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Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 16 de October de 2006 11:27

Como expliquei inicialmente, o aumento progressivo do numero de abortos indica claramente que esse aumento não se deve à nova visibilidade dos abortos clandestinos mas sim a um real aumento. As razões podem são certamente multiplas, maior facilidade, maior aceitação social do aborto (há pessoas que confundem aquilo que é legal com aquilo que é eticamente correcto), diminuição do custo, apesar de pequeno o risco de processo criminal deixa de existir, etc.

Quanto ao numero de mulheres assistidas hospitalarmente em consequencia de abortos é preciso ter em atenção que a enorme maioria dessas mulheres são assistidas devido a abortos espontaneos.
O ano passado foi avançado o numero de 10 mil mulheres asastasistidas em consequencia de abortos. No entanto o director clinico de ginecologia do hospital de São João do Porto estimava que apenas cerca de 5 % desses casos, ou seja cerca de 500, seriam em consequencia de abortos clandestinos.

Para Portugal estão estimado 10 a 40 mil abortos clandestinos por ano. Nem todos passarão a ser legais, provavelmente continuarão a existir mulheres a serem levadas a julgamento por abortos tardios. Mesmo que em Espanha fizessem 10 mil abortos/ano de mulheres portuguesas isso apenas inflacionaria 12,5 % o numero de abortos realizados em clinicas espanholas. Ora o aumento de abortos desde que foi legalizado em Espanha é da ordem dos 50 %. Há um inequivoco aumento que não tem outra explicação senão um aumento real e bastante significativo do numero de abortos realizados por mulheres espanholas.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 16 de October de 2006 11:36

"Quanto ao numero de mulheres assistidas hospitalarmente em consequencia de abortos é preciso ter em atenção que a enorme maioria dessas mulheres são assistidas devido a abortos espontaneos".

Não sabemos. Como tem havido nos últimos anos um aumento de perseguição criminal das mulheres e casos de violação de sigilo profissional para acusar mulheres, o que se passa é que as mulheers que chegam ás urgências dizem sempre que o aborto é espontãneo e é difícil fazer o diagnóstico diferencial a não ser que haja lesões como a perfuração uterinas.

A estimativas apontam números á volta dos 40.000 a60.000.
Claro que há estimativas mais baixas... e muitíssimo mais altas.

Alguns dados fala em 10.000 abortos por ano realizados por mulheres portuguesas em espanha. ( Lá está a tal contabilidade escondida que não consta para as estatistica portuguesa mas para a espanhola). Afirmar que 1/8 dos aborto legais em espanha são feitos por cidadãs portugesas, quando a população portugesa é quatro vezes menos que a espnhola, não deixa de ser um dado estatístico significativo.


"Para Portugal estão estimado 10 a 40 mil abortos clandestinos por ano."
Vamos prendê-las todas?



Editado 2 vezes. Última edição em 16/10/2006 11:39 por catolicapraticante.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 16 de October de 2006 14:01

Também seria lamentável que a mulher pudesse, perante os serviços oficiais de abortamento, tomar a decisão de abortar sem que o Pai da criança fosse ouvido.
Em situação limite o aborto seria decidido após recusa de apoio estatal (finaceiro) para levar a gravidez àvante e com consentimento do pai. Mas sempre com a ressalva de que o aborto é eticamente reprovável.
Insisto em que antes de abrir os serviços de saúde ao abortamento indiscriminado deveriam ser criados serviços de apoio à maternidade.

*=?.0

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 16 de October de 2006 14:23

SEm dúvida.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Maria João Garcia (IP registado)
Data: 16 de October de 2006 14:52

O problema está mesmo aí, Albino.

A solução é apostar em políticas de maternidade. Mas, pelos vistos, prefere-se a solução mais fácil. A mulher aborta e pronto.

Sou mulher, mas,caramba, quando é para se receber uma pensão de alimentos, o pai já é pai e tem de tomar uma atitude, quando se trata do aborto, o pai já não é pai. Aí só a mulher manda. Acho que não é justo. Ele também fez a criança. Sim, eu digo criança, porque é uma vida humana que ali está. A formar-se, é verdade, mas é o início de um ser humano e deve ser respeitado como tal.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 16 de October de 2006 16:10

Maria João

Concordo plenamente com o que afirmas.
Por isso passo a citar-te:

"A solução é apostar em políticas de maternidade. Mas, pelos vistos, prefere-se a solução mais fácil. A mulher aborta e pronto.

Sou mulher, mas,caramba, quando é para se receber uma pensão de alimentos, o pai já é pai e tem de tomar uma atitude, quando se trata do aborto, o pai já não é pai. Aí só a mulher manda. Acho que não é justo. Ele também fez a criança. Sim, eu digo criança, porque é uma vida humana que ali está. A formar-se, é verdade, mas é o início de um ser humano e deve ser respeitado como tal."

Mª José

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Ovelha Tresmalhada (IP registado)
Data: 16 de October de 2006 17:12

Só uma curiosidade:

Há algum forista que concorde com a legalização do aborto, a simples pedido da mulher? Ou, para ser mais preciso, que concorde com o facto de o Estado realizar o aborto, a simples pedido da mulher, nos seus estabelecimentos de saúde?

É que, para os que concordam com a despenalização do aborto, mas se opõem ao direito de abortar livremente a simples pedido, não estou a ver como conseguirão responder à pergunta do referendo (se ela se mantiver com a redacção que actualmente tem). Recordo que a despenalização que a pergunta prevê só acontecerá caso o aborto seja feito a pedido, nas 10 primeiras semanas e nos estabelecimentos de saúde legalmente autorizados.



Editado 1 vezes. Última edição em 16/10/2006 17:14 por Ovelha Tresmalhada.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 16 de October de 2006 18:50

Embora não veja o embrião, sobretudo na fase inicial, como uma pessoa humana com todos os direitos, penso que o aborto a simples pedido da mulher ignora completamente o embrião ou feto. Penso que deveria existir pelo menos algo como existe na Alemanha, segundo creio: a mulher deve pelo menos provar que falou com um conselheiro qualificado (médico, padre, psicólogo, por exemplo) sobre a sua intenção de fazer o aborto. A sociedade mostra à mulher que não se trata de um simples direito seu mas de uma decisão grave que precisa, no mínimo, de ser ponderada.

Perante a pergunta do referendo vou provavelmente votar não.

pontosvista

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 16 de October de 2006 20:42

Concordo contigo, pontos de vista. A interrupção de uma gravidez em fases iniciais é algo de muitíssimo grave e não deve de forma alguma ser banalizada.



Editado 1 vezes. Última edição em 16/10/2006 20:44 por catolicapraticante.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 16 de October de 2006 20:53

Duas vozes de mulheres a favor da condenação de mulheres a penas de prisão .

Argumentos - Devem ir presas porque não têm direito a interromper uma gravidez sem a ordem dos seus homens.
Tem sentido.
Presumo que tabém concordam que , em caso delas abortarem , os "homens" devem também ser presos


"Para Portugal estão estimado 10 a 40 mil abortos clandestinos por ano."

Vamos prendê-las todas?

Neste Forum, parece que sim.40.000 mulheres presas por ano. Sim, concerteza a elas e aos "pais das crianças".
Acho que vão ter de construir mais penitenciárias. Ou não.



Editado 1 vezes. Última edição em 16/10/2006 20:55 por catolicapraticante.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 16 de October de 2006 22:21

Ouvi hoje no telejornal:

45.000.000 de abortos no mundo.
uma pequena percentagem é que é legal, e a maioria é feita em fetos com mais de 10 semanas.

É triste ver estes números.

Não sei se expliquei aqui o meu ponto de vista.
Eu não vejo nada contra estas histórias do aborto. Legalizem o que quiserem. Agora, eu nunca recomendava que o fizessem. Porque a sansão penal dada pelos homens não existia, mas Deus iria fazer justiça, quer perdoe quer condene.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 16 de October de 2006 23:12

Todo o tema do aborto está muito bem explicado neste texto de José António Saraiva.
Penso que é difícil fazer uma sintese tão bem feita.

A questão de fundo sobre o aborto está, em minha opinião, neste texto.
Gostava que os meus amigos foristas o analisassem na perspectiva deste tópico.

Por favor não me digam que está off-topic. Só uma leitura superficial pode levar a tal conclusão.
Uma leitura atenta verifica que é um texto que está bem inserido no tópico em debate.

Aqui vai:

"Uma cultura da morte
J.A.Saraiva, Sol, 14-10-2006

A atracção pela morte é um dos sinais da decadência.
Portugal deveria estar, neste momento, a discutir o quê?
Seguramente, o modo de combater o envelhecimento da população.
Um país velho é um país mais doente.
Um país mais pessimista.
Um país menos alegre.
Um país menos produtivo.
Um país menos viável – porque aquilo que paga as pensões dos idosos são os impostos dos que trabalham.
Era esta, portanto, uma das questões que Portugal deveria estar a debater.

E a tentar resolver. Como?
Obviamente, promovendo os nascimentos.
Facilitando a vida às mães solteiras e às mães separadas.
Incentivando as empresas a apoiar as empregadas com filhos, concedendo facilidades e criando infantários.
Estabelecendo condições especiais para as famílias numerosas.
Difundindo a ideia de que o país precisa de crianças – e que as crianças são uma fonte de alegria, energia e optimismo.
Um sinal de saúde.
Em lugar disto, porém, discute-se o aborto.
Discutem-se os casamentos de homossexuais (por natureza estéreis).
Debate-se a eutanásia.
Promove-se uma cultura da morte.

Dir-se-á, no caso do aborto, que está apenas em causa a rejeição dos julgamentos e das condenações de mulheres pela prática do aborto – e a possibilidade de as que querem abortar o poderem fazer em boas condições, em clínicas do Estado.
Só por hipocrisia se pode colocar a questão assim.
Todos já perceberam que o que está em causa é uma campanha.
O que está em curso é uma desculpabilização do aborto, para não dizer uma promoção do aborto.
Tal como há uma parada do ‘orgulho gay’, os militantes pró-aborto defendem o orgulho em abortar.Quem já não viu mulheres exibindo triunfalmente t-shirts com a frase «Eu abortei»?

Ora, dêem-se as voltas que se derem, toda a gente concorda numa coisa: o aborto, mesmo praticado em clínicas de luxo, é uma coisa má.
Que deixa traumas para toda a vida.
E que, sendo assim, deve ser evitada a todo o custo.

A posição do Estado não pode ser, pois, a de desculpabilizar e facilitar o aborto – tem de ser a oposta.
Não pode ser a de transmitir a ideia de que um aborto é uma coisa sem importância, que se pode fazer quase sem pensar – tem de ser a oposta.
O Estado não deve passar à sociedade a ideia de que se pode abortar à vontade, porque é mais fácil, mais cómodo e deixou de ser crime.

Levada pela ilusão de que a vulgarização do aborto é o futuro, e que a sua defesa corresponde a uma posição de esquerda, muita gente encara o tema com ligeireza e deixa-se ir na corrente.
Mas eu pergunto: será que a esquerda quer ficar associada a uma cultura da morte?
Será que a esquerda, ao defender o aborto, a adopção por homossexuais, a liberalização das drogas, a eutanásia, quer ficar ligada ao lado mais obscuro da vida?
No ponto em que o mundo ocidental e o país se encontram, com a população a envelhecer de ano para ano e o pessimismo a ganhar terreno, não seria mais normal que a esquerda se batesse pela vida, pelo apoio aos nascimentos e às mulheres sozinhas com filhos, pelo rejuvenescimento da sociedade, pelo optimismo, pela crença no futuro?
Não seria mais normal que a esquerda, em lugar de ajudar as mulheres e os casais que querem abortar, incentivasse aqueles que têm a coragem de decidir ter filhos?"

Nota: o negrito é meu.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 16 de October de 2006 23:48

Maria José,

Excelente texto. Por acaso antes de o postar eu estava a le-lo na net noutro sítio. Tantas verdades que estão aí que muita gente ignora e quer continuar a ignorar, só para que uns possam destruir a vida de outros criminosamente.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Epafras (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 00:45

Caso o sim ganhe no próximo referendo sobre o aborto e se avance para a permissão legal do aborto a simples pedido o que acham que se deve fazer?

1- Retirar o Artigo 24.º da Constituição portuguesa que diz:

Citação:
Artigo 24.º
(Direito à vida)

1. A vida humana é inviolável.


2- Decretar ex-cathedra que o embrião até às 10 semanas não é vida humana.


3 - Fazer como a avestruz e promulgar uma lei inconstitucional.


Aguardo os vossos pareceres jurídicos

Epafras



Editado 2 vezes. Última edição em 17/10/2006 00:47 por Epafras.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 01:13

Obviamente que dos cerca de 20 mil abortos/anos que se fazem em portugal apenas se conseguem descobrir uma pequena parte. Uma grande parte teria atenuantes que levariam apenas ao cumprimento de serviço civico (numa maternidade, num hospital era uma boa ideia, ou nas florestas nacionais a prevenir os incendios - aqui ocupava bem umas centenas de pessoas)

Os medicos e enfermeiros, por mim, seriam condenados a penas exemplares. Não podem alegar ignorancia.
Bastavam meia duzia de condenações para produzir o efeito dissuasor.

Epafras, os juizes do tribunal constitucional são uma marionetas não mãos dos partidos que os nomearam. Não mordem a mão que lhes dá de comer.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Paulo (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 02:06

Eis a pergunta:
"Nestes termos, os Deputados abaixo-assinados apresentam o seguinte projecto de resolução:
A Assembleia da República resolve, nos termos e para os efeitos dos artigos 115.º e 161.º, alínea j), da Constituição, apresentar a S. Exa. o Presidente da República a proposta de realização de um referendo em que os cidadãos eleitores recenseados no território nacional sejam chamados a pronunciar-se sobre a pergunta seguinte:

“Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?”


Os Deputados do Grupo Parlamentar do Partido Socialista


Não se fala de descriminalização mas despenalização.
Por opção da mulher.
O feto passa a ser propriedade da mulher. Sozinha dispõe de uma coisa que nem é sua, nem a fez sozinha.
Já é clara a resposta.
Um redondo Não.

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 04:20

Numa coisa estou de acordo com o JAS (aliás corresponde ao que disse na mensagem anterior): o aborto deve ser encarado pelo Estado como um mal.

Acho que o JAS mete os pés pelas mãos (de forma bastante leviana e grave) quando mistura aqui o casamento e as adopções homossexuais. Ambas são manifestações de vida: o amor que é capaz de se comprometer gera vida ainda que não biológica. A vontade de um casal estéril dar vida a uma criança que não tem família é sinal de vida.

pontosvista

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 04:23

Epafras e Camilo

Não brinquemos com as palavras, sobretudo para pôr levianamente em causa um órgão de soberania. A expressão "vida humana" tem muitos entendimentos (bem sei que o Camilo gosta muito de uma certa interpretação biológica) mas do ponto de vista jurídico refere-se a pessoas nascidas, com personalidade jurídica. Logo é normal que esse artigo da Constituição não seja interpretado como contraditório com o aborto. Aliás, se o fosse, já haveria problemas com a actual lei.

pontosvista

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 10:35

Aparentemente a sociedade não consegue existir sem morticínios:
guerras, genocídeos, execuções, atentados, abortos, maldições etc...
Até quando?
Haverá alguém isento nesta falta de amor pela vida?

*=?.0

Re: Aborto - Thread "Oficial"
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 17 de October de 2006 10:46

AS criticas em relação aos juizes do tribunal constitucional foram generalizadas quando eles tiveram de decidir sobre a duração da anterior sessão legislativa (para saber se o referendo sobre o aborto poderia ter sido efecuado já no transato ano).
Era evidente que a decisão devia ter ser a que acabou por ser. No entanto todos os juizes nomeados pelos partidos defensores do aborto votaram por uma posição aberrante que faria com que esta legislatura tivesse 5 sessões legislativas. Todos os juizes nomeados por partidos contrarios ao aborto votaram pela decisão vencedora (não eram melhores que os outros, simplesmente desta vez a verdade estava do lado do interesse partidario dos seus patronos)
A decisão acabou por ser tomada por um juiz cooptado (esse não tinha de lamber as botas a ninguem).

O aborto como arma politica.
O PS é um partido de poder, tal como o PSD é um partido basicamente pragmatico
Em termos economicos este governo tem sido o governo mais à direita desde o 25-4-1974.
Aliás eu escrevi por aí, no dia a seguir às eleições, que o resultado delas seria uma vitoria da direita porque socrates iria governar mais à direita do que governou Durão Barroso. Parece que não me enganei.
Um partido que no imaginario popular deve ser de esquerda quando governa à direita tem de procurar algumas compensações para contentar alguns sectores dos seus militantes (acaba por ser mais importante contentar os militantes que os eleitores).
Socrates tem então procurado aliviar o descontentamento de alguns militantes com a politica economica (que na politica é quase sempre o factor determinante) com "rebuçados" na politica social.
Foi a pseudo-polemica da retirada de meia duzia de crucifixos das escolas, um novo protocolo do estado, será o casamento homossexual, as salas de chuto dentro e fora das cadeias, a legalização do proxenetismo (porque a prostituição não é proibida, apenas o proxenetismo), a eventual legalização do canabis, da eutanasia. Tudo isto são ou serão medidas sociais uteis para desviar atenções e contentar certos sectores de militantes do PS.

O conceito de vida humana, de ser humano implica uma reflexão sobre o desenvolvimento embrionario que aqui ainda não foi feita. Pessoalmente considero que se deve dar esse estatudo depois do 14º dia, que é quando se começa a formar a crista neural e se estabelece a unicidade do ser.
Há quem defenda que deve ser considerado um ser humano de plenos direitos desde o inicio, ao 14º dia, à 6ª semana, à 12ª semana, à 24ª semana. Tem a ver com diversos estagios de desenvolvimento do embrião ou feto. Curiosamente à 10ª semana não acontece nada de especialmente relevante, esta escolha foi puramente politica, não cientifica.



Editado 2 vezes. Última edição em 17/10/2006 11:30 por camilo.

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Este tópico foi encerrado

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