a ser claro no que escreve. Não faço ideia no que vai nessa cabecinha.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 21 de January de 2007 00:06

Epafras

Quando o anterior Papa escreve:

"Portanto, no caso de uma lei intrinsecamente injusta, como aquela que admite o aborto ou a eutanásia, nunca é lícito conformar-se com ela, nem participar numa campanha de opinião a favor de uma lei de tal natureza, nem dar-lhe a aprovação com o seu voto." (João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 73)

não estou a ver que seja apresentado verificando:

"quando ao mesmo tempo é proposto como divinamente revelado" (CDC 750)

como aliás acontece com a generalidade dos pronunciamentos do Magistério ordinário. Aliás a Igreja tem muitos defeitos mas ainda não se lembrou de acusar de heresia quem discorda do Magistério ordinário em questões práticas.

Continuo a achar que o Epafras se quer apresentar como mais papista do que o Papa.

pontosvista

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 21 de January de 2007 01:31

Mais uma opinião de um católico:


“Quanto ao poder laico, e livre, da política, é clara uma transferência do poder político para o poder religioso... O segundo tem que ver com o tom ‘Cro-Magnon’ com que a questão do aborto tem sido tratada entre nós. (…) a AD não tem a menor autonomia de discurso, já se não pede de voto, nem de vontade, em relação à Igreja, e limita-se a repetir o que esta diz,a presenciar o que esta proclama. Os socialistas dividem-se entre a sua história e a história que a Igreja quer que eles façam.

Só por referência lembre-se, por exemplo, que em França foi uma liberal, assumida como tal, da maioria giscardiana, a senhora Simone Weil quem, contra os mais conservadores e os mais ortodoxos, impôs a lei do aborto. Lá, os socialistas não tiveram dúvidas. Giscard, líder da maioria, não interferiu. Quer isto dizer, uma vez mais, que somos subdesenvolvidos; e que, no caso, andamos atrasados, à direita e à esquerda. A menos que se rejeite a Europa moral e apenas se queira a Europa económica…”.

Paulo Portas, “Civis, Laicos e Europeus”, in Tempo, 4 de Março de 1982.

Não tem nada a ver com a Europa um país em que o discurso da social-democracia sobre as questões morais se limita a dizer que o aborto é a restauração da pena de morte. É próprio dos mais conservadores dentro dos conservadores, e sul-americano concerteza. Não tem nada a ver com a Europa que a livre iniciativa seja um palmarés deixado vazio, preterido pelas fáceis e dóceis concessões às corporações fácticas. É próprio dos Estados sobretudo confessionais e não de sociedades civis dinâmicas. Não tem nada a ver com a Europa que se regrida a ponto de substituir o acto livre e consciente, por isso pleno e sublime de escolher uma religião, pela imposição de um princípio de obrigatoriedade, por isso sem elevação, nas escolas, de uma confissão. É próprio do passado.”

Paulo Portas, “A Europa Mora ao Lado”, in Tempo, 12 de Maio de 1982.

católica praticante



Editado 2 vezes. Última edição em 21/01/2007 01:35 por catolicapraticante.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 21 de January de 2007 02:24

Uma posição próxima da minha:

Referendo sobre o aborto, de Anselmo Borges, no DN

Vou votar não porque penso que no contexto actual uma vitória do sim, muito além da despenalização, conduziria inevitavelmente a uma liberalização total, paga pelo estado, do aborto até às 10 semanas.

pontosvista

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: luis (IP registado)
Data: 21 de January de 2007 04:21

pontosvista

bem vindo à confraria nacional dos machos latinos porcos, loucos e irresponsáveis.

Estava aqui a pensar se não será penoso para uma personalidade como Anselmo Borges cujo pensamento conheço muito bem doutras "guerras" ter de andar a declarar coisas que são tão básicas que deviam ser do conhecimento e sensibilidade de todos. É assim como ver Einstein reduzido a explicar o 1+1=2 ás criancinhas.

Mas enfim já lá diz o ditado: Verdadeiro cego não é o que não vê, mas aquele que não quer ver.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 21 de January de 2007 04:22

Citação:
pontosvista
Uma posição próxima da minha:
Referendo sobre o aborto, de Anselmo Borges, no DN

Vou votar não porque penso que no contexto actual uma vitória do sim, muito além da despenalização, conduziria inevitavelmente a uma liberalização total, paga pelo estado, do aborto até às 10 semanas.

Aleluia! Finalmente alguém da hierarquia da igreja se manifestou de um modo sensato, claro, sem fazer julgamentos condenatórios e nem chantagens. Demorou, mas antes tarde do que nunca. Muito boa contribuiçao, pontosvista! Ótimo texto. Vale ressaltar: a minha posição sempre foi próxima dessa da lei alemã. Mas, curiosamente, apesar de aparentemente concordarmos - pelo menos no texto do Pe Anselmo Borges -, se eu fosse votar, infelizmente me sentiria obrigado a votar sim. E o mais triste é que quem me convenceu desse voto foram os que escreveram em nome da igreja, condenando as mulheres. Temo que se o nao vencer, a igreja mais uma vez cruzará os braços e continuará dormindo em berço esplendido, satisfeita por ter "defendido a vida", enquanto as mulheres continuarão suportando sozinhas toda a carga. Que seja o contrário portanto, se o sim vencer imagino que a igreja terá que mostrar o serviço que nunca mostrou até agora, e aprender a tratar com pessoas e não somente com idéias, talvez assim construam algo próximo da lei alemã.

Resumindo: todo esse referendo me parece meio desarrumado, as pessoas não sabem o que vão votar, a própria pergunta foi mal formulada (não é possivel traduzir a opinião das pessoas sobre o aborto somente em um SIM ou um NAO), e o pior: a igreja anda a fazer um péssimo papel, digno das piores comédias pastelão. O ápice foi ameaçar meter tortas nas caras dos que votassem sim. Faltam mais padres capazes de pensar. Luz do mundo? Parece que a bateria da igreja andava muito fraquinha... Parabéns ao Pe Anselmo Borges. Se a igreja aprendesse com ele talvez conseguisse mais resultados e defendesse a vida com maior sucesso.

Paz e Bem.



Editado 1 vezes. Última edição em 21/01/2007 04:42 por firefox.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 21 de January de 2007 04:36

Citação:
luis
pontosvista
bem vindo à confraria nacional dos machos latinos porcos, loucos e irresponsáveis.

Não ofenda o homem! Parece que ele não quer fazer parte dessa confraria.

Citação:
luis
Estava aqui a pensar se não será penoso para uma personalidade como Anselmo Borges cujo pensamento conheço muito bem doutras "guerras" ter de andar a declarar coisas que são tão básicas que deviam ser do conhecimento e sensibilidade de todos.

Volte lá a ler o texto que tem coisas básicas ali que vc não sabe. Exemplo: zigoto não é pessoa! ou, antes de 10 semanas não se pode falar de homicídio! Era o que faltava, agora todo doutor da lei reacionário vai querer ser papagaio de pirata e tirar foto perto do Anselmo Borges.



Editado 2 vezes. Última edição em 21/01/2007 04:44 por firefox.

Página actual: 55 de 68


Este tópico foi encerrado

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