Silêncio é sinal de profunda comunhão com Deus.
A oração do silêncio é o diálogo da fé entre a criatura e o Criador. As maiores obras nascem na inspiração do silêncio interior.

A alma orante busca o recolhimento para ouvir a voz de Deus. Nesta intimidade apaixona-se pela presença Divina através do olhar contemplativo e sereno.

Somos aperfeiçoados nas virtudes pelos frutos produzidos no silêncio. Despojados da inquietação interior e da agitação externa, o Espírito Santo nos atrai e conduz ao deserto para acolhermos o amor e a bondade de Deus.

O silêncio é a voz de Deus que grita no deserto de nosso coração. Existem situações que apenas são resolvidas no silêncio. Este som ressoa e se espalha pelo nosso testemunho.
Quando sofremos, imediatamente reagimos a determinadas situações, conforme o impulso natural, ou seja, agimos sem pensar nas conseqüências. A atitude mais comum é revoltar-se e questionar a vontade de Deus. Buscamos a fuga do sofrimento, justificando os acontecimentos.

Se uma pessoa fala algo que seja contrário a nossa vontade ou que ofenda nosso amor-próprio, rebatemos com uma resposta imediata. A justificação é um mecanismo de defesa que não aceita críticas, desprezos e nenhum sentimento negativo lançado contra nós. Todo estímulo recebe uma resposta; assim, o resultado é confirmado de acordo com a nossa disposição em aceitar ou não a situação que enfrentamos.

As maiores feridas e dores que sentimos não são causadas pelos grandes sofrimentos, pois conseguimos superar com firmeza diante da cruz mais pesada. As pequenas alfinetadas são as que provocam as feridas mais profundas e abalam totalmente a nossa estrutura interior.


Como enfrentar o sofrimento?

Será que a revolta e o argumento têm o poder de mudar a realidade?

Fugir do sofrimento ou revoltar-se não adianta. O servo autêntico e fiel supera o sofrimento com paciência, aguardando com serenidade o tempo de Deus. Acredita que sofrer no silêncio é a única solução para permanecer em comunhão com Deus. Quem sofre no silêncio, sofre em paz, pois com Jesus o sofrimento passa; como uma ferida que dói, sangra, mas, cicatriza. Só encontra o silêncio quem deseja ouvir a voz de Deus e fazer a Sua Santíssima vontade.

Sofrer no silêncio é deixar a palavra de Deus curar o nosso coração e permitir que o grito da vitória ressoe em nossa alma.


Descubra no silêncio a alegria de permanecer na presença de Deus. Valorize este tesouro encontrado no diálogo íntimo e amoroso da oração. Faça silêncio e deixe o Senhor falar profundamente ao seu coração. Seja silêncio para o outro ser palavra...


"Maria, Virgem do silêncio, só um coração puro como o Seu pode nos levar a uma experiência profunda de amor com Deus. Venha habitar no deserto de nossa alma para ouvirmos a voz do silêncio".


Por Ir. Fabiana C.M.E.S
para você:




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Antes de qualquer atleta, arrancar para um prova, obrigatoriamente, necessita de estar preparado para os obstáculos, a que é sujeito. Obviamente, que muitos dos obstáculos e/ou das dificuldades são imprevisíveis. Mas, a maturidade humana resulta na sabedoria em enfrentar e ultrapassar, tanto os maus como os bons momentos. É preciso saber perder e ainda mais díficil, saber ganhar.

Então neste caso concreto, o que é o sofrimento, quais as suas dimensões na minha vida e como eu o encaro? Estas e outras são perguntas com que nós nos debruçamos durante o nosso dia-a-dia.

Acredito plenamente, que em todo o sofrimento a presença de Deus é uma garantia, um dado adquirido pela fé. "Estarei convosco até ao fim dos tempos". Sofrer, para mim e espiritualmente falando, tem como causa o Amor e como consequência o nascimento.

Reparem, num simples exemplo: Imaginemos uma mulher, que transporta no seu ventre materno o seu filho e prepara para o seu nascimento. Por Amor, ela dá gritos de dor e sofre horrores com o parto. Como resultado ouve-se o primeiro choro da vida.

Na nossa vida, sucede-se o mesmo. O sofrimento não é uma desgraça, mas uma oportunidade de santificação.

Fugir leva à destruição do homem, enfrentá-lo - o sofrimento - leva-nos ao autêntico crescimento e desabrochar da graça divina derramada sobre nós

Traduzindo numa imagem...é a oportunidade de dar-mos a mão à Vontade de Deus sobre nós.

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Abraços.
Nuno Branco, 25 anos

Deus, se quisermos definir para que serve acreditar, nos ensina a ACEITAR. A ACEITAÇÃO daquilo que nos acontece, a compreensão e identificação dos problemas reais com que nos confrontamos e suas soluções possíveis, só se alcança na serenidade sofredora e íntima do silêncio de um diálogo com Deus. É dessa intimidade que nos advêm a necessidade de oração, uma desintoxicação do mundano, uma ligação tão realizadora com Deus, a quem constatamos ser uma pessoa, que assume os contornos do nosso maior amigo, o nosso Pai... Pela Sua Palavra, aprendemos a realizarmo-nos como filhos de Deus e a aceitar as coisas do mundo, procurando compreender as coisas que Deus pode tocar e aquelas que, pela liberdade criadora que nos concede, seria terrível que alterasse. Aprendermos a sermos homens à luz do Evangelho é também saber silenciar e acolher na profundidade do sentimento aquilo que não conseguimos explicar nem pretendemos justificar ou julgar. De facto, haja ou não a intervenção de Deus nas coisas más, de nada nos serve colocá-Lo em causa... Mas a inquietação é legítima, no silêncio que procura acolher a aceitação.

Pax et Bonum,
João